Retalhos Como Francisco e Clara de Assis, a Fraternidade a todos saúda em Paz e Bem!Retalhos

7 de setembro de 2020

23º Domingo do Tempo Comum

6 de Setembro 2020


Introdução à Liturgia:

O sentido de responsabilidade é hoje algo bastante raro naquilo que diz respeito à vida social e comunitária. O mesmo acontece na vida espiritual e na vivência cristã. A liturgia de hoje reforça em nós este apelo à responsabilidade pessoal e também naquilo que diz respeito ao bem e à salvação dos irmãos, mostrando que todos somos responsáveis uns pelos outros.
Introdução às Leituras:
A primeira leitura mostra-nos como Deus, através dos profetas e dos seus mensageiros, cuida daqueles a quem ama, fazendo deles “sentinelas” que nos podem ajudar a encontrar os caminhos do bem. Atento aos projetos de Deus e à realidade do mundo, o profeta apercebe-se daquilo que está a subverter os planos de Deus e a impedir a felicidade dos homens e das próprias comunidades cristãs.
Na segunda leitura, Paulo convida os cristãos de Roma, e também a nós próprios, a colocarmos o mandamento do amor no centro da nossa experiência de vida cristã. Trata-se de uma “dívida” que temos para com todos os nossos irmãos, e que nunca estará completamente saldada.

O Evangelho exorta-nos à responsabilidade na ajuda fraterna aos irmãos, a fim de os ajudar na advertência dos seus próprios erros. Trata-se de um dever que resulta do mandamento do amor. Jesus ensina, no entanto, que o caminho para atingir esse objetivo não passa pela humilhação ou pela condenação de quem falhou, mas antes pelo diálogo fraterno, leal, amigo, que revela ao irmão que a nossa intervenção resulta do amor.
Padre João Lourenço, OFM

22º Domingo do Tempo Comum

30 de agosto de 2020

O profeta Jeremias - Marc Chagall 1980
Saint-Paul-de-Vence, França

Introdução à Eucaristia:
A liturgia de hoje pode constituir uma ótima oportunidade para refletir sobra a forma como nos situarmos no ambiente que estamos a viver. Muitos de nós sentem que os seus projetos e, porventura, os seus sonhos foram abalados pela ‘pandemia’ que temos vindo a viver. As nossas esperanças precisam hoje de ser recentradas e de fazermos uma espécie de ‘regresso’ aos fundamentos da nossa experiência existencial, à procura do essencial da nossa vida. O Senhor Jesus, no Evangelho de hoje, diz-nos exatamente isso.
Introdução às Leituras:
A primeira leitura, do livro de Jeremias, apresenta-nos um dos textos mais marcantes deste profeta, onde ele nos confessa o seu encanto por Deus, apesar das circunstâncias que o envolvem e da hostilidade dos seus contemporâneos. Essa paixão por Deus leva-o a superar tudo. Um belo testemunho para nós.
Na segunda leitura, na continuação dos domingos anteriores, S. Paulo exorta os crentes da comunidade de Roma a não se conformarem nem se deixarem cativar pelo ambiente mundano que os rodeia. Ser crente, para Paulo, é ser capaz de fazer opções e estas são aquelas que Jesus nos propõe.
No Evangelho, numa sequência imediata com o do domingo passado, Jesus diz a Pedro e aos Discípulos que Ele não é o messias com que eles estão a contar, nem a missão que recebeu do Pai é compatível com os planos deles. Ele é o messias de Deus e não o messias dos homens e, por isso, há que perder a vida para a poder ganhar em Deus.
Padre João Lourenço, OFM

21º Domingo do Tempo Comum

Banias - Cesareia de Filipe - Terra Santa
 Introdução à Eucaristia:

A liturgia dominical, para além da celebração da fé comunitária, elemento fundamental da nossa identidade eclesial, ajuda-nos também a formular perguntas e questões sobre a forma como cada um de nós se confronta com Jesus e a encontrar respostas para essas mesmas questões. Neste domingo, através da Palavra de Deus, escutamos o convite pessoal que nos é feita para que respondamos com a nossa vida e o nosso testemunho.
Introdução às leituras:
Na 1ª leitura, Isaías apresenta-nos dois paradigmas, dois modelos de pessoas para que cada um de nós possa também descobrir a forma como se coloca ao serviço do Reino de Deus: a pensar em si ou disponibilizando-se para servir os Irmãos?
Na segunda leitura, da Carta aos Romanos, e já em jeito de conclusão, Paulo fala-nos da sua admiração, do seu espanto sobre a sabedoria e a generosidade de Deus. Nisso, está todo o mistério da gratuidade da salvação que nos é concedida.
No texto do Evangelho, Jesus coloca perguntas, interroga os seus discípulos. As perguntas assumem dois âmbitos: os que dizem as pessoas, o que escutas por aí acerca da pessoa de Jesus? Depois, Jesus faz uma pergunta pessoal, dirigida a cada um de nós que não tem a ver com o que se diz, mas sim com a minha afirmação pessoal de fé: E tu, quem dizes que Eu sou? É a pergunta desafiante da fé e para a qual só cada cristão pode responder, pois a resposta é pessoal.
Padre João Lourenço, OFM

20º Domingo do Tempo Comum

 

Tiro, Líbano

Sidon, Líbano

A sociedade de hoje está marcada pela questão do acolhimento e da inclusão. De inúmeras formas, sentimos diariamente esta questão que assume por vezes contornos religiosos. Jesus sentiu também este problema, já que o judaísmo do seu tempo vivia uma realidade fechada em si mesmo, mormente nas questões das práticas rituais e da relação com aqueles que não eram judeus. Ontem, como hoje, encontramos em Jesus respostas para questões que são eternas: como acolher o outro.

Introdução às leituras:
Na 1ª leitura, Isaías fala-nos do acolhimento que o povo de Israel devia dispensar àqueles que, mesmo não pertencendo ao povo eleito, eram também amados e sinais do amor universal de Deus. Para o profeta, esse era um dever imposto a Israel.
A segunda leitura, da Carta aos Romanos, Paulo fala-nos da salvação universal que Deus oferece a todos os povos que através de Cristo chegam à plena comunhão com Deus. É por Ele que todos alcançam a misericórdia divina.
No texto do Evangelho, tomando as palavras de Jesus, S. Mateus faz uma aplicação dessas palavras em 1ª pessoa; ele, que fora também uma das ovelhas desgarradas do povo eleito, tornou-se beneficiário da misericórdia divina que em Jesus se estende e alarga a todos, incluindo a própria mulher cananeia que implora a sua salvação.
Padre João Lourenço, OFM

Solenidade da Assunção da Virgem Santa Maria

Visitação - Rogier van der Weyden - c. 1435 - Museum der bildenden Künste - Leipzig
15 de Agosto de 2020

 Hoje, é um dia solene para a Igreja; a festa que celebramos – a Assunção de Nossa Senhora – é a solenidade da plenitude de Maria, elevada à glória da Trindade, e é também a solenidade da plenitude da Igreja, de que Maria é imagem e primícias. N’Ela se cumprem as palavras do Magnificat: Deus a enalteceu, porque Ele eleva os humildes e os cumula de bens. A glória da Virgem Maria faz-nos também participantes da esperança que anima a nossa caminhada: chegar um dia à plenitude da glória do Pai.

Introdução às Leituras
Na primeira leitura, o livro do Apocalipse recorre a uma visão para nos descrever, de forma simbólica, Maria como símbolo da Igreja que luta para testemunhar a salvação que brota do Menino gerado pela Mãe. Da mãe Maria, surge a mãe Igreja que anuncia e testemunha no tempo a esperança da salvação.
Na segunda leitura, da 1ª Carta aos Coríntios, Paulo fala-nos da vitória de Cristo, o novo Adão. Na sua ressurreição todos renascemos para a vida nova e é nessa vida nova que chegamos à plenitude da comunhão com Deus.
No Evangelho, temos a visitação de Maria a Isabel, completada depois pelo hino do Magnificat. Ela é a mensageira da nova-aliança, Aquela que Deus escolheu para morada do Seu Filho. Por isso, ela canta, agradecida, todos os dons com que Deus beneficiou o Seu povo.
Padre João Lourenço, OFM

11 de agosto de 2020

11 de agosto - Santa Clara de Assis




 

10 de agosto de 2020

19º Domingo do Tempo Comum

Jesus Cristo é o Senhor

9 de Agosto de 2020  - Ano A

Introdução à Liturgia:

A liturgia deste Domingo convida-nos a olhar para Jesus como Aquele que nos revela o rosto sereno de Deus, de um Deus que está próximo e que se dá a conhecer nas coisas simples que constituem o nosso espaço existencial. É por elas que Deus chega até nós e se aproxima para nos ajudar a superar as tormentas da vida.

Introdução às Leituras:

A peregrinação interior é uma condição fundamental para a nossa experiência cristã. A primeira leitura convida-nos, à semelhança de Elias, a fazer essa peregrinação ao encontro de Deus, a subir ao Monte e a descobrí-l’O na humildade, na simplicidade, na interioridade, na brisa suave que chega até nós. 

Na segunda leitura, Paulo convida os seus concidadãos da Comunidade de Roma a aceitar Jesus como Messias, como Salvador, partindo das próprias instituições do Antigo Testamento que já apontavam para Cristo. Elas eram um caminho; Jesus Cristo é a meta da plena comunhão com o Pai.

O Evangelho apresenta-nos uma reflexão sobre a caminhada histórica dos discípulos, enviados à “outra margem” a propor aos homens o anúncio do Reino. Nessa missão, a comunidade do Reino não está sozinha, à mercê das forças do mal. Em Jesus, o Deus do amor e da comunhão, vem ao encontro dos discípulos, estende-lhes a mão, dá-lhes a força para vencer a adversidade, a desilusão, a hostilidade do mundo. Os discípulos são convidados a reconhecê-l’O, a acolhêl’O e a aceitá-l’O como “o Senhor”.

Padre João Lourenço, OFM

30 de julho de 2020

18º Domingo do Tempo Comum

 
2 de Agosto de 2020
Ano A
Introdução à Liturgia:
A liturgia de hoje fala-nos nas “fomes” do Homem que são insaciáveis quando queremos encontrar alimento para elas longe de Deus. Por isso, Ele mesmo nos faz o convite para nos sentarmos à mesa que Ele próprio preparou, e onde nos oferece gratuitamente o alimento que sacia a nossa fome de vida, de felicidade, de eternidade. O tema do “banquete”, recorrente na Escritura para traduzir a proximidade e a aliança de Deus com o homem, foi sempre usado na Igreja e aplicado à Eucaristia para expressar esta relação de comunhão que Ele quer construir com cada um de nós.

Introdução às Leituras:
Na primeira leitura, Isaías diz-nos que o alimento que vem de Deus sacia o homem, a sua fome e sede de vida plena, contrapondo-o ao alimento que a sociedade de consumo nos quer vender e impor todos os dias. Um, o de Deus, é dom gratuito, enquanto o outro, cada dia nos deixa mais vazios e insatisfeitos.

A segunda leitura é um hino ao amor de Deus pelos homens. É esse amor – do qual nenhum poder hostil nos pode afastar – que explica porque é que Deus enviou ao mundo o seu próprio Filho, a fim de nos convidar para o banquete da vida eterna.

O Evangelho apresenta-nos Jesus, o novo Moisés, cuja missão é realizar a libertação do seu Povo. No contexto de uma refeição, Jesus mostra aos seus discípulos que é preciso acolher o pão que Deus oferece e reparti-lo com todos os homens. Ele é a resposta para as três grandes fomes do nosso tempo: a fome de sentido; a pobreza interior sem horizonte de vida; a falta de vitalidade e de gratuidade em comunhão. É para responder a estas três fomes que Isaías nos convida: “Vinde e saciai-vos com os manjares da Palavra de Deus.”
Padre João Lourenço, OFM

29 de julho de 2020

2 de agosto - Perdão de Assis




O próximo domingo, 02 de agosto, celebramos a Festa do Perdão de Assis. Fica aqui a motivação para a celebração desta indulgência alcançada por São Francisco e que reflecte o seu desejo mais profundo de tornar presente, na vida de cada irmão, o Filho de Deus Altíssimo, Jesus Cristo, que por nós se entregou na cruz, alcançando-nos o perdão e a vida eterna. Santo António, pregador do Amor de Deus, que há oitocentos anos ingressou na Ordem Franciscana, é para nós um modelo de vida evangélica. Ao longo do dia, poderás viver, com jovens de vários movimentos de cariz franciscano, a alegria de ser assim amado. Liga-te...https://www.youtube.com/watch?v=NWNDx9CGETI 15h00 - "Santo António: o homem, o frade, o santo", por Frei Fabrizio Bordin ofm conv. 18h30 - Transmissão da Eucaristia a partir de Santa Cruz de Coimbra






27 de julho de 2020

17º Domingo do Tempo Comum

(26.07.2020)

Introdução à Liturgia:

A liturgia deste domingo é um desafio a reformular as nossas prioridades, os valores sobre os quais fundamentamos a nossa vida e as nossas opções, desafio que se faz ainda mais urgente nas circunstâncias em vivemos. Mais que nunca, hoje impõe-se saber escolher, já que nos vemos confrontados com tantas e tão diversificadas propostas. Encontrar o ‘tesouro’ é acertar na vida, é ter a certeza que não caminhamos em vão. É também esta a proposta que Jesus nos faz no Evangelho.

 Introdução às Leituras:

A primeira leitura apresenta-nos o exemplo de Salomão, rei de Israel. Ele é apresentado como protótipo do homem “sábio”, que consegue perceber e escolher o que é importante e que não se deixa seduzir nem alienar por valores efémeros. Por isso, ele pede a sabedoria para saber escolher, já que é aí que está o fundamental da nossa vida: saber escolher.

 Na segunda leitura, Paulo recorda-nos que, antes de sermos nós a escolher, foi já Deus que nos escolheu. Agora, seguí-l’O, é disponibilizar-se para aceitar essa escolha e assumi-la como nossa. Esse é o valor mais alto, que deve sobrepor-se a todos os outros valores e propostas.

 No Evangelho, recorrendo à linguagem das parábolas, Jesus recomenda aos seus seguidores que façam do Reino de Deus a sua prioridade fundamental. Todos os outros valores e interesses devem passar para segundo plano, face a esse “tesouro” supremo que é o Reino. Esse, é o tesouro dos tesouros, aquele que dá e confere valor a todas as demais opções.

Padre João Lourenço, OFM


 
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