II - Segundo Domingo do Advento
Entramos
hoje na segunda semana do Advento. Acendemos a segunda vela da nossa caminhada
de preparação para a celebração e vivência do Natal do Senhor, com o apelo a
reviver o nosso batismo no Espírito Santo e a preparar o caminho do Senhor pela
conversão interior.
Acende-se a vela, enquanto se canta:
Ó luz de Deus, ó doce luz…
Leitor 1:
[Do
Evangelho de São Lucas]: João percorreu toda a zona do rio Jordão, pregando um
batismo de penitência para a remissão dos pecados, como está escrito no livro
dos oráculos do profeta lsaías: “Uma voz clama no deserto: Preparai o caminho
do Senhor, endireitai as suas veredas.” (Lc 3,3 4)
Leitor 2:
[Da
Fratelli tutti, do papa Francisco]: Também hoje. atrás das muralhas da cidade
antiga está o abismo, o território do desconhecido, o deserto. (...) Trata-se
do território do que é “bárbaro,” do qual há que defender-se a todo o custo.
Consequentemente, criam-se novas barreiras de autodefesa, de tal modo que deixa
de haver o mundo, para existir apenas o “meu” mundo; e muitos deixam de ser
considerados seres humanos com uma dignidade inalienável passando a ser apenas
“os outros.” (n. 27)
A letra R é colocada no placard, enquanto se canta
"Juntos
como irmãos, membros de uma igreja..."
Celebrante:
Oremos: Concedei, Deus omnipotente e misericordioso, que os cuidados deste mundo não sejam obstáculo para caminharmos generosamente ao encontro de Cristo, mas que a sabedoria do alto nos leve a participar no esplendor da sua glória. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. R/ Ámen. (segue-se a oração da Coleta) .
(05.12.2021)
Introdução
à Eucaristia
O tempo do Advento ajuda-nos a fazer memória da experiência de fé do povo de Israel que, na sua caminhada histórica, sempre olhou o futuro com esperança, fortalecendo essa caminhada com a força da Palavra de Deus e com a fidelidade à aliança. O seu horizonte estendia-se para além da história imediata, pois a sua força tinha como meta o projeto de Deus.
Na 1ª leitura, o profeta Baruc lança um
forte apelo a Jerusalém para que exulte de alegria, pois a sua libertação está
próxima. Este apelo à alegria é aquele que deve animar todo o crente na sua
caminhada ao encontro do Senhor que vem salvar-nos. A salvação prometida está
mais próxima de cada um de nós. Compete a cada um de nós abrir o coração para
acolher o Senhor.
S.
Paulo, na carta aos Filipenses que a liturgia hoje nos propõe, exorta os
cristãos a viverem na alegria, uma alegria que tem o seu fundamento na
confiança em Deus e na caridade fraterna. São estes os dois grandes pilares da
verdadeira alegria cristã.
Ao mesmo tempo que nos traça um quadro da geografia social e política da época, o Evangelho apresenta-nos João Baptista, o arauto e pregoeiro que vem preparar os caminhos do Senhor. Este é o grande grito desta voz profética que se faz ouvir no início do ministério público de Jesus. O seu grito é um apelo à conversão, pois só assim podemos acolher o Senhor que vem ao nosso encontro.
Padre João Lourenço, OFM
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