13 de dezembro de 2014
3.º Domingo do Advento
3.º Domingo do Advento
Introdução à Liturgia
As leituras do 3º Domingo do Advento
garantem-nos que Deus tem um projecto de salvação e de vida plena para propor
aos homens e para os fazer passar das “trevas” à “luz”. É esse projecto que
fundamenta a alegria e a esperança da vida cristã e é nele que encontramos as
motivações da nossa caminhada que nos leva até Deus.
Introdução às Leituras
Na primeira
leitura, o profeta, já período do pós-exílio, apresenta-se aos habitantes de
Jerusalém com uma “boa nova” de Deus. A missão deste “profeta”, ungido pelo
Espírito, é anunciar um tempo novo, de vida plena e de felicidade sem fim, um
tempo de salvação que Deus vai oferecer aos “pobres” que n’Ele confiam e que
d’Ele aguardam a salvação.
Na segunda
leitura Paulo explica aos cristãos da comunidade de Tessalónica a atitude que é
preciso assumir enquanto se espera o Senhor que vem e como devemos aguardar o
Seu encontro. Paulo pede-lhes que sejam uma comunidade “santa” e
irrepreensível, isto é, que vivam alegres, em atitude de louvor e de adoração,
abertos aos dons do Espírito e aos desafios de Deus.
O Evangelho
apresenta-nos João Baptista como sendo a “voz” que prepara os homens para
acolher Jesus, a “luz” do mundo. João é um arauto d’Aquele que vai chegar e o
seu objectivo é apenas o de levar os seus interlocutores a acolher e a
“conhecer” Jesus. João não fala de si, mas apenas d’Ele.
Padre João Lourenço, OFM
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7 de dezembro de 2014
IMACULADA CONCEIÇÃO
SOLENIDADE DA IMACULADA CONCEIÇÃO DA VIRGEM MARIA
Introdução à Liturgia
Ao celebrarmos a Solenidade da Imaculada Conceição somos convidados a olhar para a resposta que damos aos desafios de Deus, tomando como testemunho o projecto de Maria. Ao propor o seu exemplo, a liturgia deixa o apelo a acolher, com um coração aberto e disponível, os planos de Deus para nós e para o mundo. Ela é também a Senhora do Advento, da esperança e da vida que nos propõe Jesus como a vida em plenitude.
Introdução às Leituras
A primeira leitura mostra, recorrendo à simbólica de Adão e Eva, o que acontece quando rejeitamos as propostas de Deus e preferimos caminhos de egoísmo, de orgulho e de auto-suficiência. Viver centrados em nós e não em Deus significa, inevitavelmente, a trilhar caminhos de sofrimento, de destruição, de infelicidade e de morte.
A segunda leitura mostra-nos que Deus tem um projecto de vida plena, verdadeira e total, para cada homem e para cada mulher, projecto esse que está desde sempre no plano de Deus. Esse projecto, apresentado aos homens através de Jesus Cristo, exige de cada um de nós uma resposta decidida, total e sem ambiguidades.
Evangelho mostra-nos a resposta de Maria ao plano de Deus. Ao contrário de Adão e Eva, Maria rejeitou o orgulho, o egoísmo e a auto-suficiência, dando o seu sim, um sim de entrega e de disponibilidade, um sim que testemunha a vida plena para ela e para o mundo.
Padre João Lourenço, OFM
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6 de dezembro de 2014
2.º Domingo do Advento - Ano B
Introdução
à Liturgia
A liturgia do
segundo domingo de Advento convida-nos a ‘preparar os caminhos do Senhor’. Este
convite dirige-se a cada um de nós e tem duas dimensões: preparar os caminhos
para que o Senhor possa entrar na nossa vida e para que nós possamos ir também
ao Seu encontro. O advento abre-nos à esperança do encontro: d’Ele que vem e de
cada um de nós que vai. O encontro é Natal.
Introdução às Leituras
Na
primeira leitura, o profeta da época do Exílio testemunha aos que estão no
exílio da Babilónia que Deus não se esquece deles e, de novo, os fará regressar
à sua terra, à sua cidade, àquele espaço onde eles poderão de novo refazer e
reconstruir a sua vida. Será uma caminhada triunfante, pois será feita na
esperança e na alegria do encontro.
A
segunda leitura abre o coração dos crentes para um outro encontro, o encontro
definitivo na comunhão com Deus, na segunda vinda de Jesus. É nesta esperança
que se constrói o Reino de Deus. Para tal, temos de pautar a nossa caminhada
por uma dinâmica de contínua conversão; só assim preparamos “os novos céus e a
nova terra onde habita a justiça”
No
Evangelho, encontramos a figura de João Baptista, o grande arauto que nos
indica os caminhos do Senhor. Ele é a grande figura do Advento, pois tudo n’ele
nos aponta para ‘Aquele que está prestes a chegar’. Esse é que é o Messias, é
Ele a Palavra, e João é apenas a voz que a anuncia e proclama.
Publicada por OFS LUZ à(s) 22:39:00 0 comentários
Início do Ano Dedicado à Vida Consagrada
http://peregrinofranciscano.com/2014/11/29/carta-franciscana-para-o-ano-da-vida-consagrada/
«Chamados a levar a todos o abraço de Deus»
Nota Pastoral da CEP sobre o Ano da Vida Consagrada
1. Anúncio feliz do Ano da Vida Consagrada
No final de um encontro com os Superiores Gerais
dos Institutos Religiosos no dia 29 de novembro de 2013 em Roma, o Papa
Francisco anunciou que o ano de 2015 seria dedicado à Vida Consagrada. Esta
proposta para toda a Igreja insere-se também no contexto da celebração dos 50
anos do Concílio Vaticano II, designadamente por ocasião do cinquentenário do
Decreto «Perfectae Caritatis» sobre a conveniente renovação da Vida
Religiosa.
Dois meses mais tarde, a Congregação para os
Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica (CIVCSVA),
traçou os principais objetivos e algumas iniciativas já previstas para
celebrarmos com qualidade o Ano da Vida Consagrada.
«Fazer memória agradecida do passado» é o
primeiro objetivo desta celebração. Os 50 anos que separam do Concílio são
momento de graça para a Vida Consagrada, que percorreu um caminho de renovação
guiada pelo Espírito, vivendo as suas fraquezas e infidelidades como experiência
da misericórdia e do amor de Deus.
O segundo objetivo é «abraçar o futuro com
esperança». As crises atuais e as incertezas no amanhã devem ser assumidas como
desafio e ocasião favorável para os consagrados crescerem em profundidade como
homens e mulheres de esperança.
Esta esperança impele-nos a «viver o presente
com paixão», terceira finalidade a ter em conta na preparação e celebração deste
Ano: uma paixão de enamoramento, de verdadeira amizade, de comunhão; uma paixão
por evangelizar a própria vocação e testemunhar a beleza do seguimento de
Cristo; uma paixão para despertar o mundo com testemunho profético, em presenças
significantes nas periferias geográficas e existenciais da pobreza.
O Ano da Vida Consagrada coincide, em grande
parte, com as celebrações do 5.º Centenário do nascimento de Santa Teresa de
Jesus, nascida em Ávila a 28 de março de 1515. Figura de grande mulher e de
consagrada a Cristo na vida contemplativa, para todos é modelo de progredir na
intimidade com Deus pelo exercício perseverante de oração, alcançando assim
qualidade apostólica a sua intensa atividade de reformadora da vida carmelita e
de toda a Igreja.
2. Vida Consagrada no coração da Igreja
Com esta Nota Pastoral, não pretendemos fazer
aqui uma reflexão teológica sobre a Vida Consagrada no mistério e na comunhão da
Igreja, mas apenas comungar desta proposta pastoral que o Papa Francisco lançou
para toda a Igreja universal e para as Igrejas locais. No mesmo sentido da
exortação apostólica Vita Consecrata de João Paulo II, cheios de
gratidão damos graças ao Espírito pela abundância de formas de vida
consagrada.
A designação «Vida Consagrada» refere-se a um
comum horizonte eclesial em que se articulam, de forma complementar, carismas e
instituições: ordens e institutos religiosos dedicados à contemplação ou às
obras de apostolado; sociedades de vida apostólica; institutos seculares e
outros grupos de consagrados; formas novas ou renovadas de vida consagrada; a
Ordem das Virgens, as viúvas e os eremitas consagrados; todos aqueles que, no
segredo do seu coração, se entregam a Deus com uma especial consagração (cf.
Vita Consecreta, 2).
A Vida Consagrada está colocada mesmo no coração
da Igreja, como elemento decisivo para a missão, visto que exprime a íntima
natureza da vocação cristã. E continua a ser um dom precioso e necessário também
no presente e para o futuro do povo de Deus, porque pertence intimamente à sua
vida, santidade e missão. Os consagrados são chamados a assumir, na radicalidade
do seu ser, a mesma exigência que é feita a todos os discípulos de Cristo, no
horizonte das bem-aventuranças: «Sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai
celeste» (Mt 5,48).
Muitas iniciativas concretas de carácter
universal foram já anunciadas. O Papa Francisco presidirá à abertura das
celebrações em 30 novembro deste ano, primeiro domingo do Advento, e haverá uma
assembleia plenária da CIVCSVA sobre a novidade na Vida Consagrada a partir do
Vaticano II. Estão previstos diversos encontros internacionais em Roma para
noviços, jovens religiosos e religiosas, formadores e formadoras, superiores e
ecónomos gerais e provinciais. Haverá ainda um congresso internacional de
teologia da vida consagrada e uma amostra internacional sobre a vida consagrada
como evangelho na história humana. Há várias sugestões para as irmãs
contemplativas, entre elas uma «cadeia mundial de oração entre os mosteiros».
Alguns documentos sobre diversas áreas específicas estão igualmente em
preparação e em reelaboração, como a Instrução «Mutuae relationes», que dá
critérios diretivos para as relações mútuas entre os Bispos e os Religiosos na
Igreja. E quase a concluir as celebrações do Ano da Vida Consagrada, não faltará
uma solene concelebração presidida pelo Papa, em finais de 2015, nos 50 anos do
Decreto «Perfetae caritatis».
3. Um ano de bênção e de graça
Na nossa missão de Pastores, queremos cuidar com
particular estima daqueles e daquelas que seguem Jesus Cristo nesta forma
radical de existência cristã que é a vocação à Vida Consagrada. A partir dos
nossos organismos diocesanos mais especificamente ocupados com as formas de Vida
Consagrada e em coordenação com a Conferência dos Institutos Religiosos de
Portugal (CIRP) e com a Conferência Nacional dos Institutos Seculares de
Portugal (CNISP), desejamos que este Ano seja verdadeiramente um ano de graça,
tendo sempre na mente e no coração os três objetivos atrás delineados para toda
a Igreja: fazer memória agradecida do passado, abraçar o futuro com esperança,
viver o presente com paixão.
Olhando a nossa realidade em Portugal,
destacamos algumas ações que já são comuns: a Semana do Consagrado, instituída
pela Conferência Episcopal, que principia a 26 de janeiro e encerra com a Festa
da Apresentação do Senhor e o Dia do Consagrado a 2 de fevereiro, em que
procuramos estar presentes como Pastores das Igrejas locais; o Dia Mundial de
Oração pela Vida Consagrada Contemplativa. Procuraremos refletir e atualizar
para a Igreja em Portugal as orientações contidas na Instrução «Mutuae
relationes». Acompanhamos ainda com atenção as iniciativas conjuntas promovidas
pelos organismos coordenadores da Vida Consagrada em Portugal, particularmente a
CIRP e a CNISP, como as semanas de estudo sobre a Vida Consagrada, as suas
assembleias gerais, as atividades fomentadas pelas suas comissões nacionais e
secretariados regionais, as muitas planificações em cada instituto e dalguns em
comum.
4. Celebrar a Vida Consagrada na comunhão da
Igreja
Neste conjunto de celebrações, queremos avivar o
Dia do Consagrado, instituído universalmente em 1997 por São João Paulo II, para
“ajudar toda a Igreja a valorizar sempre mais o testemunho das pessoas que
escolheram seguir a Cristo mais de perto, mediante a prática dos conselhos
evangélicos e, ao mesmo tempo, ser para as pessoas consagradas uma ocasião
propícia para renovar os propósitos e reavivar os sentimentos, que devem
inspirar a sua doação ao Senhor”. Os três objetivos, então por ele apontados
para viver este dia, podem sintonizar com o que se pretende ao longo deste
especial ano de graça: responder à íntima necessidade de louvar mais solenemente
o Senhor e agradecer-Lhe o grande dom da Vida Consagrada, que enriquece e alegra
a comunidade cristã com a multiplicidade dos seus carismas e com os frutos de
edificação de tantas existências, totalmente doadas à causa do Reino; promover o
conhecimento e a estima pela Vida Consagrada, por parte de todo o povo de Deus,
fazendo com que a doutrina sobre ela seja mais largamente e mais profundamente
meditada e assimilada por todos os membros do povo de Deus; convidar as pessoas
consagradas a celebrar em conjunto e solenemente as maravilhas que o Senhor
realizou nelas, para descobrir a beleza e a diversidade dos dons difundidos pelo
Espírito no seu género de vida, e tomar consciência mais viva da sua
insubstituível missão na Igreja e no mundo.
5. A alegria do Evangelho no coração da Vida
Consagrada
Todas as celebrações ao longo deste ano
apontarão para a vocação e a missão que a Vida Consagrada, de modo permanente
nas suas variadas formas, é chamada a ser e realizar, ao espelhar o modo de vida
de Jesus Cristo, hoje, e empenhar-se, já, na construção do Reino dos céus. No
dizer do Papa Francisco no referido encontro com os Superiores Gerais, os
consagrados e consagradas são desafiados a estar e a marcar presença em variadas
situações para despertar o mundo: «A Igreja deve ser atrativa. Despertar o
mundo! Sede testemunho de um modo diferente de fazer, de agir, de viver! É
possível viver de um modo diferente neste mundo. Estamos a falar de uma visão
escatológica, dos valores do Reino encarnados aqui, nesta terra. Trata-se de
deixar tudo para seguir o Senhor. Não, não quero dizer radical. A radicalidade
evangélica não é somente dos religiosos: pede-se a todos. Mas os religiosos
seguem o Senhor de maneira especial, de modo profético. Espero de vós este
testemunho. Os religiosos devem ser homens e mulheres capazes de despertar o
mundo».
A vida de consagração em castidade, pobreza e
obediência, seguindo de perto o estilo de vida de Jesus Cristo, é um tesouro
para a vida e missão da Igreja. Fazemos nossas estas palavras do Concílio
Vaticano II: «o sagrado Concílio confirma e louva os homens e mulheres, Irmãos e
Irmãs que nos mosteiros, escolas, hospitais ou missões, embelezam a Igreja com a
sua perseverante e humilde fidelidade na mencionada consagração e prestam
generosamente às pessoas os mais variados serviços» (Lumen gentium, n.
46).
Desejamos que todas as iniciativas deste Ano da
Vida Consagrada sejam assumidas com interioridade na santidade, com coerência na
vida comunitária, com testemunho na missão. O encanto, a alegria e o entusiasmo
no seguimento de Cristo, assumidos por todos os consagrados e consagradas na sua
existência como discípulos missionários e por todas as formas de vida
consagrada, constituirão certamente fermento e atração de novas vocações à Vida
Consagrada. Acolhendo os reiterados apelos do Papa Francisco para serem
«chamados e levar a todos o abraço de Deus» e «transformados na alegria do
Evangelho», os consagrados poderão contribuir de modo especial para
despertar o mundo ou os mundos por eles habitados.
Confiamos à Virgem Maria a renovação espiritual
e apostólica das pessoas consagradas e dos institutos de Vida Consagrada para
testemunharem Jesus Cristo com uma existência transfigurada.
Fátima, 13 de novembro de 2014
CONGREGAÇÃO PARA OS
INSTITUTOS DE VIDA CONSAGRADA
E AS SOCIEDADES DE VIDA APOSTÓLICA
ANO DA VIDA CONSAGRADA
ALEGRAI-VOS
Carta Circular aos Consagrados e
Consagradas
Do Magistério do Papa
Francisco
« Queria dizer-vos uma palavra, e a
palavra é alegria.
Onde quer que haja consagrados, aí está a alegria! ».
Papa Francisco
[pdf]
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29 de novembro de 2014
1.º Domingo do Advento - Ano B
Introdução à Liturgia
Iniciamos hoje, com a liturgia do
primeiro Domingo do Advento, um novo ano litúrgico e a preparação do Natal. Ao
longo deste ano litúrgico vamos celebrar e viver os mistérios da vida do Senhor
acompanhados pelo Evangelho de S. Marcos que nos convida a descobrir Jesus como
o verdadeiro messias, o autêntico salvador que Deus oferece e propõe ao homem.
Por outro lado, este tempo de Advento convida-nos a preparar a vinda do Senhor
ao coração de cada um
Introdução às Leituras
A primeira leitura é um apelo dramático
a Jahwéh, o Deus que é “pai” e “redentor”, no sentido de vir mais uma vez ao
encontro de Israel para o libertar do pecado e para recriar um Povo de coração
novo. O profeta não tem dúvidas: a essência de Deus é amor e misericórdia,
“qualidades” que levam o Seu povo a confiar plenamente n’Ele. É um texto
admirável de Isaías que nos ajudará a fazer uma verdadeira preparação.
A segunda leitura mostra como Deus Se
faz presente na história e na vida de uma comunidade crente, através dos dons e
carismas que gratuitamente derrama sobre o seu Povo. É também um convite à
esperança, à vigilância, para que não nos deixemos seduzir pelos enganos do
tempo presente.
O Evangelho convida os crentes a olhar a
História com esperança e a enfrentar os seus desafios com coragem, determinação e fé,
animados pela certeza de que “o Senhor vem” e está sempre presente. Para o
crente, a vida é sempre um tempo de compromisso ativo e efetivo na construção
do Reino de Deus.
Padre João Lourenço, OFM
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23 de novembro de 2014
10 de novembro de 2014
2 de novembro de 2014
26 de outubro de 2014
Plano de Vida e Ação 2014-2015
Ordem Franciscana Secular
Fraternidade de S. Francisco à Luz
VIII Centenário do Nascimento de S. Luís Rei de França
capa: Ecce Homo
Mestre Desconhecido
c.1570
Madeira de carvalho
89 x 65 cm
Proveniência: Convento extinto, 1834
Museu Nacional de Arte Antiga, Inv. 433 Pint |
NASCER DE NOVO PARA
EVANGELIZAR COM ALEGRIA E COMO FRATERNIDADE
Tema Nacional: «Quem não nascer de novo, não pode ver
o Reino de Deus» (Jo 3, 3).
Subtema Regional: «Nada nos roubará a alegria da
Evangelização» (Papa Francisco, A Alegria
do Evangelho).
INTRODUÇÃO
Em sintonia com
o caminho da Igreja, «Sínodo da Família», «Ano da Vida Consagrada», apresentado
pelo Papa Francisco, e Sínodo diocesano de Lisboa - assinalando 3 séculos de
eleição da diocese de Lisboa a patriarcado, cuja abertura oficial se realizaria
a 25 de outubro de 2014, Solenidade da Dedicação da Sé Patriarcal, em
celebração na Sé, às 13:30 - propomo-nos, no próximo ano, redescobrir e fazer
discernimento sobre a nossa vocação, deixando-nos iluminar pelas palavras de
Jesus que nos convida a renascer.
Serve de suporte a figura de S. Luís
IX, Rei de França, patrono da OFS, por ocasião do VIII centenário do seu
nascimento (25 de abril de 1213/14 a 2014/15).
Por isso daremos particular
realce aos seguintes aspetos:
OBJETIVOS
Da Fraternidade Nacional:
Fazer memória agradecida pelo passado da nossa história;
Fazer memória agradecida pelo passado da nossa história;
Abraçar
o futuro com esperança;
Viver o presente com paixão, recuperar a espiritualidade
do enamoramento, da verdadeira amizade, da profunda comunhão.
Da Fraternidade Regional e Local:
Objetivo geral:
Objetivo geral:
Dinamizar os irmãos para a comunhão fraterna.
Objetivos específicos:
Redescobrir e valorizar a pessoa na sua identidade;
Desenvolver
as qualidades pessoais em relação com os outros na Fraternidade
Sugestões de indicadores de medida:
Sugestões de critérios de superação:
CHAMAMENTO/VOCAÇÃO NA IGREJA
A referência a Jesus Cristo
A vocação cristã é, antes de mais, um chamamento a uma relação com Jesus Cristo, pelo que Ele se torna o ponto de referência último da nossa vida; acolhemo-Lo como o «Mestre» e submetemos-Lhe o nosso coração, o nosso modo de pensar, de escolher, de viver; aprendemos a ver o sentido da existência, o bem e o mal, a vida e a morte… deixando-nos guiar e formar por Jesus.
Neste caminho, o cristão percebe
que a referência a Jesus é um bem para si, não mortifica a sua humanidade, mas,
pelo contrário, torna-a «realizada», verdadeira, cheia de sentido; o cristão
dá-se conta que, precisamente, na referência a Jesus de Nazaré encontra a
verdade do seu ser homem ou mulher.
A referência a Jesus Cristo, a
relação com Ele, não é vivida de maneira imediata e direta, mas atua-se através
de algumas mediações: a Eucaristia (e, em dependência da Eucaristia, os outros
sacramentos), a Palavra, a Oração.
Através destas realidades, o
Senhor Jesus faz-se presente hoje e com o seu Espírito plasma e modela a vida
do crente, que O acolhe na fé.
A ação do Espírito Santo
O Espírito Santo – que é o
Espírito de Jesus – através da Eucaristia, da Palavra e da Oração atua no
cristão para realizar nele o rosto de Jesus.
A ação do Espírito diz respeito a
todo o homem construído pelo Espírito à imagem de Jesus e não apenas à sua
alma.
O homem «espiritual» é o homem
que se deixa guiar pelo Espírito e que deixa que a própria existência, pouco a
pouco, assuma o rosto de Jesus Cristo.
Deste modo, o Espírito Santo faz
de cada crente uma «memória criativa» de Jesus Cristo; a vida do crente é memória de Jesus Cristo porque reproduz
a caridade de Jesus Cristo, a sua capacidade de se dar, de viver para os
outros; e é criativa porque o crente não repete materialmente os gestos e as
palavras de Jesus Cristo: o crente refaz hoje com os seus gestos e com as suas
palavras o sentido contido nos gestos e nas palavras de Jesus.
A referência à Igreja
A referência absoluta e radical a
Jesus Cristo realiza-se numa comunidade histórica e concreta de crentes, a
comunidade da Igreja.
O sentido da Igreja é uma
dimensão fundamental da vocação cristã: o cristão é «homem de Igreja», aceita a
Igreja como comunidade visível e hierárquica na qual pela força do Espírito Santo
se realiza a relação entre o Senhor Jesus e a sua humanidade crente.
A vida é resposta a um chamamento
de Deus à existência e ao amor. A vocação é para alguma coisa: ninguém nasce
por acaso sobre esta terra. A vida, portanto, é uma aventura no amor para uma
missão que cada um de nós deve levar por diante…
Deus estima-nos, valoriza-nos,
quer-nos colaboradores do seu plano de salvação.
A vocação cristã, especifica-se
numa multiforme variedade de vocações. Todo o cristão, na prática, é chamado a
seguir o mesmo Cristo mas de um modo particular, próprio. São dois os ramos principais,
donde nascem as várias específicas vocações pertencentes à Igreja. O primeiro é
representado pelas chamadas vocações «consagradas»: o sacerdócio e a vida
religiosa; o segundo é representado pela chamada vocação laical, nomeadamente
ao matrimónio.
Todas as vocações são caminho
para a santidade. Todas vêem de Deus e todas têm como finalidade, a colaboração
na realização do seu Reino pelo que não há vocações de primeira ou de segunda
categoria. Prioritário é aquilo que Deus quer para nós.
Para compreender a diferença
entre a vocação na vida consagrada e a vocação laical basta recordar a experiência
de Jesus.
Os seus discípulos eram de dois tipos: alguns, embora aderindo à Sua
Palavra, permaneceram nas próprias casas, no próprio trabalho e nas suas
ocupações; outros, pelo contrário, os apóstolos e algumas mulheres, aderiram à
doutrina de Jesus e estavam dispostos a deixar pai, mãe, mulher filhos, barcas
e redes, para seguirem o Mestre, por onde Ele andasse. É claro que a primeira
forma de seguimento é hoje representada pelos cristãos leigos, enquanto a
segunda pelos cristãos que abraçam o sacerdócio e a vida consagrada.
CHAMAMENTO/VOCAÇÃO NA IGREJA
VOCAÇÃO E PROFISSÃO
Vocação e Profissão são dois
termos que na vida cristã e franciscana andam sempre unidos. Na vida, à voz de
alguém que chama, faz eco, normalmente, a voz de um outro que responde. O mesmo
acontece entre Deus que chama e o homem
que responde. O Senhor chama, a uma particular condição de vida cristã,
«a franciscana», mas no estado de vida SECULAR. A ESTE CONVITE, O HOMEM
RESPONDE COM A «Profissão» e, repete as palavras de Francisco: «Senhor, que queres que eu faça?»
FRATERNIDADE OFS
Este cenário mostra que a OFS não é, e não pode ser, considerada como um qualquer grupo de amigos que se encontram porque nele há pessoas simpáticas ou porque se fazem atividades interessantes ou porque existem interesses sentimentais. Deus pode servir-se desta base humana como instrumento para fazer passar a Sua voz. Porém, a OFS é uma «fraternidade» de irmãos, que têm Deus como Pai e que colocam Cristo no centro, como primeiro irmão e fundamento do seu estar juntos.
Mas esta fraternidade
qualifica-se também como franciscana porque se refaz em Francisco de Assis para
reconstruir o mundo e a Igreja com um estilo novo e um comportamento diferente.
ELEMENTOS DE UMA VOCAÇÃO SEGUNDO A BÍBLIA
Quando a Bíblia nos apresenta uma
vocação, (pensemos em Moisés diante da sarça ardente, em Isaías no templo, no
jovem Jeremias chamado pelo Senhor, no jovem Samuel chamado de noite por Deus,
em David que de pastor é chamado a tornar-se rei e guia do povo), encontramos
um pequeno homem, diante da majestade de Deus que sente, por um lado, ter sido
«escolhido» por Deus e, por outro, ser enviado para uma «missão» toda especial.
A partir daquele momento, a sua vida fica «marcada», toma uma outra direção. De
facto, ele deve dar uma resposta a Deus e se aceita aquilo que Deus lhe propõe
sabe que irá em direção ao desconhecido, um ponto secreto, conhecido penas por
Deus. Deve ir, como foi dito a Abraão, em direção à «terra que Eu te indicarei».
Na reação à proposta de Deus
alguns darão uma resposta imediata e espontânea; outras vezes, o homem apanhado
pelo medo tentará resistir como pode acontecer também connosco diante da
vocação a ser franciscano secular, a ser frade ou ao matrimónio. E aqui as
desculpas multiplicam-se ao infinito. Sinteticamente, portanto, a vocação
comporta estes quatro elementos:
Eleição ou escolha (da parte de Deus)
Eleição ou escolha (da parte de Deus)
Missão a cumprir
Implicação pessoal
Resposta do homem.
Não constitui elemento essencial o facto que Deus interpele «pessoalmente» ou «através de outros». Digamos que o caminho normal dos chamamentos de Deus, quer no AT, quer na Igreja hoje, acontece através de sinais, através de um amigo, através mesmo de acontecimentos que nos podem parecer banais, instáveis ou inadequados. Assim pode acontecer também na OFS.
No NT somos chamados a seguir Cristo
num caminho novo que comporta despojarmo-nos de nós próprios, do nosso modo de
ver as coisas e particularmente do modo instintivo de agir para nos revestirmos
d`Ele.
Na prática, a vocação cristã é
vocação à vida no Espírito. Aquele
mesmo Espírito que, unindo-se ao nosso espírito, nos torna capazes de escutar a
Palavra do Pai e desperta em nós a resposta filial. Assim é para todos, embora
na diversidade dos carismas, dos dons e dos mistérios, mas todos recebemos um
chamamento pessoal, do mesmo Espírito, para o bem do único corpo que é a
Igreja. Realiza-se assim a fraternidade eclesial que suporta e alimenta
qualquer forma de fraternidade que na Igreja nasce e se desenvolve.
A VOCAÇÃO FRANCISCANA
O chamamento a fazer fraternidade é, por excelência, o chamamento franciscano, mas radicado na fraternidade eclesial. Não se compreende nem existe OFS se estiver fora do contexto eclesial, paroquial e diocesano. Quando Francisco escreve aos primeiros leigos que se dirigiram a ele como guia e mestre, convidava-os:
À perfeição do amor
À
renúncia ao próprio eu
A
acolher em si Cristo vivo
E
a mudar de vida.
Só assim, Deus virá habitar neles e serão uma só família, com Deus e com os homens. Realiza-se então a Igreja. Era a mesma profunda experiência de Igreja que ele, os frades e as irmãs clarissas, já viviam: o Evangelho como fonte, a Eucaristia como centro, os pobres como irmãos, a Igreja como Mãe. É assim também para a OFS.
A VOCAÇÃO DE FRANCISCO, MODELO PARA A NOSSA VOCAÇÃO
O dinamismo de eleição-missão, que vimos atrás, encontra-se também no chamamento de Francisco.
Várias vezes o jovem Francisco se
sente objeto de predileção da parte de Deus: no episódio do sonho de Espoleto
quando na gruta fora de Assis percebe ter encontrado a «pérola preciosa» da
parábola evangélica, quando diante da avidez do pai descobre que tem um Pai
celeste bem mais rico e providente, etc.
Francisco nestes encontros com Deus, percebe que
lhe é confiada uma missão para cumprir:
«Vai e repara a minha casa…» e torna-se
o construtor de Deus;
Depois de três
anos a reparar igrejinhas percebe que a igreja a reconstruir é a dos homens
divididos e longe de Deus. É a descoberta da vocação apostólica, porque a referência
é a vida de Cristo e dos Apóstolos. Decide então, «não possuir nem ouro, nem
prata, nem dinheiro, nem levar mochila, nem pão, nem bastão para o caminho, nem
ter sapatos, nem duas túnicas, mas apenas pregar o Reino de Deus e a
penitência» (LM 3,1).
É uma missão de que ele não conhece nem os detalhes, nem os objetivos. Estes, só Deus os conhece. Ele deve apenas ficar à escuta obediente de modo a dilatar sempre mais e humildemente a missão de «ressuscitar Jesus nos corações de muitos» e de «apagar as inimizades e ditar os fundamentos de novos acordos de paz».
É uma missão de que ele não conhece nem os detalhes, nem os objetivos. Estes, só Deus os conhece. Ele deve apenas ficar à escuta obediente de modo a dilatar sempre mais e humildemente a missão de «ressuscitar Jesus nos corações de muitos» e de «apagar as inimizades e ditar os fundamentos de novos acordos de paz».
Tudo
isto revela a profunda mudança interior e exterior realizada na vida de
Francisco: «Eis como o Senhor me concedeu a mim, frei Francisco, começar a
fazer penitência (…) e, aquilo que me parecia amargo, foi-me transformado em
doçura de alma e de corpo» (T 2). É da renúncia aos próprios pontos de vista e
da aceitação da vontade de Deus que tem início toda a vocação, mesmo a da OFS.
A resposta de Francisco foi sempre pronta,
imediata: em Espoleto, em Assis, em S. Damião, em S. Maria dos Anjos. Sem
demora, vai para o meio do povo falar de Deus e da necessidade de mudar de
vida, para ser salvos (Citar as biografias).
A «VOCAÇÃO FRANCISCANA» NA OFS
A natureza da OFS, tal como as outras Ordens fundadas por Francisco, é vocacional. Entra-se na OFS e, coisa ainda mais importante, permanece-se nela porque, como Francisco, se sente o chamamento para uma missão. A este propósito é esclarecedora a regra da OFS:
«No seio da referida família
(Família Franciscana), ocupa posição de relevo a Ordem Franciscana Secular, que
é delineada como união orgânica de todas as fraternidades católicas difundidas
pelo mundo e abertas a todos os grupos de fiéis, nas quais os irmãos e irmãs,
impelidos pelo espírito à perfeição da caridade a atingir no seu estado
secular, mediante a Profissão, são instados a viver o Evangelho à semelhança de
São Francisco e com o auxílio desta Regra confirmada pela Igreja» (R, 2).
Distinguimos, por isso, dentro
desta vocação os elementos clássicos de toda a vocação franciscana:
Chamamento do Espírito Santo: Deus Pai, no seu amor, faz sentir um particular chamamento, numa certa direção…
A
alcançar a perfeição da caridade: ou seja a partilha dos sentimentos de
Cristo, para tornar na Igreja, isto é, para os irmãos, incarnação e
prolongamento do próprio Cristo.
No
seguimento de Francisco, ou seja, segundo a particular «missão» que teve o
santo de Assis e segundo aquela «resposta» que ele mesmo deu.
O mesmo artigo faz-nos depois
distinguir algo específico da vocação da OFS:
No estado secular: não, portanto,
no âmbito da Ordem dos Frades ou das Clarissas, mas na família secular, isto é,
como leigo.
Na prática: se o máximo grau de
pertença à OFS é inserir-se nela com a «Profissão», rito com o qual nos
empenhamos para toda a vida, e com a máxima consciência, a viver a vocação
franciscana, à OFS começa-se já a pertencer, - embora de maneira ainda inicial
– com o compromisso na JUFRA.
Se a vocação franciscana secular
é assim concebida, pode-se concluir que à OFS – por força da idêntica vocação-missão
– pertencem, quer os membros que fizeram a profissão, quer os jovens que
fizeram o compromisso; e da JUFRA podem fazer parte quer os jovens empenhados
após o compromisso, quer aqueles que, embora tendo já feito a profissão na OFS,
continuam a viver e a trabalhar com e para a fraternidade JUFRA.
MISSÃO DO LEIGO FRANCISCANO
A missão do leigo franciscano poderia sintetizar-se no slogan «SERVIR OS IRMÃOS», o que pode ser demasiado genérico. Vejamos, então, a partir do capítulo 25 do Evangelho de S. Mateus, como se concretiza essa missão:
Com a parábola dos talentos somos advertidos que
devemos pôr a render os dons recebidos;
Com
a parábola das ovelhas e dos carneiros (ou juízo final) é-nos indicada a
direção a tomar: o serviço do irmão, que não tem aquilo que eu tenho, do assim
chamado «pobre».
Nesta linha, move-se também a
Regra, nos artigos 6-19, quando fala de algumas necessidades fundamentais do
homem e de como satisfazê-las:
Anunciar Cristo com a vida e com as palavras;
Acolher todos os homens com espírito humilde e
cortês, como dom do Senhor e imagem de Cristo, para criar condições de vida
dignas de criaturas redimidas por Cristo;
Construir um mundo mais fraterno e evangélico,
com o exercício competente das
próprias responsabilidades;
Ser sinal de paz, fidelidade e respeito pela
vida;
Procurar os caminhos da humildade e do
entendimento fraterno, praticando o diálogo, o perdão e a perfeita alegria;
Ter respeito por toda a criação e fugir da
tentação de desfrutar egoisticamente dos recursos dados pelo Senhor.
Mas a missão do franciscano
secular, é para se desenvolver também, dentro da fraternidade:
Com a própria participação: estando presentes,
alegres, atentos e empenhados;
Quando o Conselho confia um encargo, mesmo o
mais simples e humilde;
Quando somos chamados a desempenhar tarefas de
animação: Ministro, Vice-Ministro, Conselheiro…;
Quando temos a responsabilidade de outros
irmãos: arautos, jovens ou adultos em formação;
Quando somos chamados a servir, também, na
fraternidade regional e ou nacional.
A missão do franciscano secular
expressa-se, ainda, dentro de estruturas paroquiais e diocesanas:
Se
o pároco pede o nosso contributo como catequistas, cantores e ministrantes;
Quando
desempenhamos um ministério (acolhimento, cartório, limpezas, animação
litúrgica, etc.);
Quando
particulares exigências pastorais, nos levem a descobrir a vocação para o
ministério extraordinário da Comunhão ou para os ministérios instituídos do
leitorado e do Acolitado;
Para não falar depois, na vocação para o
Diaconado permanente e o sacerdócio.
NÃO ESTAMOS SOZINHOS NO CAMINHO
A concluir vale a pena recordar a
presença permanente de Deus que chama: Ele
nunca deixa sozinho aquele que é chamado. Está sempre ao seu lado,
durante todo o arco de tempo necessário, para a resposta e para a missão.
Moisés chamado por Deus a
libertar o povo, ouve a promessa tranquilizadora da Sua presença e assistência:
«EU ESTAREI CONTIGO».
Também Maria, tem do anjo a
garantia de não ficar sozinha, na missão de dar Jesus ao mundo: «O SENHOR ESTÁ
CONTIGO». E a mesma promessa, fá-la Jesus aos apóstolos, continuadores da Sua
missão, e neles a nós, a toda a Igreja: «EIS QUE EU ESTOU CONVOSCO TODOS OS
DIAS, ATÉ AOS CONFINS DO MUNDO».
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30 de setembro de 2014
17 de setembro de 2014
Festa dos Estigmas de S. Francisco
Festa da Impressão dos Estigmas de S. Francisco
No dia 17 de setembro a Família Franciscana celebra, em todo o mundo, a festa da
impressão das Chagas, também chamada de Estigmas de São Francisco de Assis. A
introdução litúrgica da Missa e Liturgia das Horas diz o seguinte:
“O Seráfico Pai Francisco, desde o início de sua conversão, dedicou-se de uma maneira toda especial à devoção e veneração do Cristo crucificado, devoção que até a morte ele inculcava a todos por palavras e exemplo. Quando, em 1224, Francisco se abismava em profunda contemplação no Monte Alverne (foto abaixo), por um admirável e estupendo prodígio, o Senhor Jesus imprimiu-lhe no corpo as chagas de sua paixão. O Papa Bento XI concedeu à Ordem dos Frades Menores que todos os anos, neste dia, celebrasse, no grau de festa, a memória de tão memorável prodígio, comprovado pelos mais fidedignos testemunhos.”
A vida de Francisco no Alverne é oração e
ininterrupta penitência. Sente-se pobre e pecador. Quer despojar-se de tudo.
Renuncia até mesmo a um manto que tinha sido salvo do fogo, a única coisa que
tinha para cobrir-se durante o breve repouso da noite. Francisco voltará muitas
vezes ao Alverne para encontrar a paz em Deus que a situação da Ordem e o fato
de estar no meio dos homens não lhe davam e entregar-se de corpo e alma à
oração.
No verão de 1224, última vez que esteve no
Alverne, Francisco procura um lugar ainda mais “solitário e secreto” no qual
possa mais reservadamente fazer a quaresma de São Miguel Arcanjo. Na manhã de 14
de setembro de 1224 os céus se abrem e Cristo crucificado desce ao Monte Alverne
na forma de uma serafim.
Neste Especial, selecionamos uma série de
artigos e reflexões sobre o tema. Acompanhe!
Orações
Oração a São
Francisco
Papa João Paulo II
Ó São Francisco, estigmatizado
do Monte Alverne,
o mundo tem saudades de ti como imagem de Jesus
Crucificado.
Tem necessidade do teu coração aberto para Deus e para o
homem,
dos teus pés descalços e feridos,
das tuas mãos trespassadas e
implorantes.
Tem saudades da tua voz fraca, mas forte pelo
Evangelho.
Ajuda, Francisco, os homens de hoje a reconhecerem
o mal do
pecado e a procurarem a purificação da penitência.
Ajuda-os a libertarem-se
das próprias estruturas de pecado,
que oprimem a sociedade
hodierna.
Reaviva na consciência dos governantes a urgência da paz
nas
Nações e entre os povos.
Infunde nos jovens o teu vigor de vida, capaz de
fazer frente
às insídias das múltiplas culturas da morte.
Aos ofendidos
por toda espécie de maldade,
comunica, Francisco, a tua alegria de saber
perdoar.
A todos os crucificados pelo sofrimento, pela fome e
pela guerra,
reabre as portas da esperança. Amém.
(Em 17.09.1983, na Capela dos Estigmas –
Alverne)
Do Prefácio – Missa das Chagas
Vós exaltastes a mais sublime perfeição do
Evangelho
o vosso servo Francisco,
pelos caminhos da altíssima pobreza e
humildade.
Inflamado de amor seráfico,
vós os fizestes exultar de inefável
alegria
com todas as obras de vossas mãos,
e adornado dos sagrados
estigmas,
nos apresentastes a imagem do Crucificado,
Jesus Cristo, Senhor
Nosso.
Hino – Salve, ó São Francisco
Salve, ó São
Francisco, que do pé das fragas,
Vens assinalado de sagradas chagas.
Cheio
de amor, cheio de amor,
as chagas trazes do nosso Salvador.
Eis-te na
presença, de Deus-Redentor,
Serafim alado, de claro fulgor.
Meigo, a ti
olhando, Cristo, o Verbo eterno,
eche tua alma de amor supremo.
E então
suas chagas, lúcidos sinais,
em ti, Pai, formaram outras cinco iguais.
De
tuas grandezas, tens agora o selo,
igual ao de Cristo; és nosso
modelo.
Oração Coleta – Missa das Chagas
Ó Deus, que para inflamar os nossos
corações
no fogo do vosso amor, renovastes de modo admirável
os sinais da
paixão do vosso Filho,
na carne do bem-aventurado Pai Francisco,
concedei
que, por sua intercessão,
configurados à morte do mesmo
Filho,
participemos igualmente de sua Ressurreição.
Da
Sequência de São Francisco
Busca o ermo e,
comovido, chora amargo, até o gemido,
todo o tempo já perdido, quanto ao
mundo consagrou.
Na montanha, retirado, chora, reza, ao chão
prostrado.
Quando enfim, já serenado, vai a um antro repousar.
Por
rochedos protegido, do divino é possuído;
todo mundo é preterido pelo céu que
ele escolheu.
Freia a carne, quando impura; penitência o desfigura
Toma
alento da Escritura, e do mundo se desfaz.
Eis do céu, varão hierarca, surge
o Divinal Monarca!
Treme o Santo Patriarca, com pavor, ante a visão.
Com
as chagas adornado, as transfere ao Santo amado,
que medita consternado o
mistério da Paixão.
Todo o corpo é assinalado, mãos e pés; ferido o
lado;
todo a Cristo conformado, chaga viva se tornou.
Num colóquio
misterioso, vê o futuro radioso,
desfrutando divo gozo de celeste
inspiração.
Maravilha! Surgem cravos, fora negros, dentro flavos.
Com seus
membros cruciados sofre dura, ingente dor.
Não foi arte da natura dos seus
membros a abertura,
nem de ferros a tortura que, implacável o feriu.
Pelas
chagas que portaste e do mundo triunfaste
e da carne te livraste, em vitória
sem igual.
São Francisco, te imploramos, nos perigos, te invocamos;
Que no
céu, gozar possamos a celeste glória.
(in http://ofsabaete.blogspot.pt/2012/09/impressao-das-chagas-de-sao-francisco.html)
Publicada por OFS LUZ à(s) 08:34:00 0 comentários
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