28º DOMINGO DO TEMPO COMUM
(12.10.2025)
A liturgia
deste domingo abre-nos a uma dimensão que vai para além das nossas fronteiras
pessoais, de raça ou de nacionalidade. Para o judaísmo do Antigo Testamento,
esta dimensão universalista foi, durante muito tempo, impensável e só tornada
possível pela ação da palavra dos profetas, designadamente. Jesus fez dela uma
prioridade, tal como hoje nos é proposto pela Igreja.
Na primeira leitura, tomada do 2º livro dos Reis, o profeta Eliseu, pela força da Palavra de Deus, cura o sírio Naaman, mostrando que esta palavra não conhece fronteiras nem é propriedade de ninguém. É ela que nos restabelece na verdadeira harmonia e numa saudável relação com Deus e com os irmãos.
A segunda leitura, dando
continuidade às exortações que S. Paulo dirige a Timóteo, convida-o à
fidelidade e a identificar-se com o seu próprio testemunho. É por aqui que passa a sua adesão ao
Evangelho de Jesus.
O Evangelho narra-nos o encontro de Jesus com um grupo de leprosos a quem
curou. S. Lucas, recorre, com muita frequência, às narrativas dos encontros de
Jesus com aqueles que o procuram na esperança de serem curados. Jesus, usa de
misericórdia com eles. É esta a marca da missão de Jesus: curar e reconciliar; deve
ser também este o testemunho da nossa identidade cristã.
Padre João Lourenço, OFM