Leitores e Bar CCF 2022

29 de março de 2024

Feliz Páscoa 2024

Domingo de Páscoa (31 de março)

Introdução à Liturgia:

A celebração da Ressurreição do Senhor é a festa das festas, a festa da esperança e da vitória de Cristo sobre o poder da morte. Na Sua ressurreição afirma-se a plenitude da vida, tal como nos recorda a liturgia de hoje: Deus o ressuscitou, libertando-o do poder da morte e mostrando-nos que é por Ele que vencemos o poder do mal e do pecado. Por isso, fazemos a festa da vida nova que nos vem d’Ele.

Introdução às Leituras:

A primeira leitura, dos Atos dos Apóstolos, apresenta o exemplo de Cristo que “passou pelo mundo fazendo o bem” e que, por amor, se entregou à morte. Deus o ressuscitou. Este é o primeiro credo da comunidade cristã das origens: Ele foi suspenso na Cruz, mas Deus ressuscitou-O e fez d’Ele o nosso Salvador. A vida triunfa da morte e, por isso, Ele é a nossa esperança.

 Na 2ª leitura, Paulo convida os cristãos, revestidos de Cristo pelo batismo, a continuarem a sua caminhada de vida nova, até à plena transformação. É assim que Cristo se torna a nossa vida e é por Ele que todos chegamos à sua plenitude.

 O Evangelho mostra-nos os discípulos correndo ao encontro do ressuscitado. João e Pedro descobrem que o sepulcro está vazio porque o Crucificado ressuscitou. Por isso, não há que procurar entre os mortos Aquele que está vivo. Agora somos nós que, ressuscitados pelo batismo, testemunhamos essa nova e plena vida que d’Ele recebemos.

Padre João Lourenço, OFM

Domingo de Ramos

 


Domingo de Ramos

(24 de março 2024)

    Introdução à Liturgia:

      (A introdução decorre com a Bênção dos Ramos e a caminhada para a

     Igreja; ao chegar à Igreja o celebrante proclama a Oração – Coleta – e

     seguem-se as Leituras, começando pela introdução às mesmas).

 Introdução às Leituras:

A primeira leitura apresenta-nos um profeta anónimo que, segundo a profecia de Isaías, é chamado por Deus para anunciar e testemunhar a Palavra da salvação no meio das nações. Apesar do sofrimento e da perseguição, o profeta confiou em Deus e concretizou, com plena fidelidade, o projecto que Deus lhe havia confiado. Os primeiros cristãos viram neste “servo” a figura de Jesus, aquele que proclama a universalidade da salvação.

A segunda leitura apresenta-nos o exemplo de Cristo. Ele prescindiu da sua glória, assumindo a condição humana para assim servir a humanidade até ao dom pleno da vida. É esse mesmo caminho de vida que a Palavra de Deus nos propõe.

O Evangelho narra-nos a paixão segundo o texto de S. Marcos: é o momento supremo de uma vida feita dom e serviço, a fim de libertar os homens de tudo aquilo que gera egoísmo e escravidão. Na cruz, revela-se o amor de Deus de tal forma que até o centurião romano exclama: "Na verdade, este homem era Filho de Deus".

Padre João Lourenço, OFM 

14 de março de 2024

5º Domingo da Quaresma


 (17.03.2024)

Introdução à Liturgia:

A liturgia deste Domingo continua a propor-nos o tema da vida nova que está no centro da nossa caminhada quaresmal em ordem à ressurreição do Senhor. Para exemplificar essa vida nova, temos a imagem do grão de trigo que tem de morrer para gerar vida; a vida nova que Deus nos propõe implica a transformação da vida do homem velho que há em nós no Homem novo que é Cristo, capaz de uma doação total e radical às causas do Reino.

 Introdução às Leituras:

Na primeira leitura, tomada do livro de Jeremias, temos a proposta de uma nova aliança, de um novo renascimento, feito não a partir de uma lei qualquer, exterior ao homem, mas sim a partir de um coração novo, capaz de gerar amor e comunhão.

A ‘nova aliança’ de que fala Jeremias concretiza-se em Jesus que, pela sua entrega, a selou com a sua plena doação, o seu sacrifício e assim abriu para todos os que n’Ele crêem uma nova fonte de graça.

 O Evangelho convida-nos a olhar para Jesus e aprender com Ele, a segui-l’O no caminho do amor radical, do dom da vida, da entrega total a Deus e aos irmãos. O caminho da cruz parece, aos olhos do mundo, um caminho de fracasso e de morte; mas é desse caminho de amor e de doação que brota a vida verdadeira e eterna que Deus nos quer oferecer.

Padre João Lourenço, OFM

4º Domingo da Quaresma

 


(10.03.2024)

Introdução à Liturgia:

A liturgia deste Domingo dá-nos a possibilidade de revisitar espiritualmente toda a História da salvação como sendo uma história de amor em que de um lado está o amor de Deus e do outro lado a falta de resposta, a infidelidade do homem. É neste contexto que cada um de nós se situa: procurar o amor de Deus como fonte de vida nova.

Introdução às Leituras:

Na primeira leitura sentimos que nem sempre o homem responde com fidelidade aos desafios e apelos que Deus lhe faz. A História da salvação mostra-nos isso mesmo e deixa-nos a certeza que, apesar disso, Deus não desiste da sua proposta e sempre está disposto a recomeçar a sua relação de amor connosco.

 A segunda leitura diz-nos que é ‘pela graça que fomos salvos’. De facto, é pela graça e pela gratuidade de Deus para connosco que nós encontramos a vida nova que Ele nos propõe. Paulo viveu intensamente essa experiência da gratuidade de Deus e fala-nos dela como proposta de vida para cada um de nós.

 No Evangelho, num dos mais belos textos da sua obra, S. João diz-nos que “Deus nos amou de tal forma o mundo que lhe enviou o seu Filho único”. É na certeza deste amor que cada um de nós pode caminhar e refazer a sua vida, sabendo que sempre encontra neste amor um oceano de graça e de paz.

Padre João Lourenço, OFM

3º DOMINGO DA QUARESMA

Basílica do Santo Sepulcro, Jerusalém 
Introdução à Liturgia:

O tempo quaresmal é um convite à reflexão profunda e séria sobre a vida e o seu sentido. Fazemo-lo não apenas a partir de nós, mas sim com Deus e tomando como referência as propostas que a sua Palavra nos faz. Hoje, o Senhor convida-nos a ser o Seu ‘templo’, a ser o sinal da sua presença no mundo.

Introdução às Leituras:

Na primeira leitura, depois da libertação e do dom da Lei, Deus interpela o Seu povo para que este traduza esses sinais de Deus em atitudes e em formas de vida que sejam condizentes com a sua condição de povo eleito, de povo escolhido para ser sinal de Deus no mundo.

Todos gostamos de organizar o nosso mundo de acordo com os nossos objetivos pessoais. Paulo, no texto da 2ª leitura, convida-nos a centrar o nosso projeto de vida em Cristo, no Cristo crucificado que se faz doação para todos.

No Evangelho, Jesus apresenta-Se como o “Novo Templo” onde Deus Se revela e se dá a conhecer a todos os homens. É Ele o novo templo, o novo rosto do amor de Deus e é n’Ele e por Ele que todos somos congregados na mesma comunhão.

Padre João Lourenço, OFM