Leitores e Bar CCF 2022
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29 de julho de 2019
17º Domingo do Tempo Comum
Introdução
à Liturgia:
A liturgia deste domingo tem
no centro da sua temática a ‘Oração’. Vendo Jesus a rezar, os discípulos
pedem-lhe que os ensine a rezar. Hoje, quando tanta gente deseja aprender
coisas novas e todos querem estar capazes de acompanhar os tempos e as
situações que vivem, aprender a rezar é também um imperativo da nossa vida e da
nossa identidade cristã. Jesus é o grande Mestre da oração: Senhor, ensina-nos
a rezar!
Introdução
às Leituras:
A
primeira leitura apresenta-nos Abraão, o pai dos crentes, a insistir com Deus
para que atenda a sua prece e considere a fragilidade humana como digna de
compaixão. Insistindo, Abraão diz-nos já aquilo que o Senhor Jesus mais tarde
ensinará aos seus discípulos: a quem pede sempre se dará e a quem bate à porta
sempre esta será aberta.
Na
segunda leitura, Paulo recorda-nos, na Carta aos Colossenses, que fomos
sepultados em Cristo pelo baptismo. Por isso, sepultados em Cristo, tal como
Ele havemos de ressurgir para uma vida nova, na plenitude da comunhão com o
Pai, devendo testemunhar com o nosso agir essa vida nova que d’Ele recebemos.
No
Evangelho, Jesus, para além de ensinar os discípulos a rezar, diz-nos como deve
ser a nossa oração; ela não pode ser feita a partir de nós, mas sim a partir de
Deus. A forma como rezamos marcará a nossa forma de vida e a nossa relação com
o Senhor. Por isso, a vida é sempre a expressão da nossa oração.
Padre João Lourenço, OFM
16º Domingo do Tempo Comum
Introdução à Liturgia:
Celebrar a Eucaristia é sempre um momento de
acolhimento que dispensamos a Deus e aos Irmãos. Por vezes, talvez nem nos
apercebamos do que é fundamental na palavra que nos é proposta. Ao concluir,
talvez nos sintamos tão vazios como no início. No entanto, cada momento
eucarístico é sempre uma opção ‘pela melhor parte’, pois Deus e a Sua Palavra
são a melhor parte que dá sentido à nossa caminhada.
Introdução às Leituras
A 1ª leitura, do livro dos Génesis, fala-nos da visita
que os três personagens fizeram a Abraão e que os Padres da Igreja
identificaram como sendo a imagem da Trindade. É uma visita que testemunha a
gratuidade de Deus para com todos aqueles que acolhem e se abrem à Sua presença
e à Sua passagem.
Continuando a ler a Carta aos Colossenses, S. Paulo fala-nos
da universalidade da salvação de que ele é testemunho e também mensageiro. Por
isso, ele sente esta profunda comunhão com Cristo que o leva a proclamar:
completo na minha carne a dores de Cristo em prol da Igreja, dos Irmãos.
Na Sagrada Escritura, tanto no Antigo como no Novo
Testamento, encontramos muitas vezes a mensagem dos dois caminhos, ou também,
como sucede hoje, dos dois modelos: o serviço e a escuta; o trabalho e a
adoração; a partilha e a contemplação. A resposta de Jesus diz-nos que tudo nasce
da escuta da Palavra. Mas essa escuta deve ser depois colocada ao serviço de
todos na comunhão fraterna.
Padre João Lourenço, OFM
17 de julho de 2019
Canonização de S. Francisco de Assis
Dia
16 de Julho de 1228. Assis estava em festa. O Papa Gregório IX, grande amigo da
Ordem dos Frades Menores, ali se deslocou para, solenemente, proceder à canonização
do nosso querido S. Francisco.
Foi
na Igreja de S. Jorge onde, um ano antes o nosso Santo fora sepultado. Mais
tarde também para ali seria levada, depois da irmã morte a ter visitado, a sua
plantazinha, a irmã Clara.
Na
presença de bispos, cardeais, companheiros dos primeiros tempos e de uma
multidão imensa da gente de Assis, o Senhor Papa proclamou a santidade do Poverello, inscrevendo-o no Livro dos
Santos. E terminou esta cerimónia cantando o Te Deum, acompanhado por todos os
presentes.
A
alegria com que Francisco viveu, estava ali. Uns cantando, outros pronunciando
o nome do seu santo, outros ainda chorando de comoção.
E
se nós lá estivéssemos? Qual seria o nosso comportamento? Certamente um grande
e santo orgulho encheria os nossos corações. Manifestaríamos o nosso
entusiasmo, e daríamos graças ao nosso Deus. Mas hoje, fazendo memória deste
acontecimento tão belo, também somos felizes por podermos viver na Ordem
Franciscana Secular, tendo como exemplo Francisco de Assis. Não foi por acaso
que chegámos aqui. Não foi por capricho que nos tornamos franciscanos. Olhemos
para dentro. Cada um de nós Irmãos, sentirá qual foi o chamamento que teve. O
que o levou a aceitar o TAU que traz ao peito.
São
Francisco continuou na Igreja de São Jorge. Mas, a 25 de maio de 1230, as suas
relíquias foram trasladadas para a linda Basílica que Frei Elias mandou
construir numa encosta de Assis, agora chamada Colina do Paraíso.
Assim,
hoje, com ele, cantemos ao Senhor, usando as suas próprias palavras tão belas,
tão cheias de amor, que enchem a alma de todo aquele que as pronuncia.
“Altíssimo,
Omnipotente, Bom Senhor, a Ti o Louvor, a Glória, a Honra e toda a Bênção”.
Maria
clara, ofs
16julho2019
São Boaventura
São
Boaventura
Todos
os dias podemos recordar irmãos nossos que, com grande simplicidade, chegaram
ao cume da perfeição.
Hoje
temos presente São Boaventura. Um franciscano, verdadeiro seguidor de S.
Francisco e grande entre os grandes pensadores do seu tempo. Mestre em teologia,
deixou numerosos escritos que hoje podem ser consultados, um dos quais o “Itinerário
da Mente para Deus”.
A
sua caridade é exaltada sempre que dele se fala. A simplicidade com que viveu e
exerceu vários cargos dentro da Ordem dos Frades Menores, foram exemplo para os
irmãos que com ele conviveram. Apesar da sua humildade, o perfume das suas
virtudes, o seu amor a Cristo crucificado, chegaram até nós.
Louvemos
o Senhor pela vida deste Santo.
É
dia de festa no céu e aqui na terra também. Dia 15 de julho. Dia da sua
passagem para a Vida eterna. Era o ano de 1274. Canonizado pelo Papa Sisto IV
em 1482 foi, posteriormente, declarado Doutor da Igreja com o título de Doutor
Seráfico.
São Boaventura, nosso Irmão, somos
uma pequena Fraternidade da Ordem Franciscana Secular. Intercede por nós. Às
vezes precisamos dum empurrãozinho para vivermos segundo o Evangelho como solenemente
nos comprometemos. Que o amor e a luz de Cristo se manifestem e que todos nós
sejamos fieis à sua claridade.
Com
o Pai S. Francisco cantemos com alegria:
“Altíssimo, Omnipotente e Bom Senhor, a Ti
toda a Honra e toda a Glória…”
maria clara, ofs
15julho2019
15 de julho de 2019
15º Domingo do Tempo Comum
Vai e faz o mesmo |
A liturgia deste domingo está marcada pelo tema da proximidade,
deixando-nos um convite: ‘Vai e faz o
mesmo’. Para que sejamos verdadeiros discípulos e seguidores de Jesus,
impõe-se aprender d’Ele a viver a Lei no serviço e na caridade fraterna. Esta é
a verdadeira sabedoria cristã que nos vem da Palavra de Deus.
Introdução às Leituras
A 1ª leitura, tomado do livro do Deuteronómio, diz-nos
que a verdadeira Lei do Senhor deve morar no nosso coração. Não se encontra
longe nem fora de nós. Habita nos nossos corações pela força da Palavra de Deus
que encontra a sua expressão suprema no amor e misericórdia.
No Carta aos Colossenses, S. Paulo diz-nos que é a
partir de Cristo que devemos pensar e organizar o nosso plano de vida e o nosso
agir. Ele é a referência fundamental que sempre devemos ter presente nos
momentos das nossas opções, já que é por Ele que tudo ganha sentido na nossa
caminhada.
Qual é o mandamento maior, perguntaremos nós, muitas
vezes, tal como o fez mestre da Lei de que nos fala o Evangelho de hoje. A
resposta nunca será teórica, não consiste num discurso nem na recitação de um
elenco de normativas. Pelo contrário, o mandamento maior é o do amor que
consiste em criar proximidades e agir com misericórdia.
Padre João Lourenço, OFM
8 de julho de 2019
14º Domingo do Tempo Comum
Introdução à
Eucaristia:
Aceitar o desafio e o
chamamento de Deus é algo que faz parte da nossa experiência de vida cristã. O
crente não pode olhar o mundo à sua e manter-se inativo, alheio aos dramas da
história e da sociedade que o envolve. Mas isso não basta; cada um de nós tem de
deixar-se enviar, de aceitar o apelo e pôr-se a caminho, um caminho de missão e
de testemunho.
Introdução às Leituras:
A primeira leitura é um hino
de alegria e de esperança para Jerusalém que está a ser reconstruída após o
regresso do exílio da Babilónia. Numa época ainda carregada de incertezas, o
profeta Isaías exorta à confiança, para que o povo não esmoreça no seu empenho
para refazer a sua vida e renovar a sua fidelidade a Deus.
Na Carta aos Gálatas, Paulo faz
um confronto entre o judaísmo e a fé em Cristo. Esse confronto tem como marca
distintiva a cruz de Cristo. Para ele, a cruz é o centro de todo o mistério da
redenção, já que ela simboliza a plenitude da gratuidade com que Deus
beneficiou todos os povos, podendo todos aceder ao dom do seu amor.
Um dos momentos marcantes
dos Evangelho, em todos eles, é o envio dos discípulos. Ser discípulo é ser
operário do Evangelho e não apenas seu ouvinte ou contemplativo da sua
mensagem. ‘Ir’, é um dos verbos fortes que o Senhor usa na sua relação com
aqueles que o seguem. Todos devemos aceitar, mesmo em medidas diferentes, este
imperativo do anúncio da Boa-Nova.
Padre João Lourenço, OFM
1 de julho de 2019
13º Domingo do Tempo Comum
Introdução à
Eucaristia:
Por vezes, a nossa caminhada
de fé é entendida e vivida numa certa passividade e estagnação. Neste domingo,
a palavra de Deus convida-nos a uma dinâmica de vida, de seguimento. Como nos
diz o Papa Francisco, ser igreja e ser discípulo de Jesus implica sempre estar
numa atitude de partida, de saída ao encontro dos outros para os ganhar para
Cristo.
Introdução às Leituras:
A Escritura apresenta-nos,
em muitas situações, pessoas que são chamadas por Deus para nos mostrar como
Ele precisa de nós para intervir na história e fazer com que esta tenha o selo
do seu amor e da sua misericórdia. Elias é uma destas personagens que nos abre
a este absoluto de Deus, deixando o seu testemunho àquele que há-de dar
continuidade à sua missão: Eliseu.
Dando continuação à leitura
da Carta aos Gálatas que vimos fazendo nos últimos domingos, Paulo diz-nos que
o cumprimento da Lei como um absoluto vale pouco perante a gratuidade do
mistério pascal de Cristo. Essa gratuidade é o fundamento da verdadeira
liberdade que dá sentido à vida nova em Cristo.
No Evangelho, S. Lucas
começa a narrar-nos a subida de Jesus em direção a Jerusalém, onde vai consumar
a sua missão. Essa subida é também um chamamento para que os discípulos O
sigam, sem condições nem exigências, numa verdadeira atitude de entrega e de
fidelidade.
Padre João Lourenço, OFM