(09.10.2022)
A liturgia deste domingo abre-nos a uma dimensão que vai para além das nossas fronteiras pessoais, de raça ou de nacionalidade. Para o judaísmo do Antigo Testamento, esta dimensão universalista foi, durante muito tempo, impensável e só tornada possível pela ação da palavra dos profetas. Jesus fez dela uma prioridade, tal como hoje nos propõe o Papa Francisco.
Na primeira leitura, o profeta Eliseu, pela força da Palavra de Deus, cura o sírio Naaman, mostrando que esta palavra não conhece fronteiras nem é propriedade de ninguém. É ela que nos restabelece na verdadeira harmonia e numa saudável relação com Deus e com os irmãos.
A segunda leitura, dando continuidade às exortações que S. Paulo dirige a Timóteo, convida-o à fidelidade e a identificar-se com o seu próprio testemunho. É por aqui que passa a sua adesão ao Evangelho de Jesus.
O Evangelho narra-nos o encontro de Jesus com um grupo de leprosos a quem curou. S. Lucas, recorre com muita frequência às narrativas dos encontros de Jesus com aqueles que o procuram na esperança de serem curados. Jesus, usa de misericórdia com eles. É esta a marca da missão de Jesus: curar e reconciliar; deve ser também este o testemunho da nossa identidade cristã.
Padre João Lourenço, OFM
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