Leitores e Bar CCF 2022

31 de julho de 2017

Crónicas da vida da Fraternidade

Pouco passava do meio dia. Estavam já os Irmãos da Fraternidade de S. Francisco à Luz, de pé, no Centro Cultural Franciscano, preparados para receber os Irmãos de Penafiel e o seu Assistente Espiritual, quando estes chegaram.
Numa explosão de alegria os Irmãos de Lisboa, ao jeito do nosso Pai comum, Francisco de Assis, saudaram-nos cantando:
Sois de bênção nas mãos e na voz
Os Irmãos de Penafiel vêm
Com frei Domingos gritando para nós
PAZ E BEM, PAZ E BEM, PAZ E BEM!
Houve troca de palavras fraternas dos Ministros das duas Fraternidades. O Padre Domingos, com o seu ar bondoso, sereno e exigente, conhecendo bem os Irmãos que tinha à sua volta, fez uma breve apresentação e deixou transparecer a sua satisfação por este encontro. Foi entregue a todos os Irmãos, pelo Ministro da Fraternidade de S. Francisco à Luz, António Luís Topa, a pagela que podemos ver, na primeira página desta crónica, selando este dia.
Depois seguiu-se o almoço nos claustros do Convento. Mas antes, junto à imagem de S. Francisco, com o som da irmã água que jorra da fonte e cai no pequeno lago, entoou-se, com emoção, o cântico “Altíssimo, Omnipotente e Bom Senhor”. O Padre João Lourenço, nosso Assistente Espiritual e Guardião do Convento, fez as honras da casa, saudando os Irmãos de Penafiel e o seu Assistente Espiritual, Padre Domingos Casal Martins.
Estes Irmãos ofereceram à nossa Fraternidade uma belicíssima tela de Cristo Ressuscitado, pintada pelo seu Ministro. Trouxeram, também, uma caixa de “vinho fino” da produção do Pai do Irmão Ministro, encomendado propositadamente pela Fraternidade de Penafiel para a OFS da Luz. Bem hajam Irmãos! As vossas ofertas muito nos sensibilizaram! A Fraternidade de S. Francisco à Luz, reconhecida agradeceu. 
Eram cerca de oitenta pessoas. Foi um almoço feito com muito amor e dedicação.  De salientar todo o trabalho de coordenação da irmã Maria Salpico. Estabelecida a
Ementa, esta nossa Irmã, teve o cuidado de integrar as sugestões que os Irmãos lhe iam sugerindo. Foi incansável em pedir colaboração e conselhos. De tal modo que conseguiu sanar alguns atritos e motivar a participação e o interesse de muitos. Foi grande o seu empenho, irmã Maria. O seu esforço foi precioso.

Cerca das dezasseis horas, o Padre Domingos e os Irmãos de Penafiel despediram-se. Era visível a alegria de todos. Foram uma horas passadas em ameno convívio. Somos irmãos. Franciscanos seculares.
É bom conhecermos outras Fraternidades. Faz-nos tomar consciência de que não somos um grupo isolado. Pertencemos à Ordem Franciscana Secular. Fomos todos convidados a seguir, com entusiasmo verdadeiro, a Regra que S. Francisco nos deixou. É uma felicidade. E temos tanto a aprender uns com os outros… 
O dia avançava. Todos se foram dispersando. Houve palavras de agradecimento, carinho, abraços. E, em PAZ e BEM, depois de tudo arrumado, fecharam-se as portas. Partimos para as nossas casas com os corações cheios de alegria. Aquela alegria que só se sente quando fazemos da nossa vida uma dádiva. Um hino de louvor ao
“Altíssimo, Omnipotente e Bom Senhor”
maria clara, ofs
Lisboa, 8 de julho de 2017

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