Leitores e Bar CCF 2022

24 de fevereiro de 2025

7º Domingo do Tempo Comum

ANO C - (24.02.2025) 

Introdução à Eucaristia:

O amor aos inimigos é um tema constante na vivência da fé, aliás já presente no Antigo Testamento e tomado por Jesus como o seu grande mandamento. Esta novidade cristã revolucionou a espiritualidade e deu à fé cristã uma nova dimensão, uma dimensão universal que faz da nossa fé uma realidade aberta a todos e onde não há lugar para o ódio nem para a vingança. É esta novidade que hoje somos chamados a celebrar na nossa eucaristia.

 Introdução às Leituras:

A primeira leitura, do primeiro livro de Samuel, mostra-nos como o rei David preservou a vida do seu adversário, o rei Saul, porque ele era o ungido do Senhor. A bondade de David tornou-se assim exemplar, já que a sua fidelidade a Deus impunha o respeito pelo outro, mesmo quando ele é nosso adversário.

 Na segunda leitura, dando continuidade ao texto da 1ª Carta aos Coríntios que já meditamos nos domingos anteriores, Paulo fala-nos de Cristo como o novo Adão, figura e modelo do novo homem que aspira às coisas do alto, vivendo segundo os valores de Deus e não se deixando aprisionar pelos apetites ou instintos terrenos.

 No Evangelho, Jesus continua a expor aos seus discípulos a Boa-Nova que Ele veio anunciar. Em contraste com os procedimentos do judaísmo, Jesus fala do amor aos inimigos e da gratuidade da vida cristã, reforçando assim a diferença total em relação aos preceitos do Antigo Testamento. O centro da sua mensagem está no amor aos inimigos. É esta mensagem que os discípulos de Jesus devem viver, tal como Ele a propôs àqueles que o seguiam. 

Padre João Lourenço, OFM

17 de fevereiro de 2025

6º Domingo do Tempo Comum

 

(Ano C – 2025)

Introdução à Eucaristia:

A liturgia de hoje convida-nos a fazer um confronto entre a nossa autossuficiência, uma espécie de culto idolátrico de nós mesmos, algo muito comum no nosso tempo e a verdadeira fé que se entrega nas mãos de Deus e n’Ele confia plenamente. Sendo um desafio que nos é feito, é também uma prova que nos é proposta acerca dos valores do Evangelho, bem identificados nas Bem-aventuranças. 

Introdução às Leituras:

A primeira leitura, do livro de Jeremias, fala-nos dos dois caminhos que nos são propostos: o da confiança no Senhor que conduz à vida e à felicidade, e o da autossuficiência que é comparado à aridez do deserto, sem vida e sem esperança, em que nada tem futuro, pois acabamos por viver fechados nos nossos próprios muros.

 Na segunda leitura, dando continuidade ao texto da 1ª Carta aos Coríntios que nos fala da ressurreição, Paulo diz, de uma forma muito expressiva, que o centro da nossa fé está na ressurreição do Senhor e que é aí que tem fundamento a nossa esperança. Cristo é as primícias daquela vida que também nos está reservada em Deus.

 No Evangelho, Jesus continua a expor aos seus discípulos a Boa-Nova que Ele veio anunciar. E fá-lo de uma forma muito clara através da mensagem dos dois caminhos: o da felicidade e da liberdade da fé, vivendo as Bem-aventurança, ou o da autossuficiência que nos fecha e reduz a vida à posse das coisas e à contemplação do narcisismo pessoal que mais não é do que a ‘árvore estéril’ do deserto.

Padre João Lourenço, OFM

8 de fevereiro de 2025

5º Domingo do Tempo Comum

 5º Domingo do Tempo Comum

(9 fevereiro 2025)

Introdução à Liturgia

A liturgia deste domingo convida-nos a refletir sobre a centralidade da Palavra de Deus, do Seu chamamento, que nos desafia e nos motiva para uma vida nova, deixando tudo e seguindo Jesus. Temos o chamamento de Isaías e dos discípulos; são exemplos e paradigmas de adesão à Palavra que motiva e dá sentido à nossa caminhada. É na Palavra e pela Palavra que nós celebramos a nossa fé. 

 Introdução às Leituras

A primeira leitura, do livro de Isaías, fala-nos da vocação do Profeta, fascinado pela glória do Senhor, aceita o convite que lhe é feito para ser o arauto da santidade de Deus no meio dos homens do seu tempo.

Na segunda leitura, S. Paulo recorda aos cristãos qual é o núcleo central do evangelho: a morte e a ressurreição de Jesus. Era esse o conteúdo da fé da Igreja que ele recebeu da comunidade apostólica e que agora transmite aos cristãos de Corinto. Foi isso mesmo que ele descobriu a partir do seu encontro com Cristo.

O Evangelho fala-nos do ensino de Jesus, junto às margens do Lago da Galileia e do seu encontro com as multidões que o procuravam. É desse ensino, da escuta da Palavra que nasce a vocação e o seguimento dos discípulos. A Palavra de Deus está sempre no centro que dá sentido e horizontes à vida cristã.

Padre João Lourenço, OFM

FESTA DA APRESENTAÇÃO DO SENHOR

 FESTA DA APRESENTAÇÃO DO SENHOR

Giotto Di Bondone  -Apresentação de Jesus no templo, 1320

(02.02.2025)

Introdução à Liturgia:

A igreja celebra hoje, dia 2 de fevereiro, a festa da Apresentação do Senhor, que antes da reforma litúrgica do Concílio era chamada de Festa da Senhora das Candeias. Trata-se de uma festa de matriz bíblica, em que ao completar os 40 dias de dar à luz, de acordo com a Lei, a Mãe deve apresentar-se no templo para assim dar início à sua reintegração na Comunidade. Os Evangelho, designadamente S. Lucas, realça que a família de Nazaré foi também apresentar ao Senhor e à Comunidade o Menino Jesus que era o Primogénito, para assim agradecer ao Deus da vida a nova vida que d’Ele nos vem trazer e é neste contexto que Ele é acolhido.  

 Introdução às Leituras:

A primeira leitura, do livro do profeta Malaquias, faz-se o anúncio da vinda do mensageiro do Senhor que vem para proceder a uma renovação do povo, dando assim início a uma nova etapa na história da salvação. Neste ano jubilar sob o lema da esperança, Jesus é esse mensageiro que nos anuncia um tempo novo de comunhão com Deus.

 A segunda leitura, Carta aos Hebreus, faz-se já uma leitura teológica da encarnação de Cristo, já que Ele vem assumir a nossa condição, elevando-nos à dignidade de filhos e tornando-nos participantes da sua condição.  

 No Evangelho de S. Lucas que hoje a liturgia nos propõe, estamos perante a melhor interpretação que nos é oferecida acerca deste momento da vida de Jesus. Ele é apresentado no templo e também àqueles justos do Antigo Testamento que aguardavam a salvação e a chegada do messias. Jesus é, como diz Simeão, a luz das nações que Deus oferece ao Seu povo.

Padre João Lourenço, OFM

3º Domingo do Tempo Comum

3º Domingo do Tempo Comum

(26.01.2025)

Introdução à Liturgia:

A liturgia deste domingo dá-nos a oportunidade de iniciar a leitura contínua do Evangelho de S. Lucas que nos acompanhará na nossa caminhada de fé ao longo deste ano, nos chamados domingos do ‘tempo comum’. Através de Lucas seguimos a caminhada de Jesus e somos convidados a redescobrir o sentido da misericórdia, um dom da gratuidade de Deus que nos aproxima da casa do Pai. Celebramos também hoje o ‘Domingo da Palavra. A Palavra é o caminho que nos leva ao coração de Deus.  

Introdução às Leituras:

Num texto muito belo que é tomado do livro de Neemias, a 1ª leitura fala-nos do tempo novo que o povo de Israel inicia após o seu regresso do exílio da Babilónia. No centro desse tempo novo está a Palavra de Deus que se faz polo agregador e motivador de uma nova dinâmica de comunhão. Por isso, celebrar e partilhar é o grande desafio da nossa Fé.

 A segunda leitura, na continuação do domingo anterior, fala-nos da unidade em Cristo que se constrói na comunhão das diversas formas de viver a fé. Paulo, recorre à imagem do corpo, para nos ajudar a construir essa comunhão. Estando nós a celebrar o oitavário de oração pela Unidade dos Cristãos aqui temos uma bela motivação para construir esta comunhão à volta do Senhor Jesus.

O Evangelho fala-nos das motivações que levam Lucas a escrever os acontecimentos à volta de Jesus, dizendo-nos que eles devem fortalecer a fé dos ‘servidores da Palavra’ e consolidar os crentes na vivência da sua fé. Depois, fala-nos da missão de Jesus no anúncio da Boa-Nova, tal como o profeta Isaías o havia anunciado. 

Padre João Lourenço, OFM