17 de maio de 2017
12 de maio-Capelinha das Aparições
Estimados peregrinos de Maria e com Maria!
Obrigado por me acolherdes entre vós e vos associardes a mim nesta
peregrinação vivida na esperança e na paz. Desde já desejo assegurar a quantos
estais unidos comigo, aqui ou em qualquer outro lugar, que vos tenho a todos no
coração. Sinto que Jesus vos confiou a mim (cf. Jo 21, 15-17) e, a todos,
abraço e confio a Jesus, «principalmente os que mais precisarem» ― como Nossa
Senhora nos ensinou a rezar (Aparição de julho de 1917). Que Ela, Mãe doce e
solícita de todos os necessitados, lhes obtenha a bênção do Senhor! Sobre cada
um dos deserdados e infelizes a quem roubaram o presente, dos excluídos e
abandonados a quem negam o futuro, dos órfãos e injustiçados a quem não se
permite ter um passado, desça a bênção de Deus encarnada em Jesus Cristo: «O
Senhor te abençoe e te guarde! O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face e te
favoreça! O Senhor volte para ti a sua face e te dê a paz» (Nm 6,
24-26).
Esta bênção cumpriu-se cabalmente na Virgem Maria, pois nenhuma outra
criatura viu brilhar sobre si a face de Deus como Ela, que deu um rosto humano
ao Filho do eterno Pai, podendo nós agora contemplá-Lo nos sucessivos momentos
gozosos, luminosos, dolorosos e gloriosos da sua vida, que repassamos na
recitação do Rosário. Com Cristo e Maria, permaneçamos em Deus. Na verdade, «se
queremos ser cristãos, devemos ser marianos; isto é, devemos reconhecer a
relação essencial, vital e providencial que une Nossa Senhora a Jesus e que nos
abre o caminho que leva a Ele» (Paulo VI, Alocução na visita ao Santuário
de Nossa Senhora de Bonaria-Cagliari, 24/IV/1970). Assim, sempre que rezamos o
Terço, neste lugar bendito como em qualquer outro lugar, o Evangelho retoma o
seu caminho na vida de cada um, das famílias, dos povos e do mundo. Peregrinos com Maria… Qual Maria? Uma «Mestra de vida espiritual», a primeira
que seguiu Cristo pelo caminho «estreito» da cruz dando-nos o exemplo, ou então
uma Senhora «inatingível» e, consequentemente, inimitável? A «Bendita por ter
acreditado» (cf. Lc 1, 42.45) sempre e em todas as circunstâncias nas
palavras divinas, ou então uma «Santinha» a quem se recorre para obter favores a
baixo preço? A Virgem Maria do Evangelho venerada pela Igreja orante, ou uma
esboçada por sensibilidades subjetivas que A vêm segurando o braço justiceiro
de Deus pronto a castigar: uma Maria melhor do que Cristo, visto como Juiz
impiedoso; mais misericordiosa que o Cordeiro imolado por nós?
Grande
injustiça fazemos a Deus e à sua graça, quando se afirma em primeiro lugar que
os pecados são punidos pelo seu julgamento, sem antepor – como mostra o
Evangelho – que são perdoados pela sua misericórdia! Devemos antepor a
misericórdia ao julgamento e, em todo o caso, o julgamento de Deus será sempre
feito à luz da sua misericórdia. Naturalmente a misericórdia de Deus não nega a
justiça, porque Jesus tomou sobre Si as consequências do nosso pecado juntamente
com a justa pena. Não negou o pecado, mas pagou por nós na Cruz. Assim, na fé
que nos une à Cruz de Cristo, ficamos livres dos nossos pecados; ponhamos de
lado qualquer forma de medo e temor, porque não se coaduna em quem é amado (cf.
1 Jo 4, 18). «Sempre que olhamos para Maria, voltamos a acreditar na
força revolucionária da ternura e do carinho. Nela vemos que a humildade e a
ternura não são virtudes dos fracos mas dos fortes, que não precisam de
maltratar os outros para se sentirem importantes (…). Esta dinâmica de justiça e
de ternura, de contemplação e de caminho ao encontro dos outros é aquilo que faz
d’Ela um modelo eclesial para a evangelização» (Exort. ap. Evangelii
gaudium, 288). Possamos, com Maria, ser sinal e sacramento da
misericórdia de Deus que perdoa sempre, perdoa tudo.
Tomados pela mão da Virgem Mãe e sob o seu olhar, podemos cantar, com
alegria, as misericórdias do Senhor. Podemos dizer-Lhe: A minha alma canta para
Vós, Senhor! A misericórdia, que usastes para com todos os vossos santos e com
todo o vosso povo fiel, também chegou a mim. Pelo orgulho do meu coração, vivi
distraído atrás das minhas ambições e interesses, mas não ocupei nenhum trono,
Senhor! A única possibilidade de exaltação que tenho é que a vossa Mãe me pegue
ao colo, me cubra com o seu manto e me ponha junto do vosso Coração. Assim
seja.
Papa Francisco
Papa Francisco
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5º Domingo da Páscoa
Introdução
à liturgia:
A liturgia deste domingo convida-nos a
reflectir sobre a Igreja – a comunidade que nasce de Jesus e cujos membros
continuam o “caminho” de Jesus, dando testemunho do projecto de Deus no mundo,
na entrega a Deus e no amor aos homens. Como Jesus nos diz no Evangelho que
vamos escutar, “quem O vê, vê o Pai”; quem está com Jesus, está com o Pai, e é
esse estar com Ele que hoje nos é pedido como forma de vida.
Introdução
às leituras:
O
Evangelho apresenta-nos a Igreja como a comunidade dos discípulos que seguem o
“caminho” de Jesus – “caminho” de dom de vida aos irmãos. Aqueles que acolhem
esta proposta e aceitam viver nesta dinâmica tornam-se Homens Novos, que
possuem a vida em plenitude e que integram a nova família dos filhos de Deus.
A
primeira leitura apresenta-nos alguns traços que caracterizam a “família de
Deus”, a Igreja: é uma comunidade santa, embora formada por homens pecadores; é
uma comunidade estruturada hierarquicamente, mas onde deve prevalecer o serviço
aos irmãos que é exercido no diálogo e na partilha. Os dons recebidos devem ser
partilhados, mas sempre com uma simplicidade que seja testemunho do Espírito
Santo que nos fortalece.
A segunda
leitura também se refere à Igreja: chama-lhe “templo espiritual”, do qual
Cristo
é a “pedra angular” e os cristãos “pedras vivas”. Essa Igreja é formada
por um “povo sacerdotal”, cuja missão é oferecer a Deus o verdadeiro culto: uma
vida vivida na comunhão com o Pai e no amor incondicional aos irmãos.
Padre João Lourenço, OFM
Publicada por OFS LUZ à(s) 19:56:00 0 comentários
11 de maio de 2017
9 de maio de 2017
8 de maio de 2017
4º Domingo da Páscoa
Introdução
à liturgia:
O 4º Domingo da Páscoa, chamado “Domingo do Bom Pastor”, convida-nos a
celebrar as vocações ministeriais na Igreja , apresentando-nos essa imagem de
Jesus - ‘o Bom Pastror’ – que dá a vida pelas ovelhas e se entrega à missão que
o Pai lhe confiou. Sem Pastores não há Comunidades e, por isso, somos
desafiados a rezar e promover, cada um com a sua capacidade, a causa das
vocações ministeriais. Que o Bom Pastor nos envie bons pastores para o serviço
da sua Igreja.
Introdução
às leituras:
O Evangelho apresenta Cristo como “o
Pastor”, cuja missão é libertar o rebanho de Deus do domínio da escravidão e
levá-lo ao encontro das pastagens verdejantes onde há vida em plenitude. Jesus
cumpre com amor essa missão, no respeito absoluto pela identidade,
individualidade e liberdade das ovelhas, aceitando cada uma como é para que
venha a ser aquilo que Deus que sejamos.
A segunda leitura apresenta-nos também
Cristo como “o Pastor” que guarda e conduz as suas ovelhas. Pedro, ao escrever este
texto convida-nos a seguir esse “Pastor”. No contexto concreto em que a leitura
nos coloca, seguir “o Pastor” é responder à injustiça com o amor, ao mal com o
bem.
A primeira leitura traça, de forma
bastante completa, o percurso que Cristo, “o Pastor”, desafia os homens a
percorrer: é preciso converter-se, isto é, deixar os esquemas do pecado, ser
baptizado, aderindo plenamente a Jesus e segui-l’O e receber o Espírito Santo,
acolhendo a vida nova que por ele é derramada em nossos corações.
Padre João Lourenço, OFM
Publicada por OFS LUZ à(s) 09:52:00 0 comentários
2 de maio de 2017
Conferência sobre pastoral litúrgica
Caríssimas Amigas e Amigos,
No próximo dia 5 de
maio, 6ª feira, pelas 21h15, decorrerá no Centro Cultural Franciscano, uma
Conferência sobre Pastoral Litúrgica, pelo Cón. Dr. Luís Manuel Pereira da
Silva, Pároco da Sé Patriarcal, responsável pela Pastoral litúrgica do
Patriarcado e Docente de Liturgia na Faculdade de Teologia da Universidade
Católica. Esta Conferência encerra um ciclo de atividades que foram organizadas
pelas Paróquias ligadas ao Seminário da Luz (Carnide, Pontinha e Bairro do P.
Cruz) e pelo Centro Cultural (cf. Cartaz anexo). Embora pensadas em ordem à
formação dos Agentes da ação Pastoral, todas estas atividades estão abertas a
todos quantos desejarem conhecer melhor as dinâmicas da Pastoral Litúrgica,
contribuindo para uma maior qualidade e beleza das nossas celebrações. Esta
conferência, além de tudo isso, visa igualmente oferecer uma perspetiva
teológica sobre a ritualidade celebrativa. Está aberta a todos e a todos deixo
o amável convite à Vossa presença amiga.
Em nome da Comunidade
Franciscana da Luz, aproveito a oportunidade para a todos agradecer as
condolências que nos enviaram pelo falecimento do nosso confrade Fr. Joaquim
Carreira das Neves, a quem o Seminário e o Centro Cultural muito devem. A todos
o nosso profundo reconhecimento.
Na esperança de
vos encontrar na próxima 6ª feira, a todos deixo um abraço amigo,
P. João
Lourenço
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8 de maio - Jovens Pedras Vivas e Juventude Franciscana
Publicada por OFS LUZ à(s) 10:02:00 0 comentários
29 de abril de 2017
3º Domingo da Páscoa
Introdução à Liturgia:
A liturgia de hoje faz-nos
o convite para descobrir o Cristo vivo que acompanha os homens pelos caminhos
do mundo, que com a sua Palavra anima os corações magoados e desolados, que se
revela sempre que a comunidade dos discípulos se reúne para “partir o pão”;
apela, ainda, a que os discípulos sejam as testemunhas da ressurreição diante
dos homens. É este o testemunho pascal que somos convidados a dar e a tornar
presente neste tempo que é o nosso.
Introdução à Liturgia:
A primeira leitura,
através da exemplaridade de Jesus e da palavra de Pedro, mostra-nos como do
amor que se faz dom a Deus e aos irmãos, brota sempre ressurreição e vida nova.
Esta há-de ser a forma como a comunidade de Jesus pode e deve testemunhar essa
realidade diante dos homens, fazendo sua a forma como Jesus viveu e testemunhou
o amor do Pai.
Pela segunda leitura somos convidados a contemplar, com olhos de ver, o projeto
salvador de Deus, o amor de Deus pelos homens (expresso na cruz de Jesus e na
sua ressurreição). Constatando a grandeza do amor de Deus, aceitamos o seu
apelo para que o nosso projeto de vida seja também grande na doação de nós
mesmos.
É no Evangelho, sobretudo,
que esta mensagem aparece de forma nítida. O texto que nos é proposto apresenta-nos
Cristo, vivo e ressuscitado, a caminhar ao lado dos discípulos, a explicar-lhes
as Escrituras, a encher-lhes o coração de esperança e a sentar-Se com eles à
mesa para “partir o pão”. É aí que os discípulos O reconhecem. É nestas formas
de vida que os outros O podem reconhecer em nós.
Padre João Lourenço, OFM
Publicada por OFS LUZ à(s) 22:19:00 0 comentários
28 de abril de 2017
Faleceu o Padre Joaquim Carreira das Neves, OFM
Professor de Teologia Bíblica foi autor de várias obras científicas e de divulgação
VER: http://www.ofm.org.pt/noticia/item/393-p-joaquim-carreira-das-neves-1934-2017.html
Lisboa, 28 abr 2017 (Ecclesia) - O padre franciscano Joaquim Carreira das Neves faleceu hoje em Lisboa aos 82 anos de idade, informou a Província Portuguesa da Ordem dos Frades Menores (Franciscanos) à Agência ECCLESIA.
O professor de Teologia Bíblica na Universidade Católica Portuguesa (UCP) foi autor de várias obras científicas e de divulgação, tendo colaborado regularmente com o Programa ECCLESIA (RTP2).
Joaquim Carreira das Neves nasceu a 26 de junho de 1934 na Caranguejeira (Leiria) e foi ordenado sacerdote a 13 de julho de 1958; licencidou-se em Teologia em Roma, doutorando-se em em Teologia Bíblica na Universidade Pontifícia de Salamanca (1967), sobre a Teologia na tradução grega dos setenta.
Em 2011, numa entrevista à Agência ECCLESIA, o religioso franciscano falava da sua luta contra o cancro, que o deixara várias vezes “às portas da morte”, com a ajuda da fé e da oração.
“Nós somos um todo, matéria e espírito. Se tivermos boa disposição, se não nos agarrarmos à nossa doença mas nos agarrarmos à vida, com esperança, com fé, mais facilmente se leva a vida” referia então.
Autor de várias obras literárias ligadas aos estudos bíblicos – entre as quais ‘As Grandes Figuras da Bíblia’ – o frei Joaquim Carreira das Neves foi homenageado em 2005 com uma edição especial da revista ‘Didaskalia’, na qual o padre João Lourenço, atual diretor da Faculdade de Teologia da UCP, falava numa “vida em prol da Bíblia”.
Para além do estudo sobre os textos evangélicos, o padre Carreira das Neves desenvolveu investigações sobre a pessoa de Jesus e a Cristologia das primeiras comunidades cristãs.
A vida e obra do religioso, membro da Academia das Ciências de Lisboa, estão no centro do livro ‘O coração da Igreja tem de bater - Um biblista confessa-se’, entrevista ao jornalista António Marujo.
“O padre Joaquim Carreira das Neves é um dos nomes mais importantes nos estudos bíblicos em Portugal. Apesar dos seus profundos conhecimentos e erudição acerca da Bíblia, ele consegue também aproximar-se do grande público pela acessibilidade e clareza com que fala dos assuntos”, explica a Paulinas Editora.
OC
Publicada por OFS LUZ à(s) 11:37:00 0 comentários
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