Retalhos Como Francisco e Clara de Assis, a Fraternidade a todos saúda em Paz e Bem!Retalhos

22 de julho de 2016

17º Domingo do Tempo Comum

"São Francisco em Oração"
El Greco

17º Domingo do Tempo Comum
(24.07.2016)

Introdução à Liturgia:
A liturgia deste domingo tem no centro da sua temática a ‘Oração’. Vendo Jesus a rezar, os discípulos pedem-lhe que os ensine a rezar. Hoje, quando tanta gente deseja aprender coisas novas e todos querem estar capazes de acompanhar os tempos e as situações que vivem, aprender a rezar é também um imperativo da nossa vida e da nossa identidade cristã. Jesus é o grande Mestre da oração: Senhor, ensina-nos a rezar!

Introdução às Leituras:
A primeira leitura apresenta-nos Abraão, o pai dos crentes, a insistir com Deus para que atenda a sua prece e considere a fragilidade humana como digna de compaixão. Insistindo, Abraão diz-nos já aquilo que o Senhor Jesus mais tarde ensinará aos seus discípulos: a quem pede sempre se dará e a quem bate à porta sempre esta será aberta.
Na segunda leitura, Paulo recorda-nos, na Carta aos Colossenses, que fomos sepultados em Cristo pelo baptismo. Por isso, sepultados em Cristo, tal como Ele havemos de ressurgir para uma vida nova, na plenitude da comunhão com o Pai, devendo testemunhar com o nosso agir essa vida nova que d’Ele recebemos.
No Evangelho, Jesus, para além de ensinar os discípulos a rezar, diz-nos como deve ser a nossa oração; ela não pode ser feita a partir de nós, mas sim a partir de Deus. A forma como rezamos marcará a nossa forma de vida e a nossa relação com o Senhor. Por isso, a vida é sempre a expressão da nossa oração.
Padre João Lourenço, OFM

19 de julho de 2016

16º Domingo do Tempo Comum

Louvai o Senhor!
16º Domingo do Tempo Comum
(17/07/2016)

         Introdução à Liturgia:                
Celebrar a Eucaristia é sempre um momento de acolhimento que dispensamos a Deus e aos Irmãos. Por vezes, talvez nem nos apercebamos do que é fundamental na palavra que nos é proposta. Ao concluir, talvez nos sintamos tão vazios como no início. No entanto, cada momento eucarístico é sempre uma opção ‘pela melhor parte’, pois Deus e a Sua Palavra são a melhor parte que dá sentido à nossa caminhada.

            Introdução às Leituras 
A 1ª leitura, do livro dos Génesis, fala-nos da visita que os três personagens fizeram a Abraão e que os Padres da Igreja identificaram como sendo a imagem da Trindade. É uma visita que testemunha a gratuidade de Deus para com todos aqueles que acolhem e se abrem à Sua presença e à Sua passagem.
Continuando a ler a Carta aos Colossenses, S. Paulo fala-nos da universalidade da salvação de que ele é testemunho e também mensageiro. Por isso, ele sente esta profunda comunhão com Cristo que o leva a proclamar: completo na minha carne a dores de Cristo em prol da Igreja, dos Irmãos.
Na Sagrada Escritura, tanto no Antigo como no Novo Testamento, encontramos muitas vezes a mensagem dos dois caminhos, ou também, como sucede hoje, dos dois modelos: o serviço e a escuta; o trabalho e a adoração; a partilha e a contemplação. A resposta de Jesus diz-nos que tudo nasce da escuta da Palavra. Mas essa escuta deve ser depois colocada ao serviço de todos na comunhão fraterna.
Padre João Lourenço, OFM

11 de julho de 2016

Vai e faz o mesmo

Selecionador nacional deixou mensagem de fé após conquista inédita de Portugal



Lisboa, 11 jul 2016 (Ecclesia) – Fernando Santos, treinador da seleção portuguesa de futebol que este domingo se sagrou campeã da Europa, evocou a sua fé católica no discurso de agradecimento que leu em Paris.
"Em primeiro lugar e acima de tudo, quero agradecer a Deus Pai por este momento e tudo aquilo da minha vida", disse, numa declaração que, segundo confessou, tinha escrito semanas atrás.
A carta que Fernando Santos escreveu no seu quarto, agradecendo a Deus, foi lida antes das perguntas dos jornalistas, na conferência de imprensa após a final, num tom muito emocionado.
"Por último, mas em primeiro, quero ir falar com o meu maior amigo e sua mãe [Jesus Cristo e a Virgem Maria], dedicar-lhe esta conquista e agradecer por me ter convocado e agradecer por me ter concedido o dom da sabedoria, da perseverança e humildade para guiar esta equipa, com Ele a ter-me iluminado e guiado. Por tudo o que espero e desejo seja para glória de seu nome", declarou o selecionador português.
Portugal sagrou-se campeão da Europa de futebol, pela primeira vez na sua história, ao bater na final a anfitriã França por 1-0, após prolongamento, com golo de Éder, num encontro disputado na capital francesa.
O percurso de vida e de fé de Fernando tinha estado em destaque na emissão de domingo do Programa ECCLESIA, na Antena 1 da rádio pública.
No dia da final do Campeonato da Europa de Futebol, o programa recordou uma conversa em que o treinador desvenda também como começou a sua relação mais próxima com a fé e a Igreja Católica.
Não vale a pena projetar, porque só Deus sabe o que vai acontecer na nossa vida”, confessava.
A relação com “Cristo vivo” e a vivência dos seus valores marcaram o percurso de Fernando Santos no mundo do futebol profissional.
Sempre antes do jogo entrego a minha equipa, ofereço-a a ele, que nos dê a força, a concentração, que leve os meus jogadores a estarem motivados”, realça o selecionador nacional.
Já no sábado, o cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, disse à Agência ECCLESIA que esperava a vitória de Portugal na final do Euro 2016, para que fossem “coroados de êxito os esforços da equipa, do treinador e todos aqueles que colaboram na seleção in http://www.agencia.ecclesia.pt/noticias/nacional/euro-2016-uma-vitoria-portuguesa-com-olhar-para-o-ceu/.

9 de julho de 2016

15º Domingo do Tempo Comum

15º Domingo do Tempo Comum
(10/07/2016)


         Introdução à Liturgia:                
A liturgia deste domingo está marcada pelo tema da proximidade, deixando-nos um convite: ‘Vai e faz o mesmo’. Para que sejamos verdadeiros discípulos e seguidores de Jesus, impõe-se aprender d’Ele a viver a Lei no serviço e na caridade fraterna. Esta é a verdadeira sabedoria cristã que nos vem da Palavra de Deus.

            Introdução às Leituras 
A 1ª leitura, tomado do livro do Deuteronómio, diz-nos que a verdadeira Lei do Senhor deve morar no nosso coração. Não se encontra longe nem fora de nós. Habita nos nossos corações pela força da Palavra de Deus que encontra a sua expressão suprema no amor e misericórdia.
No Carta aos Colossenses, S. Paulo diz-nos que é a partir de Cristo que devemos pensar e organizar o nosso plano de vida e o nosso agir. Ele é a referência fundamental que sempre devemos ter presente nos momentos das nossas opções, já que é por Ele que tudo ganha sentido na nossa caminhada.
Qual é o mandamento maior, perguntaremos nós, muitas vezes, tal como o fez mestre da Lei de que nos fala o Evangelho de hoje. A resposta nunca será teórica, não consiste num discurso nem na recitação de um elenco de normativas. Pelo contrário, o mandamento maior é o do amor que consiste em criar proximidades e agir com misericórdia.
 Padre João Lourenço, OFM

4 de julho de 2016

14º Domingo do Tempo Comum

14º Domingo do Tempo Comum
(03.7.2016)


Introdução à Eucaristia:
Aceitar o desafio e o chamamento de Deus é algo que faz parte da nossa experiência de vida cristã. O crente não pode olhar o mundo à sua volta e manter-se inativo, alheio aos dramas da história e da sociedade que o envolve. Mas isso não basta; cada um de nós tem de deixar-se enviar, de aceitar o apelo e pôr-se a caminho, um caminho de missão e de testemunho.

Introdução às Leituras:
A primeira leitura é um hino de alegria e de esperança para Jerusalém que está a ser reconstruída após o regresso do exílio da Babilónia. Numa época ainda carregada de incertezas, o profeta Isaías exorta à confiança, para que o povo não esmoreça no seu empenho para refazer a sua vida e renovar a sua fidelidade a Deus.

Na Carta aos Gálatas, Paulo faz um confronto entre o judaísmo e a fé em Cristo. Esse confronto tem como marca distintiva a cruz de Cristo. Para ele, a cruz é o centro de todo o mistério da redenção, já que ela simboliza a plenitude da gratuidade com que Deus beneficiou todos os povos, podendo todos aceder ao dom do seu amor.

Um dos momentos marcantes dos Evangelho, em todos eles, é o envio dos discípulos. Ser discípulo é ser operário do Evangelho e não apenas seu ouvinte ou contemplativo da sua mensagem. ‘Ir’, é um dos verbos fortes que o Senhor usa na sua relação com aqueles que o seguem. Todos devemos aceitar, mesmo em medidas diferentes, este imperativo do anúncio da Boa-Nova.
Padre João Lourenço, OFM 

26 de junho de 2016

13º Domingo do Tempo Comum


13º Domingo do Tempo Comum
(26.6.2016)


Introdução à Eucaristia:
Por vezes, a nossa caminhada de fé é entendida e vivida numa certa passividade e estagnação. Neste domingo, a palavra de Deus convida-nos a uma dinâmica de vida, de seguimento. Como nos diz o Papa Francisco, ser igreja e ser discípulo de Jesus implica sempre estar numa atitude de partida, de saída ao encontro dos outros para os ganhar para Cristo.

Introdução às Leituras:
A Escritura apresenta-nos, em muitas situações, pessoas que são chamadas por Deus para nos mostrar como Ele precisa de nós para intervir na história e fazer com que esta tenha o selo do seu amor e da sua misericórdia. Elias é uma destas personagens que nos abre a este absoluto de Deus, deixando o seu testemunho àquele que há-de dar continuidade à sua missão: Eliseu.

Dando continuação à leitura da Carta aos Gálatas que vimos fazendo nos últimos domingos, Paulo diz-nos que o cumprimento da Lei como um absoluto vale pouco perante a gratuidade do mistério pascal de Cristo. Essa gratuidade é o fundamento da verdadeira liberdade que dá sentido à vida nova em Cristo.


No Evangelho, S. Lucas começa a narrar-nos a subida de Jesus em direção a Jerusalém, onde vai consumar a sua missão. Essa subida é também um chamamento para que os discípulos O sigam, sem condições nem exigências, numa verdadeira atitude de entrega e de fidelidade. 
Padre João Lourenço, OFM

24 de junho de 2016

Nascimento de S. João Baptista - Parabéns a Você!

Pelo Nascimento de S. João Baptista – 24 de julho de 2016
S. João Batista (Philippe de Champaigne), 1657. Óleo sobre tela (131 x 98 cm).
 Museu de Grenoble, França

S. João veio ao mundo
Na velhice de seus pais.
Que júbilo! Bem profundo!
Vem aí! Não temais!

Uma criança! Uma promessa!
Para vós que vos alegrais.
Mensageiros a toda a pressa,
Vem aí! Não temais!

O maior dos filhos de mulher.
O jovem, que vós amais!
A Voz que brada sem dizer,
Vem aí! Não temais!

Feitor de caminhos novos.
De veredas que endireitais.
Precursor de Vós! Oh! Povos!
Vem aí! Não temais!

Apontador do Homem Deus.
Seguidor dos que caminhais!
Cristãos, muçulmanos e judeus
Vem aí! Não temais!

Homem livre e firme
Mentor das leis penais.
A verdade que o confirme.
Vem aí! Não temais!

Cana abanada pelo vento
É vara que não confirmais.
Foi árvore no firmamento.
Vem aí! Não temais!

O mel doce do perdão
A justiça que não julgais.
A pena, a multa e a prisão:
Vem aí! Não temais!

Construtor da paz, sem medo
Entrou cedo nos prisionais.
Nas grades apontou o dedo.
Vem aí! Não temais!

A mulher do teu irmão,
O que não é vosso e cobiçais,
Não tenhais no coração.
Vem aí! Não temais!

Custou-lhe cara a façanha!
E partiu de entre os mortais.
Rolou a cabeça e a senha:
Vem aí! Não temais!

Ao profeta São João Baptista
Honras e glórias vós prestais.
Sempre presente nos arraiais
Vem aí! Não temais!

No silêncio do sofrimento
Nos tempos vindos e finais.
Não falte o acolhimento:
Vem aí! Não temais!

Ele estende a sua mão
A todos vós que bailais.
Em uníssona contrição:
Vem aí! Não temais!

E daqui, vou para fora
Não seja tarde demais.
Adeus! Vou embora:

Vem aí! Não temais!
Maria Francisca




15 de junho de 2016

Encontro Nacional de Fraternidades


12 º Domingo do Tempo Comum

12 º Domingo do Tempo Comum
(19.6.2016)
Quem dizem os homens que Eu sou?
                                              
Introdução à Eucaristia:
A liturgia de hoje coloca-nos de novo perante a pergunta que Jesus faz aos seus discípulos: ‘Quem dizem os homens que Eu sou’? A pergunta de ontem, é a pergunta de hoje e Jesus continua a confrontar-nos com ela. A cada um compete responder, numa resposta de fé que compromete e nos envolve, definindo o nosso horizonte de vida.

Introdução às Leituras:
A primeira leitura, do profeta Zacarias, fala-nos de uma figura misteriosa que dá a vida em prol de Jerusalém e se faz sinal de redenção para os seus habitantes. Essa personagem torna-se numa espécie de protótipo do Messias salvador que oferece a sua vida por todos.

Continuamos a acolher, nestes domingos seguidos, partes do texto da Carta aos Gálatas. Hoje, Paulo fala-nos da universalidade do mistério redentor de Cristo que, pelo Batismo, reúne na mesma família, tanto judeus como gentios: Somos todos de Cristo.

No Evangelho, Lucas fala-nos do messianismo redentor, de serviço e de entrega com o qual Cristo nos redimiu. Ele sabe que o seu ministério tem um preço, sabe que essa é a forma de nos conquistar para Deus e, na fidelidade ao Pai, aceita esse serviço de obediência e de comunhão. É esse o caminho que Jesus nos deixou para O seguirmos. 
Padre João Lourenço, OFM 


11 º Domingo do Tempo Comum

11 º Domingo do Tempo Comum
(12.6.2016)


Introdução à Eucaristia:
A liturgia deste domingo apresenta-nos um Deus de bondade e de misericórdia, que acolhe todos aqueles que O procuram e se deixa acolher na vida e no coração de todos os que lhe abrem as portas. Este acolhimento exige de nós um coração simples e disponível, capaz de se deixar desafiar pela Palavra e pelos gestos de Jesus.

Introdução às Leituras:
A primeira leitura apresenta-nos, através da história de David, um Deus que não pactua com o pecado, mas nem por isso abandona o pecador. Pelo contrário, através do perdão e da misericórdia reconstrói a vida de todos daqueles que querem refazer os seus caminhos e regressar à verdadeira comunhão com o Pai.

Na continuação da leitura da Carta aos Gálatas, Paulo garante-nos que a salvação é um dom gratuito que Deus oferece a cada homem e não uma conquista dos nossos méritos. Não é uma meritocracia de alguns, mas sim um dom universal que Cristo nos oferece pela fé.

O Evangelho coloca diante dos nossos olhos a figura de uma “mulher da cidade que era pecadora”. Trata-se de uma cena carregada de compaixão e de ternura, traduzindo também aqueles que são os gestos humanos de Jesus. A grandeza de Deus expressa-se na simplicidade do acolhimento que Jesus dispensa a todos quantos a sociedade do seu tempo tinha marginalizado. 
Padre João Lourenço, OFM

 
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