Retalhos Como Francisco e Clara de Assis, a Fraternidade a todos saúda em Paz e Bem!Retalhos

14 de março de 2024

5º Domingo da Quaresma


 (17.03.2024)

Introdução à Liturgia:

A liturgia deste Domingo continua a propor-nos o tema da vida nova que está no centro da nossa caminhada quaresmal em ordem à ressurreição do Senhor. Para exemplificar essa vida nova, temos a imagem do grão de trigo que tem de morrer para gerar vida; a vida nova que Deus nos propõe implica a transformação da vida do homem velho que há em nós no Homem novo que é Cristo, capaz de uma doação total e radical às causas do Reino.

 Introdução às Leituras:

Na primeira leitura, tomada do livro de Jeremias, temos a proposta de uma nova aliança, de um novo renascimento, feito não a partir de uma lei qualquer, exterior ao homem, mas sim a partir de um coração novo, capaz de gerar amor e comunhão.

A ‘nova aliança’ de que fala Jeremias concretiza-se em Jesus que, pela sua entrega, a selou com a sua plena doação, o seu sacrifício e assim abriu para todos os que n’Ele crêem uma nova fonte de graça.

 O Evangelho convida-nos a olhar para Jesus e aprender com Ele, a segui-l’O no caminho do amor radical, do dom da vida, da entrega total a Deus e aos irmãos. O caminho da cruz parece, aos olhos do mundo, um caminho de fracasso e de morte; mas é desse caminho de amor e de doação que brota a vida verdadeira e eterna que Deus nos quer oferecer.

Padre João Lourenço, OFM

4º Domingo da Quaresma

 


(10.03.2024)

Introdução à Liturgia:

A liturgia deste Domingo dá-nos a possibilidade de revisitar espiritualmente toda a História da salvação como sendo uma história de amor em que de um lado está o amor de Deus e do outro lado a falta de resposta, a infidelidade do homem. É neste contexto que cada um de nós se situa: procurar o amor de Deus como fonte de vida nova.

Introdução às Leituras:

Na primeira leitura sentimos que nem sempre o homem responde com fidelidade aos desafios e apelos que Deus lhe faz. A História da salvação mostra-nos isso mesmo e deixa-nos a certeza que, apesar disso, Deus não desiste da sua proposta e sempre está disposto a recomeçar a sua relação de amor connosco.

 A segunda leitura diz-nos que é ‘pela graça que fomos salvos’. De facto, é pela graça e pela gratuidade de Deus para connosco que nós encontramos a vida nova que Ele nos propõe. Paulo viveu intensamente essa experiência da gratuidade de Deus e fala-nos dela como proposta de vida para cada um de nós.

 No Evangelho, num dos mais belos textos da sua obra, S. João diz-nos que “Deus nos amou de tal forma o mundo que lhe enviou o seu Filho único”. É na certeza deste amor que cada um de nós pode caminhar e refazer a sua vida, sabendo que sempre encontra neste amor um oceano de graça e de paz.

Padre João Lourenço, OFM

3º DOMINGO DA QUARESMA

Basílica do Santo Sepulcro, Jerusalém 
Introdução à Liturgia:

O tempo quaresmal é um convite à reflexão profunda e séria sobre a vida e o seu sentido. Fazemo-lo não apenas a partir de nós, mas sim com Deus e tomando como referência as propostas que a sua Palavra nos faz. Hoje, o Senhor convida-nos a ser o Seu ‘templo’, a ser o sinal da sua presença no mundo.

Introdução às Leituras:

Na primeira leitura, depois da libertação e do dom da Lei, Deus interpela o Seu povo para que este traduza esses sinais de Deus em atitudes e em formas de vida que sejam condizentes com a sua condição de povo eleito, de povo escolhido para ser sinal de Deus no mundo.

Todos gostamos de organizar o nosso mundo de acordo com os nossos objetivos pessoais. Paulo, no texto da 2ª leitura, convida-nos a centrar o nosso projeto de vida em Cristo, no Cristo crucificado que se faz doação para todos.

No Evangelho, Jesus apresenta-Se como o “Novo Templo” onde Deus Se revela e se dá a conhecer a todos os homens. É Ele o novo templo, o novo rosto do amor de Deus e é n’Ele e por Ele que todos somos congregados na mesma comunhão.

Padre João Lourenço, OFM

26 de fevereiro de 2024

2º Domingo do Tempo da Quaresma

 

Introdução à Liturgia:

A liturgia de hoje apresenta o tempo de quaresma como uma caminhada, como um itinerário que nos conduz ao mistério pascal do Senhor e nos propõe uma vida nova com o Ressuscitado. Esta caminhada só tem sentido se for realizada num clima de aliança, de comunhão com o Senhor. Por isso, este tempo é um subir ao Monte para aí fazer a experiência do encontro pessoal com Cristo.

Introdução às Leituras:

A primeira leitura apresenta-se a figura de Abraão como paradigma da aliança, de alguém que acolhe a voz de Deus, mesmo que isso implique a doação e entrega do filho único. Como homem de fé, Abraão é o paradigma dos crentes que se colocam em caminhada como resposta ao projeto de Deus.

Na segunda leitura, S. Paulo oferece-nos um hino, um cântico de confiança no amor que Deus tem por nós e que nos é testemunhado por Jesus. É Ele a garantia deste amor único que gera em nós a confiança; é Ele a prova suprema e mais clara do amor de Deus.

Depois do anúncio da paixão, Jesus mostra aos seus discípulos a sua glória, aquela glória que o Pai lhe deu e que é a garantia da sua missão salvadora: Ele é o filho amado do Pai, Ele é o Messias. Mas a sua missão passa pela cruz e é pela cruz que ele chega à ressurreição. É esta que ilumina a cruz, é também a ressurreição que ilumina e dá sentido à nossa caminhada.

Padre João Lourenço, OFM

14 de fevereiro de 2024

1º DOMINGO DA QUARESMA


 Introdução à Liturgia:

O tempo da Quaresma constitui uma das etapas mais ricas do ano litúrgico. Trata-se de um itinerário de caminhada em direção à Páscoa do Senhor. O percurso faz-se com os recursos que a Igreja nos propõe a viver: a oração, a conversão e o jejum que se faz partilha e caridade fraterna. Ao iniciar este tempo, acolhamos o desafio que o Senhor nos faz.

 Introdução às Leituras:

Um dos temas da quaresma é o convite à conversão, um convite que significa, antes de mais, um compromisso na construção de uma nova humanidade a partir da nossa fé. Este é o sentido da aliança que Deus nos propõe. A simbólica do Dilúvio é exatamente este renascer de novo, figura do batismo que nos associa ao mistério pascal do Senhor.

No Evangelho, escutamos uma vez mais o eco central do Evangelho de S. Marcos: ‘O reino está próximo, convertei-vos e acreditai no Evangelho’. Viver a quaresma, é dar seguimento a este apelo e fazê-lo nosso para toda a caminhada em direcção à Páscoa do Senhor.

Na 2ª leitura, S. Pedro faz-se eco desta novidade da vida cristã, desta humanidade nova que renasce pelo batismo, à semelhança do episódio do Dilúvio. A Igreja é a nova Arca pela qual chegamos à vida em Cristo.

Padre João Lourenço, OFM

6º DOMINGO DO TEMPO COMUM

 

Introdução à Liturgia:

Um dos temas constantes do Evangelho de S. Marcos que nos acompanha ao longo deste ano litúrgico é a presença de Jesus como sendo o rosto amoroso de Deus junto daqueles que sofrem e se sentem, por causa disso, marginalizados da sociedade a que pertencem. Ao curá-los, Jesus vem integrar e abrir novos horizontes de esperança. Na nossa sociedade precisamos de sentir este desafio que Jesus nos faz.

 Introdução às Leituras:

Na sociedade judaica, tal como nas culturas do antigo médio oriente, a lepra tinha uma leitura religiosa, sendo muitas vezes relacionada com a condição pecadora daqueles que dela padeciam. O objetivo era encontrar um sentido que levasse à separação daqueles que dela padeciam, para assim evitar o perigo dos contágios. Em termos religiosos, só Jesus dará um novo sentido a situações destas. É isto que descobrimos exatamente no Evangelho: para além da cura, Jesus convida à inclusão na comunidade religiosa e social, pois é aí que está a fonte e o centro da vida plena que o crente deve sentir na sua caminhada.

Por sua vez, na segunda leitura, São Paulo convida os cristãos a terem como prioridade a glória de Deus e o serviço dos irmãos, pois tudo deve contribuir para a glória de Deus e o bem dos Irmãos. 

Tal como Jesus é um dom de Deus para os homens, assim nós o devemos ser para os Irmãos.

 Padre João Lourenço, OFM

5º Domingo do Tempo Comum

 

Introdução à Liturgia:

A liturgia deste domingo deixa-nos duas interrogações, qualquer uma delas importante para as nossas vidas:

.Que sentido tem o sofrimento quando vivido a partir de uma experiência de vida cristã?

.Qual a nossa relação com Cristo e que resposta esperamos d’Ele?

Confrontados com o projeto de Deus, somos convidados a traduzir na nossa vida o desejo do anúncio e do testemunho que Ele confiou à sua Igreja.

 Introdução às Leituras:

A primeira leitura leva-nos ao livro de Job e convida-nos, tal como faz o autor, a encontrar respostas na fé para aquilo que parece não ter sentido, sabendo que é a partir da experiência do sofrimento que nos podemos abrir ao amor e à esperança, superando a permanente indiferença em que o mundo hoje navega.

A segunda leitura sublinha, de forma convincente, aquilo que é o grande imperativo de cada cristão: ‘anunciar o Evangelho’. Este foi o grande testemunho que Paulo nos deixou, a sua paixão pelo Evangelho. O Papa Francisco convida-nos, de forma constante, a fazer nossa esta paixão, através do encontro, pela presença fraterna e na alegria da partilha

O Evangelho manifesta a constante preocupação de Jesus pelos que sofrem, indo ao seu encontro. Ao mesmo tempo, deixa-nos o desafio de o procurar, pois é na procura que Ele se deixa encontrar e se faz presente na nossa vida.

Padre João Lourenço, OFM

29 de janeiro de 2024

4º DOMINGO DO TEMPO COMUM

 

(28.01.2024)

 Introdução à Celebração:

     Nem sempre o acolhimento da Palavra de Deus suscita em nós sentimentos de confiança, de serenidade e de alegria. Por vezes, como hoje vamos constatar, ela também pode suscitar medo, receio de sentir Deus perto de nós, pois a sua presença exige a nossa libertação e isso nem sempre é fácil de acolher na nossa vida. Precisamos de nos libertar do medo e do receio para acolher sempre a presença do Senhor.

 Introdução às Leituras:

A liturgia deste Domingo garante-nos que Deus não se conforma com os projectos de egoísmo e de morte que desfeiam o mundo e que escravizam os homens. Pelo contrário, Deus sempre nos desafia a ir mais além, a alargar os nossos horizontes, propondo-nos um projecto de liberdade e de vida plena.

1ª leitura propõe-nos – a partir da figura de Moisés – uma reflexão sobre a experiência profética. O profeta é alguém que Deus escolhe, que Deus chama e envia para ser a voz da "Palavra" no meio dos homens.

S. Paulo, na 2ª leitura, convida os crentes a repensarem as suas prioridades, de modo a encontrar uma verdadeira harmonia entre as coisas de Deus e as temporais, de modo que não se perca o justo equilíbrio entre a primazia do serviço de Deus e o bem dos irmãos.

O Evangelho mostra como Jesus, o Filho de Deus, cumprindo o projecto libertador do Pai, pela sua Palavra e pela sua ação, renova e transforma em homens livres todos aqueles que vivem prisioneiros do mal.

Padre João Lourenço, OFM

2º Domingo do Tempo Comum

 

Introdução à Liturgia:

A liturgia deste domingo propõe-nos uma reflexão sobre a disponibilidade para acolher os desafios de Deus, responder aos seus apelos e seguir Jesus. No início do tempo litúrgico que designamos como ‘tempo comum’, somos convidados a viver a nossa identidade crente, testemunhando a nossa fé e disponibilizando o nosso coração para acolher e discernir os sinais que a Palavra de Deus nos faz chegar.

 Introdução às Leituras:

A primeira leitura fala-nos do chamamento de Samuel. O autor deixa claro que o chamamento é sempre uma iniciativa de Deus, o qual vem ao encontro do homem e chama-o pelo nome. Ao homem é pedido que se coloque numa atitude de total disponibilidade e acolhimento para escutar a voz e os desafios de Deus, de forma simples e discreta.

Na segunda leitura, da 1ª Carta aos Coríntios, Paulo convida os cristãos a viverem de forma digna e coerente com o chamamento que Deus lhes faz. No crente, que vive em comunhão com Cristo, deve manifestar-se sempre a vida nova de Deus, o que significa que certas atitudes e hábitos desordenados devem ser totalmente banidos da vida do cristão.

 O Evangelho descreve o encontro de Jesus com os seus primeiros discípulos. Quem é “discípulo” de Jesus? Para João, o discípulo é aquele que é capaz de reconhecer no Cristo que passa o Messias libertador, que está disponível para seguir Jesus no caminho do amor e da entrega, que aceita o convite de Jesus para entrar na sua casa e para viver em comunhão com Ele, que é capaz de testemunhar Jesus e de anunciá-l’O aos outros irmãos.

Padre João Lourenço, OFM

3º Domingo do Tempo Comum

 

Introdução à Liturgia:

A liturgia deste domingo, na continuação da reflexão iniciada no domingo passado, faz-nos um convite à conversão. É um tempo novo que somos convidados a viver, aderindo ao anúncio de Jesus. A resposta do homem a este chamamento de Deus passa por um caminho de conversão pessoal e de identificação com Jesus.

Introdução às Leituras:

A primeira leitura diz-nos – através da história do envio do profeta Jonas a pregar a conversão aos habitantes de Nínive – que Deus ama todos os homens e a todos chama à salvação. O acolhimento dispensado pelos ninivitas a este apelo em percorrer um caminho imediato de conversão constitui um modelo de resposta adequada de cada crente ao chamamento de Deus.

 A segunda leitura convida o cristão a ter consciência de que “o tempo é breve” – isto é, que as realidades e valores deste mundo são passageiros e não devem ser absolutizados. Para o cristão, o tempo deve ser olhado não apenas como um presente, mas sim um futuro de plena comunhão. Por isso, cada um deve converter-se aos valores do “Reino”.

No Evangelho, Jesus inicia o seu ministério, lançando o convite a todos os homens para se tornarem seus discípulos e para integrarem a sua comunidade. Marcos avisa, contudo, que a entrada para a comunidade do Reino pressupõe um caminho de “conversão” e de adesão a Jesus e ao Evangelho que Ele propõe.

Padre João Lourenço, OFM

6 de janeiro de 2024

Solenidade da Epifania do Senhor

 


Introdução à Liturgia:

Fazendo parte da quadra natalícia, a liturgia deste domingo celebra a manifestação de Jesus a todos os homens, dando assim uma dimensão universal ao mistério da encarnação do Senhor: Ele dá-se a conhecer a todos os povos. Ele é a “luz” que resplandece na noite do mundo e atrai a si todos os povos da terra. Esta “luz” incarnou na nossa história, fez-se presente na vida dos homens e iluminou os seus caminhos, conduziu-os ao encontro da salvação e da vida em plenitude.

Introdução às Leituras:

A primeira leitura anuncia a chegada da luz salvadora que Deus fará brilhar sobre Jerusalém, simbolizando assim a chegada da plenitude da vida de que Jesus é portador. A centralidade universal de Cristo atrai a Ele todos os povos que caminham guiados por essa luz.

 Atualizando em Cristo o anúncio da 1ª Leitura, a segunda diz-nos que essa Luz se concretiza através dos arautos do Evangelho de que Paulo é testemunho; já não apenas aos Judeus, mas a todos os povos, pois todos são chamados a partilhar a mesma comunhão em Cristo.

 No Evangelho, numa narrativa muito bela e profundamente simbólica, Mateus dá-nos a conhecer a forma como a Luz que é Cristo convida todos os povos, simbolizados nos Magos, a caminharem ao encontro de Jesus. Importa estar atentos aos seus sinais, à sua estrela e deixar-se conduzir por Ele, pois só assim podemos encontrar um novo caminho para construir um mundo diferente. Neste tempo de tantas incertezas e incógnitas, só a Luz de Cristo nos pode abrir horizontes de esperança.

Padre João Lourenço, OFM

Do CIOSF

 




Do Conselho Nacional


 



SOLENIDADE DE SANTA MARIA, MÃE DE DEUS

 1 de janeiro de 2024

(Ciclo único)

Introdução à Liturgia:

 Celebramos, hoje, a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus. A todos saudamos com votos de um Novo Ano, cheio de Paz e Harmonia. Hoje, a liturgia convida-nos a celebrar várias evocações: a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, a primeira das evocações com que os cristãos honraram a Mãe de Jesus; o Dia Mundial da Paz que, desde 1968, é um apelo constante da Igreja, através da oração, para a construção da paz no mundo; o primeiro dia do ano, início de uma nova caminhada, percorrida de mãos dadas com o Deus que nos ama, que em cada dia nos cumula da sua bênção e nos oferece a vida em plenitude

 Introdução às Leituras:

As leituras que hoje nos são propostas evocam os vários temas a que já aludimos. Na primeira leitura, sublinha-se a dimensão da presença contínua de Deus na nossa caminhada e recorda-nos que é da sua bênção e da sua presença que brota e resplandece em nós a plenitude da vida.

 Na segunda leitura, a liturgia evoca, outra vez, o amor de Deus, que enviou o seu Filho ao encontro dos homens para os libertar da escravidão da Lei e para os tornar seus “filhos”. É este privilégio de sermos “filhos” que nos leva a dirigirmo-nos a Deus e chamar-lhe “Ábbá” (“PAI”).

 O Evangelho mostra como a chegada do projeto libertador de Deus, através de Jesus, provoca alegria e felicidade naqueles que não têm outra possibilidade de acesso à salvação: os pobres e os marginalizados. Convida-nos também a louvar a Deus pelo seu amor e a testemunhar o desígnio libertador de Deus no meio dos homens.

Padre João Lourenço, OFM

FESTA DA SAGRADA FAMÍLIA

 

 31 de dezembro de 2023

 Introdução à Liturgia:

Celebramos, hoje, a Festa da Sagrada Família. Num tempo em que as famílias se reúnem e que a Igreja vem dedicando particular atenção, a liturgia deste domingo propõe-nos a família de Jesus como exemplo e modelo das nossas comunidades familiares. Tal como a família de Jesus – diz-nos a liturgia deste dia – as nossas famílias devem viver numa permanente atenção aos desafios de Deus e às necessidades dos irmãos.

Introdução às Leituras:

A primeira leitura apresenta, de forma muito prática, algumas atitudes que os filhos devem ter para com os pais. É uma forma de concretizar o amor que deve unir esposos e filhos. Embora mudem as circunstâncias, o essencial da identidade humana e familiar permanece. Sem amor e comunhão de vida não há família

 A segunda leitura sublinha a dimensão do amor que deve brotar dos gestos dos que vivem “em Cristo” e aceitaram ser “novas criaturas”. Esse amor deve tocar, de forma muito especial, todos os que connosco partilham o espaço familiar e deve traduzir-se em atitudes de bondade, de respeito, de partilha, de serviço e de perdão.

 O Evangelho, pela palavra de Lucas, mostra-nos uma família que escuta a Palavra de Deus, que se deixa desafiar por essa mesma Palavra e que se faz sinal de esperança e de plenitude da ação de Deus na história dos homens. Jesus é a luz que se revela às nações e nos leva a descobrir e a caminhar na construção de uma verdadeira comunhão de amor. 

Padre João Lourenço, OFM 

23 de dezembro de 2023

Feliz Natal

 


25 de dezembro de 2023

Ano B (Missa do Dia - Leituras únicas)

  Introdução à Liturgia:

 Celebramos, hoje, o Natal do Senhor. Somos convidados a dirigir o nosso olhar e contemplar o amor de Deus, manifestado e testemunhado na incarnação de Jesus – o Deus Menino – que nos foi dado. Ele é a “Palavra” que se faz pessoa e vem habitar no meio dos homens, a fim de nos oferecer a vida em plenitude e nos elevar à dignidade de “filhos de Deus”.

 Introdução às Leituras:

 A primeira leitura anuncia a chegada do Deus libertador. Ele é o rei que traz a paz e a salvação, proporcionando ao seu Povo uma era de felicidade sem fim. Assim diz Isaías: “Como são belos os pés do Mensageiro que anuncia a paz”. Ele é esse Mensageiro que nos convida e desafia a ser também mensageiros como Ele.

 A segunda leitura apresenta, em traços largos, o plano salvador de Deus. Insiste, sobretudo, que esse projeto alcança a sua plenitude em Jesus, pois Ele é a “Palavra” de Deus que os homens devem escutar e acolher.

 O Evangelho, tomado do início do texto de S. João, apresenta-nos Jesus como a plenitude da Palavas, o Logos de Deus. Contemplá-lo é acolher essa Palavra feita vida entre nós e descobrir nela a Luz que nos guia e conduz até ao Pai, tornando-nos assim o Homem Novo, o homem da vida em plenitude, o homem que vive numa relação filial com Deus.

Padre João Lourenço, OFM

4.º Domingo do Advento

 Advento IV: A vela do serviço  

1.º Leitor:

Maria foi chamada por Deus para desempenhar um papel especial, como serva do Senhor ao serviço do Seu projeto salvador (o acólito acende a 4ª vela).

2.º Leitor:

Esta é a vela do serviço: Deus chama Maria para ser a Mãe do Senhor. Mesmo quando lhe pareceu tarefa impossível, para além das suas forças, ela disse sim a Deus. Tenhamos nós também essa confiança e coragem, dizendo: SIM, AQUI ESTOU!

Cântico (Refrão)

 Resposta - Celebrante:

Deus, nosso Auxílio e Fortaleza, as necessidades do mundo parecem tão grandes, e a nossa força tão pequena. Ajuda-nos a responder ao Teu chamamento como Maria o fez, por nosso Senhor, Jesus Cristo na unidade do Espírito Santo. Amén.


Introdução à Liturgia

A liturgia deste Domingo, o 4º do Advento, aproxima-nos ao mistério do Natal do Senhor, referindo repetidamente o projeto de salvação que Deus tem para oferecer aos homens. Esse projeto, anunciado já no Antigo Testamento, torna-se agora uma realidade concreta e plena na Incarnação de Jesus. É esta proximidade que somos convidados a preparar e a celebrar.

Introdução à Liturgia

A primeira leitura apresenta a “promessa” de Deus feita a David de que o Messias futuro havia de ser um descendente seu. Deus anuncia, pela boca do profeta Natã, que nunca abandonará o seu Povo nem desistirá de o conduzir ao encontro da felicidade e da realização plena. Por esta “promessa”, Deus oferecerá ao seu Povo a estabilidade, a segurança, a paz, e uma felicidade sem fim.

A segunda leitura, da Carta aos Romanos, diz-nos que o projeto de salvação, preparado por Deus desde sempre, se manifestou, em Jesus, a todos os povos, de modo que toda a humanidade possa constituir a verdadeira família de Deus.

O Evangelho refere-se ao momento em que Jesus encarna na história dos homens, a fim de lhes trazer a salvação e a vida definitivas. Por Maria, o Evangelho mostra-nos como a concretização do projeto de Deus só é possível quando damos o nosso sim e nos disponibilizamos para o serviço do Reino: ‘Faça-se em mim a Vossa Palavra’.

Padre João Lourenço, OFM


Vigília de Natal: a Vela de Cristo

(Após o Evangelho o celebrante acende a Vela do Natal)


Leitor:

Esta é a vela de Cristo. Dois nomes foram dados ao Deus-Menino na narrativa de São Mateus: Jesus, que significa "Deus salva"; Emanuel que significa "Deus está connosco". Acolhamos inteiramente o Dom desta vinda. Somos convidados neste Natal a viver, mais uma vez, a plenitude do Amor de Deus.

Resposta - Celebrante:

Com os anjos e os pastores, vamos a Jesus com alegria e louvor! Que através da sua vinda a cada um de nós, sejamos preenchidos de amor, fé, alegria e paz. Amén.

 


20 de dezembro de 2023

Indulgência Plenária


Indulgência Plenária 
 - 08/12/2023 a 02/02/2024

2023 é um ano muito importante para a Ordem Franciscana. A Regra Bulada (viver o Santo Evangelho de Jesus Cristo na obediência, pobreza e castidade), escrita por São Francisco de Assis e confirmada pelo Papa Honório III e a representação do Nascimento de Cristo recriada pelo frade completam 800 anos.

Para celebrar e reviver este carisma, a Penitenciária Apostólica do Vaticano (também conhecida como Tribunal da Misericórdia) concedeu indulgência plenária a todos os fiéis que, a partir desta sexta-feira (8), Solenidade da Imaculada Conceição, até 2 de fevereiro de 2024 (Festa da Apresentação de Nosso Senhor Jesus Cristo) visitarem uma igreja franciscana.

“Dentro do Centenário, no dia 17 de abril de 2023, nós enviamos ao Santo Padre o seguinte pedido: ‘Com o fim de promover a renovação espiritual dos fiéis e incrementar a vida de graça, pedimos que do dia 8 de dezembro de 2023, Solenidade da Imaculada Conceição da Bem-aventurada Virgem Maria, até o dia 2 de fevereiro de 2024, Festa da Apresentação do Senhor, que todos aqueles que visitem alguma das igrejas que pertencem à família franciscana de todo o mundo e que por um momento permaneçam em oração diante de um presépio, que possam lucrar a Indulgência plenária seguindo as habituais condições. Assim como também aqueles que estão enfermos ou impossibilitados fisicamente, possam igualmente usufruir do dom da Indulgência plenária, oferecendo os seus sofrimentos ao Senhor ou cumprindo práticas de piedade, diz o pedido feito pela Conferência Franciscana.

Indulgência Plenária

Aqui no A12 você pode saber mais sobre as indulgências. 

Segundo o Catecismo da Igreja Católica, a indulgência “é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa (remissão)”, ou seja, já perdoados na confissão sacramental.

A indulgência serve para apagar parcial ou totalmente os resquícios do mal cometido, pois é necessário estar totalmente puro e santo para chegar ao Céu. Ganha-se uma indulgência por dia. 

Como lucrar a indulgência?

  • Confessar-se ou estar em estado de graça (se for o caso, buscar a confissão na semana);
  • Ir até uma Igreja franciscana e rezar diante da cena do presépio;
  • Participar da Eucaristia;
  • Rezar o “Creio” (Profissão de Fé) e rezar um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e um Glória ao Pai pelo Papa e pelas intenções que ele traz no coração, para o bem da Igreja e do mundo inteiro.

3.º Domingo do Advento

17 de dezembro de 2023

Advento III: A vela do testemunho

1.º Leitor:

Ser testemunha significa partilhar a verdadeira história da salvação, de Deus connosco. O Evangelho é a história verdadeira de onde nasce o testemunho (o acólito acende a 3.ª vela).

2.º Leitor:

Esta é a vela do testemunho. João Batista foi a voz do testemunho. Ele apontava para Jesus Cristo por palavras e ações. Nós também somos chamados a apontar para Jesus Cristo por meio de nossas palavras, gestos, atitudes e ações.

Cântico (Refrão)

 

Resposta - Celebrante:

Senhor, Nosso Deus, assim como as velas do advento brilham, possamos nós também brilhar como testemunhas de Teu Filho Jesus, que vem novamente ao nosso mundo trazendo amor, paz e justiça, por Jesus Cristo, nosso Senhor. Amén.

São João Batista e São Francisco de Assis Pintura de El Greco


Introdução à Liturgia

 

As leituras do 3º Domingo do Advento garantem-nos que Deus tem um projecto de salvação e de vida plena para propor aos homens e para os fazer passar das “trevas” à “luz”. É esse projecto que fundamenta a alegria e a esperança da vida cristã e é nele que encontramos as motivações da nossa caminhada que nos leva até Deus.

Introdução às Leituras

Na primeira leitura, o profeta, já do período do pós-exílio, apresenta-se aos habitantes de Jerusalém com uma “boa nova” de Deus. A missão deste “profeta”, ungido pelo Espírito, é anunciar um novo, de vida plena e de tempo felicidade sem fim, um tempo de salvação que Deus vai oferecer aos “pobres” que n’Ele confiam e que d’Ele aguardam a salvação.

 Na segunda leitura Paulo explica aos cristãos da comunidade de Tessalónica a atitude que é preciso assumir enquanto se espera o Senhor que vem e como devemos aguardar o Seu encontro. Paulo pede-lhes que sejam uma comunidade “santa” e irrepreensível, isto é, que vivam alegres, em atitude de louvor e de adoração, abertos aos dons do Espírito e aos desafios de Deus.

 O Evangelho apresenta-nos João Baptista como sendo a “voz” que prepara os homens para acolher Jesus, a “luz” do mundo. João é o arauto d’Aquele que vai chegar e o seu objectivo é apenas o de levar os seus interlocutores a acolher e a “conhecer” Jesus. João não fala de si, mas apenas d’Ele.

Padre João Lourenço, OFM


 
© 2007 Template feito por Templates para Você