Rembrandht- A incredulidade de Tomé (7 de abril) |
A liturgia tem como
objectivo mostrar-nos o testemunho daqueles que acreditam na ressurreição do
Senhor. Este domingo vemos como a 1ª comunidade cristã dava testemunho da sua
fé e se tornou para todos um sinal vivo da vida que brota da fé na ressurreição.
Este domingo, dedicado à misericórdia, diz-nos que a nossa identidade cristã
passa também pelo dom da misericórdia.
Introdução às Leituras:
Na primeira leitura dos Atos
dos Apóstolos, S. Lucas, o autor desta obra, deixa-nos uma espécie de “fotografia”
da comunidade cristã de Jerusalém, salientando os traços dessa comunidade
ideal: formada na diversidade, toda a comunidade vive a mesma fé num só coração
e numa só alma; é uma comunidade que manifesta o seu amor fraterno em gestos
concretos de partilha e de dom, dando assim testemunho Jesus ressuscitado.
O Evangelho mostra que Jesus vivo e ressuscitado é o centro da
comunidade cristã; é à volta d’Ele que a comunidade se estrutura e é d’Ele que
ela recebe a vida que a anima e que lhe permite enfrentar as dificuldades e as
perseguições. Em tempo de pandemia, Ele continua a ser o fundamento da nossa
esperança.
A 2ª leitura, por sua vez, recorda-nos os critérios que definem a autêntica vida cristã: o crente é aquele que ama Deus, que adere a Jesus Cristo e à proposta de salvação que, através d’Ele, o Pai propõe aos homens e que vive no amor aos irmãos. Quem vive desta forma, vence o mundo e passa a integrar a família de Deus.
Padre João Lourenço, OFM