Fraternidade
de S. Francisco à Luz
Seminário da Luz
Largo da Luz nº 11
LISBOA
Crónicas da vida da Fraternidade
RETIRO QUARESMAL (dia da
reunião mensal da Fraternidade)
Lisboa,18 de março de 2017
Local:
Convento da Imaculada Conceição – Sala dos Santos Mártires de Marrocos
Pregador:
Frei Albertino Rodrigues, OFM
10:00 – Acolhimento
10:30 – Recitação de Laudes
11:00 – 1ª Pregação – “A Misericórdia em S.
Francisco”
12:00 – Adoração Eucarística na Capela da
Imaculada Conceição
13:00 – Momento de
Reflexão/Meditação/Silêncio
14:00 – 2ª Pregação – “As
Quaresmas em S. Francisco”
15:00 – Momento de
Reflexão/Meditação/Silêncio
16:00 – Eucaristia
17:00 – Encerramento
Com a participação de muitos Irmãos e a presença brilhante
do “senhor irmão Sol”, fizemos uma pausa no nosso caminho e, em Fraternidade,
vivemos um dia de reflexão.
Alguns Irmãos não puderam estar presentes. Todos
justificaram essa ausência. Motivos imprevistos e situações de doença. Rezámos
por eles. Estiveram no pensamento desta assembleia. Juntos em amor. Um dia de
vivência fraterna. Um dia de Retiro.
Frei Albertino ajudou-nos a refletir. A vida de S.
Francisco está impregnada de misericórdia. À semelhança de Jesus. Misericórdia para com os
pobres, com os pecadores, com os seus frades e até para com todos os seres por
Deus criados. Diz a Regra, caso
seja necessário impôr uma penitência a algum irmão, que “se faça com
misericórdia”. Na Carta aos fiéis
(8,43) recomenda ao Superior que “use de misericórdia com eles (os
Irmãos) como gostaria que com ele usassem, se estivesse no lugar deles”. Também
nos avisos espirituais (27,6)
se pode ler: ”onde há misericórdia aí
não há dureza de coração”.
É
tão simples, mas ao mesmo tempo tão exigente, ser franciscano secular. Viver
segundo o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo é o compromisso assumido no
dia em que cada Irmão faz a sua profissão solene. Oração, penitência e
humildade. Francisco não pede aos seus filhos nada que estes não possam fazer.
Querendo
seguir fielmente o Senhor, Francisco preparava a grande Quaresma, com
penitência e oração, para celebrar a Páscoa. Mas, também, antes de outras
grandes solenidades da Igreja, ele refugiava-se nos eremitérios e aí permanecia
durante quarenta dias em contemplação e jejuando.
Fazia
cinco Quaresmas: A Grande Quaresma (preparação para a Páscoa), a Quaresma do
Advento, a da Epifania, a dos Apóstolos e a de S. Miguel.
E
continuando o nosso retiro em silêncio, tivemos o privilégio de poder adorar o
Santíssimo Sacramento na pequenina, acolhedora e lindíssima Capela da Imaculada
Conceição. Que paz! Apetecia dizer: “Senhor como é bom estarmos aqui…”. Quantas
confidências com Jesus! Que intimidade! ELE estava ali. Tão próximo. Tão
visível! Que doce tranquilidade!
Os
Irmãos levaram a sua merenda. Recolhidos, sentados ou passeando por entre o
arvoredo do jardim, cada um viveu a seu modo este dia. Tempo de encontro
pessoal, de interiorização… tempo de pensar que uso se faz do “tempo” que o
Senhor nos dá.
Decerto
que Ele deixou nos corações de todos alguma mensagem. Qual foi a minha? Qual foi a tua?
No
fim da tarde a Eucaristia. A Capela estava repleta. Frei Albertino celebrou,
cantou e viveu connosco este momento. As suas palavras foram de incentivo e de perseverança.
Como cristãos, como franciscanos, temos que dar testemunho de misericórdia.
Mensageiros de paz e de Misericórdia. Misericórdia para com todos. Misericórdia,
também, com cada um de nós.
Foi
um dia lindo. Tranquilo. Rostos sorridentes neste final de tarde. S. Francisco
esteve ali connosco. Despediram-se os
Irmãos com com gestos de carinho. Com saudações de Paz e Bem. É tão bom e
enriquecedor, saborear os momentos que nos são dados para viver em
fraternidade!
Que
Francisco continue a caminhar ao nosso lado, fortalecendo a nossa fé e
ensinando-nos o que é a “verdadeira alegria” que encheu a sua vida. Que neste entusiasmo que inunda as nossas
almas, robustecido neste dia de meditação, cresça em nós, verdadeiramente, o amor a Deus. Que possamos dizer como ele:” meu
Senhor e meu Deus, meu Deus e meu tudo”.
“Altíssimo, Omnipotente
e Bom Senhor…”
maria
clara, ofs
Lisboa,
18 de março de 2017
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