Leitores e Bar CCF 2022

29 de junho de 2020

XIII Domingo do Tempo Comum


28 de Junho de 2020

Ano A

       Introdução à Eucaristia:

A Eucaristia deste domingo, através da palavra de Deus que nos é proposta, leva-nos à reflexão sobre um tema importante e fundamental da nossa vida: a questão da família. Na cultura bíblica, a família era um dos pilares, porventura o mais importante da sociedade, pois é pela família que passa o dom da vida, a identidade humana, a formação e o próprio projeto existencial de cada um de nós. No entanto, na mensagem de Jesus a família não é um tabú nem um valor exclusivo e absoluto. A construção da família deve ser iluminada pela Palavra de Deus e colocada no centro da história da salvação

      Introdução às Leituras:

A primeira leitura mostra como todos podem colaborar na realização do projeto salvador de Deus. De forma direta, como o profeta Eliseu, ou de forma indireta, como a mulher sunamita, todos têm um papel a desempenhar para que Deus se torne presente no mundo e a Sua presença seja um desafio e uma interpelação para cada homem.

A segunda leitura recorda-nos que o cristão é alguém que, pelo Batismo, se identifica com Jesus, e d’Ele assume a vida nova que nasce do seu mistério pascal. A partir daí, o cristão deve seguir Jesus no caminho do amor e no dom da vida, renunciando definitivamente ao pecado.

O Evangelho de hoje é uma catequese acerca da missão do discípulo, sob vários aspetos. Numa primeira fase, define o caminho do discípulo. O discípulo tem de ser capaz de fazer de Jesus a sua opção fundamental e seguir o seu mestre no caminho do amor e da entrega da vida. Seguidamente, sugere que toda a comunidade é chamada a dar testemunho da Boa Nova de Jesus. Finalmente, promete uma recompensa àqueles que acolherem, com generosidade e amor, o desafio a ser missionários do “Reino”.

Padre João Lourenço, OFM

22 de junho de 2020

XII Domingo do Tempo Comum


21 de Junho de 2020

Ano A

     Introdução à Eucaristia:

 Neste 12º Domingo do Tempo Comum, a Palavra de Deus que nos é proposta deixa-nos um desafio importante para a nossa autenticidade de vida: vencer o medo, não se deixar amedrontar pela injustiça e ser capaz de denunciar a falsidade. São exigências árduas e que só conseguimos realizar com a graça de Deus e a força da oração. Mas, apesar da dificuldade não nos devemos dispensar do empenho que o Senhor nos propõe.

     Introdução às Leituras:

 A primeira leitura apresenta-nos o exemplo de um profeta do Antigo Testamento – Jeremias. É o paradigma do profeta sofredor, vítima da perseguição, da solidão e do abandono. Tudo isto tem como motivo a retidão da sua vida e o testemunho corajoso que faz da Palavra. Apesar de tudo, nada demove a sua confiança em Deus, anunciando – com coerência e fidelidade – as propostas de Deus para os homens.

 No Evangelho, é o próprio Jesus que, ao enviar os discípulos, os avisa para a inevitabilidade das perseguições e das incompreensões; mas acrescenta: “não temais”. Jesus garante aos seus a presença contínua, a solicitude e o amor de Deus, ao longo de toda a sua caminhada pelo mundo. Os tempos que vivemos exigem também de nós esta coragem de olhar em frente sem temor.  

 Na segunda leitura, Paulo demonstra aos cristãos de Roma como a fidelidade, aos projetos de Deus, gera vida e como uma vida, organizada numa dinâmica de egoísmo e de auto suficiência, gera a morte.

Padre João Lourenço, OFM

17 de junho de 2020

Glorioso Santo António

Glorioso Santo António, Rogai por nós.

O nosso Irmão António

Porque hoje se celebra a festa do nosso Santo, o nosso glorioso irmão ANTÓNIO, quero saudar dum modo especial os Irmãos da Fraternidade de São Francisco à Luz - a minha Fraternidade, desejando que, juntos e em santa Alegria, vivamos este dia franciscano.

Todos conhecemos a vida de António. As suas escolhas. Do Mosteiro de S. Vicente de fora, em Lisboa e depois em de Santa Cruz em Coimbra, seguindo a regra dos Cónegos de Santo Agostinho. Depois, inesperadamente, sentiu-se impelido a viver em pobreza absoluta, vindo a professar na Ordem dos Frades Menores, tornando-se discípulo de S. Francisco. Soube escutar a voz do Senhor. Chegara à meta que Ele lhe destinara.

Todo o mundo o conhece. Para alguns é apenas um santo que continua a fazer milagres. A ele se recorre para encontrar objetos perdidos, para ter sucesso nos negócios ou como casamenteiro.

Em muitas casas de comércio, a imagem do Santo está junto ao emblema dum clube desportivo, dum reclame ou da fotografia do proprietário. Não está sozinho. Mas está lá. Acredita-se que ele faz os negócios prosperar.

E também é sabido que, quando o nosso Santo não realiza o “milagre” pedido, põe-se de castigo. Ora se vira a imagem de cabeça para baixo, ou de frente para a parede, ou se tapa com um pano, ou fica numa gaveta. E só recupera o seu lugar no dia em que satisfizer o pedido que lhe foi feito.

Pobrezinho do nosso Santo!

Mas, apesar destas tropelias que lhe fazem, Santo António, olha, certamente com ternura, para a devoção, cheia de simplicidade, daqueles que assim se manifestam.

Mas para nós franciscanos, ANTÓNIO é um Irmão muito estimado. Demos graças ao Senhor pela sua vida. Não nos fixemos na sua imagem, poeticamente representada com o Menino ao colo e muito “elegante” com o seu hábito de franciscano. Olhemos o homem humilde, doente, cheio de sabedoria, que arrastou multidões com as suas palavras. Falava para todos. Para o povo simples e de poucas letras, mas também os ricos e ilustres do seu tempo.

Um franciscano de quem o Senhor se serviu para converter muitos corações.

Ler os seus Sermões, refresca a alma e eleva o espírito.

Querido Santo António! Santo de Lisboa, de Pádua, de todo o mundo. Não esqueças o sofrimento que o teu país natal hoje vive. Lá do céu, olha com carinho para todos os que a ti recorrem.

E, a nós teus irmãos, ensina-nos a amar e seguir o teu exemplo, a viver em simplicidade, seguindo a Regra que o pai S. Francisco nos deixou.

Neste teu dia para te saudar, digamos ao Senhor, cantando

“Altíssimo, Omnipotente e Bom Senhor….”

Paz e Bem, querido irmão ANTÓNIO!

Maria clara, ofs

13JUNHO2020


16 de junho de 2020

11º Domingo do Tempo Comum

(14/06/2020)

           Introdução à Liturgia:

A liturgia deste domingo convida-nos a olhar para a dimensão vivencial da nossa fé que nos recorda que somos caminhantes, peregrinos. É nesta dimensão itinerante da nossa fé que experimentamos a necessidade da presença do Senhor, de ser ajudados a encontrar o verdadeiro caminho que nos leva ao Pai. Foi esta a missão que o Senhor confiou aos seus discípulos.

          Introdução às leituras:       

A primeira leitura, do livro do Êxodo, fala-nos da caminhada do povo de Israel, após a saída libertadora da terra do Egito, em que Deus se compromete com o Seu povo numa aliança eterna que faz desse povo uma nação eleita para testemunhar as maravilhas do Senhor.

A segunda leitura, da Carta de S. Paulo aos Romanos, diz-nos que essa aliança foi agora reforçada em Cristo e por Ele assumida como prova do pleno amor de Deus. É por Ele que passamos da condição de pecadores para a de homens novos, regenerados em Cristo, de inimigos para filhos; foi pela Sua morte que todos fomos reconciliados com Deus.

          No texto do Evangelho, S. Mateus fala-nos a misericórdia, da compaixão que Jesus tem por todos aqueles que o seguem. Ele é o Pastor que congrega à sua volta todos aqueles que procuram reencontrar o verdadeiro rosto de Deus. A cada um de nós é confiada também essa missão.

Padre João Lourenço, OFM 

SOLENIDADE DO CORPO DE DEUS


(2020)

Introdução à liturgia:

            A Igreja nasce da Eucaristia e a Eucaristia consolida a Igreja na sua experiência histórica ao longo dos séculos. Há cerca de dois mil anos que a ‘Igreja celebra a Eucaristia como ‘memória do Senhor’ sem com isso fazer o que Ele fez, pois sabemos que é Ele connosco, presente na Sua Igreja, que se faz Eucaristia e dom para o mundo. Celebrar hoje a Solenidade do Corpo de Deus, é festejar a sua presença sacramental no coração da Igreja e em comunhão connosco.

   Introdução às leituras:

            A primeira leitura recorda-nos um elemento fundamental da história da salvação: Deus alimenta o Seu povo na caminhada do deserto, acompanhando-o e oferecendo-lhe o ‘maná’. Jesus é o novo Maná que Deus oferece ao seu povo para ser o alimento da vida eterna.    

             Pela 2ª leitura, Paulo mostra-nos o verdadeiro sentido da Eucaristia: todos comemos do mesmo pão e participamos do mesmo cálice, formando assim um só corpo, em Cristo. Sacramento de comunhão, a Eucaristia é também o sacramento da unidade e da presença de Jesus no coração da sua Igreja.

             O texto do Evangelho, tomado do longo discurso do capítulo 6º de S. João sobre o ‘pão da vida’, fala-nos do verdadeiro alimento, do pão que desceu do céu para dar a nova vida ao mundo. Esse pão é Jesus. Hoje, celebrar a sua presença no meio de nós é um convite à adoração e à comunhão, procurando superar ‘o medo e o isolamento social que se apossou de nós’. Que a Eucaristia – Corpo Santo de Deus no mundo – fortaleça a nossa esperança e nos alimenta na nossa caminhada.  

Padre João Lourenço, OFM 

DOMINGO DA SANTÍSSIMA TRINDADE

A visão de S. Francisco da Santíssima Trindade, de Montoliu

(2020)

Introdução à Liturgia:

Celebrar a Santíssima Trindade não é um convite a decifrar o mistério que se esconde num “Deus único em três pessoas”; Pelo contrário, é um convite a contemplar o Deus que é amor, que é família, que é comunidade e que criou os homens para os fazer participar desse mistério de amor, revelando-se no mistério do Seu silêncio e do Seu amor. Como Deus é amor, também nós fomos criados e chamados a uma comunhão de amor que tem em Deus a sua plenitude.

 Introdução às Leituras:

A primeira leitura do livro do Êxodo, fala-nos da revelação de Deus a Moisés, como um Deus ‘clemente, compassivo e cheio de misericórdia’. Perante tal novidade, Moisés mais não fez do que contemplar esse mistério que se apresenta e não se impõe nem pela força nem pelo medo. É assim que Deus quer estar connosco e caminhar no meio de nós.

Na segunda leitura, Paulo diz-nos na Carta aos Coríntios, faz-nos um convite à alegria e à comunhão. Se a trindade é o mistério da comunhão de Deus, nós somos chamados também a viver esse mesmo mistério de comunhão, traduzindo-o através da nossa presença no mundo.

O  Evangelho mostra-nos, através do diálogo de Jesus com Nicodemos, que o mistério da Trindade não é só a forma de Deus ser na sua comunhão de amor. Essa comunhão é também a forma d’Ele ser para connosco, tal como Jesus no-lo diz e o viveu. Passa por aqui uma das dimensões fundamentais da nosso fé: Acreditar no amor de Deus para connosco. Por isso, podemos dizer que a Trindade é o mistério do amor silencioso de Deus que Ele vive a partilha connosco.

Padre João Lourenço, OFM