Leitores e Bar CCF 2022

26 de março de 2023

5º DOMINGO DA QUARESMA

 

Introdução à Liturgia:

Nos domingos anteriores, a liturgia convidava-nos a restruturar a nossa caminhada quaresmal a partir dos sinais da ‘água viva’ e da ‘Luz’ que testemunham a centralidade de Cristo na vida do crente. Hoje, a liturgia apresenta-nos Jesus como a vida nova, a vida em plenitude, uma vida que ultrapassa definitivamente a vida biológica: é a vida definitiva que supera a morte. Ele é a fonte dessa vida que nos leva à eternidade.

 Introdução às Leituras:

Na primeira leitura, Yahwé oferece ao seu Povo, exilado na Babilónia, desesperado e sem futuro, uma vida nova. Abre-se para este povo uma porta de esperança. Essa vida nova vem pelo Espírito, que irá recriar o coração do Povo e inseri-lo numa dinâmica de escuta e de amor a Deus e aos irmãos.

O Evangelho garante-nos que Jesus veio realizar o desígnio de Deus e dar aos homens a vida definitiva. Ser “amigo” de Jesus é aderir à sua proposta; é entrar na vida definitiva de comunhão com Ele. Os crentes que vivem nesta relação de comunhão experimentam a morte física, mas não estão mortos: vivem para sempre em Deus.

A segunda leitura lembra aos cristãos que, no dia do seu Baptismo, optaram por Cristo e pela vida nova que Ele veio oferecer. Convida-os, portanto, a ser coerentes com essa escolha, a fazerem as obras de Deus e a viverem “segundo o Espírito”.

Padre João Lourenço, OFM

4º Domingo da Quaresma


Introdução à Liturgia:

As leituras deste Domingo colocam-nos perante o tema da “luz” como sendo um desafio apresentado e proposto a todo o homem. Sempre na vida buscamos uma luz que nos oriente, que nos permita ter horizonte e que alimente a nossa esperança e que nos permita ver as coisas de Deus. A Quaresma é um tempo propício para reencontrar a Luz que é Cristo e de nos abrirmos à sua claridade. Os textos de hoje definem a experiência cristã como um “viver na luz” que é Cristo.

 .Introdução às Leituras:

A primeira Leitura não se refere diretamente ao tema da “luz” - o tema central na liturgia deste domingo. No entanto, conta a eleição de David para rei de Israel e a sua unção: é uma óptima motivação para refletirmos sobre a unção que recebemos no dia do nosso Baptismo e que nos constituiu testemunhas da “luz” de Deus no mundo.

No Evangelho, Jesus apresenta-se como “a luz do mundo”; a sua missão é libertar o homem das trevas do egoísmo, do orgulho e da auto-suficiência, da vaidade pessoal e do exibicionismo, pecados estes que obscurecem a Luz de Cristo em nós. Aderir às propostas de Jesus é enveredar por um caminho novo de liberdade e de realização que conduz à vida plena.

Na segunda Leitura, Paulo propõe aos cristãos de Éfeso que recusem viver à margem de Deus, nas trevas da idolatria reinante na cidade, mas que escolham a “luz”. Em concreto, para Paulo, viver na “luz” é praticar as obras de Deus que são bondade, justiça, verdade, sinceridade, connosco, com Deus e com os Irmãos.

Padre João Lourenço, OFM 

3º Domingo da Quaresma

 (12.03.2023)

Introdução à Liturgia:

A liturgia quaresmal convida-nos a olhar a vida nos seus ritmos do quotidiano e a questionar aquilo que ela comporta de menos bom em ordem a uma nova etapa que seja marcada pela ressurreição do Senhor. A Palavra de Deus que hoje é proposta mostra-nos como o nosso Deus se faz sempre presente ao longo da nossa caminhada pela história, mesmo no meio das maiores vicissitudes, e que só Ele nos pode oferecer um horizonte de esperança e de plenitude.

Introdução às Leituras:

A primeira leitura, do livro do Êxodo, apresenta-nos o modo como Yahwé acompanha a caminhada do povo de Israel no deserto do Sinai e como, nos momentos de crise, responde às necessidades do seu Povo. Deus faz-se próximo do seu povo e dá-nos a chave para entender a sua presença em cada passo da história da salvação.

A segunda leitura repete, noutros termos, o ensinamento da primeira: Deus acompanha o seu Povo em marcha pela história; e, apesar do pecado e da infidelidade, insiste em oferecer ao seu Povo – de forma gratuita e incondicional – a salvação.

O Evangelho fala-nos do encontro de Jesus com a Samaritana, à qual oferece o dom da ‘água viva’ que mata a sede que cada homem tem de infinito e de salvação. Como ao tempo de Jesus, hoje todos somos um pouco a imagem da Samaritana, buscando novas fontes e procurando saciar a sede de salvação. Mais uma vez, através da sua Palavra, Jesus promete àqueles que o procuram essa vida nova que Ele veio anunciar.

Padre João Lourenço, OFM

Capítulo Eletivo da Fraternidade-2023

No passado dia 21 de janeiro de 2023 realizou-se o capítulo eletivo do conselho da Fraternidade Franciscana Secular de S. Francisco à Luz. O Capítulo decorreu normalmente e segundo Regra, as Constituições Gerais e o Estatuto Nacional da Ordem Franciscana Secular.

O Conselho da Fraternidade para o próximo triénio, 2023-2026, é composto pelos seguintes Irmãos:

Ministro: Irmão António Luís Topa;

Vice-Ministro: Irmã Maria Clara Mourão Rodrigues;

Tesoureiro: Irmã Maria Marques Ruivo;

Mestre de Formação: Irmã Maria Francisca Rebordão Topa;

Conselheiro: Irmão Pedro Martins da Silva;

Conselheiro: Irmã Maria João Machado Marques;

Secretário: Irmão Mário Tavares da Silva.

Ao novo conselho desejamos as maiores felicidades 

 




6 de março de 2023

2º Domingo da Quaresma

 


(05.03.23)

Introdução à Liturgia:

O tempo da quaresma é apresentado na liturgia como um caminho, uma caminhada em que cada crente é convidado a sair de si mesmo, da sua forma de estar instalado na vida para ir ao encontro de Cristo que se faz caminho para o Pai. Neste 2º Domingo da Quaresma, escutamos o apelo que Deus dirigiu a Abraão, dando com ele o início à História da Salvação e abrindo a todos nós esse mesmo projeto de amor e de conversão.

Introdução às Leituras:

A primeira leitura apresenta-se um dos grandes momentos da História da Salvação: O chamamento de Abraão, “Deixa a tua terra e parte”. Abraão é o homem de fé, que vive numa constante escuta de Deus e, por isso, ele é convidado a sair para encontrar uma nova terra que seja um espaço de comunhão e de liberdade do coração.

Na segunda leitura, da Carta a Timóteo, S. Paulo exorta os crentes a serem no mundo o sinal e o testemunho da graça que nos vem de Jesus Cristo. É d’Ele que recebemos a força para testemunhar esta vida nova que recebemos do Seu mistério pascal.  

O Evangelho apresenta-nos a transfiguração de Jesus. Recorrendo a elementos representativos do Antigo Testamento, o autor apresenta-nos uma catequese sobre Jesus, o Filho amado de Deus, que vai concretizar o seu projeto libertador em favor dos homens através do dom da vida. O ‘sair’ como Abraão, e o ‘dar-se’ como em Jesus, são os dois grandes sinais da vivência quaresmal. Mais do que tempo de penitência, a quaresma é o tempo da procura de Deus.

Padre João Lourenço, OFM

1º DOMINGO DA QUARESMA

 (26.02.2023)

   Introdução à Liturgia:

    Quarta-feira, com a imposição das cinzas, demos início à nossa caminhada quaresmal, que nos leva à Páscoa do Senhor. Ao longo desta caminhada, a Igreja convida-nos a alimentar a nossa vida cristã com a Oração, a Palavra de Deus e a prática da caridade, os grandes meios da nossa santificação. É o grande convite à “conversão” – isto é, a recolocar Deus no centro da nossa experiência cristã, a aceitar a comunhão com Ele, a escutar as suas propostas, a concretizar no mundo – com fidelidade – os seus projetos.    

Introdução às Leituras:

    A primeira leitura afirma que Deus criou o homem para a felicidade e para a vida plena. Quando escutamos as propostas de Deus, conhecemos a vida e a felicidade; mas, sempre que prescindimos de Deus e nos fechamos em nós próprios, inventamos esquemas de egoísmo, de orgulho e de prepotência e construímos caminhos de sofrimento e de morte.

   A segunda leitura, por sua vez, propõe-nos dois exemplos: Adão e Jesus. Adão, representa o homem que escolhe ignorar as propostas de Deus e decide, por si só, os caminhos de uma pretensa salvação fechada em si mesmo. Jesus, por seu lado, é o homem que escolhe viver na obediência às propostas de Deus, de acordo com o projeto do Pai. O esquema de Adão gera egoísmo, sofrimento e morte; a proposta de Jesus gera vida plena e definitiva.

   O Evangelho apresenta-nos o exemplo de Jesus. Ele recusou – de forma absoluta – uma vida vivida à margem do plano de Deus. A Sua Palavra mostra que, na perspetiva cristã, uma vida que ignora o projeto do Pai e se fecha em esquemas de realização pessoal é uma vida perdida e sem sentido. Toda a tentação de ignorar Deus e as suas propostas fecha-nos numa vida sem sentido e sem horizonte, que se compraz apenas nas tentações da modernidade: o dinheiro, o prazer fácil e o culto de si próprio.


Padre João Lourenço, OFM