Retalhos Como Francisco e Clara de Assis, a Fraternidade a todos saúda em Paz e Bem!Retalhos

29 de novembro de 2014

1.º Domingo do Advento - Ano B

1.º Domingo do Advento - Ano B


Introdução à Liturgia


Iniciamos hoje, com a liturgia do primeiro Domingo do Advento, um novo ano litúrgico e a preparação do Natal. Ao longo deste ano litúrgico vamos celebrar e viver os mistérios da vida do Senhor acompanhados pelo Evangelho de S. Marcos que nos convida a descobrir Jesus como o verdadeiro messias, o autêntico salvador que Deus oferece e propõe ao homem. Por outro lado, este tempo de Advento convida-nos a preparar a vinda do Senhor ao coração de cada um

Introdução às Leituras

A primeira leitura é um apelo dramático a Jahwéh, o Deus que é “pai” e “redentor”, no sentido de vir mais uma vez ao encontro de Israel para o libertar do pecado e para recriar um Povo de coração novo. O profeta não tem dúvidas: a essência de Deus é amor e misericórdia, “qualidades” que levam o Seu povo a confiar plenamente n’Ele. É um texto admirável de Isaías que nos ajudará a fazer uma verdadeira preparação.

A segunda leitura mostra como Deus Se faz presente na história e na vida de uma comunidade crente, através dos dons e carismas que gratuitamente derrama sobre o seu Povo. É também um convite à esperança, à vigilância, para que não nos deixemos seduzir pelos enganos do tempo presente.

O Evangelho convida os crentes a olhar a História com esperança e a enfrentar os seus desafios com coragem, determinação e fé, animados pela certeza de que “o Senhor vem” e está sempre presente. Para o crente, a vida é sempre um tempo de compromisso ativo e efetivo na construção do Reino de Deus.

Padre João Lourenço, OFM

23 de novembro de 2014

PALAVRA VIVA

DOMINGO 30-11-2014
15 HORAS E 30 MINUTOS


10 de novembro de 2014

Frei Manuel do Cenáculo - Seminário



2 de novembro de 2014

Minibus para o Burkina Faso


26 de outubro de 2014

Plano de Vida e Ação 2014-2015


Ordem Franciscana Secular
Fraternidade de S. Francisco à Luz

PLANO DE VIDA E ACÇÃO 2014/2015

VIII Centenário do Nascimento de S. Luís Rei de França


capa: Ecce Homo
Mestre Desconhecido
c.1570
Madeira de carvalho
89 x 65 cm
Proveniência: Convento extinto, 1834
Museu Nacional de Arte Antiga, Inv. 433 Pint
Tema da Fraternidade Local:


NASCER DE NOVO PARA EVANGELIZAR COM ALEGRIA E COMO FRATERNIDADE

Tema Nacional: «Quem não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus» (Jo 3, 3).

Subtema Regional: «Nada nos roubará a alegria da Evangelização» (Papa Francisco, A Alegria do Evangelho).

INTRODUÇÃO
Em sintonia com o caminho da Igreja, «Sínodo da Família», «Ano da Vida Consagrada», apresentado pelo Papa Francisco, e Sínodo diocesano de Lisboa - assinalando 3 séculos de eleição da diocese de Lisboa a patriarcado, cuja abertura oficial se realizaria a 25 de outubro de 2014, Solenidade da Dedicação da Sé Patriarcal, em celebração na Sé, às 13:30 - propomo-nos, no próximo ano, redescobrir e fazer discernimento sobre a nossa vocação, deixando-nos iluminar pelas palavras de Jesus que nos convida a renascer.
Serve de suporte a figura de S. Luís IX, Rei de França, patrono da OFS, por ocasião do VIII centenário do seu nascimento (25 de abril de 1213/14 a 2014/15).
Por isso daremos particular realce aos seguintes aspetos:

OBJETIVOS

Da Fraternidade Nacional: 

             Fazer memória agradecida pelo passado da nossa história;
             Abraçar o futuro com esperança;
             Viver o presente com paixão, recuperar a espiritualidade do enamoramento, da                                  verdadeira amizade, da profunda comunhão.

Da Fraternidade Regional e Local:

    Objetivo geral:

 Dinamizar os irmãos para a comunhão fraterna.

Objetivos específicos:

Redescobrir e valorizar a pessoa na sua identidade;
  Desenvolver as qualidades pessoais em relação com os outros na Fraternidade

Sugestões de indicadores de medida:
Sugestões de critérios de superação:

CHAMAMENTO/VOCAÇÃO NA IGREJA

A referência a Jesus Cristo

A vocação cristã é, antes de mais, um chamamento a uma relação com Jesus Cristo, pelo que Ele se torna o ponto de referência último da nossa vida; acolhemo-Lo como o «Mestre» e submetemos-Lhe o nosso coração, o nosso modo de pensar, de escolher, de viver; aprendemos a ver o sentido da existência, o bem e o mal, a vida e a morte… deixando-nos guiar e formar por Jesus.
Neste caminho, o cristão percebe que a referência a Jesus é um bem para si, não mortifica a sua humanidade, mas, pelo contrário, torna-a «realizada», verdadeira, cheia de sentido; o cristão dá-se conta que, precisamente, na referência a Jesus de Nazaré encontra a verdade do seu ser homem ou mulher.
A referência a Jesus Cristo, a relação com Ele, não é vivida de maneira imediata e direta, mas atua-se através de algumas mediações: a Eucaristia (e, em dependência da Eucaristia, os outros sacramentos), a Palavra, a Oração.
Através destas realidades, o Senhor Jesus faz-se presente hoje e com o seu Espírito plasma e modela a vida do crente, que O acolhe na fé.

A ação do Espírito Santo

O Espírito Santo – que é o Espírito de Jesus – através da Eucaristia, da Palavra e da Oração atua no cristão para realizar nele o rosto de Jesus.
A ação do Espírito diz respeito a todo o homem construído pelo Espírito à imagem de Jesus e não apenas à sua alma.
O homem «espiritual» é o homem que se deixa guiar pelo Espírito e que deixa que a própria existência, pouco a pouco, assuma o rosto de Jesus Cristo.
Deste modo, o Espírito Santo faz de cada crente uma «memória criativa» de Jesus Cristo; a vida do crente é memória de Jesus Cristo porque reproduz a caridade de Jesus Cristo, a sua capacidade de se dar, de viver para os outros; e é criativa porque o crente não repete materialmente os gestos e as palavras de Jesus Cristo: o crente refaz hoje com os seus gestos e com as suas palavras o sentido contido nos gestos e nas palavras de Jesus.

A referência à Igreja

A referência absoluta e radical a Jesus Cristo realiza-se numa comunidade histórica e concreta de crentes, a comunidade da Igreja.
O sentido da Igreja é uma dimensão fundamental da vocação cristã: o cristão é «homem de Igreja», aceita a Igreja como comunidade visível e hierárquica na qual pela força do Espírito Santo se realiza a relação entre o Senhor Jesus e a sua humanidade crente.
A vida é resposta a um chamamento de Deus à existência e ao amor. A vocação é para alguma coisa: ninguém nasce por acaso sobre esta terra. A vida, portanto, é uma aventura no amor para uma missão que cada um de nós deve levar por diante…
Deus estima-nos, valoriza-nos, quer-nos colaboradores do seu plano de salvação.
A vocação cristã, especifica-se numa multiforme variedade de vocações. Todo o cristão, na prática, é chamado a seguir o mesmo Cristo mas de um modo particular, próprio. São dois os ramos principais, donde nascem as várias específicas vocações pertencentes à Igreja. O primeiro é representado pelas chamadas vocações «consagradas»: o sacerdócio e a vida religiosa; o segundo é representado pela chamada vocação laical, nomeadamente ao matrimónio.
Todas as vocações são caminho para a santidade. Todas vêem de Deus e todas têm como finalidade, a colaboração na realização do seu Reino pelo que não há vocações de primeira ou de segunda categoria. Prioritário é aquilo que Deus quer para nós.
Para compreender a diferença entre a vocação na vida consagrada e a vocação laical basta recordar a experiência de Jesus.
Os seus discípulos eram de dois tipos: alguns, embora aderindo à Sua Palavra, permaneceram nas próprias casas, no próprio trabalho e nas suas ocupações; outros, pelo contrário, os apóstolos e algumas mulheres, aderiram à doutrina de Jesus e estavam dispostos a deixar pai, mãe, mulher filhos, barcas e redes, para seguirem o Mestre, por onde Ele andasse. É claro que a primeira forma de seguimento é hoje representada pelos cristãos leigos, enquanto a segunda pelos cristãos que abraçam o sacerdócio e a vida consagrada.

CHAMAMENTO/VOCAÇÃO NA IGREJA

 VOCAÇÃO E PROFISSÃO

Vocação e Profissão são dois termos que na vida cristã e franciscana andam sempre unidos. Na vida, à voz de alguém que chama, faz eco, normalmente, a voz de um outro que responde. O mesmo acontece entre Deus que chama e o homem que responde. O Senhor chama, a uma particular condição de vida cristã, «a franciscana», mas no estado de vida SECULAR. A ESTE CONVITE, O HOMEM RESPONDE COM A «Profissão» e, repete as palavras de Francisco: «Senhor, que queres que eu faça?»

FRATERNIDADE OFS

Este cenário mostra que a OFS não é, e não pode ser, considerada como um qualquer grupo de amigos que se encontram porque nele há pessoas simpáticas ou porque se fazem atividades interessantes ou porque existem interesses sentimentais. Deus pode servir-se desta base humana como instrumento para fazer passar a Sua voz. Porém, a OFS é uma «fraternidade» de irmãos, que têm Deus como Pai e que colocam Cristo no centro, como primeiro irmão e fundamento do seu estar juntos.
Mas esta fraternidade qualifica-se também como franciscana porque se refaz em Francisco de Assis para reconstruir o mundo e a Igreja com um estilo novo e um comportamento diferente.


  ELEMENTOS DE UMA VOCAÇÃO SEGUNDO A BÍBLIA

Quando a Bíblia nos apresenta uma vocação, (pensemos em Moisés diante da sarça ardente, em Isaías no templo, no jovem Jeremias chamado pelo Senhor, no jovem Samuel chamado de noite por Deus, em David que de pastor é chamado a tornar-se rei e guia do povo), encontramos um pequeno homem, diante da majestade de Deus que sente, por um lado, ter sido «escolhido» por Deus e, por outro, ser enviado para uma «missão» toda especial. A partir daquele momento, a sua vida fica «marcada», toma uma outra direção. De facto, ele deve dar uma resposta a Deus e se aceita aquilo que Deus lhe propõe sabe que irá em direção ao desconhecido, um ponto secreto, conhecido penas por Deus. Deve ir, como foi dito a Abraão, em direção à «terra que Eu te indicarei».
Na reação à proposta de Deus alguns darão uma resposta imediata e espontânea; outras vezes, o homem apanhado pelo medo tentará resistir como pode acontecer também connosco diante da vocação a ser franciscano secular, a ser frade ou ao matrimónio. E aqui as desculpas multiplicam-se ao infinito. Sinteticamente, portanto, a vocação comporta estes quatro elementos:

                   Eleição ou escolha (da parte de Deus)     
                                       Missão a cumprir
                    Implicação pessoal
                    Resposta do homem.

Não constitui elemento essencial o facto que Deus interpele «pessoalmente» ou «através de outros». Digamos que o caminho normal dos chamamentos de Deus, quer no AT, quer na Igreja hoje, acontece através de sinais, através de um amigo, através mesmo de acontecimentos que nos podem parecer banais, instáveis ou inadequados. Assim pode acontecer também na OFS.
No NT somos chamados a seguir Cristo num caminho novo que comporta despojarmo-nos de nós próprios, do nosso modo de ver as coisas e particularmente do modo instintivo de agir para nos revestirmos d`Ele.
Na prática, a vocação cristã é vocação à vida no Espírito. Aquele mesmo Espírito que, unindo-se ao nosso espírito, nos torna capazes de escutar a Palavra do Pai e desperta em nós a resposta filial. Assim é para todos, embora na diversidade dos carismas, dos dons e dos mistérios, mas todos recebemos um chamamento pessoal, do mesmo Espírito, para o bem do único corpo que é a Igreja. Realiza-se assim a fraternidade eclesial que suporta e alimenta qualquer forma de fraternidade que na Igreja nasce e se desenvolve.

 A VOCAÇÃO FRANCISCANA

O chamamento a fazer fraternidade é, por excelência, o chamamento franciscano, mas radicado na fraternidade eclesial. Não se compreende nem existe OFS se estiver fora do contexto eclesial, paroquial e diocesano. Quando Francisco escreve aos primeiros leigos que se dirigiram a ele como guia e mestre, convidava-os:

                              À perfeição do amor
                            À renúncia ao próprio eu
                            A acolher em si Cristo vivo
                             E a mudar de vida.

Só assim, Deus virá habitar neles e serão uma só família, com Deus e com os homens. Realiza-se então a Igreja. Era a mesma profunda experiência de Igreja que ele, os frades e as irmãs clarissas, já viviam: o Evangelho como fonte, a Eucaristia como centro, os pobres como irmãos, a Igreja como Mãe. É assim também para a OFS.

 A VOCAÇÃO DE FRANCISCO, MODELO PARA A NOSSA VOCAÇÃO

O dinamismo de eleição-missão, que vimos atrás, encontra-se também no chamamento de Francisco.
Várias vezes o jovem Francisco se sente objeto de predileção da parte de Deus: no episódio do sonho de Espoleto quando na gruta fora de Assis percebe ter encontrado a «pérola preciosa» da parábola evangélica, quando diante da avidez do pai descobre que tem um Pai celeste bem mais rico e providente, etc.
 Francisco nestes encontros com Deus, percebe que lhe é confiada uma missão para cumprir:
 «Vai e repara a minha casa…» e torna-se o construtor de Deus;
Depois de três anos a reparar igrejinhas percebe que a igreja a reconstruir é a dos homens divididos e longe de Deus. É a descoberta da vocação apostólica, porque a referência é a vida de Cristo e dos Apóstolos. Decide então, «não possuir nem ouro, nem prata, nem dinheiro, nem levar mochila, nem pão, nem bastão para o caminho, nem ter sapatos, nem duas túnicas, mas apenas pregar o Reino de Deus e a penitência» (LM 3,1). 

É uma missão de que ele não conhece nem os detalhes, nem os objetivos. Estes, só Deus os conhece. Ele deve apenas ficar à escuta obediente de modo a dilatar sempre mais e humildemente a missão de «ressuscitar Jesus nos corações de muitos» e de «apagar as inimizades e ditar os fundamentos de novos acordos de paz».

 Tudo isto revela a profunda mudança interior e exterior realizada na vida de Francisco: «Eis como o Senhor me concedeu a mim, frei Francisco, começar a fazer penitência (…) e, aquilo que me parecia amargo, foi-me transformado em doçura de alma e de corpo» (T 2). É da renúncia aos próprios pontos de vista e da aceitação da vontade de Deus que tem início toda a vocação, mesmo a da OFS.
  A resposta de Francisco foi sempre pronta, imediata: em Espoleto, em Assis, em S. Damião, em S. Maria dos Anjos. Sem demora, vai para o meio do povo falar de Deus e da necessidade de mudar de vida, para ser salvos (Citar as biografias).

A «VOCAÇÃO FRANCISCANA» NA OFS

A natureza da OFS, tal como as outras Ordens fundadas por Francisco, é vocacional. Entra-se na OFS e, coisa ainda mais importante, permanece-se nela porque, como Francisco, se sente o chamamento para uma missão. A este propósito é esclarecedora a regra da OFS:
«No seio da referida família (Família Franciscana), ocupa posição de relevo a Ordem Franciscana Secular, que é delineada como união orgânica de todas as fraternidades católicas difundidas pelo mundo e abertas a todos os grupos de fiéis, nas quais os irmãos e irmãs, impelidos pelo espírito à perfeição da caridade a atingir no seu estado secular, mediante a Profissão, são instados a viver o Evangelho à semelhança de São Francisco e com o auxílio desta Regra confirmada pela Igreja» (R, 2).
Distinguimos, por isso, dentro desta vocação os elementos clássicos de toda a vocação franciscana:

 Chamamento do Espírito Santo: Deus Pai, no seu amor, faz sentir um particular chamamento, numa certa direção…
 A alcançar a perfeição da caridade: ou seja a partilha dos sentimentos de Cristo, para tornar na Igreja, isto é, para os irmãos, incarnação e prolongamento do próprio Cristo.
 No seguimento de Francisco, ou seja, segundo a particular «missão» que teve o santo de Assis e segundo aquela «resposta» que ele mesmo deu.
O mesmo artigo faz-nos depois distinguir algo específico da vocação da OFS:
No estado secular: não, portanto, no âmbito da Ordem dos Frades ou das Clarissas, mas na família secular, isto é, como leigo.
Na prática: se o máximo grau de pertença à OFS é inserir-se nela com a «Profissão», rito com o qual nos empenhamos para toda a vida, e com a máxima consciência, a viver a vocação franciscana, à OFS começa-se já a pertencer, - embora de maneira ainda inicial – com o compromisso na JUFRA.
Se a vocação franciscana secular é assim concebida, pode-se concluir que à OFS – por força da idêntica vocação-missão – pertencem, quer os membros que fizeram a profissão, quer os jovens que fizeram o compromisso; e da JUFRA podem fazer parte quer os jovens empenhados após o compromisso, quer aqueles que, embora tendo já feito a profissão na OFS, continuam a viver e a trabalhar com e para a fraternidade JUFRA.

 MISSÃO DO LEIGO FRANCISCANO

A missão do leigo franciscano poderia sintetizar-se no slogan «SERVIR OS IRMÃOS», o que pode ser demasiado genérico. Vejamos, então, a partir do capítulo 25 do Evangelho de S. Mateus, como se concretiza essa missão:
Com a parábola dos talentos somos advertidos que devemos pôr a render os dons recebidos;
Com a parábola das ovelhas e dos carneiros (ou juízo final) é-nos indicada a direção a tomar: o serviço do irmão, que não tem aquilo que eu tenho, do assim chamado «pobre».
Nesta linha, move-se também a Regra, nos artigos 6-19, quando fala de algumas necessidades fundamentais do homem e de como satisfazê-las:
Anunciar Cristo com a vida e com as palavras;
Acolher todos os homens com espírito humilde e cortês, como dom do Senhor e imagem de Cristo, para criar condições de vida dignas de criaturas redimidas por Cristo;
Construir um mundo mais fraterno e evangélico, com o exercício competente das próprias responsabilidades;
Ser sinal de paz, fidelidade e respeito pela vida;
Procurar os caminhos da humildade e do entendimento fraterno, praticando o diálogo, o perdão e a perfeita alegria;
Ter respeito por toda a criação e fugir da tentação de desfrutar egoisticamente dos recursos dados pelo Senhor.
Mas a missão do franciscano secular, é para se desenvolver também, dentro da fraternidade:
Com a própria participação: estando presentes, alegres, atentos e empenhados;
Quando o Conselho confia um encargo, mesmo o mais simples e humilde;
Quando somos chamados a desempenhar tarefas de animação: Ministro, Vice-Ministro, Conselheiro…;
Quando temos a responsabilidade de outros irmãos: arautos, jovens ou adultos em formação;
Quando somos chamados a servir, também, na fraternidade regional e ou nacional.
A missão do franciscano secular expressa-se, ainda, dentro de estruturas paroquiais e diocesanas:
 Se o pároco pede o nosso contributo como catequistas, cantores e ministrantes;
Quando desempenhamos um ministério (acolhimento, cartório, limpezas, animação litúrgica, etc.);
Quando particulares exigências pastorais, nos levem a descobrir a vocação para o ministério extraordinário da Comunhão ou para os ministérios instituídos do leitorado e do Acolitado;
 Para não falar depois, na vocação para o Diaconado permanente e o sacerdócio.

NÃO ESTAMOS SOZINHOS NO CAMINHO

A concluir vale a pena recordar a presença permanente de Deus que chama: Ele nunca deixa sozinho aquele que é chamado. Está sempre ao seu lado, durante todo o arco de tempo necessário, para a resposta e para a missão.
Moisés chamado por Deus a libertar o povo, ouve a promessa tranquilizadora da Sua presença e assistência: «EU ESTAREI CONTIGO».
Também Maria, tem do anjo a garantia de não ficar sozinha, na missão de dar Jesus ao mundo: «O SENHOR ESTÁ CONTIGO». E a mesma promessa, fá-la Jesus aos apóstolos, continuadores da Sua missão, e neles a nós, a toda a Igreja: «EIS QUE EU ESTOU CONVOSCO TODOS OS DIAS, ATÉ AOS CONFINS DO MUNDO».

30 de setembro de 2014

Peregrinação Franciscana a Fátima


17 de setembro de 2014

Festa dos Estigmas de S. Francisco

Festa da Impressão dos Estigmas de S. Francisco

No dia 17 de setembro a Família Franciscana celebra, em todo o mundo, a festa da impressão das Chagas, também chamada de Estigmas de São Francisco de Assis. A introdução litúrgica da Missa e Liturgia das Horas diz o seguinte:
“O Seráfico Pai Francisco, desde o início de sua conversão, dedicou-se de uma maneira toda especial à devoção e veneração do Cristo crucificado, devoção que até a morte ele inculcava a todos por palavras e exemplo. Quando, em 1224, Francisco se abismava em profunda contemplação no Monte Alverne (foto abaixo), por um admirável e estupendo prodígio, o Senhor Jesus imprimiu-lhe no corpo as chagas de sua paixão. O Papa Bento XI concedeu à Ordem dos Frades Menores que todos os anos, neste dia, celebrasse, no grau de festa, a memória de tão memorável prodígio, comprovado pelos mais fidedignos testemunhos.”
A vida de Francisco no Alverne é oração e ininterrupta penitência. Sente-se pobre e pecador. Quer despojar-se de tudo. Renuncia até mesmo a um manto que tinha sido salvo do fogo, a única coisa que tinha para cobrir-se durante o breve repouso da noite. Francisco voltará muitas vezes ao Alverne para encontrar a paz em Deus que a situação da Ordem e o fato de estar no meio dos homens não lhe davam e entregar-se de corpo e alma à oração.
No verão de 1224, última vez que esteve no Alverne, Francisco procura um lugar ainda mais “solitário e secreto” no qual possa mais reservadamente fazer a quaresma de São Miguel Arcanjo. Na manhã de 14 de setembro de 1224 os céus se abrem e Cristo crucificado desce ao Monte Alverne na forma de uma serafim.
Neste Especial, selecionamos uma série de artigos e reflexões sobre o tema. Acompanhe!

Orações

Oração a São Francisco

Papa João Paulo II
Ó São Francisco, estigmatizado do Monte Alverne,
o mundo tem saudades de ti como imagem de Jesus Crucificado.
Tem necessidade do teu coração aberto para Deus e para o homem,
dos teus pés descalços e feridos,
das tuas mãos trespassadas e implorantes.
Tem saudades da tua voz fraca, mas forte pelo Evangelho.
Ajuda, Francisco, os homens de hoje a reconhecerem
o mal do pecado e a procurarem a purificação da penitência.
Ajuda-os a libertarem-se das próprias estruturas de pecado,
que oprimem a sociedade hodierna.
Reaviva na consciência dos governantes a urgência da paz
nas Nações e entre os povos.
Infunde nos jovens o teu vigor de vida, capaz de fazer frente
às insídias das múltiplas culturas da morte.
Aos ofendidos por toda espécie de maldade,
comunica, Francisco, a tua alegria de saber perdoar.
A todos os crucificados pelo sofrimento, pela fome e
pela guerra, reabre as portas da esperança. Amém.
(Em 17.09.1983, na Capela dos Estigmas – Alverne)

Do Prefácio – Missa das Chagas 

Vós exaltastes a mais sublime perfeição do Evangelho
o vosso servo Francisco,
pelos caminhos da altíssima pobreza e humildade.
Inflamado de amor seráfico,
vós os fizestes exultar de inefável alegria
com todas as obras de vossas mãos,
e adornado dos sagrados estigmas,
nos apresentastes a imagem do Crucificado,
Jesus Cristo, Senhor Nosso.

Hino – Salve, ó São Francisco

Salve, ó São Francisco, que do pé das fragas,
Vens assinalado de sagradas chagas.
Cheio de amor, cheio de amor,
as chagas trazes do nosso Salvador.
Eis-te na presença, de Deus-Redentor,
Serafim alado, de claro fulgor.
Meigo, a ti olhando, Cristo, o Verbo eterno,
eche tua alma de amor supremo.
E então suas chagas, lúcidos sinais,
em ti, Pai, formaram outras cinco iguais.
De tuas grandezas, tens agora o selo,
igual ao de Cristo; és nosso modelo.

Oração Coleta – Missa das Chagas 

Ó Deus, que para inflamar os nossos corações
no fogo do vosso amor, renovastes de modo admirável
os sinais da paixão do vosso Filho,
na carne do bem-aventurado Pai Francisco,
concedei que, por sua intercessão,
configurados à morte do mesmo Filho,
participemos igualmente de sua Ressurreição.

Da Sequência de São Francisco 

Busca o ermo e, comovido, chora amargo, até o gemido,
todo o tempo já perdido, quanto ao mundo consagrou.
Na montanha, retirado, chora, reza, ao chão prostrado.
Quando enfim, já serenado, vai a um antro repousar.
Por rochedos protegido, do divino é possuído;
todo mundo é preterido pelo céu que ele escolheu.
Freia a carne, quando impura; penitência o desfigura
Toma alento da Escritura, e do mundo se desfaz.
Eis do céu, varão hierarca, surge o Divinal Monarca!
Treme o Santo Patriarca, com pavor, ante a visão.
Com as chagas adornado, as transfere ao Santo amado,
que medita consternado o mistério da Paixão.
Todo o corpo é assinalado, mãos e pés; ferido o lado;
todo a Cristo conformado, chaga viva se tornou.
Num colóquio misterioso, vê o futuro radioso,
desfrutando divo gozo de celeste inspiração.
Maravilha! Surgem cravos, fora negros, dentro flavos.
Com seus membros cruciados sofre dura, ingente dor.
Não foi arte da natura dos seus membros a abertura,
nem de ferros a tortura que, implacável o feriu.
Pelas chagas que portaste e do mundo triunfaste
e da carne te livraste, em vitória sem igual.
São Francisco, te imploramos, nos perigos, te invocamos;
Que no céu, gozar possamos a celeste glória.

27 de agosto de 2014

OFS - Capítulo Eletivo Nacional







25 de agosto de 2014

22 de agosto - Rita Beltrão

No dia 22 de agosto de 2014, celebrámos o 2.º aniversário do falecimento da nossa Irmã Rita Beltrão.
Foi uma grande mulher, catequista, voluntária, missionária e irmã inigualável. Está junto do coração de Deus Pai a quem damos Graças pela sua presença na Fraternidade. Obrigado, Rita! Interceda por nós!


Deixamos, em homenagem, um excerto da Exortação Apóstólica do Papa Francisco, Evangelii Gaudium, «A Alegria do Evangelho»  sob a epígrafe: 

281. Há uma forma de oração que nos incentiva particularmente a gastarmo-nos na evangelização e nos motiva a procurar o bem dos outros: é a intercessão. Fixemos, por momentos, o íntimo dum grande evangelizador como São Paulo, para perceber como era a sua oração. Esta estava repleta de seres humanos: «Em todas as minhas orações, sempre peço com alegria por todos vós (...), pois tenho-vos no coração» (Fl 1, 4.7). Descobrimos, assim, que interceder não nos afasta da verdadeira contemplação, porque a contemplação que deixa de fora os outros é uma farsa.
282. Esta atitude transforma-se também num agradecimento a Deus pelos outros. «Antes de mais, dou graças ao meu Deus por todos vós, por meio de Jesus Cristo» (Rm 1, 8). Trata-se de um agradecimento constante: «Dou incessantemente graças ao meu Deus por vós, pela graça de Deus que vos foi concedida em Cristo Jesus» (1 Cor 1, 4); «todas as vezes que me lembro de vós, dou graças ao meu Deus» (Fl 1, 3). Não é um olhar incrédulo, negativo e sem esperança, mas uma visão espiritual, de fé profunda, que reconhece aquilo que o próprio Deus faz neles. E, simultaneamente, é a gratidão que brota de um coração verdadeiramente solícito pelos outros. Deste modo, quando um evangelizador sai da oração, o seu coração tornou-se mais generoso, libertou-se da consciência isolada e está ansioso por fazer o bem e partilhar a vida com os outros.
283. Os grandes homens e mulheres de Deus foram grandes intercessores. A intercessão é como a «levedação» no seio da Santíssima Trindade. É penetrarmos no Pai e descobrirmos novas dimensões que iluminam as situações concretas e as mudam. Poderíamos dizer que o coração de Deus se deixa comover pela intercessão, mas na realidade Ele sempre nos antecipa, pelo que, com a nossa intercessão, apenas possibilitamos que o seu poder, o seu amor e a sua lealdade se manifestem mais claramente no povo.»  

3 de agosto de 2014

Festa do Perdão em N.ª Sra. da Porciúncula



A Porciúncula

Dia 2 de Agosto - Festa de Nossa Senhora dos Anjos

"Quem rezar com devoção neste lugar conseguirá o que pedir" (1Cel 106), gostava de repetir Francisco.


Uma das três igrejas que S. Francisco reconstruiu, quando decidiu mudar de vida, foi a de Santa Maria da Porciúncula, dedicada a Nossa Senhora dos Anjos. Facto que é do conhecimento de todos nós. Este sítio, que lhe era tão querido, foi exatamente o que ele escolheu para se despedir dos seus companheiros e confortá-los, naquele entardecer de 3 de Outubro de 1226, antes de partir para os braços do Pai.

Hoje, abrigada pela grande basílica que mais tarde foi edificada, é possível admirarmos a pequenina e velhinha ermida da Porciúncula, berço da Família Franciscana. E, no calendário franciscano, o dia 2 de Agosto, é dedicado à celebração da festa de Nossa Senhora dos Anjos, ali venerada.

Para Francisco, a Porciúncula, era um lugar privilegiado. Ali viveu com os seus primeiros companheiros, amando a Deus e servindo os irmãos. Sensível à fragilidade humana, compadecido e misericordioso e também por inspiração divina, pediu ao senhor Papa Honório III, um privilégio: indulgência plenária de todos os pecados e culpas para quem visitasse a Porciúncula, desde as primeiras vésperas do dia 1, até às segundas vésperas do dia 2 de Agosto, festa de Nossa Senhora dos Anjos. Foi atendido e rejubilou, dizendo que queria mandar todas as almas para o paraíso.

Assim, queridos irmãos e porque posteriormente este tempo de graça foi alargado, nós agora podemos usufruir deste benefício espiritual neste dia, em qualquer igreja, franciscana ou outra, em todo o mundo, cumprindo os requisitos necessários para receber indulgência plenária.

Aproveitemos. S. Francisco obteve do Senhor “o grande perdão ou indulgência da Porciúncula”, que nos deixou como presente, para nos tornar mais fácil a nossa caminhada rumo à perfeição a que todos somos chamados.
Um bom dia para todos e saudemos Nossa Senhora dos Anjos com carinho filial, juntando a nossa alegria à do seráfico Pai e bendizendo o nosso Deus por nos deixar saborear a paz que a Sua misericórdia nos concede.
Paz e Bem!
Maria Clara, ofs
2AGOSTO2014

 
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