Leitores e Bar CCF 2022

11 de agosto de 2013

11 de agosto-Santa Clara de Assis


Santa Clara de Assis  
Clara, “plantazinha” de S. Francisco, colocada por ele no jardim de S. Damião, aí cresceu em santidade, no amor a Deus e a todas as criaturas por Ele criadas. Deixou para trás riqueza, glória e bem-estar. Teve que fazer escolhas. Mas, certa da sua vocação, tomou por modelo o seráfico Pai e abraçou com heroicidade a senhora santa pobreza.
Encerrada no seu mosteiro, em oração, penitência e trabalho, ela tornou-se serva e mãe das suas irmãs, conduzindo-as com desvelado amor e caridade extrema, pelo caminho que Francisco lhe apontara, talhado no Santo Evangelho.
Pobre e humilde, os muros de São Damião não impediram que a sua luz se projetasse pelo mundo e tenha chegado até nós.
Debruçando-nos sobre a sua vida, ficamos maravilhados com a generosidade, a fortaleza e a alegria que a tornaram “…mais clara que o seu nome”.
Falar de S. Francisco e não pensar em Jesus, é quase impossível. A sua passagem pelo mundo foi um testemunho maravilhoso de fidelidade a Cristo. Falar de Clara, sem evocar Francisco, também é inevitável. Com o seu exemplo ela moldou o seu coração e, como ele, radicalmente modificou o seu modo de viver.
“Plantazinha” de S. Francisco, nossa Irmã maior. Deixemos que o eco das suas virtudes e do seu exemplo, estejam presentes nas nossas vidas de franciscanos seculares. Debrucemo-nos sobre a sua pessoa, procuremo-la no jardim de S. Damião, marquemos aí encontro com ela e, inebriados com a fragância das rosas e o doce cantar das irmãs avezinhas, peçamos que nos fale de Francisco, que nos ajude a nunca nos desviarmos do ideal que decidimos abraçar, sendo sempre fiéis à Regra que prometemos seguir.
Cristo é a nossa meta, mas é bom sabermos que podemos contar com a ajuda daqueles que atingiram a santidade, sendo pessoas frágeis como nós.
Francisco tornou-se nosso pai, abençoou o nosso compromisso de vida na terceira Ordem por ele criada. E, todos os dias, no silêncio do nosso coração, nos pede, carinhosamente, que vivamos o santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Clara é nossa irmã. Também ela tomou Francisco por pai e seguiu-o no caminho da perfeição. Não escolheu uma via fácil, não terão sido só alegrias que povoaram os seus dias. Em S. Damião também terá entrado sofrimento, momentos sombrios, incompreensões. Mas, como estava certa do caminho escolhido, o sol que brilhava no seu jardim e dava cor às suas flores, também fortalecia e aquecia o seu coração.
Soror Clara - a plantazinha de Francisco -, aprendeu com ele a tratar por irmãos, o sol, a lua, as estrelas e a todos os seres. E nós, ao entrarmos na família franciscana, também por ela fomos acolhidos fraternalmente. Olhemos para esta Irmã como modelo a seguir, na aceitação dos nossos deveres, nas contrariedades, na renúncia ao nosso egoísmo, na simplicidade de vida, na busca permanente da nossa Fé e no amor ao nosso Deus.

Maria clara, ofs
Agosto 2013

MENSAGENS DOS IRMÃOS DA FRATERNIDADE
 
DA IRMÃ MARIA CLARA
Queridos Irmãos: hoje também estamos em festa. Santa Clara, a nossa irmã de Assis é lembrada, especialmente, hoje como modelo de santidade. É motivo para louvarmos o nosso Deus por esta nossa Irmã, a "plantazinha de Francisco".

O livro de frei Joaquim Capela - Santa Clara de Assis - duma candura enternecedora, tem no final a Regra de Vida que ela mesma escreveu e viu aprovada. Nesta leitura encontra-se a paz, a força, a humildade e a renúncia, que se viveu em S. Damião. Foi assim que eu aprendi a considera-la uma amiga, uma irmã querida, que sempre me tem acompanhado.
Neste dia, logo de manhazinha, tive presentes todos os meus Irmãos da Fraternidade.
Continuação de boas férias (eu prometo não escrever mais).
Paz e Bem!
maria clara, ofS

DOS IRMÃOS FÁTIMA E CARLOS RATÃO   Irmãos de caminhada em Cristo, neste dia em que a Igreja faz memória daquela que tanto amou Jesus ao jeito de Francisco, Sta Clara de Assis, queremos enviar os nossos melhores votos de PAZ e BEM!
Abraço,
Carlos e Fátima, Ofs

2 de agosto de 2013

2 de agosto - Santa Maria dos Anjos

Solenidade do "Perdão de Assis"



Assis (RV) – Nesta quinta e sexta-feira, celebra-se, na Basílica de Santa Maria dos Anjos, em Assis, a cidade de São Francisco, a Abertura da Solenidade do “Perdão de Assis”, com uma Santa Missa presidida, de manhã, pelo Ministro Geral da Ordem dos Franciscanos Menores, Padre Michael Perry. À noite, o bispo de Assis, Dom Domenico Sorrentino, preside à Peregrinação da Diocese de Assis e às Primeiras Vésperas da Solenidade do “Perdão de Assis”. Assim, neste mês de agosto, a família Franciscana celebra, portanto, duas importantes festas: o Perdão de Assis, 02 de agosto, e o dia de Santa Clara de Assis, no dia 11. Mas, qual é o verdadeiro significado desta festa franciscana, conhecida no mundo inteiro?
O Perdão de Assis é a máxima expressão da Misericórdia de Deus. Segundo relatos de fontes franciscanas, em certa noite do ano de 1216, Francisco encontrava-se em profunda oração na igrejinha da Porciúncula, que ficava nos arredores de Assis, quando, de repente, todo o local ficou iluminado e Francisco viu sobre o altar o Cristo e a sua direita sua Santíssima Mãe e ao redor deles uma multidão de anjos. Perguntaram-lhe o que desejava para a salvação das almas ao que de imediato respondeu: “Santíssimo Pai, mesmo que eu seja um mísero pecador, te peço que, a todos quantos arrependidos e confessados, vierem a visitar esta igreja, lhes conceda amplo e generoso perdão, com uma completa remissão de todas as culpas”. O Senhor lhe disse: “Ó irmão Francisco, aquilo que pedes é grande, de coisas maiores és digno e coisas maiores tereis: acolho portanto o teu pedido, mas com a condição de que tu peças esta indulgência, da parte minha, ao meu Vigário na terra (Papa)”. No dia seguinte Francisco apresenta-se diante do Papa Honório III e partilha a visão que teve, e o Papa lhe concede a aprovação da indulgência plenária. Logo após, o Santo Padre pergunta se não quer nenhum documento que comprove a autorização, no que Francisco responde: “Santo Pai, se é de Deus, Ele cuidará de manifestar a obra sua; eu não tenho necessidade de algum documento. Esta carta deve ser a Santíssima Virgem Maria, Cristo o Escrivão e os Anjos as testemunhas”. Com o passar dos séculos a indulgência concedida às pessoas que visitassem a igrejinha de Santa Maria dos Anjos (Porciúncula) se estendeu também a todos que, no dia 02 de agosto, visitarem uma igreja paroquial. Essas pessoas devem se confessar, rezar o credo, um Pai Nosso, participar da Eucaristia e comungar e rezar uma oração na intenção do Santo Padre. (RV)

A Indulgência da Porciúncula
No ano de 1216, numa silenciosa noite do mês de Julho, São Francisco, ajoelhado sobre a terra nua, estava profundamente mergulhado nas suas orações, na silenciosa solidão da pequena Igreja da Porciúncula. Quando de súbito, uma luz vivíssima e fulgurante encheu todo o recinto e no meio dela, apareceu a doce figura de Jesus ao lado da Virgem Maria sorridente, sentados num trono e circundados por diversos Anjos. Jesus perguntou-lhe: “Qual o melhor auxílio que desejarias receber, para conseguir a salvação eterna da Humanidade?”
Sem hesitar Francisco respondeu: “Senhor Jesus, conquanto eu seja miserável e pecador, rogo-te que a todos quantos, arrependidos e confessados, vierem visitar esta Igreja, lhes concedas amplo e generoso perdão, com completa remissão de todas as suas culpas."
- “O que tu pedes, ó Frei Francisco, é um benefício muito grande,” disse-lhe o Senhor, “mas de maiores coisas és digno, e maiores coisas terás. Acolho, pois a tua prece, mas com a condição de que, de minha parte, peças ao meu Vigário na terra essa indulgência”.
No dia seguinte, bem cedinho, Francisco acompanhado de Frei Masseu, seguiu para Perusa, a fim de se encontrar com o Papa Honório III.
Chegando disse-lhe:
“Santo Padre, há algum tempo, com o auxílio de Deus, restaurei uma Igreja em honra a Santa Maria dos Anjos. Agora suplico a Vossa Santidade ponhais nesta Igreja uma indulgência, sem obrigação nenhuma de ofertas, no dia da dedicação dela.”
O Papa ficou surpreso e comoveu-se com o tal pedido. Depois perguntou: “Por quantos anos pedes esta indulgência?”
“Santo Padre”, respondeu Francisco, “não peço anos, mas almas.”
“Que queres dizer com isto?” retorquiu o Papa.
“Eu queria, se a vós assim apraz, que todos aqueles que forem à Porciúncula, contritos dos seus pecados, e depois de se confessarem e de receberem a absolvição, obtenham a remissão de todos os seus pecados, na pena e na culpa, no céu e na terra, desde o dia do seu batismo até o dia e a hora em que entrarem nessa Igreja de Maria.”
Respondeu o Papa: “Não sabes que não é costume da Cúria Romana conceder tal indulgência?"
“Senhor”, redargüiu o “Poverello”, “não sou eu que peço isto, mas vo-lo pede Aquele da parte de quem eu venho: Jesus Cristo.”
Ouvindo isto, o Papa cheio de amor respondeu, repetindo por três vezes: “Em nome de Deus, Francisco, concedo-te a indulgência que em nome de Cristo me pedes.”
Tendo alguns Cardeais, ali presentes, manifestado algum desacordo, o Papa reafirmou: “Já concedi a indulgência. Todo aquele que entrar na Igreja de Santa Maria dos Anjos da Porciúncula, sinceramente arrependido das suas faltas e confessado, seja absolvido de toda pena e de toda culpa. Esta indulgência valerá somente durante um dia, em cada ano, “in perpetuo”, desde as primeiras vésperas, incluída a noite, até às vésperas do dia seguinte.”
Logo que o Pontífice terminou de falar, Francisco inclinou-se respeitosamente e fez menção de partir. Mas o Papa, chamando-o, lhe disse: “Ó simplório, aonde vais, sem um documento que ateste a nossa concessão?”
Respondeu o "Poverello": “Padre santo, a mim basta a vossa palavra. Se esta indulgência é obra de Deus, Ele cuidará de manifestar a sua obra; eu não preciso de nenhum instrumento: esse documento deve ser a Virgem Maria, Cristo o tabelião, e os Anjos as testemunhas.”
Após isto, Francisco partiu retornando para Santa Maria dos Anjos. Sentiu necessidade de repousar e, ao adormecer, lhe foi revelado por Deus que a indulgência a ele concedida na terra pelo Vigário tinha sido confirmada no Céu.
A “consagração” da Igrejinha aconteceu no dia 2 de Agosto do mesmo ano de 1216. Francisco assim falou, à imensa multidão de povo que o escutava, anunciando a Indulgência:
“Quero mandar-vos todos para o Paraíso. Nosso Senhor o Papa Honório concedeu de voz esta indulgência. Pela qual tanto vós que estais aqui presentes, como aqueles que neste dia, nos anos subseqüentes, vierem a esta igreja, com o coração bem disposto, e estiverem verdadeiramente arrependidos, terão o perdão de todos os seus pecados.”
A Indulgência da Porciúncula somente era concedida a quem visitasse a Igreja de Santa Maria dos Anjos, entre a tarde do dia 1 de agosto e o pôr-do-sol do dia 2 de agosto. (Texto - baseado nas palavras de Johannes Joergensen, biógrafo de São Francisco)