Crónicas da Vida
da Fraternidade
Passeio Pascal da Fraternidade
Peregrinação ao Santuário de Nossa Senhora de
Guadalupe, com passagem por Mérida
Alojamento na Real Hospederia del Real
Monasterio de Guadalupe
Cumprindo
o nosso calendário – O Plano de Vida e Ação - e ainda com os corações a cantar
a alegria da ressurreição do Senhor Jesus, a Fraternidade realizou o seu
habitual passeio pascal.
Desta vez
não foi o senhor Motorista da CarrisTur, já nosso conhecido, que nos levou. O
serviço de transporte foi assegurado pela empresa Barraqueiro e tudo correu bem.
O
autocarro estava cheio. Irmãos da Fraternidade, alguns familiares e amigos.
Rostos já conhecidos. A boa disposição era notória.
Como é
habitual, o nosso Ministro, irmão Luís Topa, deu algumas informações. Muito
concreto, preparou tudo ao pormenor e transmitiu um vivo entusiasmo ao falar do
programa que iríamos viver em conjunto durante dois dias.
O
autocarro já atravessava a Ponte Vasco da Gama. Rezámos as Laudes com a
orientação do Assistente Espiritual da Fraternidade, Frei João Lourenço, OFM,
que nos acompanhou.
Depois de
uma breve paragem na área de serviço de Estremoz, seguimos para Mérida.
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MÉRIDA,
fundada pelo imperador Augusto, no ano 25 a.C., foi declarada, em 1993, pela Unesco,
Património da Humanidade. Visitámos o Teatro e Anfiteatro Romanos. Tivemos como
guia uma senhora que, apesar de falar um português “pouco português”, fez-se
entender e deu uma lição de história muito cativante. Levou os olhos da nossa
imaginação a ver aquelas ruínas cheias de vida, como nos tempos em que os Romanos
ali se divertiam, lutando ou aplaudindo, ostentando as suas túnicas coloridas e
os seus ricos e brilhantes adornos, sob o sol “caliente” de Emerita Augusta.
E foi
nesta cidade que tomámos a primeira refeição juntos. “Tabula Calda”, é o nome
desta Casa de Comida. Momento de descontração e de convívio.
De
seguida partimos para as montanhas deixando para trás as longas planícies que
tínhamos percorrido.
GUADALUPE
era o destino. A paisagem ia mudando. Entre explicação dos acontecimentos do
passado que deram vida a esta terra, onde o Mosteiro que iriamos visitar se
destaca, entoaram-se canções e, por fim, recitou-se o terço do rosário.
E eis-nos
junto do Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe. Perante a imponência que
tínhamos ali à nossa frente que facilmente nos deixava adivinhar séculos de
história, por momentos, apetecia fazer silêncio, esquecendo mesmo as bagagens
que já se tinham retirado do autocarro.
Mas lá
nos fomos acomodar na “Hospederia del
Real Monasterio de Guadalupe”. Tivemos ainda um tempinho livre para
percorrer algumas ruas e fazer umas compritas antes do jantar. É sempre
agradável, no regresso, trazer nas malas alguns “recuerdos”, ou seja, uns miminhos para familiares e amigos.
Seguiu-se, então, a “cena” também
dentro da Real Hospederia. Momento
muito bom. Comida agradável. Boa confraternização.
E depois
duma noite bem dormida, em aposentos acolhedores, ouvindo o irmão vento e a senhora
trovoada, lá fora, mostrando as suas forças, começámos o novo dia. O frio das
montanhas fazia-se sentir mas os sorrisos atenuavam esse incómodo.
Visitamos
o Museu do Real Monasterio e beijámos o manto da Senhora de Guadalupe, como é
tradição fazer-se neste Santuário. De seguida assistimos à Missa do Peregrino.
Presidida por um Sacerdote Franciscano ali residente, acompanhado pelo nosso
Assistente Espiritual, Frei João Lourenço, OFM. Foi um momento de encontro
muito belo com Jesus, ali aos pés da imagem da Sua Mãe.
A seguir
ao almoço começou-se a pensar no regresso a Lisboa. Mas antes de colocar as malas
no autocarro, ainda houve quem desse mais uma olhadela pelas lojas ali bem
perto. É um fascínio. Faz parte destas viagens. Pequenas partículas de
felicidade. E andar no meio do casario medieval, por entre fontes e arcadas,
faz sonhar e nunca cansa.
O
regresso a Portugal fez-se tranquilamente, admirando a paisagem, conversando ou
fazendo uma pequena sesta.
O Irmão
Luís Topa, como Ministro da Fraternidade, agradeceu a presença de todos os que
participaram neste passeio/peregrinação. E teve mesmo o cuidado de deixar uma
palavra amável a cada um dos irmãos e aos amigos que se juntaram à
Fraternidade. Foi notável o seu trabalho. Não se poupou a esforços. Tratou de
tudo até ao pormenor, proporcionando-nos a tranquilidade de quem não precisa de
pensar, podendo apenas entregar-se ao doce deslizar do autocarro e saborear
dois dias maravilhosos. O Assistente Espiritual da Fraternidade, Frei João Lourenço,
que deixou os seus muitos afazeres para nos acompanhar, também contribuiu com o
seu trabalho e boa disposição, para o bom êxito deste passeio. Que S. Francisco
lhes retribua, com a sua proteção e carinho de Pai, o conforto e a alegria que,
com algum esforço, nos proporcionaram.
Estes
passeios em Fraternidade não têm como finalidade principal visitar novos
destinos. São oportunidades para se conhecer melhor o Irmão, em ambiente
descontraído e valoriza-lo como pessoa. Só o conhecimento pode gerar amor. Só o
amor nos pode levar a viver a Regra que Francisco nos legou. Só o assumir
verdadeiramente a nossa profissão solene, nos faz membros da Ordem Franciscana
Secular. Um Irmão não pode ser um desconhecido. Não foi por acaso que o
encontrámos. Temos que o aceitar como uma graça do Senhor. Ajuda-lo sempre que
necessite e deixar que ele também nos ajude.
PAZ e
BEM!
Glória ao Altíssimo, Omnipotente e Bom
Senhor…
maria clara, ofs
22ABRIL2018
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