(Ano
A - 2023)
Introdução à
Liturgia:
A Solenidade da Santíssima
Trindade que hoje celebramos não é um convite a decifrar o mistério que se
esconde num “Deus único em três pessoas”; Pelo contrário, é um convite a
contemplar o Deus que é amor, que é família, que é comunidade e que criou os
homens para os fazer participar desse mistério de amor, revelando-se no
mistério do Seu silêncio e da Sua misericórdia. Como Deus é amor, também nós somos
criados e chamados a uma comunhão de amor que tem em Deus a sua plenitude.
Introdução às Leituras:
A primeira leitura do livro do Êxodo,
fala-nos da revelação de Deus a Moisés, como um deus ‘clemente, compassivo e
cheio de misericórdia’. Perante tal novidade, Moisés mais não faz do que contemplar
esse mistério que se apresenta e não se impõe nem pela força nem pelo medo. É
assim que Deus quer estar connosco e caminhar no meio de nós.
Na segunda leitura, Paulo, na
Carta aos Coríntios, faz-nos um convite à alegria e à comunhão. Se a Trindade é
o mistério da comunhão de Deus, nós somos chamados também a viver esse mesmo
mistério de comunhão, traduzindo-o através da nossa presença no mundo.
O Evangelho mostra-nos, através do diálogo de Jesus com Nicodemos, que o mistério da Trindade não é só a forma de Deus ser na sua comunhão de amor. Essa comunhão é também a forma d’Ele ser para connosco, tal como Jesus no-lo diz e o viveu. Passa por aqui uma das dimensões fundamentais da nosso fé: Acreditar no amor de Deus para connosco. Por isso, podemos dizer que a Trindade é o mistério do amor silencioso de Deus que Ele vive a partilha connosco.
Padre João Lourenço, OFM
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