Retalhos Como Francisco e Clara de Assis, a Fraternidade a todos saúda em Paz e Bem!Retalhos

13 de outubro de 2025

 28º DOMINGO DO TEMPO COMUM

(12.10.2025)

 Introdução à Liturgia:

  A liturgia deste domingo abre-nos a uma dimensão que vai para além das nossas fronteiras pessoais, de raça ou de nacionalidade. Para o judaísmo do Antigo Testamento, esta dimensão universalista foi, durante muito tempo, impensável e só tornada possível pela ação da palavra dos profetas, designadamente. Jesus fez dela uma prioridade, tal como hoje nos é proposto pela Igreja.

 Introdução às Leituras:

    Na primeira leitura, tomada do 2º livro dos Reis, o profeta Eliseu, pela força da Palavra de Deus, cura o sírio Naaman, mostrando que esta palavra não conhece fronteiras nem é propriedade de ninguém. É ela que nos restabelece na verdadeira harmonia e numa saudável relação com Deus e com os irmãos.

 

     A segunda leitura, dando continuidade às exortações que S. Paulo dirige a Timóteo, convida-o à fidelidade e a identificar-se com o seu próprio testemunho.  É por aqui que passa a sua adesão ao Evangelho de Jesus.

 

    O Evangelho narra-nos o encontro de Jesus com um grupo de leprosos a quem curou. S. Lucas, recorre, com muita frequência, às narrativas dos encontros de Jesus com aqueles que o procuram na esperança de serem curados. Jesus, usa de misericórdia com eles. É esta a marca da missão de Jesus: curar e reconciliar; deve ser também este o testemunho da nossa identidade cristã.

Padre João Lourenço, OFM

27º DOMINGO DO TEMPO COMUM

 27º DOMINGO DO TEMPO COMUM

(05.10.2025) 


Introdução à Liturgia:

    Da liturgia deste domingo sobressai o pedido feito pelos discípulos a Jesus: ‘Senhor, aumenta a nossa fé’. A fé é a condição fundamental para que possamos assumir uma relação correta e verdadeira com Deus. A disponibilidade para construir o Reino de Deus em nós e no mundo a partir de nós, pressupõe sempre uma fé autêntica, verdadeira e confiante. É este o desafio que o Senhor hoje nos deixa e com ele nos faz também participantes no Seu reino.

 Introdução às Leituras:

    Na nossa forma de ser e estar, nem sempre os nossos tempos se conjugam com os de Deus. Na primeira leitura, o profeta Habacuc como que desafia Deus a fazer-se presente no tempo e na história de cada um de nós. Deus sempre se faz presente, mas a sua presença passa também por nós e é pela nossa fé que essa presença se torna atuante.

        Na segunda leitura, S. Paulo convida o seu discípulo e colaborador Timóteo – é a 2ª carta que lhe dirige – a renovar em si o ardor e o empenho da vivência cristã. Por isso, convida-o a dar, sem medo nem cobardia, testemunho de Jesus, um convite que é também dirigido a cada um de nós.

O Evangelho deste domingo deixa-nos o convite a crescer na fé, pois é pela fé que nos tornamos construtores do “Reino” de Deus no mundo. Ser discípulo e seguidor de Jesus implica esta adesão sem reserva, capaz de superar montanhas e obstáculos, olhando em frente e caminhando com esperança.

Padre João Lourenço, OFM

26º DOMINGO DO TEMPO COMUM

 26º DOMINGO DO TEMPO COMUM

(28.09.2025) 

Introdução à Liturgia:

    A liturgia de hoje deixa-nos um forte apelo na luta contra a indiferença e o comodismo. Uma das grandes preocupações dos Profetas foi exatamente esta de abrir a vivência da fé às inquietações sociais que, ontem tal como hoje, devem traduzir a nossa identidade crente, ajudando-nos a transformar o mundo num espaço de comunhão e de fraternidade

 Introdução às Leituras:

    A primeira leitura, do livro de Amós, mostra como o profeta é um homem atento que não usa uma linguagem de meias-tintas; bem pelo contrário; deixa fortes interpelações que mantêm e reforça a sua atualidade no nosso tempo. A luta pela justiça social foi o seu lema, que viria a ser assumido também por Jesus com grande empenho e vigor.

      Dando continuidade à leitura da Carta a Timóteo, Paulo exorta o seu discípulo e colaborador a manter-se fiel à doutrina que lhe ensinou e a fundamentar toda a sua vida em Cristo Jesus e no seu corajoso testemunho, dado perante Pilatos, na afirmação da verdade.

    No Evangelho, S. Lucas, o grande mestre das Parábolas, apresenta-nos mais uma daquelas que marcam e definem a identidade da mensagem de Jesus. Na Parábola do rico avarento e do pobre Lázaro temos dois personagens que tipificam os dois caminhos da relação do homem com Deus: abrir-se ao outro ou fechar-se em si mesmo; o empenho fraterno ou a indiferença, o acolhimento ou o desprezo do outro. Uma bela parábola para traduzir a misericórdia partilhada.

Padre João Lourenço, OFM

25º Domingo do Tempo Comum

 25º Domingo do Tempo Comum Ciclo C

(21/09/2025)


          Introdução à Liturgia:    

O uso dos bens temporais e a luta pela justiça são dois temas centrais da nossa fé, sempre presentes na vida social. Talvez, nunca como hoje, sintamos a urgência em olhar de frente para esta temática. A palavra de Deus que hoje nos é proposta enfrenta este dilema da radicalidade das nossas opções: ‘fazer do dinheiro uma divindade’, como sucede na sociedade atual, traz consigo todas as consequências nefastas que vamos experimentando no nosso dia-a-dia.

           Introdução às Leituras 

A 1ª leitura, do livro de Amós, fala-nos das injustiças do tempo do profeta e do empenho de Amós em construir um sistema social justo e autêntico, que seja a expressão de uma verdadeira vivência de fé. O vigor das suas palavras e da sua denúncia fazem com que Amós seja um exemplo para todos os tempos na luta pela justiça e pela fraternidade.

Na carta ao seu discípulo Timóteo, Paulo recorda-lhe quais são as suas obrigações enquanto testemunha do Evangelho que anuncia. Em primeiro lugar, temos a oração por todos, pois esse é o desígnio de Deus: que todos se salvem.

Na sequência das parábolas da misericórdia do capítulo 15º, São Lucas apresenta-nos no evangelho de hoje uma outra parábola sobre o uso dos bens temporais e a gestão dos mesmos. Trata-se de um texto de difícil compreensão, pois pressupõe o conhecimento das tradições próprias do período do Novo Testamento. No entanto, a conclusão da parábola é uma mensagem para todos os tempos: não podemos servir a Deus e ao dinheiro. Com esta mensagem, Jesus quer-nos advertir que a 1ª opção da nossa vida tem de ser por Ele.

Padre João Lourenço, OFM

XXIV DOMINGO – TEMPO COMUM 2025

 XXIV DOMINGO – TEMPO COMUM 2025

Festa da exaltação da santa cruz

  

  Introdução

    Neste vigésimo quarto domingo do ano litúrgico, a Igreja celebra hoje a festa da Exaltação da Santa Cruz, interpelando os crentes à reflexão sobre o sentido da cruz de Cristo como elemento central da nossa fé. É uma festa que trás até nós o momento em que Santa Helena, Mãe do Imperador Constantino, vai a Jerusalém e deseja construir uma grande basílica para guardar os lugares da redenção do Senhor que a memória da Comunidade cristã já venerava. Podemos dizer que esta festa marca o esplendor daquela que viria a ser a grande Jerusalém que pela cruz do Senhor motiva os crentes à vivência do mistério pascal de Jesus.

Introdução às Leituras:

    As leituras da nossa eucaristia têm um tema comum: o sentido que a Cruz assume como forma de afirmação da fé e da esperança que confere um sentido positivo em relação à experiência do sofrimento na vida cristã. Quando os cristãos veneram a Cruz de Cristo não estamos a adorar o sofrimento, mas sim a afirmar que a nossa esperança nos anima na nossa caminhada e reforça a contemplação do amor do Salvador que ofereceu a sua vida por nós. O Seu olhar dá um novo sentido à nossa vida. Por isso, ser fiel ao Crucificado não é deixar-se vencer pelo desânimo nem pela dor, mas sim confiar que o seu testemunho, a sua cruz é a nossa força libertadora.
Padre João Lourenço, OFM

 
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