Retalhos Como Francisco e Clara de Assis, a Fraternidade a todos saúda em Paz e Bem!Retalhos

16 de fevereiro de 2010

Quaresma em Fraternidade


MENSAGEM DE SUA SANTIDADE O PAPA BENTO XVI PARA A QUARESMA DE 2010
A justiça de Deus está manifestada mediante a fé em Jesus Cristo (cfr Rom 3, 21–22 )

Queridos irmãos e irmãs,
todos os anos, por ocasião da Quaresma, a Igreja convida-nos a uma revisão sincera da nossa vida á luz dos ensinamentos evangélicos . Este ano desejaria propor-vos algumas reflexões sobre o tema vasto da justiça, partindo da afirmação Paulina: A justiça de Deus está manifestada mediante a fé em Jesus Cristo (cfr Rom 3,21 – 22 ).
Justiça: “dare cuique suum”
Detenho-me em primeiro lugar sobre o significado da palavra “justiça” que na linguagem comum implica “dar a cada um o que é seu – dare cuique suum”, segundo a conhecida expressão de Ulpiano, jurista romana do século III. Porém, na realidade, tal definição clássica não precisa em que é que consiste aquele “suo” que se deve assegurar a cada um. Aquilo de que o homem mais precisa não lhe pode ser garantido por lei. Para gozar de uma existência em plenitude, precisa de algo mais intimo que lhe pode ser concedido somente gratuitamente: poderíamos dizer que o homem vive daquele amor que só Deus lhe pode comunicar, tendo-o criado á sua imagem e semelhança. São certamente úteis e necessários os bens materiais – no fim de contas o próprio Jesus se preocupou com a cura dos doentes, em matar a fome das multidões que o seguiam e certamente condena a indiferença que também hoje condena centenas de milhões de seres humanos á morte por falta de alimentos, de água e de medicamentos - , mas a justiça distributiva não restitui ao ser humano todo o “suo” que lhe é devido. Como e mais do que o pão ele de facto precisa de Deus. Nora Santo Agostinho: se “ a justiça é a virtude que distribui a cada um o que é seu…não é justiça do homem aquela que subtrai o homem ao verdadeiro Deus” (De civitate Dei, XIX, 21).
De onde vem a injustiça?
O evangelista Marcos refere as seguintes palavras de Jesus, que se inserem no debate de então acerca do que é puro e impuro: “Nada há fora do homem que, entrando nele, o possa tornar impuro. Mas o que sai do homem, isso é que o torna impuro. Porque é do interior do coração dos homens, que saem os maus pensamentos” (Mc 7,14-15.20-21). Para além da questão imediata relativo ao alimento, podemos entrever nas reacções dos fariseus uma tentação permanente do homem: individuar a origem do mal numa causa exterior. Muitas das ideologias modernas, a bem ver, têm este pressuposto: visto que a injustiça vem “de fora”, para que reine a justiça é suficiente remover as causas externas que impedem a sua actuação: Esta maneira de pensar - admoesta Jesus – é ingénua e míope. A injustiça, fruto do mal , não tem raízes exclusivamente externas; tem origem no coração do homem, onde se encontram os germes de uma misteriosa conivência com o mal. Reconhece-o com amargura o Salmista:”Eis que eu nasci na culpa, e a minha mãe concebeu-se no pecado” (Sl. 51,7). Sim, o homem torna-se frágil por um impulso profundo, que o mortifica na capacidade de entrar em comunhão com o outro. Aberto por natureza ao fluxo livre da partilha, adverte dentro de si uma força de gravidade estranha que o leva a dobrar-se sobre si mesmo, a afirmar-se acima e contra os outros: é o egoísmo, consequência do pecado original. Adão e Eva, seduzidos pela mentira de Satanás, pegando no fruto misterioso contra a vontade divina, substituíram á lógica de confiar no Amor aquela da suspeita e da competição ; á lógica do receber, da espera confiante do Outro, aquela ansiosa do agarrar, do fazer sozinho (cfr Gn 3,1-6) experimentando como resultado uma sensação de inquietação e de incerteza. Como pode o homem libertar-se deste impulso egoísta e abrir-se ao amor?
Justiça e Sedaqah
No coração da sabedoria de Israel encontramos um laço profundo entre fé em Deus que “levanta do pó o indigente (Sl 113,7) e justiça em relação ao próximo. A própria palavra com a qual em hebraico se indica a virtude da justiça, sedaqah, exprime-o bem. De facto sedaqah significa, dum lado a aceitação plena da vontade do Deus de Israel; do outro, equidade em relação ao próximo (cfr Ex 29,12-17), de maneira especial ao pobre, ao estrangeiro, ao órfão e á viúva ( cfr Dt 10,18-19). Mas os dois significados estão ligados, porque o dar ao pobre, para o israelita nada mais é senão a retribuição que se deve a Deus, que teve piedade da miséria do seu povo. Não é por acaso que o dom das tábuas da Lei a Moisés, no monte Sinai, se verifica depois da passagem do Mar Vermelho. Isto é, a escuta da Lei , pressupõe a fé no Deus que foi o primeiro a ouvir o lamento do seu povo e desceu para o libertar do poder do Egipto (cfr Ex s,8). Deus está atento ao grito do pobre e em resposta pede para ser ouvido: pede justiça para o pobre ( cfr.Ecli 4,4-5.8-9), o estrangeiro ( cfr Ex 22,20), o escravo ( cfr Dt 15,12-18). Para entrar na justiça é portanto necessário sair daquela ilusão de auto – suficiência , daquele estado profundo de fecho, que á a própria origem da injustiça. Por outras palavras, é necessário um “êxodo” mais profundo do que aquele que Deus efectuou com Moisés, uma libertação do coração, que a palavra da Lei, sozinha, é impotente a realizar. Existe portanto para o homem esperança de justiça?
Cristo, justiça de Deus
O anuncio cristão responde positivamente á sede de justiça do homem, como afirma o apóstolo Paulo na Carta aos Romanos: “ Mas agora, é sem a lei que está manifestada a justiça de Deus… mediante a fé em Jesus Cristo, para todos os crentes. De facto não há distinção, porque todos pecaram e estão privados da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente pela Sua graça, por meio da redenção que se realiza em Jesus Cristo, que Deus apresentou como vitima de propiciação pelo Seu próprio sangue, mediante a fé” (3,21-25)
Qual é portanto a justiça de Cristo? É antes de mais a justiça que vem da graça, onde não é o homem que repara, que cura si mesmo e os outros. O facto de que a “expiação” se verifique no “sangue” de Jesus significa que não são os sacrifícios do homem a libertá-lo do peso das suas culpas, mas o gesto do amor de Deus que se abre até ao extremo, até fazer passar em si “ a maldição” que toca ao homem, para lhe transmitir em troca a “bênção” que toca a Deus (cfr Gal 3,13-14). Mas isto levanta imediatamente uma objecção: que justiça existe lá onde o justo morre pelo culpado e o culpado recebe em troca a bênção que toca ao justo? Desta maneira cada um não recebe o contrário do que é “seu”? Na realidade, aqui manifesta-se a justiça divina, profundamente diferente da justiça humana. Deus pagou por nós no seu Filho o preço do resgate, um preço verdadeiramente exorbitante. Perante a justiça da Cruz o homem pode revoltar-se, porque ele põe em evidencia que o homem não é um ser autárquico , mas precisa de um Outro para ser plenamente si mesmo. Converter-se a Cristo, acreditar no Evangelho, no fundo significa precisamente isto: sair da ilusão da auto suficiência para descobrir e aceitar a própria indigência – indigência dos outros e de Deus, exigência do seu perdão e da sua amizade.
Compreende-se então como a fé não é um facto natural, cómodo, obvio: é necessário humildade para aceitar que se precisa que um Outro me liberte do “meu”, para me dar gratuitamente o “seu”. Isto acontece particularmente nos sacramentos da Penitencia e da Eucaristia. Graças á acção de Cristo, nós podemos entrar na justiça “ maior”, que é aquela do amor ( cfr Rom 13,8-10), a justiça de quem se sente em todo o caso sempre mais devedor do que credor, porque recebeu mais do que aquilo que poderia esperar.
Precisamente fortalecido por esta experiencia, o cristão é levado a contribuir para a formação de sociedades justas, onde todos recebem o necessário para viver segundo a própria dignidade de homem e onde a justiça é vivificada pelo amor.
Queridos irmãos e irmãs, a Quaresma culmina no Tríduo Pascal, no qual também este ano celebraremos a justiça divina, que é plenitude de caridade, de dom, de salvação. Que este tempo penitencial seja para cada cristão tempo de autentica conversão e de conhecimento intenso do mistério de Cristo, que veio para realizar a justiça. Com estes sentimentos, a todos concedo de coração, a Bênção Apostólica.
Vaticano, 30 de Outubro de 2009
BENEDICTUS PP. XVI
© Copyright 2009 - Libreria Editrice Vaticana

14 de fevereiro de 2010

Taizé: beleza, jogo, religião

Taizé: beleza, jogo, religião

13 de fevereiro de 2010

Janeiro em Fraternidade









JANEIRO EM FRATERNIDADE



Dia 1
Solenidade da Santa Mãe de Deus – Dia Mundial da Paz - Mensagem do Papa Bento XVI http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/messages/peace/documents/hf_ben-xvi_mes_20091208_xliii-world-day-peace_po.html


Dia 2
Falecimento do Senhor Professor Doutor Padre Costa Freitas
As fotografias que apresentamos foram tiradas no Seminário da Luz, no dia 8 de Dezembro de 2009 – Festa da Imaculada Conceição




Obrigado Sr. Padre Costa Freitas. Continuaremos a aprender consigo. Até breve.

Dia 8 – Momento de Oração – Lectio Divina - Jo 1,1-18 - "No princípio era o Verbo. O Verbo estava em Deus. E o Verbo era Deus."


Dia 14 – Encontro do Conselho da Fraternidade



Dia 16 – Ss. Berardo, presbítero e Companheiros, mártires da I Ordem – Padroeiros da Província Portuguesa da O.F.M.





Encontro da Fraternidade






No dia 16 de Janeiro de 2010, realizámos na cripta do Centro Cultural Franciscano o encontro da Fraternidade de S. Francisco à Luz.


Louvámos o Senhor pela Irmã Morte nas pessoas da Irmã Graça Santos, falecida a 19 de Setembro de 2009, do Sr. Professor Costa Freitas, falecido no dia 2 de Janeiro de 2010, e dos Santos Mártires de Marrocos.
Após a formação inicial dos irmãos formandos e para grande surpresa e alegria dos irmãos compareceu ao encontro da Fraternidade o Senhor Padre Domigos Casal Martins, assistente espiritual da Fraternidade, acompanhado pelo Senhor Padre Vítor Melícias, Provincial da Província Portuguesa da OFM. Assistiu-se à Projecção do seguinte excerto do filme S. Francisco sobre a morte do Santo de Assis. http://www.youtube.com/watch?v=VNI0lqtVjKI&feature=player_embedded





Seguidamente, o Senhor Padre Vítor Melícias fez uma alocução brilhantíssima sobre a Irmã Morte, apoiada pelo seguinte texto da Legenda Maior de S. Boaventura (LM 14, 4-6):


"Quis assemelhar-se o mais possível ao Cristo crucificado, que esteve pendente na cruz, pobre, atormentado e nu. Por isso se despiu diante do bispo no início da sua conversão, e agora, prestes a morrer, queria sair deste mundo igualmente nu. Aos irmãos que o assistiam pediu por caridade – nem seria preciso nesse momento mandá-lo por obediência – que uma vez morto o seu corpo, o pusessem no chão, nu, e o deixassem ficar assim durante um período de tempo suficiente para uma pessoa andar, devagar, uns mil passos. Como poderia ser mais cristão quem exactissimamente quis viver como Cristo viveu, morrer como Cristo morreu, e até depois de morto ficar nu como Cristo? Um homem assim bem mereceu as honras da impressão no seu corpo desta perfeita semelhança.
A hora da partida aproximava-se. Mandou chamar para ao pé dele todos os irmãos que se encontravam no convento. Dirigiu-lhes algumas palavras de encorajamento para lhes mitigar a dor que sentiam pela sua morte. Exortou-os com paternal afecto ao amor de Deus. Acrescentou ainda algumas considerações sobre a
paciência, a pobreza a fidelidade à santa igreja de Roma; recomendou-lhes a observância do Evangelho como mais importante que a de quaisquer outras leis. Finalmente, sobre todos os Irmãos que o rodeavam estendeu os braços entrecruzados, num gesto que era tanto do seu agrado, e em nome e pelo poder do Crucificado os abençoou a todos, tanto presentes como ausentes. E acrescentou: «Adeus, meus filhos! Permanecei sempre no temor do Senhor! Hão-de sobrevir tentações e não hão-de tardar tribulações: ditosos os que perseverarem no propósito que tomaram. Eu agora vou para Deus; confio-vos à sua graça».
Concluída esta tão terna exortação, mandou trazer o livro dos Evangelhos e pediu que lhe lessem aquele trecho do Evangelho de S. João que começa assim: «Antes da Festa da Páscoa…Depois recitou como pôde o salmo: Em alta voz clamo ao Senhor, em alta voz imploro o Senhor…Levou-o até ao fim: os justos me esperam até ao momento em que me darás a recompensa.
Enfim, realizados nele todos os desígnios de Deus, a sua alma santíssima desprendeu-se da carne para ser absorvida no abismo da claridade divina: o Santo adormeceu no Senhor."
O Senhor Padre Vítor Melícias assinou o Livro de presenças da Fraternidade, cumprimentou os irmãos e despediu-se, deixando-nos muito consolados.
Obrigado, por tudo, Senhor Padre Vítor Melícias.
Obrigado, por tudo, Senhor Padre Domingos Casal Martins.




Dia 19 - 2º aniversário do falecimento do Irmão Manuel Martins



Dias 23 e 24 - Encontro de formandos e formadores






6 de fevereiro de 2010




LECTIO DIVINA

A Fraternidade de S. Francisco à Luz realizou no passado dia 05-02-2010 no Centro Cultural Franciscano o momento de oração que ocorre, segundo o Programa de Vida e Acção, às primeiras sextas-feiras do mês. A Lectio Divina ou leitura orante da Palavra incidiu este mês sobre o seguinte texto de S. Paulo:

I Cor 12, 31-13,13
Meus irmãos:

Aspirai com ardor aos dons espirituais mais elevados. Vou mostrar-vos um caminho de perfeição que ultrapassa tudo.

Ainda que eu fale a língua dos homens e dos anjos, se não tiver caridade, não passo de um bronze que ressoa ou dum prato de metal que tange.

Ainda que eu tenha o dom da profecia e conheça todos os mistérios e toda a ciência, ainda que eu tenha a plenitude da fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade nada sou.

E, ainda que reparta por inteiro os meus haveres e entregue o meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade, de nada me aproveita.
A caridade é paciente,
a caridade é amável, não é invejosa;
a caridade não se mostra vaidosa, nem soberba, nem inconveniente;
não é interesseira, nem irritável, nem rancorosa;
não se alegra com a injustiça, mas sim com o triunfo da verdade.
Tudo desculpa, tudo acredita, tudo espera, tudo suporta.
A caridade nunca desaparece.

Que dizer das profecias? Serão abolidas. E das línguas? Hão-de cessar. E da ciência? Será eliminada. É de maneira imperfeita que nós conhecemos, de maneira imperfeita que profetizamos. Mas quando vier o que é perfeito, o que é imperfeito será eliminado.

No tempo em que eu era criança, falava como criança, sentia como criança, e pensava como criança que era. Mas, quando me tornei homem, desfiz-me do que era infantil.

No presente, nós vemos em um espelho, de maneira confusa; naquele dia veremos face a face. No presente, conheço de maneira imperfeita; naquele dia, conhecerei como sou conhecido.

Agora, subsistem as três: fé, esperança e caridade, mas a caridade é a maior de todas.
05-02-2010




















































































22 de janeiro de 2010

Saudação fraterna

PAX ET BONUM!

A todos os irmãos da Fraternidade de São Francisco à Luz, queremos saudar com votos de paz e bem.
Acaba de nascer mais um espaço cibernautico que pretende ser mais um dos elos de união Fraterna entre todos os irmãos da Fraternidade, da Família Franciscana, da Sociedade, e da Igreja.
Para toda a Fraternidade pedimos a bênção do pai S. Francisco para este espaço e para cada um dos Irmãos.
Em nome da Fraternidade, a Irmã Ministra.

 
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