Retalhos Como Francisco e Clara de Assis, a Fraternidade a todos saúda em Paz e Bem!Retalhos

29 de setembro de 2016

27º Domingo do Tempo Comum

27º DOMINGO DO TEMPO COMUM
(02 de outubro)


Introdução à Liturgia:
Na liturgia deste Domingo sobressai o pedido feito pelos discípulos a Jesus: ‘Senhor, aumenta a nossa fé’. A fé é a condição fundamental para que possamos assumir uma relação correta e verdadeira com Deus. A disponibilidade para construir o Reino de Deus em nós e a partir de nós, pressupõe uma fé autêntica, verdadeira e confiante. É este o desafio que o Senhor hoje nos deixa.

Introdução às Leituras:
Na nossa forma de ser e estar, nem sempre os nossos tempos se conjugam com o plano de Deus. Na primeira leitura, o profeta Habacuc como que desafia Deus a fazer-se presente no tempo e na história. Deus faz-se presente, mas a sua presença passa também por nós e é pela nossa fé que essa presença se torna actuante.

Na segunda leitura, S. Paulo convida o seu discípulo e colaborador Timóteo – é a 2ª carta que lhe dirige – a renovar em si o ardor e o empenho da vivência cristã. Por isso o convida a dar, sem medo nem cobardia, testemunho de Jesus, um convite que é também dirigido a cada um de nós.     


Evangelho deixa-nos o convite a crescer na fé, pois é pela fé que nos tornamos construtores do “Reino” de Deus no mundo. Ser discípulo e seguidor de Jesus implica esta adesão sem reserva, capaz de superar montanhas e obstáculos, olhando sempre em frente e caminhando com esperança.

Padre João Lourenço, OFM

Regra da OFS


Ser, 
Senhor,
Nas tuas mãos,
Vaso de salvação
Eterna!!
A Regra da Ordem Franciscana Secular: estrada de conversão e caminho de santidade.
1. Nós, cristãos leigos, religiosos e sacerdotes, somos chamados à santidade de vida. Não somos convocados a sermos apenas “pessoas religiosas”, “corretas”, pessoas mais ou menos correctamente religiosas. A Constituição Dogmática do Concílio Lumen Gentium afirma: “Assim, é evidente que todos os fieis cristãos de qualquer estado ou ordem são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade. Por esta santidade se promove também na sociedade terrestre um modo mais humano de viver. Com o fim de conseguir esta perfeição façam os fiéis uso das forças recebidas segundo a medida da doação de Cristo, para que, seguindo seus vestígios e feitos conformes à sua imagem, cumprindo em tudo a vontade do Pai, se dediquem inteiramente à glória de Deus e ao serviço do próximo” (n. 101). O Documento lembra que a santidade consiste na glória do Pai e no amor do próximo. Não podemos fazer por menos. Os que pretendem ingressar na vida franciscana secular querem ser santos, à maneira evangélica de Francisco.
2. João Paulo II, na Exortação Apostólica sobre a Vocação e Missão dos Leigos: “Hoje, como nunca, urge que todos os cristãos retomem o caminho da renovação evangélica, acolhendo com generosidade o convite apostólico de ser santo em todas a acções…Todos na Igreja, precisamente porque são seus membros, recebem, e por conseguinte partilham a comum vocação à santidade” (n.16). O assunto está claro. Somos convidados à santidade.
3. Pio XII havia definido a Ordem Franciscana Secular como “escola de perfeição, de genuíno espírito franciscano, de acções ardorosas e imediatas. Mais ainda: a Ordem(terceira) quer pessoas que, no seu estado, busquem a perfeição”. Ora, a Regra da OFS, diz claramente: nas fraternidades “os irmãos e irmãs, impulsionados pelo Espírito e atingir a perfeição da caridade, no próprio estado secular, são empenhados pela Profissão a viver o Evangelho à maneira de São Francisco mediante esta Regra aprovada pela Igreja” (n.5).
4. Nunca é demais afirmar que os franciscanos seculares podem contar com um texto espiritual inspiracional cheio de vigor para orientar sua vida na Igreja e no mundo. Trata-se da Regra aprovada pelo Papa Paulo VI a 24 de junho de 1978 e professada pelos seculares franciscanos. A elaboração da Regra da OFS foi um retorno às fontes franciscanas primitivas. O Prólogo da actual Regra é constituído pela Exortação de São Francisco aos irmãos e irmãs da penitência, título dado ao texto por K. Esser. Há dois caminhos básicos na vida: o caminho do bem e o caminho do mal, como já aparece na Didaqué. Há o caminho dos que fazem penitência e daqueles não fazem. Os que fazem penitência vivem. Morrem os que não fazem. Os franciscanos eram conhecidos primitivamente como os penitentes de Assis. Percorrendo o caminho da penitência chega-se à santidade. Entramos para a OFS porque queremos um espaço que nos ajude na conversão.
5. A Regra se apresenta como uma proposta vocacional na qual Cristo é o centro do projecto de vida. De maneira simples, mas profunda, lemos: “A Regra e a vida dos franciscanos seculares é esta: observar o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo o exemplo de São Francisco de Assis que fez de Cristo o inspirador e o centro de sua vida com Deus e com os homens” ( n.4). Francisco nada mais queria saber a não ser de Cristo. Um Documento antigo dos franciscanos seculares franceses, anterior à Regra, dizia: Francisco queria … “o Cristo optando pela pobreza e pela humildade para ser assim homem entre os homens; o Cristo amando os homens todos os dias chegando ao extremo de dar a vida por eles no alto da cruz; o Cristo realizando a vontade do Pai e cantando sua glória; o Cristo ressuscitando para a vida eterna e assim passando desta vida ao Pai… Cada dia Francisco contempla os mistérios da vida de Cristo e descobre assim seu caminho. Quer seguir os traços de Cristo. Deixa-se transformar por ele. Esta é, pois, sua vida”.
6. Há aqueles que fazem penitência e os que não fazem… “Como irmãos e irmãs da penitência, em virtude de sua vocação, impulsionados pela dinâmica do Evangelho (os franciscanos seculares) conformem seu modo de pensar e de agir ao de Cristo, mediante uma radical transformação interior que o próprio Evangelho designa pelo nome de “conversão”, a qual, devido à fragilidade humana, deve ser realizada todos os dias” (Regra n. 7).
7. Converter-se é passar a viver a vida nova do Evangelho. Essa conversão se dá no quotidiano da existência. Os franciscanos seculares vivem no mundo e é nesse mundo que se convertem. Voltando a citar o Documento francês: “ Todo homem está num estado de vida: casamento, celibato ou viuvez. Todo homem exerce uma profissão, reserva um tempo para o lazer, faz parte de agrupamentos da sociedade. Todo homem está inserido num tecido de relacionamentos familiares, sociais, profissionais, culturais, religiosos, económicas, políticas, nacionais e internacionais. É chamado a assumir responsabilidades nestes diversos domínios ou campos. É precisamente esta realidade terrestre que o franciscano secular é chamado viver e a transformar segundo o Evangelho”. Assim, ele transforma o mundo e caminha rumo à santidade no coração das realidades.
8. Os franciscanos seculares estão bem conscientes de tudo o que acaba de ser lembrado. Sabem que para Francisco o começar a fazer penitência tem um dado preciso. Ele começou a se transformar quando se aproximou dos leprosos. Em nossos dias a conversão acontece quando se presta uma atenção toda especial às relações humanas e sobretudo com os mais pobres. Aprendemos a admirar o trabalho da Dra. Zilda Arns Neuman, criadora da pastoral da criança, que atinge milhares e milhares de mulheres mães e de crianças. Amando os pobres e também aqueles que nos rejeitam é o Cristo que encontramos e vemos se operar nossa conversão. Como a de Francisco, nossa conversão passa pelo amor dos homens.
9. Não podemos ser cristãos medíocres. A Regra da OFS é um convite à santidade de vida. As fraternidades seculares são lugares de busca da perfeição evangélica. Os retiros anuais ou mais frequentes, os exames de consciência, as visitas fraterno-pastorais, a recepção regular do sacramento da confissão, a disponibilidade, mesmo com sacrifício para assumir serviços na Igreja e na Ordem são sinais de que estamos num caminho bom.
10. A intensa vida eucarística dos franciscanos seculares será de fundamental importância. Ali morremos a nós mesmos, com Cristo, e renascemos. A Eucaristia é lugar de santidade e de santificação.
(*) Frei Almir Ribeiro Guimarães, OFM

Texto de reflexão enviado pelo Irmão Luís Miguel Ramos, responsável pela formação do CERS,  para o fim de semana, sobre a Ordem Franciscana Secular que, segundo o mesmo, nos interpela e lança questões para as quais devemos ter uma atitude proactiva.




26 de setembro de 2016

26º Domingo do Tempo Comum


26º DOMINGO DO TEMPO COMUM
(25 de Setembro)

Introdução à Liturgia:
A liturgia de hoje deixa-nos um forte apelo na luta contra a indiferença e o comodismo. Uma das grandes preocupações dos Profetas foi exactamente esta de abrir a vivência da fé às inquietações sociais que, ontem como hoje, devem traduzir a nossa identidade crente, ajudando-nos a transformar o mundo num espaço de comunhão e de fraternidade

Introdução às Leituras:
A primeira leitura, do livro de Amós, mostra como o profeta é um homem atento que não usa uma linguagem de meias-tintas; bem pelo contrário, deixa fortes interpelações que mantêm a sua actualidade no nosso tempo. A luta pela justiça social foi o seu lema, assumido também por Jesus com grande empenho e vigor.

       Dando continuidade à leitura da Carta a Timóteo, Paulo exorta o seu discípulo e colaborador a manter-se fiel à doutrina que lhe ensinou e a fundamentar toda a sua vida em Cristo Jesus e no seu corajoso testemunho dado perante Pilatos, na afirmação da verdade.


No Evangelho, S. Lucas, o grande mestre das Parábolas, oferece-nos mais uma daquelas que marcam e definem a identidade da mensagem de Jesus: a Parábola do rico avarento e do pobre Lázaro, dois personagens que tipificam os dois caminhos da relação do homem com Deus: abrir-se ao outro ou fechar-se em si mesmo; a indiferença ou o acolhimento. Uma bela parábola para traduzir a misericórdia partilhada.

 Padre João Lourenço, OFM

16 de setembro de 2016

25º Domingo do Tempo Comum

25º Domingo do Tempo Comum
(18/09/2016)


          Introdução à Liturgia:                
O uso dos bens temporais e a luta pela justiça são dois temas centrais da nossa fé e sempre presente na vida social. Talvez, nunca como hoje, sintamos a urgência em olhar de frente para esta temática. A palavra de Deus que hoje nos é proposta enfrenta este dilema da radicalidade das nossas opções: ‘fazer do dinheiro uma divindade’, como sucede na nossa sociedade, trás consigo todas as consequência nefastas que vamos experimentando no dia-a-dia das nossas vidas.

            Introdução às Leituras 
A 1ª leitura, do livro de Amós, fala-nos das injustiças do tempo do profeta e do empenho que Amós em construir um sistema social justo e autêntico, que seja a expressão de uma verdadeira vivência de fé. O vigor das suas palavras e da sua denúncia fazem com que Amós seja um exemplo para todos os tempos na luta pela justiça e pela fraternidade.

Na carta ao seu discípulo Timóteo, Paulo recorda-lhe quais são as suas obrigações enquanto testemunha do Evangelho que anuncia. Em primeiro lugar, temos a oração por todos, pois esse é o desígnio de Deus: que todos se salvem.

Na sequência das parábolas da misericórdia do domingo passado, hoje Lucas apresenta-nos uma outra parábola sobre o uso dos bens temporais e a gestão dos mesmos. Trata-se de um texto de difícil compreensão, pois pressupõe o conhecimento das tradições próprias do tempo. No entanto, a conclusão da parábola é uma mensagem para todos os tempos: não podemos servir a Deus e ao dinheiro. Com esta mensagem, Jesus quer-nos advertir que a 1ª opção da nossa vida tem de ser por Ele.

Padre João Lourenço, OFM


9 de setembro de 2016

24º Domingo do Tempo Comum

24º Domingo do Tempo Comum
(11/09/2016)

As Três Parábolas da Misericórdia 
        
          Introdução à Liturgia:                
Celebramos ao longo deste ano, como todos sabemos, e por proposta do Papa Francisco, o Ano da Misericórdia. Hoje, a liturgia, através das leituras que nos são propostas, conduz-nos ao núcleo central daquilo que é a misericórdia que somos convidados a viver na nossa experiência cristã. Acolher as ‘Parábolas’ da misericórdia que S. Lucas nos propõe no capítulo 15 do deu Evangelho, é a expressão suprema desta vivência que nos leva a celebrar a nossa fé na Eucaristia.

            Introdução às Leituras 
A 1ª leitura, tomado do livro do Êxodo, Moisés põe à prova a misericórdia de Deus, estabelecendo o contraste entre a fragilidade do povo, a bondade de Deus e o testemunho dos antepassados. É um episódio estranho, marcante da caminhada do deserto, onde Deus se deixa provocar pela insistência de Moisés. A vivência da misericórdia é um contínuo desafio a Deus para que nos aceite como filhos.

Na 2ª leitura, da carta a Timóteo, Paulo diz-nos que Cristo veio ao mundo para nos dizer, a nós pecadores que andávamos longe de Deus, que estamos salvos pela fé e pela graça que Cristo nos concedeu. Esta é a expressão mais sublime da misericórdia de Deus para connosco.

Acolher as 3 parábolas da misericórdia – a ovelha tresmalhada, a moeda perdida e o regresso do Filho Pródigo – é um momento único neste ano da misericórdia. O que pretendem estas parábolas transmitir-nos? Apenas uma coisa: Deus é sempre Pai, e isso não depende do nosso comportamento de filhos.

Padre João Lourenço, OFM

5 de setembro de 2016

44ª Peregrinação Franciscana 2016





A Peregrinação Franciscana a Fátima 2016 terá vários motivos a animar a nossa caminhada de cristãos e franciscanos:
-  O Jubileu da Misericórdia
-  Os 800 Anos da chegada dos Franciscanos a Portugal
-  Os 800 Anos do Perdão de Assis
-  O centenário da morte da Irmã Mary Wilson
-  O centenário das Aparições do Anjo em Fátima

Programa – Horário

Sábado, 1 de Outubro:

 14:00 – Hora de Reparação ao Imaculado Coração de Maria (Capelinha das Aparições)
 15:00 – Meditação e Adoração Eucarística (Basílica da Santíssima Trindade)
 Tempo para os Peregrinos que quiserem se confessarem (Capela da Reconciliação)
 17:00 - Saudação a Nossa Senhora (Capelinha das Aparições)
 Peregrinação até à Basílica da Santíssima Trindade e passagem pela «Porta Santa»
 18:00 – 19:30 – Eucaristia (Basílica da Santíssima Trindade)
 21:30 – Terço e Procissão de velas (Capelinha das Aparições).
 23:00 – 00:30 - Vigília (Basílica de Nossa Senhora do Rosário)

Domingo, 4 de Outubro:

 10:00 – Terço (Capelinha das Aparições)
 11:00 – Eucaristia Internacional


Domingo XXIII do Tempo Comum

EVANGELHO Lc 14, 25-33
Quem não toma a sua cruz para Me seguir, não pode ser meu discípulo.


 
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