2 de Agosto de 2020Ano A
Introdução à Liturgia:
A liturgia de hoje fala-nos nas “fomes” do Homem que são insaciáveis quando queremos encontrar alimento para elas longe de Deus. Por isso, Ele mesmo nos faz o convite para nos sentarmos à mesa que Ele próprio preparou, e onde nos oferece gratuitamente o alimento que sacia a nossa fome de vida, de felicidade, de eternidade. O tema do “banquete”, recorrente na Escritura para traduzir a proximidade e a aliança de Deus com o homem, foi sempre usado na Igreja e aplicado à Eucaristia para expressar esta relação de comunhão que Ele quer construir com cada um de nós.
Introdução às Leituras:
Na primeira leitura, Isaías diz-nos que o alimento que vem de Deus sacia o homem, a sua fome e sede de vida plena, contrapondo-o ao alimento que a sociedade de consumo nos quer vender e impor todos os dias. Um, o de Deus, é dom gratuito, enquanto o outro, cada dia nos deixa mais vazios e insatisfeitos.
A segunda leitura é um hino ao amor de Deus pelos homens. É esse amor – do qual nenhum poder hostil nos pode afastar – que explica porque é que Deus enviou ao mundo o seu próprio Filho, a fim de nos convidar para o banquete da vida eterna.
O Evangelho apresenta-nos Jesus, o novo Moisés, cuja missão é realizar a libertação do seu Povo. No contexto de uma refeição, Jesus mostra aos seus discípulos que é preciso acolher o pão que Deus oferece e reparti-lo com todos os homens. Ele é a resposta para as três grandes fomes do nosso tempo: a fome de sentido; a pobreza interior sem horizonte de vida; a falta de vitalidade e de gratuidade em comunhão. É para responder a estas três fomes que Isaías nos convida: “Vinde e saciai-vos com os manjares da Palavra de Deus.”
Padre João Lourenço, OFM
Sem comentários:
Enviar um comentário