Nossa Vocação Evangélica
Franciscana
Celebremos nossa
identidade
Esta proposta pode ser realizada
em uma ou mais celebrações e ser adaptada às situações e caminho da Fraternidade.
Os sinais e gestos sugeridos também podem ser adaptados e enriquecidos.
Ambientação: Imagem de S. Francisco, Cruz de
S. Damião, espaço para a exposição do Santíssimo, para o Evangelho, a Regra, as
Constituições Gerais, sandálias, mapa mundi ou globo.
1 – MOTIVAÇÃO INICIAL
Caros
irmãos! Nossa vocação é um dom precioso, recebido da Santíssima Trindade. Nossa
Fraternidade franciscana nasce da escuta de Cristo no Evangelho, mediante um
novo vínculo no Espírito (Cf. PdE 6). Trata-se de um carisma dado pelo
Espirito a nosso pai S. Francisco e seus seguidores, para o bem da Igreja e do
mundo. Esse carisma tem uma identidade específica, que pode ser cuidada em
âmbito pessoal e comunitário, em vista da missão na Igreja e no mundo. Trata-se
de uma identidade dinâmica, uma identidade evangélica “em caminho”, que se
constrói caminhando. O ponto de partida, o centro e a âncora de estabilidade é
o Evangelho. Temos como pontes de referência a experiência de nosso pai S. Francisco
e das primeiras Fraternidades, as Fontes Franciscana, o património espiritual,
cultural, intelectual, missionário da Ordem ao longo dos séculos, nossas
Constituições Gerais, a fidelidade criativa de cada Irmão e de cada
Fraternidade, e a resposta aos sinais dos tempos e dos lugares de cada tempo
histórico. As Constituições são, de modo particular, um precioso instrumento,
fruto do empenho de toda a Ordem, com aprovação da Igreja, para guardar e
actualizar nossa identidade. Queremos renovar nosso compromisso pessoal e
fraterno para conhecê-las, acolhê-las em nosso coração e vivê-las em nossa vida
e nossa missão evangelizadora.
Cântico:
Quem és Tu, ó Deus meu e quem sou eu?
(M. Silva)
Rito inicial
(sinal-da-cruz e saudação)
Exposição do Santíssimo
O
Presidente convida a rezar, juntos,
a oração à Trindade:
“Omnipotente,
eterno, justo e misericordioso Deus, dai-nos a nós, míseros, por cauda de vós
fazer o que sabemos que quereis e sempre querer o que vos agrada, para que
interiormente purificados, interiormente iluminados e abrasados pelo fogo do
espírito Santo, possamos seguir os passos do vosso dilecto Filho, Nosso Senhor
Jesus Cristo, e, unicamente por vossa graça, chegar a vós, ó Altíssimo, que em
Trindade perfeita e simples unidade viveis e reinais e sois glorificado como
Deus omnipotente, por todos os séculos dos séculos. Ámen”.
2 – OBSERVAR O SANTO EVANGELHO
Comentário:
O
dom do Evangelho está na origem da nossa Fraternidade. S. Francisco, em seu
Testamento, disse que o Altíssimo mesmo lhe revelara que deveria viver segundo
a forma do santo Evangelho. O ponto de partida e o traço central de nossa
identidade carismática é observar e viver o Evangelho segundo o exemplo de
nosso pai S. Francisco. “A Regra e vida dos Irmãos Menores é esta: observar o
santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, vivendo em obediência, sem nada
de próprio e em castidade”.
Cântico e entrada do livro do
Evangelho
Leitura
das Constituições Gerais OFM
Artigo 1
§1
A Ordem dos Frades Menores, fundada por
S. Francisco de Assis, é uma Fraternidade na qual os irmãos, seguindo mais de
perto a Jesus Cristo sob a acção do Espirito Santo, pela Profissão, se dedicam
totalmente a Deus, sumo bem, vivendo o Evangelho na Igreja, segundo a forma
observada e proposta por S. Francisco.
§2
Seguidores de S. Francisco, os irmãos são
obrigados a levar uma vida radicalmente evangélica, isto é: viver em espírito
de oração e devoção e em comunhão fraterna; dar testemunho de penitência e
menoridade; anunciar o Evangelho ao mundo inteiro em espírito de caridade para
com os homens; pregar por obras a reconciliação, a paz e a justiça; e mostrar o
respeito pela criação.
Momento de silêncio
3 – VIVER SEGUNDO A REGRA DE S.
FRANCISCO
Comentário:
A
forma de vida evangélica, que Francisco intuiu com a graça de Deus e com a
moção do Espírito Santo, é expressa de modo particular na Regra. Essa é o
fundamento da vida e da legislação da Ordem; é, sobretudo, a “medula do
Evangelho” (2Cel 208). Devemos sempre
conservar em nosso coração a Regra, que nos foi entregue pelo nosso pai S.
Francisco e aprovada pela Igreja, para viver na fidelidade nosso carisma.
Cântico e entrada da Regra
Leitura
das Constituições Gerais OFM
Artigo 2
§1
A Regra dos Frades Menores, confirmada
pelo Papa Honório III, é o fundamento da vida e da legislação da Ordem; e tudo
o que ela contém deve ser compreendido e observado segundo o espírito de S.
Francisco, expresso, sobretudo, em seus escritos, segundo o pensamento da
Igreja e as sadias tradições da Ordem.
§2 A fim de conhecer sempre mais e
fielmente observar “o espírito e os objectivos próprios do Fundador”,
esforcem-se os irmãos por estudar, compreender e venerar, juntamente com a
Regra, a vida e os escritos de S. Francisco e de seus seguidores.
Momento de silêncio
4 – SEGUIR S. FRANCISCO, HOJE,
SEGUNDO AS CONSTITUIÇÕES GERAIS
Cometário:
Nós
Frades Menores nos propusemos viver, em cada tempo a forma de vida que nosso S.
Francisco viveu e propôs a seus filhos, aprovada pela Igreja, e que consiste em
viver segundo o Evangelho. Para alcançar esse propósito nos é dada uma preciosa
ajuda: as renovadas Constituições Gerais. Essas são uma contínua actualização
da Regra para nosso tempo, indispensáveis para guardar e actualizar nossa
identidade de Frades Menores.
Cântico e entrada das Constituições
Gerais
Leitura
das Constituições Gerais OFM
Artigo 10
A interpretação autêntica da
Regra de S. Francisco é reservada à Santa Sé. Ao Capítulo Geral, porém, compete
o direito de adaptar a regra aos novos tempos e de fazer interpretações que, no
entanto, necessitam da aprovação da mesma Santa Sé.
Artigo 12
§1
As Constituições Gerais apresentam as
normas fundamentais que, em toda a parte, devem ordenar, segundo a Regra, a
vida de todos os irmãos.
§2 Todos os irmãos se esforcem por observar, com o
maior cuidado, as leis contidas nestas Constituições Gerais. Sem sua fiel
observância, torna-se difícil chegar à comunhão fraterna e à perfeição
evangélica, segundo o estilo próprio da Ordem.
(Pode
acrescentar-se Artigo 4§1-2 CCGG OFM)
Momento de silêncio
5 – RENOVAR, CADA DIA, NOSSA
PROFISSÃO
Comentário:
Nossa
vocação é compromisso pessoal e cotidiano. Por isso, somos convidados a fazer
memória de nossa Profissão, para dar a Deus aquela resposta nova que Ele espera
de nós, em cada nova fase de nossa vida. Renovando cotidianamente a fórmula da
Profissão, actualizamos, cada dia, nossa resposta. Deixemos ressoar em nós as palavras
da Profissão para que se tornem a nossa vida.
Entrada do Círio pascal aceso
Leitura
das Constituições Gerais OFM
Artigo 5§1
Levando à maior plenitude a
consagração baptismal e respondendo ao chamamento divino, os irmãos entregam-se
totalmente a Deus, sumamente amado, pela profissão da obediência, da pobreza e
da castidade, que dever ser vivida segundo o espírito de S. Francisco; contraem
uma aliança com Deus, e sua vida se torna, por toda a existência, um sacrifício
oferecido a deus, na caridade.
Breve silêncio
Cada um acende sua vela no Círio
e todos juntamente renovam a Profissão:
Omnipotente, santíssimo,
altíssimo e sumo Deus,
Santo e justo, Senhor do céu e da
terra,
Te bendigo e te rendo graças
porque com a força do teu amor
me chamaste a seguir
as pegadas do teu Filho dilecto,
o Senhor Jesus Cristo,
na forma de vida que inspiraste
ao teu servo Francisco.
Com a força do Espírito Santo,
renovo hoje diante de ti,
com todo o ardor do coração,
o voto de viver em obediência
sem nada de próprio e em
castidade.
ao mesmo tempo, reafirmo o
compromisso
de professar a vida e a Regra dos
Frades Menores
Confirmada
pelo Papa Honório,
segundo as Constituições da nossa
Ordem.
Pai santo, concede que,
sustentado por Maria Imaculada,
Virgem feita Igreja e modelo da
vida consagrada,
pela intercessão do pai S.
Francisco e de todos os Santos,
com a ajuda dos irmãos,
persevere até ao fim no santo
propósito
e, por tua graça unicamente,
chegue a Ti, ó Altíssimo,
que na Trindade perfeita e na
Unidade simples
vives e reinas glorioso pelos
séculos dos séculos.
Ámen.
Leitura
das Constituições Gerais OFM
Artigo 19
§1 Fiéis à sua Profissão, na oração
os irmãos seguem a Cristo, que rende infinitas graças ao Pai e “vive sempre
para interceder por nós”.
§2 Seguindo os passos de S. Francisco, que se
transformou “não só em orante, mas na própria oração”, removendo todos os obstáculos
e rejeitando todos os cuidados e preocupações, os irmãos sirvam, amem, honrem adorem
o Senhor Deus de coração limpo e mente pura, porquanto, “é necessário orar
sempre sem nunca esmorecer”, “pois tais são os adoradores que o Pai procura”.
CONCLUSÃO:
Bênção com o Santíssimo e Cântico final.
In
Cúria Geral OFM, Subsídios do Definitório Geral, Nossa Identidade Franciscana, Roma 2012, p. 17-23.
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