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29 de dezembro de 2011

NATAL-COM-CRISE = NATAL-COM-ESPERANÇA




Nós não somos anti-Sistema.
O Sistema é que é anti-nós”
(Indignad@s, 15-M, Espanha).


“NATAL-COM-CRISE = NATAL-COM-ESPERANÇA”

(Quase um poema des-construtivista,
que explica a Matemática
de Jesus de Nazaré).


Con-sum-ismo
Con-som-isto
Con-som-isso
Con-some-te
Con-sub-mete-te.

No entanto,
Dizem-nos eles
Que também Jesus recebeu
uns quantos presentes de Natal:
Ouro,
Inscenso,
Mirra.

Porém,
Afirmam-nos agora,
@s Exegetas
(espécie sempre perigosa),
Que trata-se apenas
De um “género literário”.
Ora, vejamos:
Ouro = Realeza
Incenso = Divindade
Mirra = Humanidade Sofredora (Paixão) de Cristo.

Oh!
Portanto,
Jesus não fez real-mente
Acumulação Primitiva de Capital,
Nem de Poder,
Nem de Cultura,
E por isso
Nunca triunfou,
Neste Mundo,
Neste Sistema.
Magní-fico!

Acumulou Sabedoria,
Que distribiu sempre a mãos cheias.
Acumulou Liberdade,
Que con-dividiu.
Acumulou Esperança,
Que espalhou.
Acumulou Amor,
Que ofereceu.
Acumulou Ser,
Que expandiu.

Ou seja,
Se,
Dada a hipótese:
“Con-sum-ismo
Con-som-isto
Con-som-isso
Con-some-te
Con-sub-mete-te”,
Eis então,
Mutatis mutandis,
A contrario,
Per reductium ad absurdum,
Que fica demonstrada apodictica-mente
A pedagogia matemática de Jesus de Nazaré:
“Se Con-some é igual a Con-subtrai,
Então,
Necessaria-mente,
Con-divide é igual a Con-multiplica”.
Perfeito!
Máxima Nota!
(Está claro?).
É porque Jesus de Nazaré
Nunca estudou
Na escola dos Escribas,
Nem aprendeu com os Fariseus,
Mas doutorou-se
Na Universidade da Vida.

Ah!,
Quer dizer,
Con-sidera
Con-sulta
Con-hece
Con-cebe
Con-sequente
Con-solida
Con-forta
Con-cretiza
Con-catena
Con-cilia
Con-cordata
(Ai, não!
Perdão,
Aqui é que me enganei mesmo!)
Con-figura
Con-firma
Con-grega
Con-juga
Con-strói:
Con-tigo
Com-igo
Con-nosco
Con-vosco.
E assim,
Con-templa
Con-verte (-te)
Con-tacta
Con-(muita)vida
Com-bina
Con-tagia
Con-serta,
Con-tinua:
Con-tigo
Con-nosco
Con-vosco.

E feliz re-nascimento natalício!

(Ass-ass-inado:
Jesus de Nazaré,
O Politica-mente Incorrecto).



Rui Manuel Grácio
(Pela transcrição,
E se ninguém a reclama como sua...)
lisboa
natal’2011.

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