Retalhos Como Francisco e Clara de Assis, a Fraternidade a todos saúda em Paz e Bem!Retalhos

9 de abril de 2012

16 de Abril - Dia Nacional da FFP - Mensagem







FAMÍLIA FRANCISCANA PORTUGUESA
Largo da Luz, 11 - 1600-498 LISBOA
Tel. 217166327 - 963967784
Email:
vmelicias@gmail.com



DIA NACIONAL DA FAMÍLIA FRANCISCANA PORTUGUESA
16 DE ABRIL DE 2012
MENSAGEM



Caríssimos Irmãos e Irmãs
da Família Franciscana Portuguesa


O Senhor vos dê a Paz.



Como é do conhecimento geral e de muito boa prática, celebra-se no dia 16 de abril (de cada ano) o Dia Nacional da Família Franciscana Portuguesa, em comemoração da data da aprovação da nossa Proto Regra pelo Papa Inocêncio III nesse dia de 1209.
No nosso calendário comum, esta é seguramente uma data maior e um tempo forte de vivência e
reafirmação da nossa unidade fraterna e dos vínculos da mais profunda comunhão de Regra e de Vida que nos unem na maravilhosa vocação franciscana.
Louvando o Senhor, que «nos deu Irmãos» instituímos este Dia da Família para aprofundarmos esses laços de excelsa fraternidade mística e espiritual.
Importa, pois e sumamente, que o vivamos e valorizemos como tal.
Assim, peço a todos que, em sintonia de vontades com a Assembleia Geral e a Direção da nossa Família, hoje e para sempre façamos dele, como grande dia franciscano de Portugal, o Dia do nosso afeto, da nossa comunhão fraterna, da nossa entreajuda e cordialidade.
Neste ano de 2012, jubilosamente celebrado como Ano Clariano em comemoração do VIII Centenário da Regra das Irmãs de Santa Clara, toda a Família Franciscana deseja conferir uma tónica de «louvor de Santa Clara» às celebrações do Dia Nacional.
Por isso, se decidiu que o dia 16 de abril seja celebrado internamente em cada Fraternidade e Mosteiro com os atos e iniciativas que cada entidade considerar mais oportunos, de modo a que o Dia seja, significativa e vivencialmente, assinalado também com nota clariana.

Mais se decidiu que as celebrações conjuntas de toda a Família sejam, este ano, transferidas para o feriado dia 25 de Abril e festivamente celebradas na modalidade de «Capítulo das Esteiras de toda a Família Franciscana», na cidade de Coimbra, e em torno do antigo e monumental Mosteiro de Santa-Claraa-Velha.
Ao juntar a esta mensagem o Programa do Capítulo das Esteiras, solicito o entusiástico empenhamento de todos para que, neste ano em que também iniciamos a preparação dos VIII Centenário dos Protomártires de Marrocos e da Vocação Franciscana e missionária de Santo António de Lisboa, a cidade de Coimbra e Portugal, sintam a presença franciscana, que tão fortemente marcou a identidade cultural e histórica do nosso país e da lusofonia.
Que o Dia Nacional, assim celebrado este ano a 16 e 25 de abril, seja um grande dia de franciscanismo vivo e alegre.

À glória de Cristo.
Com fraternos votos de Santa Páscoa da Ressurreição,

Lisboa, 02 de abril de 2012.
Frei Vítor José Melícias Lopes, ofm
(Presidente)

8 de abril de 2012

Jesus Ressuscitou! Aleluia!


2 de abril de 2012

Senhor Jesus Cristo! - Semana Santa




Adoramos-Te, Santíssimo Senhor Jesus Cristo

Aqui e em todas as tuas Igrejas espalhadas

por todo o mundo e te louvamos,

porque pela tua Santa Cruz remiste o mundo!

(S. Francisco de Assis)

Eterno Sacerdote, que hoje alçado
Na grande ara da Cruz onde morrestes,
A Deus em sacrifício oferecestes
A Vós mesmo, em amor todo abrasado.


Supremo Rei, não de ouro coroado,
Mas de cruéis espinhos, que escolhestes,
Que por Senhor dos reinos que vencestes
No trono dessa Cruz estais jurado.


Guerreiro Capitão, que assim ferido
Com a lança que ao ombro alevantastes,
A morte que morreis tendes vencido.
Entrai, Senhor, nesta alma que buscastes
E nela para sempre recolhido
Os títulos tomai que hoje ganhastes.
(Hino da liturgia)

1 de abril de 2012

Domingo de Ramos - Início da Semana Santa

A mulher unge os pés do Senhor - Mosaico do Centro Aletti - Vaticano



DOMINGO DE RAMOS
NA PAIXÃO DO SENHOR
Semana II do Saltério
Vésperas I
Leitura breve 1 Pedro 1, 18-21
Lembrai-vos que não foi por coisas corruptíveis, como prata e ouro, que fostes resgatados dessa vã maneira de viver, herdada dos vossos pais, mas pelo Sangue precioso de Cristo, Cordeiro sem defeito e sem mancha, predestinado antes da criação do mundo e manifestado nos últimos tempos por vossa causa. Por Ele acreditais em Deus que O ressuscitou dos mortos e Lhe deu a glória, para que a vossa fé e a vossa esperança estejam postas em Deus.

21 de março de 2012

No encontro e no diálogo fiéis à Regra e à Igreja



Na próxima sexta-feira, dia 23 de março, realiza-se, no Centro Cultural Franciscano, mais uma conferência do ciclo de conferências dedicadas à Família - 2012.


Tema: Família: esteio de Amor incondicional
Oradores
: Luísa e António Marques de Carvalho
Sumário:
A família vive actualmente o assalto do relativismo, da indiferença, da licenciosidade, do egoísmo e do individualismo, como aqui realçou o Dr. Bagão Félix no início deste ciclo de conferências. Ela é porém o único bastião em que se pode viver o amor incondicional, a fraternidade e o diálogo intergeracional e é a primeira comunidade, a célula base de qualquer sociedade solidária, onde se aprendem a viver os valores que a sustentam.
Uma gestão adequada das relações humanas, particularmente no seio da família, deve procurar permanentemente a satisfação das necessidades de amar e ser amado e das de ser autónomo e válido, um equilíbrio dinâmico que exige de cada um de nós um escrutínio (avaliação) dos sentimentos, pensamentos e comportamentos, e uma comunicação franca, clara e confiante desse diagnóstico aos que amamos, para que, após o romance, possamos superar as desilusões, vencer os medos e renovar o vigor do nosso sonho de felicidade e retomar o entusiasmo do projecto comum que acompanha o nosso compromisso de constituir uma família ou de seguir uma vocação de consagração aos outros, fazendo opções realistas de aperfeiçoamento da relação em casal, em família e com a comunidade. Dialogando e partilhando com simplicidade esse nosso esforço de encontro connosco mesmos vivemos um estilo de vida aberto e confiante que é crucial para o reconhecimento mútuo e para nos acompanharmos realmente na alegria e na dor, numa comunhão que vence o desânimo, supera as ameaças de desagregação e as pressões de uma sociedade que aparenta estar carente de valores e tornar-se escrava do consumismo e do individualismo.
Perante estas ameaças é dever do cristão reafirmar na sua prática quotidiana que o amor eterno e incondicional é possível, certamente com imperfeições, mas com perseverança de crente num caminho de santidade dos que não desistem de uma visão esperançosa da humanidade. Isso é certamente o cerne do sacramento do Matrimónio, mas é-o também da consagração ao serviço da Igreja numa comunidade e no sacramento da Ordem. Todos estes compromissos são de relação de amor, seja para constituir uma família, seja para servir a comunidade.

Algumas referências bibliográficas:
Familiaris Consortio – exortação Apostólica de João Paulo II sobre a Família – Ed. S. Paulo – ISBN-972-30-0616-2, 1994
O Segredo do Amor Eterno – John Powell, sj – Ed. Paulinas –ISBN-972751-479-0, 2002
As 5 linguagens do Amor – Gary Chapman – Ed. SmartBook -
ISBN: 978-9898297112
Não à solidão a dois, a (in)comunicação no casamento – Jacques Salomé – Ed. Ésquilo – ISBN-972-8605-10-2, 2001
Ouvir, Falar, Amar – Laurinda Alves, Alberto Brito, sj – Ed. Oficina do Livro – ISBN-978-989-555-552-9, 2011
Sabedoria de um pobre – Elói Leclerc – Ed. Franciscana - , ISBN-972-9190-36-4, 1983
P. José António da Silva Soares, Ensino e Acção Pastoral – Coord. António de Sousa Araújo – estudos Franciscanos, Itinerarium, XLIX (2003) 369-380

10 de março de 2012

A Correção Fraterna




A Correção Fraterna
O dever de correção fraterna. A sua eficácia sobrenatural. A correção fraterna era praticada com frequência entre os primeiros cristãos. Falsas desculpas para não fazê-la. Ajuda que prestamos. Virtudes que se devem viver ao fazer a correção fraterna. Modo de recebê-la.
I. JÁ NO ANTIGO TESTAMENTO a Sagrada escritura nos mostra como Deus se serve frequentemente de homens cheios de fortaleza e de caridade para fazer notar a outros o seu afastamento do caminho que conduz ao Senhor. O Livro de Samuel apresenta-nos o profeta Natã, enviado por Deus ao rei David para falar-lhe dos pecados gravíssimos que este havia cometido. Apesar da evidência desses pecados tão graves (adultério com a mulher do seu fiel servidor, cuja morte provocou) e de que o rei fosse um bom conhecedor da L, “o desejo havia-se apoderado de todos os seus pensamentos e a sua alma estava completamente adormecida, como que num torpor. Necessitou da luz e das palavras do profeta para tomar consciência do que tinha feito”. Naquelas semanas, David vivia com a consciência adormecida pelo pecado. Para fazê-lo perceber a gravidade do seu delito, Natã expôs-lhe uma parábola:
Havia numa cidade dois homens: um rico e outro pobre. O rico tinha muitos rebanhos de ovelhas e de bois; o pobre só tinha uma ovelhinha que havia comprado; ia criando-a e ela crescia com ele e com os seus filhos, comendo do seu pão e bebendo da sua taça, dormindo nos seus braços: era para ele como uma filha. Certo dia, chegou uma visita à casa do rico e este, não querendo perder uma ovelha ou um boi para dar de comer ao seu hóspede, subtraiu a ovelha do pobre e preparou-a para o seu hóspede. David pôs-se furioso contra aquele homem e disse a Natã: Pela vida de Deus! Aquele que fez isso é réu de morte!
Natã respondeu então ao rei: Tu és esse homem. E David tomou consciência dos seus pecados, arrependeu-se e dasafogou a sua dor num salmo que a Igreja nos propõe como modelo de contrição. Começa assim: Tem piedade de mim, ó Deus, segundo a tua bondade; e conforme a imensidão da tua misericórdia, apaga a minha iniquidade…
David fez penitência e foi grato a Deus. Tudo graças a uma advertência oportuna e cheia de fortaleza. Um dos maiores bens que podemos prestar àqueles a quem mais queremos e a todos, é a ajuda, muitas vezes heróica, da correção fraterna. No convívio diário, observamos que os nossos familiares, amigos ou conhecidos – como, aliás, nós mesmos – podem chegar a formar hábitos que destoam de um bom cristão e que os afastam de Deus. Podem ser faltas de laboriosidade habituais, de pontualidade, modos de falar que beiram a murmuração ou a difamação, brusquidões, impaciências… Podem ser também faltas de justiça nas relações de trabalho, atitudes pouco exemplares no modo de viver a sobriedade ou a temperança, gula embriaguez, gastos de pura ostentação, desperdícios de dinheiro no jogo ou nas lotarias, amizades ou familiaridades que põem em perigo a fidelidade conjugal ou a castidade… É fácil compreender que uma correção fraterna feita a tempo, oportuna, cheia de caridade e de compreensão, a sós com o interessado, pode evitar muitos males: um escândalo, um dano irreparável à família…; ou, simplesmente, pode ser um estímulo eficaz para que a pessoa em questão corrija um defeito e se aproxime mais de Deus. Esta ajuda espiritual nasce da caridade e é uma das suas principais manifestações. Por vezes, é também uma exigência da virtude da justiça, quando existe para com a pessoa que deve ser corrigida uma especial obrigação de prestar-lhe essa ajuda. Devemos pensar com frequência se não nos omitimos nesta matéria. “porque não te decides a fazer uma correção fraterna? – Sofre-se ao recebê-la, porque custa humilhar-se, pelo menos no começo. Mas, fazê-la, custa sempre. Bem o sabem todos. – O exercício da correção fraterna é a melhor maneira de ajudar, depois da oração e do bom exemplo.

II. A CORREÇÃO FRATERNA tem sabor evangélico; os primeiros cristãos praticavam-na frequentemente, tal como o Senhor a tinha estabelecido – Vai e corrige-o a sós -, e ocupava um lugar muito importante nas suas vidas, pois conheciam a sua eficácia. São Paulo escreve aos fiéis de Tessalónica: Se alguém não obedecer ao que dizemos nesta carta… não o olheis como inimigo, antes corrigi-o como a um irmão. Na epístola aos Gálatas, o apóstolo diz que a correção fraterna deve ser feita com espírito de mansidão. O Apóstolo São Tiago incentiva da mesma forma os primeiros cristãos a praticá-la, recordando-lhes a recompensa que o Senhor lhes dará: Se algum de vós se desviar da verdade e um outro conseguir reconduzi-lo, saiba que quem converte um pecador do seu extravio salvará a alma dele da morte e cobrirá a multidão dos seus próprios pecados. Não é uma recompensa pequena. Não podemos desculpar-nos a repetir e repetir as palavras de Caim: Por acaso sou eu o guardião do meu irmão? Entre as desculpas que podemos dar no nosso coração para não fazer ou para adiar a correção fraterna, está antes de mais nada o medo de entristecer aquele que a deve receber. É paradoxal que o médico não deixe de ao paciente que, se quer ser curado, deve sofrer uma dolorosa operação, e que nós, cristãos e franciscanos, tenhamos relutância às vezes em dizer àqueles que nos rodeiam que está em jogo a saúde da sua alma. “É grande o número dos que, para não desagradarem ou para não impressionarem uma pessoa que tenha entrado nos últimos dias e nos momentos extremos da sua existência terrena, lhe silenciam o seu estado real, causando-lhe desse modo um mal de dimensões incalculáveis. Mas é mais elevado o número daqueles que vêem os seus amigos no erro ou no pecado, ou prestes a cair num ou noutro, e permanecem mudos, e não mexem um dedo para lhes evitar esses males. Poderíamos considerar amigo a quem se comportasse connosco desse modo? Certamente que não. E, no entanto, as pessoas à nossa volta adoptam frequentemente essa atitude para não nos magoarem”. Com a prática da correção fraterna, cumpre-se verdadeiramente o que nos diz a Sagrada escritura: o irmão ajudado pelo seu irmão é como uma cidade amuralhada. Nada nem ninguém pode derrotar uma caridade bem vivida. Com essa demonstração de amor cristão, não são só as pessoas que melhoram, mas toda a sociedade. Evitam-se ao mesmo tempo críticas e murmurações que tiram a paz da alma e conturbam as relações entre homens. A amizade, se for verdadeira, torna-se mais profunda e autêntica com a correção fraterna; e e cresce também a amizade com Cristo.

III QUANDO SE PRATICA a correção fraterna, deve-se viver uma série de virtudes sem as quais não estaríamos diante de uma autêntica manifestação de caridade. “Quando tiveres de corrigir, fá-lo com caridade, no momento oportuno, sem humilhar…e com ânimo de aprender e de melhorares tu mesmo naquilo que corriges”, tal como Cristo a praticaria se estivesse no nosso lugar, com a mesma delicadeza, com a mesma firmeza. Às vezes, uma certa irritabilidade e falta de paz interior pode levar-nos a ver nos outros defeitos que na realidade são nossos. “Devemos corrigir, pois, por amor; não com o desejo de ferir, mas com a intenção carinhosa de conseguir que a pessoa se emende […]. Porque a corriges? Porque te irrita teres sido ofendido por ela? Queira Deus que não. Se o fazes por amor-próprio, nada fazes. Se é o amor que te move, atuas bem”. A humildade ensina-nos, mais talvez do que qualquer outra virtude, a encontrar as palavras certas e o modo de falar que não ofende, ao recordar-nos que nós também precisamos de muitas ajudas semelhantes. A prudência leva-nos a fazer a advertência com prontidão e no momento mais adequado; esta virtude é-nos necessária para levarmos em conta o modo de ser da pessoa e as circunstâncias por que está passando: “como bons médicos, que não curam de uma só maneira”, não dão a mesma receita a todos os pacientes. Depois de corrigirem alguém, não devemos deixar-nos impressionar se parece que não reage, antes é preciso ajudá-lo ainda um pouco mais com o exemplo, com a oração e a mortificação por ele, e com uma maior compreensão. Quando somos nós que recebemos uma correção, devemos aceitá-la com humildade e em silêncio, sem nos desculparmos, reconhecendo a mão do Senhor nesse bom amigo, que o é pelo menos a partir daquele momento; comum sentimento de gratidão viva, porque alguém se interessou de verdade por nós; com a alegria de pensar que não estamos sós no esforço por dirigir sempre os nossos passos para Deus. “Depois de teres recebido com provas de carinho e de reconhecimento as advertências que te fazem, procura segui-las como um dever, não só pelo benefício que representa corrigir-se, mas também para fazeres ver à pessoa que te advertiu que não foram em vão os seus esforços e que tens muito em conta a sua benevolência. O soberbo, ainda que se corrija, não quer aparentar que seguiu os conselhos que lhe deram, porque os despreza; quem é verdadeiramente humilde tem por ponto de honra submeter-se a todos por amor de Deus, e vive os sábios conselhos que recebe como vindos do próprio Deus, seja qual for o instrumento de que Ele se tenha servido”. Ao terminarmos a nossa oração, recorramos à santíssima Virgem, Mater boni consilii, Mãe do bom conselho, para que nos ajude a viver sempre que for necessário essa prova de amizade verdadeira, de apreço sincero por aqueles com quem temos um contacto mais frequente, que é a correção fraterna.
Pe. Paulo Ferreira, OFM
Assistente da Região Sul da Ordem Franciscana Secular de P
ortugal
Fontes: 2 Sam 12. 1-17; São João Crisóstomo, Homilias sobre São Mateus, 60, 1; Sl 50; São Josemaría Escrivá, Forja, n. 455 e 641; Mt 18, 15; Didaqué, 15, 13; 2Tess 3, 14-15; gál 6, 1; Ti 5, 19-20; Gen 4, 9; S. Canals, Reflexões Espirituais, pág. 133; Prov 18, 19; São João Crisóstomo, op. Cit., 29; Leão XIII, Prática da humildade, 41.

27 de fevereiro de 2012

Retiro Quaresmal da Fraternidade



“Deixa a tua terra … e parte” (de Abraão a Francisco de Assis) foi o tema do retiro quaresmal orientado pelo Padre João Lourenço, OFM e organizado pela Fraternidade Franciscana Secular de S. Francisco à Luz, que se realizou, no dia 25 de fevereiro, no Espaço Pastoral dos Santos Mártires de Marrocos, do Convento da Fraternidade da Imaculada Conceição e que contou com a participação de inúmeros irmãos e simpatizantes de S. Francisco.
Após o acolhimento, rezámos Laudes, escutámos uma reflexão introdutória sobre o tema do retiro, a partir do Testamento de S. Francisco e partimos em reflexão pessoal, por breves minutos, pelos jardins do Convento.
Regressados ao Espaço Pastoral, iniciou-se a primeira conferência do retiro subordinada ao tema: “Abraão: parte e vai para a terra que eu te indicar…”, depois da proclamação da Palavra alusiva à vocação de Abraão e à imolação de seu filho Isaac. Seguiu-se, até à hora do almoço, um tempo de reflexão pessoal e em pequeno grupo sobre pequenos textos, previamente distribuídos, com parágrafos da Regra da OFS.
O almoço decorreu em alegre e ameno convívio nos jardins belíssimos e primorosamente cuidados do Convento da Luz.
Iniciámos a segunda parte do retiro em silêncio e adoração Eucarística, naquela que foi a primitiva capela do Palácio e do Convento e que terá dado o nome à Fraternidade, da 1ª Ordem Franciscana, aqui sediada.
Terminada a adoração encaminhámo-nos para o Espaço Pastoral dos Santos Mártires de Marrocos, onde assistimos à segunda conferência, sob o tema: “Francisco: Vai e repara a minha Igreja…”, seguindo-se, tal como ocorreu no período da manhã, um tempo de reflexão pessoal e em pequeno grupo.
O dia lindo de retiro terminou com a celebração da Eucaristia na Capela da Imaculada Conceição.
À Glória de Cristo. Ámen.

Maria Francisca Rebordão Topa

18 de fevereiro de 2012

Retiro da Quaresma - 25 de fevereiro









Fraternidade de S. Francisco à Luz
Ordem Franciscana Secular
Retiro Quaresmal
Deixa a tua Terra… e parte.”
(… de Abraão a Francisco de Assis)
Orientado pelo Pe. João Lourenço





Local: Sala dos Santos Mártires de Marrocos/Centro Cultural Franciscano
Sábado 25 de Fevereiro de 2012
09:30 – 18:00
09:30 – Acolhimento
10:00 – Tempo de Oração (Laudes + Texto sobre S. Francisco); Exortação após a leitura
10:30 – Breve tempo de silêncio (continuando a reflexão de Laudes)
11:00 – Conferência (Abraão: “Parte e vai para a terra que eu te indicar…”)
12.00 - Tempo de Reflexão (Pessoal ou pequeno grupo sobre um texto proposto)
13:00 – Almoço (partilhado)
14:30 – Tempo de Adoração (Silêncio, c. 45 min)
15:30 – Conferência (Francisco: “Vai e rapara a minha Igreja…”)
16:30 – Tempo de reflexão pessoal
17:00 – Eucaristia
18:00 – Despedida

10 de fevereiro de 2012

O SANTO "maluquinho" de Assis - Testemunho













O SANTO “maluquinho” de Assis
Eu sou uma apaixonada de Francisco de Assis. E, se o não fosse, seria de admirar. O meu pai pertencia à ordem terceira franciscana e, desde pequenina, em casa, o nome de Francisco era muito familiar. Eu própria, se tivesse nascido rapaz ter-me-iam posto o seu nome. Assim, de qualquer modo, fiquei na família. Baptizaram-me de “Clara”. E, segundo os meus pais contavam, a minha mãe deu entrada na maternidade depois de ter terminado a reunião mensal dos Terceiros, na Igreja de Santo António à Sé, em Lisboa.

Francisco de Assis é um modelo. Um modelo de amor a Cristo, aos irmãos e a tudo o que Deus criou. Aprendi a amá-lo pelo fascínio que tinha para mim a sua vida errante, alegre, despojado de tudo, pela poesia que lhe brotava da alma e que o fazia cantar louvores ao Criador. Quando eu era adolescente, duma maneira um tanto irreverente, chamava-lhe “o santo maluquinho de Assis”. O meu pai, homem bom e sensível, não gostava muito desta minha maneira de falar acerca do Poverello… Mas eram de carinho essas palavras.

Longe já vai essa época. Muita coisa mudou na minha vida. Mas o espírito franciscano continua mais vivo do que nunca. Um dos meus filhos chama-se Francisco. E o nosso Santo tem tido sempre também um cantinho na minha casa, na nova vida que construí.

Tive, há pouco tempo, o ensejo de visitar em Itália os lugares franciscanos. E foi maravilhoso!

O Senhor deu-me esta oportunidade e São Francisco e Santa Clara
[a], lá estavam à minha espera. Tudo o que senti em Assis, Greccio, Rivotorto ou no Monte Alverne, é impossível de descrever. Mas tive consciência de que por ali passou o meu Santo.

O mundo hoje é muito diferente… Francisco, se andasse agora por aqui, certamente não iria beijar as chagas do leproso, mas não viraria a cara para o lado quando passasse por um-sem-abrigo, desgrenhado e mal cheiroso. Não deixaria de repartir o pouco que teria, com algum pedinte que o abordasse. Da sua boca sairia sempre uma palavra de conforto para o seu semelhante e a sua oração de louvor a Deus seria tão fervorosa e intensa como o foi na época em que cá andou.

A sua simplicidade derrubaria as barreiras que hoje nós construímos como defesa da nossa integridade, porque há tanta maldade por aí. O comodismo, a intolerância, a falta de tempo para amar o próximo, que hoje fazem parte do dia a dia, não se instalariam no seu modo de vida. Francisco, hoje, como ontem, teria o seu campo de acção, ouviria a palavra de Jesus e seguiria as suas pegadas.

Querido Santo, não deixes que se apague em mim a chama e a emoção que eu vivi no Monte Alverne. Que não tenha subido, em vão, lá acima. Que no íntimo do meu coração, com a simplicidade com que tu viveste, eu possa chamar de irmãos, não só o sol, a lua e as estrelas, mas todo aquele que precisar da minha ajuda. Que eu encontre sempre o modo certo para confortar, que eu saiba dar amor e que encontre o verdadeiro significado da palavra humildade que tu tanto amaste.

Meu bom Santo! O Santo mais “maluquinho” que eu conheço! Louvado seja Deus pela admirável criatura que tu foste e por me ter sido dada a felicidade de Te conhecer desde que nasci.

PAZ e BEM, Pai São Francisco!
Maria Clara
(escrito em 2005)
Hoje, em 2011, sou
Maria Clara, ofs

[a] Clara de Assis, discípula de S. Francisco. Com ela começou a segunda ordem franciscana: as Irmãs Clarissas.

2 de fevereiro de 2012

Um abraço apertadinho



AQUI VAI AQUELE ABRAÇO



Com a crise que o país atravessa, vamos investir naquilo que temos depositivo: *a amizade*!




*Abraço...****





É demonstração de afecto

Carinho e muito amor

É saudade e lágrima

Mas também o calor



Abraço é amar

É querer aconchego

É sentir um amigo

Com todo o seu apego



Podemos abraçar

Uma causa uma pessoa

Abraço é abraço

É cingir e cercar

É não sentir espaço



Abraçar uma causa**

É o que nos faz sentir

Que quem luta acredita

E nunca deve desistir



Abraçar uma criança

Transmitir-lhe carinho

É dizer-lhe com os braços

Que nunca estará sozinho



Abraçar um amigo

Com toda a fraternidade

E como dizer estou aqui!

Para a toda a eternidade



Abraçar um amor

Com toda a compreensão

É desatar todos os nós

E fazer um laço de união



Vamos assim abraçar

Uma criança, uma causa

Um amigo e o nosso amor?

Custa tão pouco abraçar...Acreditem não dá dor!* *




"Se pudéssemos ter consciência do quanto nossa vida é passageira, talvez pensássemos duas vezes antes de deitar fora as oportunidades que temos de ser e de fazer os outros felizes!"



*
**

*Mantenha o** **Abraçódromo** **vivo!***


Teresa Canto e Castro

 
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