Nem sempre o acolhimento da Palavra de Deus suscita em nós sentimentos de confiança, de serenidade e de alegria. Por vezes, como hoje vamos constatar, ela também pode suscitar medo, receio de sentir Deus perto de nós, pois a sua presença exige a nossa libertação e isso nem sempre é fácil de acolher na nossa vida. Precisamos de nos libertar do medo e do receio para acolher sempre a presença do Senhor.
A liturgia deste Domingo garante-nos que Deus não se conforma com os projectos de egoísmo e de morte que desfeiam o mundo e que escravizam os homens. Pelo contrário, Deus sempre nos desafia a ir mais além, a alargar os nossos horizontes, propondo-nos um projecto de liberdade e de vida plena.
A 1ª leitura propõe-nos – a partir da figura de Moisés – uma reflexão sobre a experiência profética. O profeta é alguém que Deus escolhe, que Deus chama e envia para ser a voz da "Palavra" no meio dos homens.
S. Paulo, na 2ª leitura, convida os crentes a repensarem as suas prioridades, de modo a encontrar uma verdadeira harmonia entre as coisas de Deus e as temporais, de modo que não se perca o justo equilíbrio entre a primazia do serviço de Deus e o bem dos irmãos.
O Evangelho mostra como Jesus, o Filho de Deus, cumprindo o projecto libertador do Pai, pela sua Palavra e pela sua ação, renova e transforma em homens livres todos aqueles que vivem prisioneiros do mal.
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