Leitores e Bar CCF 2022
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28 de novembro de 2017
27 de novembro de 2017
Solenidade de Cristo Rei do Universo
O serviço é a expressão da realeza de Cristo |
Introdução à
Liturgia
Celebramos hoje, neste
último domingo do ano litúrgico, a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei
do Universo. As leituras deste domingo falam-nos do Reino de Deus, desse reino
que Jesus veio anunciar e apresentar-nos como sendo a grande proposta que Deus
nos faz. Esse reino que é como uma semente, a semente da verdade e do bem que
deve crescer no coração de cada crente.
Introdução às Leituras
A primeira leitura, do
livro de Ezequiel, recorre à imagem do Bom Pastor para apresentar Deus e para
definir a sua relação com os homens. Realçando a autoridade de Deus, a imagem
sublinha o carinho, a preocupação e a ternura que Deus dispensa àqueles a quem
ama, orientando-os nos caminhos da história e estando ao seu lado para lhes
apontar metas e horizontes.
Na segunda leitura,
Paulo diz-nos que este reino tem os gérmenes de vida na ressurreição de Jesus e
é nessa vida nova que tudo encontra sentido. Tudo nasce daí e tudo converge
para a plenitude Deus, ‘até que Ele seja tudo em todos’. É Cristo que nos
conduz a este Reino definitivo.
O Evangelho
apresenta-nos, numa espécie de síntese dramática, a soberania de Jesus que se
manifesta num quadro de julgamento, mostrando que o Reino se concretiza nas
boas obras, mormente naquelas que parecendo insignificantes são o testemunho da
verdadeira grandeza de Deus. É aqui que estão as autênticas sementes do Reino.
Padre João Lourenço, OFM
I DIA MUNDIAL DOS POBRES
MENSAGEM DO SANTO PADRE FRANCISCO
PARA O I DIA MUNDIAL DOS POBRES
PARA O I DIA MUNDIAL DOS POBRES
XXXIII DOMINGO DO TEMPO COMUM
(19 DE NOVEMBRO DE 2017)
OFM - Letter of the Minister General for the First World Day for the Poor
«Não amemos com palavras, mas com obras»
(19 DE NOVEMBRO DE 2017)
O Pobrezinho, Francisco de Assis – verdadeira imagem do Santo, pintada por Cimabue. |
«Não amemos com palavras, mas com obras»
1. «Meus filhinhos, não amemos com palavras nem com a boca, mas com obras e com verdade» (1 Jo 3, 18). Estas palavras do apóstolo João exprimem um imperativo de que nenhum cristão pode prescindir. A importância do mandamento de Jesus, transmitido pelo «discípulo amado» até aos nossos dias, aparece ainda mais acentuada ao contrapor as palavras vazias, que frequentemente se encontram na nossa boca, às obras concretas, as únicas capazes de medir verdadeiramente o que valemos. O amor não admite álibis: quem pretende amar como Jesus amou, deve assumir o seu exemplo, sobretudo quando somos chamados a amar os pobres. Aliás, é bem conhecida a forma de amar do Filho de Deus, e João recorda-a com clareza. Assenta sobre duas colunas mestras: o primeiro a amar foi Deus (cf. 1 Jo 4, 10.19); e amou dando-Se totalmente, incluindo a própria vida (cf. 1 Jo 3, 16).Um amor assim não pode ficar sem resposta. Apesar de ser dado de maneira unilateral, isto é, sem pedir nada em troca, ele abrasa de tal forma o coração, que toda e qualquer pessoa se sente levada a retribuí-lo não obstante as suas limitações e pecados. Isto é possível, se a graça de Deus, a sua caridade misericordiosa, for acolhida no nosso coração a pontos de mover a nossa vontade e os nossos afetos para o amor ao próprio Deus e ao próximo. Deste modo a misericórdia, que brota por assim dizer do coração da Trindade, pode chegar a pôr em movimento a nossa vida e gerar compaixão e obras de misericórdia em prol dos irmãos e irmãs que se encontram em necessidade.
2. «Quando um pobre invoca o Senhor, Ele atende-o» (Sl 34/33, 7). A Igreja compreendeu, desde sempre, a importância de tal invocação. Possuímos um grande testemunho já nas primeiras páginas do Atos dos Apóstolos, quando Pedro pede para se escolher sete homens «cheios do Espírito e de sabedoria» (6, 3), que assumam o serviço de assistência aos pobres. Este é, sem dúvida, um dos primeiros sinais com que a comunidade cristã se apresentou no palco do mundo: o serviço aos mais pobres. Tudo isto foi possível, por ela ter compreendido que a vida dos discípulos de Jesus se devia exprimir numa fraternidade e numa solidariedade tais, que correspondesse ao ensinamento principal do Mestre que tinha proclamado os pobres bem-aventurados e herdeiros do Reino dos céus (cf. Mt 5, 3).
«Vendiam terras e outros bens e distribuíam o dinheiro por todos, de acordo com as necessidades de cada um» (At 2, 45). Esta frase mostra, com clareza, como estava viva nos primeiros cristãos tal preocupação. O evangelista Lucas – o autor sagrado que deu mais espaço à misericórdia do que qualquer outro – não está a fazer retórica, quando descreve a prática da partilha na primeira comunidade. Antes pelo contrário, com a sua narração, pretende falar aos fiéis de todas as gerações (e, por conseguinte, também à nossa), procurando sustentá-los no seu testemunho e incentivá-los à ação concreta a favor dos mais necessitados. E o mesmo ensinamento é dado, com igual convicção, pelo apóstolo Tiago, usando expressões fortes e incisivas na sua Carta: «Ouvi, meus amados irmãos: porventura não escolheu Deus os pobres segundo o mundo para serem ricos na fé e herdeiros do Reino que prometeu aos que O amam? Mas vós desonrais o pobre. Porventura não são os ricos que vos oprimem e vos arrastam aos tribunais? (…) De que aproveita, irmãos, que alguém diga que tem fé, se não tiver obras de fé? Acaso essa fé poderá salvá-lo? Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e precisarem de alimento quotidiano, e um de vós lhes disser: “Ide em paz, tratai de vos aquecer e matar a fome”, mas não lhes dais o que é necessário ao corpo, de que lhes aproveitará? Assim também a fé: se ela não tiver obras, está completamente morta» (2, 5-6.14-17).
3. Contudo, houve momentos em que os cristãos não escutaram profundamente este apelo, deixando-se contagiar pela mentalidade mundana. Mas o Espírito Santo não deixou de os chamar a manterem o olhar fixo no essencial. Com efeito, fez surgir homens e mulheres que, de vários modos, ofereceram a sua vida ao serviço dos pobres. Nestes dois mil anos, quantas páginas de história foram escritas por cristãos que, com toda a simplicidade e humildade, serviram os seus irmãos mais pobres, animados por uma generosa fantasia da caridade!
Dentre todos, destaca-se o exemplo de Francisco de Assis, que foi seguido por tantos outros homens e mulheres santos, ao longo dos séculos. Não se contentou com abraçar e dar esmola aos leprosos, mas decidiu ir a Gúbio para estar junto com eles. Ele mesmo identificou neste encontro a viragem da sua conversão: «Quando estava nos meus pecados, parecia-me deveras insuportável ver os leprosos. E o próprio Senhor levou-me para o meio deles e usei de misericórdia para com eles. E, ao afastar-me deles, aquilo que antes me parecia amargo converteu-se para mim em doçura da alma e do corpo» (Test 1-3: FF 110). Este testemunho mostra a força transformadora da caridade e o estilo de vida dos cristãos.
Não pensemos nos pobres apenas como destinatários duma boa obra de voluntariado, que se pratica uma vez por semana, ou, menos ainda, de gestos improvisados de boa vontade para pôr a consciência em paz. Estas experiências, embora válidas e úteis a fim de sensibilizar para as necessidades de tantos irmãos e para as injustiças que frequentemente são a sua causa, deveriam abrir a um verdadeiro encontro com os pobres e dar lugar a uma partilha que se torne estilo de vida. Na verdade, a oração, o caminho do discipulado e a conversão encontram, na caridade que se torna partilha, a prova da sua autenticidade evangélica. E deste modo de viver derivam alegria e serenidade de espírito, porque se toca com as mãos a carne de Cristo. Se realmente queremos encontrar Cristo, é preciso que toquemos o seu corpo no corpo chagado dos pobres, como resposta à comunhão sacramental recebida na Eucaristia. O Corpo de Cristo, partido na sagrada liturgia, deixa-se encontrar pela caridade partilhada no rosto e na pessoa dos irmãos e irmãs mais frágeis. Continuam a ressoar de grande atualidade estas palavras do santo bispo Crisóstomo: «Queres honrar o corpo de Cristo? Não permitas que seja desprezado nos seus membros, isto é, nos pobres que não têm que vestir, nem O honres aqui no tempo com vestes de seda, enquanto lá fora O abandonas ao frio e à nudez» (Hom. in Matthaeum, 50, 3: PG 58).
Portanto somos chamados a estender a mão aos pobres, a encontrá-los, fixá-los nos olhos, abraçá-los, para lhes fazer sentir o calor do amor que rompe o círculo da solidão. A sua mão estendida para nós é também um convite a sairmos das nossas certezas e comodidades e a reconhecermos o valor que a pobreza encerra em si mesma.
4. Não esqueçamos que, para os discípulos de Cristo, a pobreza é, antes de mais, uma vocação a seguir Jesus pobre. É um caminho atrás d’Ele e com Ele: um caminho que conduz à bem-aventurança do Reino dos céus (cf. Mt 5, 3; Lc 6, 20). Pobreza significa um coração humilde, que sabe acolher a sua condição de criatura limitada e pecadora, vencendo a tentação de omnipotência que cria em nós a ilusão de ser imortal. A pobreza é uma atitude do coração que impede de conceber como objetivo de vida e condição para a felicidade o dinheiro, a carreira e o luxo. Mais, é a pobreza que cria as condições para assumir livremente as responsabilidades pessoais e sociais, não obstante as próprias limitações, confiando na proximidade de Deus e vivendo apoiados pela sua graça. Assim entendida, a pobreza é o metro que permite avaliar o uso correto dos bens materiais e também viver de modo não egoísta nem possessivo os laços e os afetos (cf. Catecismo da Igreja Católica, n. 25-45).
Assumamos, pois, o exemplo de São Francisco, testemunha da pobreza genuína. Ele, precisamente por ter os olhos fixos em Cristo, soube reconhecê-Lo e servi-Lo nos pobres. Por conseguinte, se desejamos dar o nosso contributo eficaz para a mudança da história, gerando verdadeiro desenvolvimento, é necessário escutar o grito dos pobres e comprometermo-nos a erguê-los do seu estado de marginalização. Ao mesmo tempo recordo, aos pobres que vivem nas nossas cidades e nas nossas comunidades, para não perderem o sentido da pobreza evangélica que trazem impresso na sua vida.
5. Conhecemos a grande dificuldade que há, no mundo contemporâneo, de poder identificar claramente a pobreza. E todavia esta interpela-nos todos os dias com os seus inúmeros rostos marcados pelo sofrimento, pela marginalização, pela opressão, pela violência, pelas torturas e a prisão, pela guerra, pela privação da liberdade e da dignidade, pela ignorância e pelo analfabetismo, pela emergência sanitária e pela falta de trabalho, pelo tráfico de pessoas e pela escravidão, pelo exílio e a miséria, pela migração forçada. A pobreza tem o rosto de mulheres, homens e crianças explorados para vis interesses, espezinhados pelas lógicas perversas do poder e do dinheiro. Como é impiedoso e nunca completo o elenco que se é constrangido a elaborar à vista da pobreza, fruto da injustiça social, da miséria moral, da avidez de poucos e da indiferença generalizada!
Infelizmente, nos nossos dias, enquanto sobressai cada vez mais a riqueza descarada que se acumula nas mãos de poucos privilegiados, frequentemente acompanhada pela ilegalidade e a exploração ofensiva da dignidade humana, causa escândalo a extensão da pobreza a grandes sectores da sociedade no mundo inteiro. Perante este cenário, não se pode permanecer inerte e, menos ainda, resignado. À pobreza que inibe o espírito de iniciativa de tantos jovens, impedindo-os de encontrar um trabalho, à pobreza que anestesia o sentido de responsabilidade, induzindo a preferir a abdicação e a busca de favoritismos, à pobreza que envenena os poços da participação e restringe os espaços do profissionalismo, humilhando assim o mérito de quem trabalha e produz: a tudo isso é preciso responder com uma nova visão da vida e da sociedade.
Todos estes pobres – como gostava de dizer o Beato Paulo VI – pertencem à Igreja por «direito evangélico» (Discurso de abertura na II Sessão do Concílio Ecuménico Vaticano II, 29/IX/1963) e obrigam à opção fundamental por eles. Por isso, benditas as mãos que se abrem para acolher os pobres e socorrê-los: são mãos que levam esperança. Benditas as mãos que superam toda a barreira de cultura, religião e nacionalidade, derramando óleo de consolação nas chagas da humanidade. Benditas as mãos que se abrem sem pedir nada em troca, sem «se» nem «mas», nem «talvez»: são mãos que fazem descer sobre os irmãos a bênção de Deus.
6. No termo do Jubileu da Misericórdia, quis oferecer à Igreja o Dia Mundial dos Pobres, para que as comunidades cristãs se tornem, em todo o mundo, cada vez mais e melhor sinal concreto da caridade de Cristo pelos últimos e os mais carenciados. Quero que, aos outros Dias Mundiais instituídos pelos meus Predecessores e sendo já tradição na vida das nossas comunidades, se acrescente este, que completa o conjunto de tais Dias com um elemento requintadamente evangélico, isto é, a predileção de Jesus pelos pobres.
Convido a Igreja inteira e os homens e mulheres de boa vontade a fixar o olhar, neste dia, em todos aqueles que estendem as suas mãos invocando ajuda e pedindo a nossa solidariedade. São nossos irmãos e irmãs, criados e amados pelo único Pai celeste. Este Dia pretende estimular, em primeiro lugar, os crentes, para que reajam à cultura do descarte e do desperdício, assumindo a cultura do encontro. Ao mesmo tempo, o convite é dirigido a todos, independentemente da sua pertença religiosa, para que se abram à partilha com os pobres em todas as formas de solidariedade, como sinal concreto de fraternidade. Deus criou o céu e a terra para todos; foram os homens que, infelizmente, ergueram fronteiras, muros e recintos, traindo o dom originário destinado à humanidade sem qualquer exclusão.
7. Desejo que, na semana anterior ao Dia Mundial dos Pobres – que este ano será no dia 19 de novembro, XXXIII domingo do Tempo Comum –, as comunidades cristãs se empenhem na criação de muitos momentos de encontro e amizade, de solidariedade e ajuda concreta. Poderão ainda convidar os pobres e os voluntários para participarem, juntos, na Eucaristia deste domingo, de modo que, no domingo seguinte, a celebração da Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo resulte ainda mais autêntica. Na verdade, a realeza de Cristo aparece em todo o seu significado precisamente no Gólgota, quando o Inocente, pregado na cruz, pobre, nu e privado de tudo, encarna e revela a plenitude do amor de Deus. O seu completo abandono ao Pai, ao mesmo tempo que exprime a sua pobreza total, torna evidente a força deste Amor, que O ressuscita para uma vida nova no dia de Páscoa.
Neste domingo, se viverem no nosso bairro pobres que buscam proteção e ajuda, aproximemo-nos deles: será um momento propício para encontrar o Deus que buscamos. Como ensina a Sagrada Escritura (cf. Gn 18, 3-5; Heb 13, 2), acolhamo-los como hóspedes privilegiados à nossa mesa; poderão ser mestres, que nos ajudam a viver de maneira mais coerente a fé. Com a sua confiança e a disponibilidade para aceitar ajuda, mostram-nos, de forma sóbria e muitas vezes feliz, como é decisivo vivermos do essencial e abandonarmo-nos à providência do Pai.
8. Na base das múltiplas iniciativas concretas que se poderão realizar neste Dia, esteja sempre a oração. Não esqueçamos que o Pai Nosso é a oração dos pobres. De facto, o pedido do pão exprime o abandono a Deus nas necessidades primárias da nossa vida. Tudo o que Jesus nos ensinou com esta oração exprime e recolhe o grito de quem sofre pela precariedade da existência e a falta do necessário. Aos discípulos que Lhe pediam para os ensinar a rezar, Jesus respondeu com as palavras dos pobres que se dirigem ao único Pai, em quem todos se reconhecem como irmãos. O Pai Nosso é uma oração que se exprime no plural: o pão que se pede é «nosso», e isto implica partilha, comparticipação e responsabilidade comum. Nesta oração, todos reconhecemos a exigência de superar qualquer forma de egoísmo, para termos acesso à alegria do acolhimento recíproco.
9. Aos irmãos bispos, aos sacerdotes, aos diáconos – que, por vocação, têm a missão de apoiar os pobres –, às pessoas consagradas, às associações, aos movimentos e ao vasto mundo do voluntariado, peço que se comprometam para que, com este Dia Mundial dos Pobres, se instaure uma tradição que seja contribuição concreta para a evangelização no mundo contemporâneo.
Que este novo Dia Mundial se torne, pois, um forte apelo à nossa consciência crente, para ficarmos cada vez mais convictos de que partilhar com os pobres permite-nos compreender o Evangelho na sua verdade mais profunda. Os pobres não são um problema: são um recurso de que lançar mão para acolher e viver a essência do Evangelho.
Vaticano, Memória de Santo António de Lisboa, 13 de junho de 2017.
Franciscus
21 de novembro de 2017
33º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Introdução à Eucaristia:
A liturgia deste
domingo convida-nos a refletir sobre a forma e o modo como aplicamos os nossos
talentos, os nosso dons. Colocamo-los ao serviço do reino de Deus ou apenas e
só sob a tutela dos nossos interesses imediatos? Vamos também fazer memória,
nesta nossa Eucaristia, de Santa Isabel da Hungria, padroeira da Ordem
Franciscana Secular que hoje acolhe uma Irmã que vai fazer a sua profissão e
depois, em Fraternidade, se reúne para refletir sobre a vivência fraterna da
sua identidade franciscana .
Introdução às Leituras:
Na primeira leitura, do
livro dos Provérbio, faz-se o elogio da mulher prudente, da esposa e mãe que
coloca ao serviço de Deus, na família e nos seus labores, todo o encanto e
empenho do coração para servir os outros e os fazer felizes. Santa Isabel da
Hungria é um bom exemplo disto mesmo.
A segunda leitura,
continuando a reflexão dos domingos anteriores, diz-nos que o ‘dia do Senhor’
acontece na nossa vida sem o esperamos, porventura quando nem pensamos na sua
proximidade, o que quer dizer que o cristão deve estar atento aos sinais de
Deus.
O Evangelho
oferece-nos, através de uma parábola, uma bela reflexão sobre o modo como
exercemos os dons que o Senhor nos concedeu. Aderir a Cristo implica um empenho
renovado
Padre João Lourenço, OFM
17 de novembro de 2017
11 de novembro de 2017
32º Domingo do Tempo Comum – Ano A
(12 de novembro)
Introdução à
liturgia:
A vivência cristã pressupõe uma
sabedoria de vida que nos deve ajudar a estar preparados e vigilantes para que
não nos deixemos envolver apenas e só pelas realidades temporais, como
finalidade primeira de nós próprios. O cristão abre-se ao horizonte de Deus,
para onde caminha, guiado pela luz da fé que deve alimentar com a oração e a
celebração comunitária. É este o desafio que a liturgia de hoje nos deixa.
Introdução às
leituras:
A 1ª leitura, tomada do
Livro da Sabedoria, faz o elogio da vigilância como forma de ser e de estar na
vida, uma vigilância que nos ajuda a não ficar parados no tempo, prisioneiros
de um certo comodismo que mata em nós o desejo e o anseio da eternidade. Jesus
sentiu isso na sociedade do seu tempo e, por isso mesmo, também adverte os seus
contemporâneos para estarem vigilantes.
Continuando a leitura da
Carta aos Tessalonicenses, S. Paulo fala-nos da esperança que nos anima na
nossa caminhada e diz-nos que também nós caminhamos ao encontro do Senhor.
No Evangelho, S. Mateus
fala-nos da vigilância, servindo-se da parábola das dez virgens que aguardam a
vinda do esposo, que é Cristo. Para aceder ao seu
encontro, precisamos de estar munidos com as lâmpadas da fé bem acesas, pois é
ela que nos guia e ajuda a encontrar o caminho que nos conduz ao banquete do
Reino.
Padre João Lourenço, OFM
Eremitério dos Carceres - Assis
S. Francisco (olhando as estrelas) e os companheiros admirando a natureza - Carceri |
5 de novembro de 2017
31º Domingo do Tempo Comum
(5 de novembro
2017)
Introdução à
liturgia:
Depois de vários domingos em que a
liturgia, através de uma sequência de parábolas, nos convidava a refletir sobre
a autenticidade da nossa fé, hoje a Palavra de Deus vem-nos recordar, uma vez
mais, que só Ele é o Senhor, o centro que dá sentido a toda a nossa vida e que
a primazia dos nossos atos deve ter sempre presente que não o podemos
substituir por ninguém mais, tanto nas obras como nas palavras.
Introdução às leituras:
Tomada do livro do profeta
Malaquias, a 1ª leitura ser de fundo às palavras de Jesus que vamos escutar no
evangelho. Aqui nos são deixadas algumas interrogações às
quais Jesus responde, colocando a Deus no centro da nossa fé e da nossa vida.
Na 1ª Carta aos
Tessalonicenses, continuando a reflexão que já escutávamos em domingos
anteriores, Paulo fala-nos do cuidado que ele tem para com a Comunidade. Não o
faz para exigir nada para ele mesmo; fá-lo sim para mostrar aos crentes que
tudo deve ser feito para glória de Deus, pois é esse o objetivo primeiro do
anúncio do Evangelho.
No Evangelho, S. Mateus
oferece-nos um conjunto de ‘instruções’ dadas por Jesus aos seus discípulos
acerca da autenticidade da sua vivência. Ele quer que eles sejam diferentes dos
fariseus e dos demais crentes do Antigo Testamento. Jesus apela e propõe um
espírito novo de comunhão e de fraternidade que deve pautar a vida dos seus
seguidores.
Padre João Lourenço, OFM
2 de novembro de 2017
1 de novembro - Solenidade de Todos os Santos
Introdução
à Liturgia:
A Igreja celebra neste dia a festa de
Todos os Santos, convidando-nos a associarmo-nos a todos aqueles que seguiram o
caminho de Jesus e por Ele chegaram à plena comunhão com o Pai. Celebrar esta
solenidade não é uma forma, como muitas vezes se ouve, de fazer memória dos
‘santos anónimos ou daqueles que consideramos menores no caminho da santidade’.
No entanto, a solenidade de hoje não tem esse sentido nem isso faria sentido:
Celebramos hoje a nossa vocação à santidade e de todos aqueles que a viveram em
plenitude.
Introdução
às Leituras:
A primeira leitura, num texto muito belo
do Apocalipse, diz-nos que todos são chamados, sem conta nem números e que a
simbólica do texto é apenas e tão só uma forma de realçar essa infinitude,
alargada a todos os povos e culturas, não conhecendo limites, pois a todos é
dada a gratuidade da salvação pelo banho regenerador do baptismo.
A segunda leitura fala-nos do amor de
Deus testemunhado e oferecido em Jesus Cristo; é nesse amor e por esse amor que
nos tornamos filhos de Deus e essa é a santidade plena e total. É dela que nos
devemos tornar sinais no mundo que hoje cada vez mais desconhece a santidade.
O Evangelho apresenta-nos
o que de mais bonito Deus nos oferece: as Bem-aventuranças. Esse é o caminho, o
método e a estratégia da santidade cristã. Não precisamos de inventar nada, mas
apenas de viver em plenitude essa proposta de ‘Nova-Lei’ que Jesus nos propôs.
Padre João Lourenço, OFM