Retalhos Como Francisco e Clara de Assis, a Fraternidade a todos saúda em Paz e Bem!Retalhos

29 de março de 2010

Semana Santa - Páscoa 2010








28 de março de 2010

SEMANA SANTA - Domingo de Ramos


Dos Sermões de Santo André de Creta, bispo (Sec. VIII)

(Oratio 9, In ramos palmarum: PG 97, 990-99-4)


Bendito o que vem em nome do Senhor, o Rei de Israel


Vinde, subamos ao Monte das Oliveiras, ao encontro de Cristo que hoje regressa de Betânia e Se encaminha voluntariamente para a sua santa e venerável paixão, a fim de realizar o mistério da salvação dos homens.

Caminha o Senhor livremente para Jerusalém, Ele que desceu do Céu por causa de nós, prostrados no abismo, a fim de nos elevar consigo, como diz a Escritura, acima de todos os Principados, Postetades, Virtudes e Dominações, acima de todo o nome conhecido neste mundo e no futuro.

O Senhor não vem com glória, fausto ou pompa. Ele não gritará nem clamará, diz a Escritura, nem se ouvirá a sua voz mas será manso e humilde, e entrará com aparência modesta e vestes de pobreza.

Acompanhemos o Senhor, que corre apressadamente para a sua paixão; imitemos aqueles que foram ao seu encontro: não para juncar o caminho com ramos de oliveira ou de palma, tapetes ou mantos, mas para nos prostrarmos a seus pés com humildade e rectidão de espírito, para acolhermos o Verbo que vem até nós e recebermos aquele Deus que lugar algum pode conter.

Alegra-se Jesus Cristo porque deste modo nos mostra a sua mansidão e humildade, e sobe, por assim dizer, sobre o crepúsculo da nossa ínfima pequenez, veio ao nosso encontro e conviveu connosco, fazendo-se um de nós, para nos elevar e reconduzir a Si.

Diz o salmo que Ele sobe ao mais alto dos Céus, isto é, para a excelsa glória da sua divindade, como primícias antecipadas da nossa condição futura; mas nem por isso abandona o género humano, porque o ama e quer elevar consigo a natureza humana, levantando-a do mais do mais ínfimo da terra, de glória em glória, até a fazer participante da sua dignidade sublime.

Portanto em vez de túnicas e ramos sem vida, em vez de arbustos que alegram os olhos por pouco tempo, mas depressa perdem a sua frescura, lancemo-nos a nós mesmos aos pés de Cristo, revestidos da sua graça, ou melhor, revestidos dèle mesmo, porque todos vós que recebestes o Baptismo de Cristo fostes revestidos de Cristo; sejamos como túnicas estendidas a seus pés.

Éramos como escarlete por causa dos nossos pecados, mas pelo banho salutar do Baptismo tornámo-nos brancos como a lã, para oferecermos ao vencedor da morte não já ramos de palmeira mas os troféus da sua vitória.

Agitando os ramos espirituais da alma, aclamemo-l`O todos os dias, juntamente com as crianças, dizendo esta santas palavras: Bendito o que vem em nome do Senhor, o Rei de Israel.

20 de março de 2010

Capítulo Electivo


Decorreu, hoje, dia 20 de Março de 2010, o Capítulo Electivo da Fraternidade Franciscana Secular de S. Francisco à Luz.

O capítulo electivo foi presidido pela Ministra Regional, Irmã Ana Reis e pelo Assistente Espiritual da Fraternidade, Padre Frei Domingos Casal Martins.

O Conselho é constituído pelos seguintes irmãos:

Ministro: Luis Topa

Vice-Ministra: Maria Isabel Correia D`Almeida

Mestre de Formação: Rita Beltrão

Secretária: Maria Francisca Rebordão Topa

Tesoureira: Vicência Montalto.

Parabéns ao novo Conselho.


4 de março de 2010

Ano Sacerdotal - Padre, Ministro da Misericórdia de Deus


XIII SEMANA DE ESPIRITUALIDADE SOBRE A MISERICÓRDIA DE DEUS

Padre, Ministro da Misericórdia de Deus


A Casa de Retiro e Repouso de Balsamão, onde se realiza a XIII Semana de Espiritualidade sobre a Misericórdia de Deus, faz parte do Convento de Balsamão, da Congregação religiosa dos Marianos da Imaculada Conceição, situado no cimo de um pequeno monte.
É um sítio isolado onde se desfruta a beleza da natureza e se ouve o silêncio, local propício à reflexão e à oração.
Ao convidá-lo para esta Semana de Espiritualidade, queremos acolhê-lo cordialmente em nossa casa e proporcionar-lhe um encontro sempre renovador com Jesus Misericordioso, consigo próprio, com outros irmãos na fé e com a natureza.

INÍCIO E TÉRMINO DA SEMANA

A Semana tem início às 19:00h, do dia 6 de Abril (Terça-feira de Páscoa), com a oração de Vésperas, e termina no dia 11 de Abril, Domingo da Misericórdia, com a Coroa da Misericórdia e Rito de Envio, pelas 16:00h.A Semana termina com a celebração da Festa da Misericórdia, que a todos enche de alegria.
Vale a pena pedir 4 dias de férias antecipadas para poder participar.
Inscreva-se e estenda este convite a outros: amigos, colegas e a quem o Senhor lhe inspirar.

INSCRIÇÕES

Preço de inscrição: 30 €
Inscrições até 26 de Março de 2010

ALOJAMENTO (DIÁRIA)

Quarto individual: 37 €
Quarto duplo: 32 €
Quarto de Casal: 64 €
Quarto de 4 camas: 29 €

TRANSPORTES

Há autocarros desde os grandes centros até Macedo de Cavaleiros.
De Macedo (Estação: no B. de S. Francisco) para Chacim (14 Km), há autocarro:
- 11: 00h (Santos) – do mercado
- 15: 40h (Santos) ­– da estação
- 17: 40h (Santos) – da estação e do Café Diamante.
De Chacim a Balsamão (4 Km): de taxi (Telefone do taxi de Chacim: 278 461 370; Telem. 93 833 7313). Se não estiver livre, telefone-nos, que nós iremos buscá-lo(a).

Convento de Balsamão,
de 6 a 11 de Abril de 2010

Formação em Fraternidade

A pedido do nosso Irmão Rui Grácio aqui fica a divulgação do Curso de

Espiritualidade que terá a sua orientação.

Nova imagem

3 de março de 2010

Mensagem do Santo Padre Bento XVI para a Quaresma de 2010






Queridos irmãos e irmãs,

todos os anos, por ocasião da Quaresma, a Igreja convida-nos a uma revisão sincera da nossa vida à luz dos ensinamentos evangélicos. Este ano desejaria propor-vos algumas reflexões sobre o vasto tema da justiça, partindo da afirmação Paulina: A justiça de Deus está manifestada mediante a fé em Jesus Cristo (cfr Rom 3,21 - 22).

Justiça: «dare cuique suum»

Detenho-me em primeiro lugar sobre o significado da palavra «justiça» que na linguagem comum implica «dar a cada um o que é seu - dare cuique suum», segundo a conhecida expressão de Ulpiano, jurista romano do século III. Porém, na realidade, tal definição clássica não precisa em que é que consiste aquele «seu» que se deve assegurar a cada um. Aquilo de que o homem mais precisa não lhe pode ser garantido por lei. Para gozar de uma existência em plenitude, precisa de algo mais íntimo que só gratuitamente lhe pode ser concedido: poderíamos dizer que o homem vive daquele amor que só Deus lhe pode comunicar, tendo-o criado à sua imagem e semelhança. São certamente úteis e necessários os bens materiais - no fim de contas o próprio Jesus se preocupou com a cura dos doentes, em matar a fome das multidões que o seguiam e certamente condena a indiferença que também hoje condena centenas de milhões de seres humanos à morte por falta de alimentos, de água e de medicamentos, mas a justiça distributiva não restitui ao ser humano todo o «seu» que lhe é devido.
Como e mais do que o pão ele de facto precisa de Deus. Nota Santo Agostinho: se «a justiça é a virtude que distribui a cada um o que é seu... não é justiça do homem aquela que subtrai o homem ao verdadeiro Deus» (De civitate Dei, XIX, 21).

De onde vem a injustiça?

O evangelista Marcos refere as seguintes palavras de Jesus, que se inserem no debate de então acerca do que é puro e impuro: «Nada há fora do homem que, entrando nele, o possa tomar impuro.
Mas o que sai do homem, isso é que o toma impuro.
Porque é do interior do coração dos homens, que saem os maus pensamentos» (Mc 7,14-15.20-21). " Para além da questão imediata relativo ao alimento, podemos entrever nas reacções dos fariseus uma tentação permanente do homem: individuar a origem do mal numa causa exterior. Muitas das ideologias modernas, a bem ver, têm este pressuposto: visto que a injustiça vem «de fora», para que reine a justiça é suficiente remover as causas externas que impedem a sua actuação: Esta maneira de pensar - admoesta Jesus - é ingénua e míope. A injustiça, fruto do mal, não tem raízes exclusivamente externas; tem origem no coração do homem, onde se encontram os germes de uma misteriosa conivência com o mal. Reconhece-o com amargura o Salmista: «Eis que eu nasci na culpa, e a minha mãe concebeu-se no pecado» (SI. 51,7).
Sim, o homem torna-se frágil por um impulso profundo, que o mortifica na capacidade de entrar em comunhão com o outro. Aberto por natureza ao fluxo livre da partilha, adverte dentro de si uma força de gravidade estranha que o leva a dobrar-se sobre si mesmo, a afirmar-se acima e contra m outros: é o egoísmo, consequência do pecado original. Adão e Eva, seduzidos pela mentira de Satanás, pegando no fruto misterioso contra a vontade divina, substituíram à lógica de confiar no Amor aquela da suspeita e da competição; à lógica do receber, da espera confiante do Outro, aquela " - ansiosa do agarrar, do fazer sozinho (cfr Gn 3,1-6) experimentando como resultado uma sensação de inquietação e de incerteza.
Como pode o homem libertar-se deste impulso egoísta e abrir-se ao amor?

Justiça e Sedaqah

No coração da sabedoria de Israel encontramos um laço profundo entre fé em Deus que «levanta do pó o indigente (Sl. 113,7) e justiça em relação ao próximo.
A própria palavra com a qual em hebraico se indica a virtude da justiça, sedaqah, exprime-o bem.
De facto sedaqah significa, dum lado a aceitação plena da vontade do Deus de Israel; do outro, equidade em relação ao próximo (cfr Ex 29,12-17), de maneira especial ao pobre, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva (cfr Dt 10,18-19).
Mas os dois significados estão ligados, porque o dar ao pobre, para o israelita nada mais é senão a retribuição que se deve a Deus, que teve piedade da miséria do seu povo. Não é por acaso que o dom das tábuas da Lei a Moisés, no monte Sinai, se verifica depois da passagem do Mar Vermelho. Isto é, a escuta da Lei , pressupõe a fé no Deus que foi o primeiro a ouvir o lamento do seu povo e desceu para o libertar do poder do Egipto (cfr Ex 8). Deus está atento ao grito do pobre e em resposta pede para ser ouvido: pede justiça para o pobre ( cfr Ecli 4,4-5.8-9), o estrangeiro ( cfr Ex 22,20), o escravo (cfr Dt 15,12-18). Para entrar na justiça é portanto necessário sair daquela ilusão de auto - suficiência, daquele estado profundo de fecho, que á a própria " origem da injustiça. Por outras palavras, é necessário um «êxodo» mais profundo do que aquele que Deus efectuou com Moisés, uma libertação do coração, que a palavra da Lei, sozinha, é impotente para realizar. Existe portanto para o homem esperança de justiça?

Cristo, justiça de Deus

O anúncio cristão responde positivamente à sede de justiça do homem, como afirma o apóstolo Paulo na Carta aos Romanos: «Mas agora, é sem a lei que está manifestada a justiça de Deus... mediante a fé em Jesus Cristo, para todos os crentes.
De facto não há distinção, porque todos pecaram e estão privados da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente pela Sua graça, por meio da redenção que se realiza em Jesus Cristo, que Deus apresentou como vítima de propiciação pelo Seu próprio sangue, mediante a fé» (3,21-25).
Qual é portanto a justiça de Cristo? É antes de mais a justiça que vem da graça, onde não é o homem que repara, que cura si mesmo e os outros.
O facto de que a «expiação» se verifique no «sangue» de Jesus significa que não são os sacrifícios do homem a libertá-lo do peso das suas culpas, mas o gesto do amor de Deus que se abre até ao extremo, até fazer passar em si «a maldição» que toca ao homem, para lhe transmitir em troca a «bênção» que toca a Deus (cfr GaI 3,13-14). Mas isto levanta imediatamente uma objecção: Que justiça existe lá onde o justo morre pelo culpado e o culpado recebe em troca a bênção que toca ao justo? Desta maneira cada um não recebe o contrário do que é «seu»? Na realidade, aqui manifesta-se a justiça divina, profundamente diferente da justiça humana. Deus pagou por nós no seu Filho o preço do resgate, um preço verdadeiramente exorbitante.
Perante a justiça da Cruz o homem pode revoltar-se, porque ele põe em evidencia que o homem não é um ser autárquico , mas precisa de um Outro para ser plenamente si mesmo. Converter-se a Cristo, acreditar no Evangelho, no fundo significa precisamente isto: sair da ilusão da auto suficiência para descobrir e aceitar a própria indigência -indigência dos outros e de Deus, exigência do seu perdão e da sua amizade.
Compreende-se então como a fé não é um facto natural, cómodo, óbvio: é necessário humildade para aceitar que se precisa que um Outro me liberte do «meu», para me dar gratuitamente o «seu». Isto acontece particularmente nos sacramentos da Penitência e da Eucaristia. Graças à acção de Cristo, nós podemos entrar na justiça «maior», que é aquela do amor (cfr Rom 13,8-10), a justiça de quem se sente em todo o caso sempre mais devedor do que credor, porque recebeu mais do que aquilo que poderia esperar.
Precisamente fortalecido por esta experiência, o cristão é levado a contribuir para a formação de sociedades justas, onde todos recebem o necessário para viver segundo a própria dignidade de homem e onde a justiça é vivificada pelo amor.
Queridos irmãos e irmãs, a Quaresma culmina no Tríduo Pascal, no qual também este ano celebraremos a justiça divina, que é plenitude de caridade, de dom, de salvação. Que este tempo penitencial seja para cada cristão tempo de autêntica conversão e de conhecimento intenso do mistério de Cristo, que veio para realizar a justiça. Com estes sentimentos, a todos concedo, de coração, a Bênção Apostólica.

Vaticano, 30 de Outubro de 2009







 
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