Leitores e Bar CCF 2022

23 de setembro de 2022

26º DOMINGO DO TEMPO COMUM

(25.09.2022)

Introdução à Liturgia:

A liturgia de hoje deixa-nos um forte apelo na luta contra a indiferença e o comodismo. Uma das grandes preocupações dos Profetas foi exatamente esta de abrir a vivência da fé às inquietações sociais que, ontem como hoje, devem traduzir a nossa identidade crente, ajudando-nos a transformar o mundo num espaço de comunhão e de fraternidade

 Introdução às Leituras:

A primeira leitura, do livro de Amós, mostra como o profeta é um homem atento que não usa uma linguagem de meias-tintas; bem pelo contrário; deixa fortes interpelações que mantêm a sua atualidade no nosso tempo. A luta pela justiça social foi o seu lema, que viria a ser assumido também por Jesus com grande empenho e vigor.

Dando continuidade à leitura da Carta a Timóteo, Paulo exorta o seu discípulo e colaborador a manter-se fiel à doutrina que lhe ensinou e a fundamentar toda a sua vida em Cristo Jesus e no seu corajoso testemunho, dado perante Pilatos, na afirmação da verdade.

No Evangelho, S. Lucas, o grande mestre das Parábolas, apresenta-nos mais uma daquelas que marcam e definem a identidade da mensagem de Jesus. Na Parábola do rico avarento e do pobre Lázaro temos dois personagens que tipificam os dois caminhos da relação do homem com Deus: abrir-se ao outro ou fechar-se em si mesmo; a indiferença ou o acolhimento. Uma bela parábola para traduzir a misericórdia partilhada.

Padre João Lourenço, OFM

17 de setembro de 2022

25º Domingo do Tempo Comum

 

Tão pobre, tão pobre, tão pobre...que só tinha dinheiro!   

(18/09/2022) 

          Introdução à Liturgia:    

O uso dos bens temporais e a luta pela justiça são dois temas centrais da nossa fé, sempre presentes na vida social. Talvez, nunca como hoje, sintamos a urgência em olhar de frente para esta temática. A palavra de Deus que hoje nos é proposta enfrenta este dilema da radicalidade das nossas opções: ‘fazer do dinheiro uma divindade’, como sucede na sociedade atual, traz consigo todas as consequências nefastas que vamos experimentando no nosso dia-a-dia.

           Introdução às Leituras 

A 1ª leitura, do livro de Amós, fala-nos das injustiças do tempo do profeta e do empenho de Amós em construir um sistema social justo e autêntico, que seja a expressão de uma verdadeira vivência de fé. O vigor das suas palavras e da sua denúncia fazem com que Amós seja um exemplo para todos os tempos na luta pela justiça e pela fraternidade.

Na carta ao seu discípulo Timóteo, Paulo recorda-lhe quais são as suas obrigações enquanto testemunha do Evangelho que anuncia. Em primeiro lugar, temos a oração por todos, pois esse é o desígnio de Deus: que todos se salvem.

Na sequência das parábolas da misericórdia do domingo passado, hoje Lucas apresenta-nos uma outra parábola sobre o uso dos bens temporais e a gestão dos mesmos. Trata-se de um texto de difícil compreensão, pois pressupõe o conhecimento das tradições próprias do período do Novo Testamento. No entanto, a conclusão da parábola é uma mensagem para todos os tempos: não podemos servir a Deus e ao dinheiro. Com esta mensagem, Jesus quer-nos advertir que a 1ª opção da nossa vida tem de ser por Ele.

Padre João Lourenço, OFM

24º Domingo do Tempo Comum

 

(11/09/2022) 

          Introdução à Liturgia:    

A liturgia de hoje, através das leituras que nos são propostas, conduz-nos ao núcleo central daquilo que é a misericórdia de Deus que somos convidados a viver na nossa experiência cristã. Acolher as ‘Parábolas’ da misericórdia que S. Lucas nos propõe no capítulo 15 do deu Evangelho, é a expressão suprema desta vivência que a Eucaristia de hoje nos convida a celebrar.

           Introdução às Leituras 

A 1ª leitura, tomado do livro do Êxodo, Moisés põe à prova a misericórdia de Deus, estabelecendo o contraste entre a fragilidade do povo, a bondade de Deus e o testemunho dos antepassados. É um episódio estranho, marcando a caminhada do deserto, onde Deus se deixa provocar pela insistência de Moisés. A vivência da misericórdia é um contínuo desafio a Deus para que nos aceite como filhos na nossa fragilidade.

Na 2ª leitura, da carta a Timóteo, Paulo diz-nos que Cristo veio ao mundo para nos dizer, a nós pecadores que andávamos longe de Deus, que estamos salvos pela fé e pela graça que Cristo nos concedeu. Esta é a expressão mais sublime da misericórdia de Deus para connosco.

Acolher as 3 parábolas da misericórdia – a ovelha tresmalhada, a moeda perdida e o regresso do Filho Pródigo – é um momento único na vivência da nossa fé, deixando-nos tocar por elas. O que pretendem estas parábolas transmitir-nos? Apenas uma coisa: Deus é sempre Pai, e isso não depende do nosso comportamento de filhos. Ele sempre nos aguarda e espero o nosso regresso ao seio da sua comunhão. 

Padre João Lourenço, OFM

2 de setembro de 2022

23º Domingo do Tempo Comum

 

(Ano C – 04.9.2022)

Introdução à Liturgia:

Um dos traços mais sensíveis que Jesus propõe na sua mensagem é a radicalidade; Jesus é profundamente radical naquilo que são os princípios de vida para o seguir, embora seja totalmente humano e compreensível nas formas de seguimento. Ele é o fundamento de toda e qualquer opção e, isso, Ele, exigi-o em absoluto. Escolher por Ele é renunciar a todos os ídolos: materiais, familiares, sociais. A primazia está sempre n’Ele. 

Introdução às Leituras:

A primeira leitura, tomada do livro da Sabedoria, fala-nos dos desígnios de Deus e diz-nos que eles são diferentes dos nossos. Precisamos desse dom admirável, da sabedoria de Deus, para podermos conhecer os Seus desígnios. A sabedoria é um dom do Espírito e, por isso, temos de a pedir e estar abertos à sua inspiração. 

Na segunda leitura, tomada da Carta de Paulo a Filémon, um dos seus discípulos mais próximos, Paulo mostra-nos uma vez mais a faceta da sua pessoa: o carinho e a atenção que dispensa àqueles que lhe estão próximos na missão. Tudo isto, como ele mesmo o diz, fá-lo por causa do Evangelho. 

O Evangelho fala-nos das renúncias que devemos fazer para poder seguir Jesus. Ele define prioridades e exige que cada um as defina também. Tais prioridades têm sempre a ver com as opções que fazemos. Ele deixa um convite que tem uma marca de grande exigência e um tom algo provocatório; é um desafio de grande exigência, mas é o único que nos conduz à liberdade plena.

Padre João Lourenço, OFM