Leitores e Bar CCF 2022

26 de fevereiro de 2016

3.º Domingo da Quaresma



3.º Domingo da Quaresma
(28 fevereiro 2016)

Introdução à Liturgia

A quaresma sempre foi apresentada na vida e na liturgia da Igreja como uma caminhada, que tem como meta a vivência da Páscoa do Senhor. Como caminhada, exige esforço e empenho. Este empenho chama-se conversão, recomeço constante, um regresso constante às origens da nossa comunhão com Deus. A palavra ‘conversão’ significa ‘regresso’ a comunhão com Deus. É este o grande desafio do tempo quaresmal.

Introdução às Leituras

A história da salvação mostra-nos que a relação com Deus não é um mero acaso nem uma feliz coincidência. Ela ensina-nos que Deus sempre se ocupou e cuidou do Seu povo. Fá-lo através de mediadores, a quem chama e envia para reconduzirem o Seu povo à comunhão com ele. A pessoa de Moisés é o paradigma da antiga aliança, chamado para libertar o povo de Deus.

Paulo, na 2.ª leitura de hoje, exorta os fiéis de Corinto a que sigam a mensagem de Jesus e se tornem seus verdadeiros seguidores.


A sociedade do tempo de Jesus, tal como ainda hoje sucede, era propensa a fazer leituras dos acontecimentos à luz de um certo fatalismo. Pelo contrário, Jesus convida os seus contemporâneos a ver os acontecimentos como sinais interpelativos, o que chamamos sinais dos tempos, que nos podem levar a refazer caminhos e a recriar uma nova vida, uma nova relação que tenha como centro a pessoa e a mensagem de Jesus.
Padre João Lourenço, OFM

20 de fevereiro de 2016

II Domingo da Quaresma


2.º Domingo da Quaresma
(21 fevereiro 2016)

Introdução à Liturgia
A liturgia de hoje convida-nos a estabelecer uma nova relação de comunhão com Deus, através do encontro com Cristo. Descobrir na sua transfiguração esta proximidade de Deus connosco leva-nos à comunhão plena com ele, refazendo a nossa tenda, a nossa identidade, já que ‘é bom estar com Jesus’. 

Introdução às Leituras
Na figura e na pessoa de Abraão está presente a nossa vida, a vida de cada um de nós. A grande pergunta de sentido que cada um de nós faz e coloca diante de si só encontra resposta plena no projecto da aliança com Deus. Levantar o nosso olhar é descobrir em Deus um novo horizonte, um novo projecto de plena comunhão

Paulo deixa-nos na 2ª leitura, da Carta aos Filipenses, qual é a amplitude do projecto de vida crente: transformar-nos naquele que nos une na comunhão com Deus, seguindo as propostas de Jesus.


‘Subir ao monte’, como nos diz hoje o Evangelho, através da narrativa da Transfiguração, é um processo contínuo que reforça a nossa esperança e nos congrega, tal como aos discípulos, para uma contínua descoberta do verdadeiro rosto de Cristo. É por Ele que nos aproximamos de Deus e é n’Ele que Deus se aproxima de Deus. 
Padre João Lourenço, OFM

13 de fevereiro de 2016

I Domingo da Quaresma


1º Domingo da Quaresma
(14 fevereiro 2016)

Introdução à Liturgia
Iniciada na quarta-feira com a celebração das cinzas, hoje a liturgia introduz-nos no tempo quaresmal e apresenta-nos o projecto que nos conduz à Páscoa do Senhor. A Igreja propõe-nos ao longo destes 40 dias uma caminhada que acompanha Jesus na sua missão. No contexto do Jubileu sobre a Misericórdia, a nossa vivência quaresmal passa também por um caminho de conversão, de humildade e de serviço.

Introdução às Leituras
A primeira leitura, do livro do Deuteronómio, fala-nos do projecto de Deus para o Seu povo e mostra-nos como esse mesmo projecto tem como fundamento as acções históricas que Deus realizou para libertar e conduzir Israel da casa da escravidão à terra da liberdade. É este também o projecto d’Ele para cada um de nós.

O projecto de Deus tem sempre a sua centralidade na Palavra; é por ela que Deus se faz presente na nossa vida; é nela que encontramos a força e os desafios que nos motivam; é através dela que respondemos com a nossa adesão às propostas do Senhor. A Quaresma é o tempo da Palavra. É isso mesmo que nos diz Paulo: ela deve habitar os nossos corações.


O Evangelho narra-nos, como sempre sucede no 1º domingo da quaresma, as tentações de Jesus. Está perante a centralidade da sua missão que se concretiza nesta proposta de libertação interior que nos conduz à ressurreição pascal.

Padre João Lourenço, OFM

5.º Domingo do Tempo Comum

5.º Domingo do Tempo Comum

(7 fevereiro 2016)
Introdução à Liturgia
A liturgia deste domingo convida-nos, uma vez mais, a reflectir sobre a centralidade da Palavra de Deus, do Seu chamamento, que nos desafia e nos motiva para uma vida nova. Temos o chamamento de Isaías e dos discípulos; são exemplos e paradigmas de adesão à Palavra que motiva e dá sentido à nossa caminhada. É na Palavra e pela Palavra que nós celebramos a nossa fé.   
Introdução às Leituras
A primeira leitura, do livro de Isaías, fala-nos da vocação do Profeta, fascinado pela glória do Senhor, aceita o convite que lhe é feito para ser o arauto da sua santidade de Deus no meio dos homens do seu tempo.
Na segunda leitura, S. Paulo recorda aos cristãos qual é o núcleo central do evangelho: a morte e a ressurreição de Jesus. Era esse o conteúdo da fé da Igreja que ele recebeu da comunidade apostólica e que agora transmite aos cristãos de Corinto. Foi isso mesmo que ele descobriu a partir do seu encontro com Cristo.
O Evangelho fala-nos do ensino de Jesus, junto às margens do Lago da Galileia e do seu encontro com as multidões que o procuravam. É desse ensino, da escuta da Palavra que nasce a vocação e o seguimento dos discípulos. A Palavra de Deus está sempre no centro que dá sentido e horizontes à vida cristã.

 Padre João Lourenço, OFM