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14 de julho de 2017

15º Domingo do Tempo Comum


O Semeador -Jean François Millet

         Introdução à Liturgia:
A liturgia deste domingo apresenta-nos uma das imagens mais belas para significar a Palavra de Deus: a do semeador e da semente. Sendo uma imagem que emerge da cultura própria do tempo de Jesus, de um mundo agrícola com as suas raízes nomádicas, esta Parábola diz muito daquilo que é o processo da fé, daquilo que é o processo da evangelização e daquilo que foi a prática e a actividade de Jesus. Deixemos crescer a semente, procurando ser terreno acolhedor.

Introdução às Leituras:
No pequeno texto da 1ª leitura encontramos tudo aquilo que é a força e o dinamismo da PALAVRA, tudo aquilo que ela é e aquilo que ela produz. Parece que não seria possível ‘dizer’ a PALAVRA de outra forma, de modo mais denso e mais simples do que aquilo que o texto de Isaías diz. Ela é a autêntica semente que entra no coração, que tem o coração por terra de acolhimento e onde pode fecundar a vida de cada crente.

          Na 2ª leitura, Paulo associa os sofrimentos e a morte de Cristo ao seu próprio percurso de descoberta e de configuração da sua vida à do Mestre. Marcado pela sua experiência pessoal, Paulo descobre em Cristo um sentido de plenitude, sem o qual nem o mundo nem o homem encontram sentido para a sua vida.

No Evangelho, temos a imagem rica e significativa da Palavra como semente. Deste texto retiramos duas dimensões: aquela que diz respeito ao Semeador e a que se refere à semente. Do semeador, que é Cristo e aqueles que anunciam o Evangelho, destaca-se a confiança na missão de semear e na força da semente que deve ser lançada à terra. Para a semente frutificar, importa que o terreno que somos nós seja acolhedor.
Padre João Lourenço, OFM


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