Retalhos Como Francisco e Clara de Assis, a Fraternidade a todos saúda em Paz e Bem!Retalhos

11 de setembro de 2018

Crónicas - Encontro Nacional de Fraternidades


 Crónicas da Vida da Fraternidade


OFS – Encontro Nacional

Lisboa,1 de julho de 2018
Local: Externato da Luz (ao lado do Convento da OFM)
Organização: Conselho Executivo Nacional Conselho Executivo da Região Sul
Fraternidade de São Francisco à Luz



O Encontro Nacional de Fraternidades este ano teve lugar em Lisboa. Mais propriamente no Externato da Luz. A Fraternidade de S. Francisco à Luz foi a anfitriã. E saiu-se muito bem.

No sábado, 30 de junho, começaram os preparativos. Depois de uma breve reunião com o Conselho Executivo Regional, todos deitaram mãos à obra. As equipas de trabalho, previamente escolhidas, executaram as suas funções. Por fim, à medida que os Irmãos estavam disponíveis, iam-se juntando aos grupos que necessitavam de auxílio. Foi muito bonita esta interajuda.
Temos que salientar aqui, a colaboração preciosa do Frei Silvestre, OFM. Vimo-lo arregaçar as mangas (do hábito), não se poupou a sacrifícios e foi incansável. Muito discreto, trabalhou junto de nós, disponibilizando tudo aquilo que podia contribuir para o embelezamento do espaço onde iria decorrer o Encontro. Todos os Irmãos presentes, apreciaram a sua gentileza. Obrigada Frei Silvestre. Que S. Francisco o abençoe.

No domingo, bem cedo, já a Fraternidade de S. Francisco à Luz, estava preparada para acolher de braços abertos os Irmãos de outras Fraternidades, de norte a sul do país. E eles foram chegando.


Paz e Bem! A saudação andava de boca em boca. Não era necessária qualquer identificação. Com “Paz e Bem” todos se reconheciam como “irmãos” e os sorrisos exprimiam sentimentos fraternos. E, como o almoço seria partilhado, foram-se dirigindo para o local onde deixavam os saquinhos com os mantimentos para a refeição.

O salão que, com muito carinho, foi transformado em sítio acolhedor e confortável, começava a encher-se. Na tribuna as figuras de S. Francisco e de Santa Clara, tinham ao lado Santa Isabel da Hungria e São Luís Rei de França. Uma família perfeita. A simplicidade e o ideal da vida franciscana, estavam ali diante dos olhos de cada um. E não faltou também o Cristo de São Damião. O seu olhar profundo, lembrando o diálogo com Francisco, pedia aos seus filhos da OFS, ali presentes, que O interrogassem do mesmo modo: “Senhor, que quereis que eu faça?

E o Encontro começou. O Ministro Nacional, irmão Rui Silva, saudou a assembleia, com palavras de boas vindas. De seguida o irmão Luís Topa, Ministro da Fraternidade de S. Francisco à Luz, mostrou o seu regozijo pelo privilégio que a nossa Fraternidade teve, de se realizar aqui, no espaço franciscano que nos é “cedido”, o Encontro Nacional de Fraternidades e deu a conhecer, em breves palavras, a história do Convento e da Igreja dos Frades Menores e também deste local de Lisboa, Luz e Carnide. 

Várias figuras de relevo ocupavam a primeira fila. Entre outras, o senhor D. António Montes Moreira, Frei Armindo, provincial dos Frades Menores, Frei Cabecinhas, provincial do Frades Capuchinhos, os Assistentes Espirituais Nacionais Frei Álvaro Silva, Frei José Augusto e Frei Luís Leitão, os Assistentes Espirituais de algumas Fraternidades da OFS, os anteriores Ministros Nacionais da OFS e a Dra. Manuela Silva.

Frei João Lourenço, guardião do Convento da Imaculada Conceição, apresentou a Dra. Manuela Silva, que falou sobre a “Carta Encíclica do Papa Francisco – LAUDATO SI”. Laudato Si, mi`Signore, exclamava S. Francisco com grande entusiasmo. A nossa ilustre convidada, lembrou-nos como é urgente tomar consciência que todos se devem empenhar neste trabalho. Trata-se da “casa comum”, como diz o Papa Francisco. E nós, franciscanos, devemos estar atentos, empenhados mesmo, na conservação deste espaço maravilhoso.

E chegou a hora da refeição que se queria partilhada. Neste ponto poderia ter sido melhor. A confraternização entre Fraternidades não foi muito grande. Notou-se uma tendência para grupos fechados. Uma vontade forte de não saírem do conforto do seu núcleo. Mas este aspeto irá melhorar no futuro.

A seguir ao almoço tivemos ainda uma reflexão proferida pelo Senhor D. António Montes Moreira, sobre os quarenta anos da aprovação da nossa Regra atual, tendo feito um enquadramento da OFS no seio da Família Franciscana e na Igreja.   

Já na igreja, pudemos assistir a um momento cultural que deliciou os nossos sentidos. Dois jovens. O André dominando o órgão com a perícia de quem sabe e sente cada som. A Jacinta… que maravilha! Cantou e a sua voz, que tinha qualquer coisa de celestial, não só agradou como entrou no coração dos Irmãos.

Encerrou-se este dia com a parte mais importante. A Eucaristia. Foi na Igreja do Seminário. Um momento belissimo. O coro esteve muito bem. Vozes bonitas e bem conduzidas. Pena que a homilia do Senhor Bispo não se tivesse ouvido nas melhores condições.

Foi comovente a entrega da REGRA ao Ministro Nacional. O seu gesto de a receber ajoelhado, não passou despercebido. A postura lembra que a humildade deve ser um adorno de todo o franciscano. O irmão Rui é o rosto da Ordem Franciscana Secular em Portugal e, como tal, recebeu-a como um tesouro precioso para todos nós que professámos na terceira Ordem de S. Francisco. O Papa Paulo VI adaptou-a aos nossos dias, mas, a base, saiu do coração do nosso Pai Francisco. É consolador pensar nisto. É reconfortante interiorizar a bênção que nos deixou.
“E todo aquele que estas coisas observar, no Céu seja cheio da bênção do Altíssimo Pai celeste e na terra seja cheio da bênção de seu Amado Filho e do Espírito Santo Consolador” (Bênção de S. Francisco – Testamento)

Por fim fez-se a “Renovação da Profissão”. A uma só voz. Com a emoção daquele dia em que solenemente nos comprometemos junto ao altar, perante um sacerdote e um representante da OFS, a seguir o caminho para Jesus ao lado de S. Francisco.
RENOVAÇÃO DA PROFISSÃO
Senhor, nós vos damos graças pela vocação à Ordem Franciscana Secular.
Pedimos-vos perdão por todas as nossas deficiências, fragilidades e transgressões contra o nosso propósito de vida evangélica e contra a Regra.
Concedei-nos, vos pedimos, que experimentemos o fervor e a prontidão do nosso primeiro dia, quando ingressamos na Fraternidade.
Renovamos o nosso propósito de vida evangélica segundo a Regra da Ordem Franciscana Secular até ao fim dos nossos dias.
Concedei-nos, também, que vivamos sempre em harmonia com os nossos irmãos e que demos testemunho aos mais novos deste tão grande Dom de Vós recebido – DOM da vocação franciscana.
Assim nos tornaremos testemunhas e instrumentos da missão da Igreja, no meio dos homens, anunciando Cristo com a vida e a palavra.
Amém.

Foi um dia de alegria. Um dia vivido em Paz e Bem.
Podemos cantar como S. Francisco
“Glória ao Altíssimo, Omnipotente e Bom Senhor…”
maria clara, ofs
Lisboa, 1 de julho de 2018

7 de setembro de 2018

23º Domingo do Tempo Comum



(9.9.2018)

Introdução à Liturgia:

Marcados pelo sentido comum do quotidiano e ocupados pelas muitas tarefas do dia a dia, nem sempre na vida damos destaque à esperança que, sendo uma das virtudes cristãs mais importantes, deve emprestar um ritmo de alegria e de confiança à nossa vivência quotidiana. A esperança do Reino de Deus é algo que começa já hoje em cada um de nós e nos anima na caminhada ao encontro do Pai.  

Introdução às Leituras:
Na primeira leitura, o profeta Isaías apresenta-nos um cântico de alegria que ele quer partilhar com o povo de Deus, apesar da situação deste não ser, naquele momento, a melhor. Todavia, o que alimenta a fé do Profeta é a certeza que Deus está connosco e nos fortalece na nossa caminhada.

A segunda leitura, da Carta de São Tiago, recorda-nos a nossa condição de Irmãos, pela qual devemos confiar uns nos outros, já que o Senhor nos congrega na mesma comunhão. Diante de Deus, não contam as riquezas materiais, mas apenas e só a riqueza do nosso amor.

No Evangelho, Marcos situa Jesus em terras pagãs que não pertenciam ao povo de Deus. Ele aí vai para congregar e reunir à sua volta todos aqueles que acolhem a sua mensagem e se unem na mesma fraternidade, independentemente da sua origem, raça ou condição social. Jesus é assim a esperança que a todos congrega na mesma comunhão.
Padre João Lourenço, OFM

31 de agosto de 2018

Assis - 1ª Oração Ecuménica pela Criação


Iniciativa quer incentivar sociedade a agir contra «a delapidação atual do ambiente e dos recursos naturais»

Saint Gallen, Suíça, 30 ago 2018 (Ecclesia) – Os responsáveis pelas Igrejas cristãs da Europa vão encontrar-se na região italiana de Assis, para uma iniciativa ecuménica de oração inserida na comemoração do Dia de Oração pelo Cuidado com a Criação.
Numa mensagem conjunta de vídeo, o Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE), do qual faz parte a Igreja Católica em Portugal, e a Conferência das Igrejas Europeias (CEC) salientam a “mesma responsabilidade” que abrange “toda a família humana” e os mais de 2,2 mil milhões de cristãos em todo o mundo.
Localidade de Assis, em Itália, acolhe encontro ecuménico de oração pela Criação
A missão de trabalhar na defesa de uma “ecologia integral” que signifique não só a preservação do meio ambiente e de todos os seus recursos mas também “o respeito pela dignidade de toda a vida humana, da vida em todas as suas formas, desde o início da sua conceção até à morte natural”.
“Todos os cristãos – e é por isso que o encontro de Assis é tão significativo e expressivo – partilham a mesma fé e a mesma missão (…) Falar e olhar com amor e cuidar de cada pessoa, povo, nação dentro de um contexto universal”, salienta o presidente do CCEE, o cardeal Angelo Bagnasco.
“Num contexto em que a crise ambiental se agrava de dia para dia, com consequências para os mais vulneráveis e para os nossos irmãos e irmãs em humanidade, os cristãos são chamados a testemunhar, em palavras, em ações e na oração, a sua fé em Deus como Criador”, realça o presidente da CEC, padre Christian Krieger.
O mesmo responsável aponta ainda a importância de manifestar perante Deus e o mundo “a mágoa” que decorre da “delapidação atual do ambiente e dos recursos naturais”.
No horizonte dos responsáveis cristãos está também a próxima Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP24), que vai ter lugar em Katowice (Polónia), entre os dias 3 e 14 de dezembro.
Um relatório da ONU sobre a ação climática global frisa que esta será a última oportunidade que os países terão para se posicionarem no caminho certo, no que toca à emissão de gases com efeitos nocivos para o meio-ambiente.
A iniciativa ecuménica de oração em Assis será o primeiro evento do género desde que o Papa Francisco lançou o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado com a Criação, em 2015.
Esta grande vigília tem início previsto para a tarde desta sexta-feira.
Os responsáveis cristãos irão emitir uma declaração ecuménica conjunta sobre a Criação, no dia 1 de setembro, diante da Basílica de São Francisco, como parte integrante da iniciativa de oração.
Uma mensagem que irá desafiar todos os cristãos e todas as pessoas de boa vontade a associarem-se a esta Jornada pela Criação e a promoverem ações concretas a favor do ambiente.
JCP

 
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