HYMNO DO
ESPIRITO SANTO
POR OCASIÃO
DA REPARTIÇÃO D'ESMOLAS
Alva pomba,
que meiga appar'cestes
Ao Messias no rio Jordão;
Estendei vossas azas celestes
Sôbre os povos do órbe christão.
Ao Messias no rio Jordão;
Estendei vossas azas celestes
Sôbre os povos do órbe christão.
CÔRO
Vinde! oh
vinde! entre nuvens de gloria,
Entre os anjos e bençãos d'amôr:
Entre os cantos d'eterna victoria
Que os ch'rubins Vos elevam, Senhor!
Entre os anjos e bençãos d'amôr:
Entre os cantos d'eterna victoria
Que os ch'rubins Vos elevam, Senhor!
Quem aos
pobres, seus braços estende,
Quem seus hombros encobre á nudez;
Cá no mundo, a ventura lhe rende,
E no céo, gloria eterna, talvez!
Quem seus hombros encobre á nudez;
Cá no mundo, a ventura lhe rende,
E no céo, gloria eterna, talvez!
CÔRO
Vinde! etc.
Opulento! Entre-abri
vosso cofre:
Se trasborda, é que tende de mais.
Vosso irmão tem de menos, e soffre,
Nada goza, e é só vós que gozaes.
Se trasborda, é que tende de mais.
Vosso irmão tem de menos, e soffre,
Nada goza, e é só vós que gozaes.
CÔRO
Vinde! etc.
Acudi com
estas off'rendas,
Offertae-lh'as em nome de Deos;
Talvez sejam as unicas sendas
Que conduzam ao reino dos ceos.
Offertae-lh'as em nome de Deos;
Talvez sejam as unicas sendas
Que conduzam ao reino dos ceos.
CÔRO
Vinde! etc.
Vinde
irmãos! vinde todos, contrictos,
Uma esmola d'amôr offertar:
É dever consolar os afflictos,
E dos pobres, a fome matar.
Uma esmola d'amôr offertar:
É dever consolar os afflictos,
E dos pobres, a fome matar.
CÔRO
Vinde! etc.
Traga rosas
e ramos de louro,
Quem esmóla melhor, não tiver!
Pobre embora; esta offerta é thesouro,
Ganhará o brasão d'esmoler!
Quem esmóla melhor, não tiver!
Pobre embora; esta offerta é thesouro,
Ganhará o brasão d'esmoler!
CÔRO
Vinde! oh
vinde! entre nuvens de gloria,
Entre os anjos e bençãos d'amôr:
Entre os cantos d'eterna victoria
Que os ch'rubins, Vos elevam, Senhor!
Entre os anjos e bençãos d'amôr:
Entre os cantos d'eterna victoria
Que os ch'rubins, Vos elevam, Senhor!
Guilherme
Read Cabral,
Em Pleno Atlantico,
Ponta Delgada, Tip. Açoriana, 1879.
Em Pleno Atlantico,
Ponta Delgada, Tip. Açoriana, 1879.
Guilherme
Read Cabral (1821-1897), funcionário da Alfândega, político, poeta, natural de
Portsmouth, Inglaterra, residiu e trabalhou nas cidades de Funchal (Madeira),
Horta (ilha do Faial) e Ponta Delgada (ilha de S. Miguel) onde veio a falecer.
Sem comentários:
Enviar um comentário