Retalhos Como Francisco e Clara de Assis, a Fraternidade a todos saúda em Paz e Bem!Retalhos

1 de novembro de 2024

28º DOMINGO DO TEMPO COMUM

 (13 de outubro 2024)

 Introdução à Liturgia:

O maior de todos os empenhos que nos move e interpela na vida é o desejo de felicidade, a procura da nossa realização como pessoas, como seres em relação e como crentes, quando o somos. Por isso, há que saber escolher, há opções a fazer, há caminhos a percorrer. Pedir a sabedoria de Deus para que saibamos escolher é uma constante da Palavra bíblica. A liturgia de hoje convida-nos a procurar esta sabedoria que nos abre à plenitude do amor.

 Introdução às Leituras:

A primeira leitura, do livro da Sabedoria diz-nos que a sabedoria de Deus é o bem mais precioso, nada lhe é comparável, pois é a partir dela que tudo ganha sentido na vida cristã.

      Que sabedoria é esta? A resposta encontra-se na Carta aos Hebreus, no texto que hoje lemos; essa sabedoria é a Palavra de Deus que envolve plenamente o crente e o abre à plena comunhão com Deus.

 No Evangelho, num texto admirável, S. Marcos deixa-nos a resposta que Jesus dá ao jovem que o procura: ainda te falta uma coisa para seres perfeito. O que lhe falta é apostar na verdadeira sabedoria da vida que se entrega nas mãos de Deus, já que ‘aquilo que é impossível aos homens é possível para Deus’. A vida do crente é feita desta possibilidade de Deus, apesar da nossa impossibilidade.

Padre João Lourenço, OFM

27º DOMINGO DO TEMPO COMUM

 


6 de outubro de 2024

Ano B

Introdução à Liturgia:

 Celebramos, hoje, o Vigésimo Sétimo Domingo do Tempo Comum. A liturgia de hoje fala-nos da união matrimonial como algo que é querido por Deus e está nas origens da mensagem bíblica, vindo a ser confirmada por Jesus, numa espécie de interpelação para que os crentes regressem às fontes da própria identidade humana. Numa época tão controversa e com tantas questões aberta sobre a família, é sempre bom ter presente a palavra de Jesus, como ideal e como meta que nos é proposta.

Nesta Eucaristia teremos presentes as seguintes intenções…

 Introdução às Leituras:

 A primeira leitura, a partir do livro dos Génesis, numa linguagem figurativa e simbólica que é própria das origens bíblicas, fala-nos da criação e diz-nos que ela é a plena expressão do amor de Deus que se traduz e se diversifica na complementaridade entre o Homem e a Mulher. A vida a dois é também sinal da comunhão a que Deus nos chama.

 O pequeno texto da Carta aos Hebreus que hoje escutamos na 2ª leitura, mostra-nos a solidariedade de Jesus com todos nós. Ele não nos salvou a partir de fora, mas sim assumindo a nossa identidade humana, fazendo-se um de nós. Aquele que santifica e os que são santificados partilham a mesma natureza; o que somos, também Ele o foi.

No Evangelho, com a narrativa que hoje escutamos, Jesus assume duas denúncias: Uma, tem como destinatários os dignatários do judaísmo que sobrecarregavam os seus seguidores com pesados fardos; A outra denúncia, visa interpelar os crentes, aqueles que o seguiam, que a novidade do Reino passa sempre pelo regresso à verdadeira conversão do coração.

Pe. João Duarte Lourenço OFM

26º DOMINGO DO TEMPO COMUM

 

(29.09.2024)

Introdução à Liturgia:

A liturgia de hoje convida-nos a saber estar e a empenhar-nos com todos os demais, crentes ou não crentes, nas grandes questões que nos envolvem e que dizem respeito ao bem comum. Ter fé e vivê-la significa, antes de mais, reconhecer o bem que há nos outros, para podermos trabalhar fraternalmente em prol de uma sociedade mais humana e mais justa. É este o desafio que o Senhor hoje nos faz.

 Introdução às Leituras:

A primeira leitura, do livro dos Números, tomando um dos episódios da caminhada do povo de Deus pelo deserto, diz que todos devemos abrir-nos à força renovadora do Espírito. O verdadeiro crente é aquele que, à semelhança de Moisés, reconhece a presença de Deus nos gestos proféticos que vê acontecer à sua volta e louva a Deus por eles.

Continuamos a escutar São Tiago, e na sequência dos domingos anteriores, a 2ª leitura convida-nos a não colocar as nossas esperanças nos tesouros materiais nem a construir os nossos projetos a partir deles. Pelo contrário, são os valores evangélicos que dão verdadeiro sentido à nossa vida e a tornam expressão do amor de Deus.

 No Evangelho, Jesus apresenta aos seus discípulos a novidade do Reino; este, não se fecha nem se esgota naqueles que estão à nossa volta ou rezam e fazem como nós. Os sinais do Reino vão muito para além das nossas estreitas fronteiras, pois são sinais do Deus que se manifesta em todas as formas de bondade e amor.

Padre João Lourenço, OFM

25º DOMINGO DO TEMPO COMUM

 
(22.09.2024)

Introdução à Liturgia:

Dando continuidade aos textos da liturgia do domingo passado, Jesus convida os discípulos a assumirem as consequências da sua fé e da sua confissão de que Ele é o Messias de Deus. Por isso, hoje, Jesus vem dizer-nos que a sua missão messiânica não é a dos homens, mas sim a de Deus, aquela que o Pai lhe confiou; não passa pelo poder, mas pelo serviço, não tem no seu centro o domínio, mas a entrega.

 Introdução às Leituras:

A primeira leitura, do livro da Sabedoria, deixa-nos um pequeno traço daquilo que era o debate da fé na Comunidade judia de Alexandria acerca da esperança na vida futura. No meio de um mundo pagão, os crentes do Antigo Testamento sentiam essa forte esperança de imortalidade que dava sentido à sua fé.

 Na segunda leitura, na continuação dos domingos anteriores, São Tiago fala-nos hoje da verdadeira e da falsa sabedoria de vida, exortando os crentes a deixarem-se conduzir pelo Espírito e não pelos impulsos da ambição nem pelos desejos mundanos. 

Nem sempre é fácil dar seguimento às nossas palavras nem às nossas resoluções. Isso mesmo nos diz S. Marcos no texto do Evangelho. Apesar de confessarem a sua fé no Mestre, os discípulos esqueceram depressa as implicações do seguimento. Jesus reafirma, uma vez mais, que o caminho que Ele propõe é o da simplicidade e do serviço fraterno.

Padre João Lourenço, OFM

17 de setembro de 2024

Solenidade de São Francisco 2024






16 de setembro de 2024

Mãe de Deus da Paixão, ou ainda Virgem da Paixão.

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é um título conferido à Virgem Maria, mãe de Jesus, representada principalmente em um famoso ícone de estilo bizantino. No cristianismo oriental é conhecida também como Mãe de Deus da Paixão, ou ainda Virgem da Paixão.

Deus, vinde em nosso auxílio.
Senhor, socorrei-nos e salvai-nos.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo:
Como era no princípio, agora e sempre. Amén.
Aleluia.


Maria, fonte de amor.


Estava a Mãe dolorosa,
Junto da cruz lacrimosa,
Enquanto Jesus sofria.

Uma longa e fria espada,
Nessa hora atribulada,
O seu coração feria.

Oh quão triste e tão aflita
Padecia a Mãe bendita,
Entre blasfémias e pragas,

Ao olhar o Filho amado,
De pés e braços pregado,
Sangrando das Cinco Chagas!
Quem é que não choraria,
Ao ver a Virgem Maria,
Rasgada em seu coração,

Sem poder em tal momento,
Conter as fúrias do vento
E os ódios da multidão!

Firme e heróica no seu posto,
Viu Jesus pendendo o rosto,
Soltar o alento final.

Ó Cristo, por vossa Mãe,
Que é nossa Mãe também,
Dai-nos a palma imortal.
* Maria, fonte de amor,
Fazei que na vossa dor
Convosco eu chore também.

Fazei que o meu coração
Seja todo gratidão
A Cristo de quem sois Mãe.

Do vosso olhar vem a luz
Que me leva a ver Jesus
Na sua imensa agonia.

Convosco, ó Virgem, partilho
Das penas do vosso Filho,
Em quem minha alma confia.

Mãos postas, à vossa beira,
Saiba eu, a vida inteira,
Guiar por Vós os meus passos.

E quando a noite vier,
Eu me sinta adormecer
No calor dos vossos braços.
Virgem das Virgens, Rainha,
Mãe de Deus, Senhora minha,
Chorar convosco é rezar.

Cada lágrima chorada
Lembra uma estrela tombada
Do fundo do vosso olhar.

No Calvário, entre martírios,
Fostes o Lírio dos lírios,
Todo orvalhado de pranto.

Sobre o ódio que O matava,
Fostes o amor que adorava
O Filho três vezes santo.

A cruz do Senhor me guarde,
De manhã até à tarde,
A minha alma contrita.

E quando a morte chegar,
Que eu possa ir repousar
À sua sombra bendita.

Pai nosso e três Avé Maria...

24º DOMINGO DO TEMPO COMUM


 (15.09.2024)


Introdução à Liturgia:

Todos na vida criamos desafios e propomo-nos objetivos. A liturgia de hoje deixa-nos uma mensagem que vai no sentido do grande desafio da nossa vivência cristã: ganhar ou perder a vida. Estamos perante um desafio que se constrói com Cristo e a partir de Cristo, pois é Ele o centro, a partir de quem tudo ganha sentido. As tentações em gastar a vida em ninharias são cada vez maiores; é necessário redescobrir o sentido da vida.

 Introdução às Leituras:

A primeira leitura, tomada do livro de Isaías, num curto texto, mas denso e incisivo, fala-nos do crente que coloca a sua confiança e esperança no Senhor. Exorta à capacidade de escuta e também à fortaleza de espírito e de carácter, algo que é necessário para poder seguir Jesus e tornar-se seu discípulo

 A segunda leitura, da Carta de São Tiago, exorta-nos à caridade fraterna, numa linguagem muito direta e concreta, como sucede em todo este texto. Os problemas da 1ª comunidade cristã foram muito semelhantes aos que hoje vivemos. Por isso, as advertências deste texto são de grande atualidade, apesar de continuarmos a gastar e a perder o nosso tempo e os nossos recursos em ninharias sem sentido.

 No seu texto, S. Marcos deixa-nos uma das passagens mais expressivas do seu Evangelho: Saber quem é Jesus e como segui-lo. Estamos perante a eterna pergunta: Quem dizeis vós que Eu sou? Mas Jesus não se contenta com a resposta genérica que lhe é dada. O desafio está no seguimento, na forma como cada um de nós quer ou não ganhar a vida com Cristo.

Padre João Lourenço, OFM

7 de setembro de 2024

Falecimento Frei Fernando Valente da Silva Mota - Ministro Provincial da OFM

 



23º Domingo do Tempo Comum

(8.9.2024)

 Introdução à Liturgia:


Marcados pelo sentido comum do quotidiano e ocupados pelas muitas tarefas do dia a dia, nem sempre na vida damos destaque à esperança que, sendo uma das virtudes cristãs mais importantes, deve emprestar um ritmo de alegria e de confiança à nossa vivência quotidiana. A esperança do Reino de Deus é algo que começa já hoje em cada um de nós e nos anima na caminhada ao encontro do Pai.  

Introdução às Leituras:

Na primeira leitura, o profeta Isaías apresenta-nos um cântico de alegria que ele quer partilhar com o povo de Deus, apesar da situação deste não ser, naquele momento, a melhor. Todavia, o que alimenta a fé do Profeta é a certeza que Deus está com o Seu povo e o fortalece na sua caminhada.

 A segunda leitura, da Carta de São Tiago, recorda-nos a nossa condição de Irmãos, pela qual devemos confiar uns nos outros, já que o Senhor nos congrega na mesma comunhão. Diante d’Ele não contam as riquezas materiais, mas apenas e só a riqueza do nosso amor. A preferência de Deus tem como fundamento a grandeza do coração e não as riquezas materiais

 No Evangelho, Marcos situa Jesus em terras pagãs que não pertenciam ao povo de Deus. Ele passa por ali para congregar e reunir à sua volta todos aqueles que acolhem a sua mensagem e se unem na mesma fraternidade, independentemente da sua origem, raça ou condição social. Jesus é assim a esperança que a todos congrega na mesma comunhão.

Padre João Lourenço, OFM 

22.º DOMINGO DO TEMPO COMUM

 01/09/2024

Introdução à Liturgia:

 Celebramos, hoje, o Vigésimo Segundo Domingo do Tempo Comum. A liturgia de hoje, traz, até nós, a eterna questão da vivência da nossa fé: Para alguns, basta parecer; Jesus, por sua vez, exige o assumir pleno e comprometido a partir do coração, não nas suas formas exteriores, mas nas intenções puras do coração. É um desafio grande que nos é feito, pois a tentação do farisaísmo não é coisa do passado nem apenas do tempo de Jesus. É algo que faz parte da nossa forma de ser e, por isso, há que lutar contra isso para que sejamos verdadeiramente transparentes aos olhos de Deus.

          Nesta Eucaristia teremos presentes as seguintes intenções…

 Introdução às Leituras:

 A primeira leitura, do livro do Deuteronómio, fala-nos da grandeza da Lei e da necessidade de a cumprir e pôr em prática, de salvaguardar a sua autenticidade. Ela é a grande fonte da sabedoria bíblica. Para Israel, a Lei (ou seja, a Palavra de Deus) era a expressão do próprio Deus.

 A segunda leitura, da Carta de S. Tiago, reforça a centralidade da Palavra de Deus como fundamento da nossa fé e também como critério da nossa prática cristã, dizendo-nos quais são as ações em que nos devemos empenhar para dar vida concreta à nossa fé e a testemunharmos.

S. Marcos, no texto do Evangelho que escutamos hoje, aborda um dos grandes problemas com que Jesus se enfrentou; a questão do farisaísmo religioso que, ontem como hoje, sempre se faz presente. À semelhança de Jesus, também o Papa Francisco tem constantemente chamado a atenção para este tema, deixando sucessivos apelos para que a vida eclesial e religiosa seja marcada pela verdade e não pela farsa farisaica.

 Pe. João Duarte Lourenço OFM

26 de agosto de 2024

21º DOMINGO DO TEMPO COMUM

(25.08.2024)


Introdução à Liturgia:

A escuta da Palavra de Deus não pode ser pensada como uma atitude passiva ou fácil; as suas exigências são, por vezes, dramáticas e implicam uma opção de vida, uma decisão ou um corte nos processos da nossa vida e nos hábitos que assumimos. Hoje, a nossa Eucaristia mostra-nos que O Senhor exige de nós opções e que, perante a sua palavra, não podemos manter-nos indiferentes.

 Introdução às Leituras:

A primeira leitura, do livro de Josué, mostra-nos que ser crente significa deixar-se envolver e comprometer com a mensagem revelada. Impõe-se a busca do sentido autêntico do religioso, combatendo a indiferença tão própria do nosso tempo, onde tudo é apresentado sem ser assumido. Ter fé, é assumir-se e afirmar-se.

 Na segunda leitura, continuando a refletir sobre a Carta aos Efésios, tal como nos domingos anteriores, fala-nos hoje de um tema que não é pacífico na sociedade contemporânea, como é o da relação entre o Homem e a Mulher, entre o Marido e a Esposa. Paulo dá à relação familiar uma fundamentação teológica, como aquela que existe entre Cristo e a Igreja, procurando assim conferir uma dimensão que vai para além da mera sensibilidade humana.

Na parte final do seu discurso sobre o Pão da Vida, como é aquela que hoje lemos, Jesus apresenta algumas interrogações e desafios àqueles que o acompanham. Parece uma provocação que Ele quer fazer para que aqueles que O seguem se deixem motivar pela sua mensagem e assumam a sua nova condição de verdadeiros discípulos. 

Padre João Lourenço, OFM

20 de agosto de 2024

20º DOMINGO DO TEMPO COMUM

 

(18.08.2024)


Introdução à Liturgia:

Nestes domingos em que lemos o capítulo 6º do Evangelho de S. João, como sucede hoje, refletimos sobre as diversas dimensões do pão que é Jesus Cristo e do alimento que por Ele Deus nos oferece. O pão de Deus é também sabedoria do ‘Alto’ que nos abre caminhos de vida nova, e nos prepara e fortalece para olhar a vida com redobrada esperança.

 Introdução às Leituras:

A primeira leitura, tomada do livro dos Provérbios, fala-nos da Sabedoria numa personificação humana, apresentando-a como um banquete ou uma casa bem construída. Jesus retoma algumas destas imagens e apresenta-nos também a sua mensagem como uma construção sólida, bem assente, que guia o crente até ao coração de Deus.

 Na segunda leitura, da Carta aos Efésios, São Paulo desafia os cristãos ao discernimento. Seguir Jesus, significa adotar formas de vida corretas e deixar-se guiar pelo Espírito Santo, não segundo os critérios do mundo, mas pautando a vida pela mensagem de Jesus.

No Evangelho, continuamos a escutar a mensagem de Jesus proclamada na Sinagoga de Cafarnaúm acerca do Pão da Vida. As palavras de Jesus, tanto no passado como hoje, não são fáceis e, muitas vezes, provocam ruturas de vida. O convite que hoje nos é feito na nossa eucaristia é para acolher a Palavra de Jesus e fazer dela o alimento que nos fortalece para a vida eterna.

Padre João Lourenço, OFM

14 de agosto de 2024

SOLENIDADE DA ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA

 (15.08.2024)

Introdução à Eucaristia

Hoje, festa da Assunção de Nossa Senhora, é um dia solene para a Igreja, já que celebramos a plenitude da missão de Maria, elevada à glória da Trindade, e também a solenidade da plenitude da Igreja, de que Maria é imagem e primícias. N’Ela se cumprem as palavras do Magnificat: Deus a enalteceu, porque Ele eleva os humildes e cumula-os de bens. A glorificação da Virgem Maria faz-nos também participantes da esperança que anima a nossa caminhada: chegar um dia, tal como Ela, à plenitude da glória do Pai.

Introdução às Leituras

Na primeira leitura, o livro do Apocalipse, através de uma visão, descreve-nos de forma simbólica, a figura de Maria como símbolo da Igreja que luta para testemunhar a salvação que brota do Menino gerado pela Mãe. Da mãe Maria, surge a mãe Igreja que anuncia e testemunha no tempo a esperança da salvação.

Na segunda leitura, da 1ª Carta aos Coríntios, Paulo fala-nos da vitória de Cristo, o novo Adão. Na sua ressurreição todos renascemos para a vida nova e é nessa vida nova que chegamos à plenitude da comunhão com Deus.


O Evangelho, apresenta-nos a visitação de Maria a Isabel, completada depois pelo Cântico Evangélico do Magnificat. Ela é a mensageira da nova-aliança, Aquela que Deus escolheu para morada do Seu Filho. Por isso, ela canta, agradecida, todos os dons com que Deus beneficia o Seu povo.

Padre João Lourenço, OFM

12 de agosto de 2024

19º Domingo do Tempo Comum

 11 de agosto de 2024 - Ano B


Introdução à Liturgia:

     A fé em Jesus, não é uma realidade trivial, mas antes uma experiência profunda, que toca a vida toda, daqueles que acreditam. É uma opção existencial, pela qual, conferimos à nossa caminhada existencial um sentido que vai para além do imediato do dia-a-dia. A fé confere à vida um sentido de totalidade e de plenitude que se alimenta de Cristo, o pão que sacia a nossa fome de sentido e de comunhão.

 Introdução às Leituras:

     A primeira leitura, do Livro dos Reis, fala-nos da caminhada de Elias no deserto, e da sensação de cansaço e desânimo que sentiu no decurso da sua caminhada. Mas, tal como outrora ao povo de Israel, Deus assiste aqueles que lutam pelas Suas causas, de forma que não lhes falta a força nem a esperança para realizarem a sua missão.

     Na segunda leitura, S. Paulo aponta-nos, tal como outrora aos Efésios, uma lista de princípios e de comportamentos morais e fraternos que devem constituir o paradigma de vida da comunidade. Tudo isso tem como fundamento o exemplo de Jesus.

     O Evangelho de hoje dá continuidade ao texto do discurso do “Pão da vida,” que Jesus pronuncia na Sinagoga de Cafarnaum, perante a multidão que o segue. Tomando a imagem do maná, e relendo o sinal de outrora numa aplicação direta à sua missão, Jesus apresenta-se como o novo maná, aquele que sacia a fome mais profunda do homem e o conduz à vida plena da comunhão com Deus.

Padre João Lourenço, OFM

5 de agosto de 2024

18º Domingo do Tempo Comum

 4 de agosto de 2024 - Ano B

 Introdução à Liturgia:

     Em pleno tempo de férias, a liturgia trás, até nós, um tema que continua a preocupar o mundo e a Igreja: o tema do Pão, o mesmo é dizer, a questão da fome que, apesar de parecer resolvida, continua a atormentar o mundo. Nas leituras de hoje, Jesus apresenta-se como “o pão do Céu,” mostrando, assim, que há uma fome que está para além do pão material, embora, este, também seja fundamental para o bem da humanidade. Tal como os contemporâneos de Jesus, peçamos também nós: “Senhor, dá-nos sempre deste pão”.   

     Introdução às Leituras:

    Na sua caminhada pelo deserto, em direção à Terra Prometida, o povo de Israel duvida do seu Deus, Aquele que os tinha libertado do Egito. Então, uma vez mais, o Senhor mostra, a este povo, o seu carinho, satisfazendo a sua fome de pão, deixando, assim, um sinal da sua misericórdia. A primeira leitura de hoje, tomada do Livro do Êxodo, dá-nos a prova desta presença do Senhor.

    Na segunda leitura, continuando o texto da Carta aos Efésios, S. Paulo anima os crentes a crescer na fé, mostrando como, agora, deve ser diferente a vida dos convertidos, contrastando assim com as suas atitudes quando eram pagãos e viviam longe de Cristo.

    O Evangelho de hoje, na continuação do capítulo 6º de S. João, que iniciamos no domingo passado, Jesus, apresenta-se como o “Pão do céu,” respondendo, desta forma, a todos aqueles que O procuravam, após a multiplicação dos pães. Jesus, dando-lhes o pão material, quer, agora, dizer a todos os que o seguem e o procuram, que há outro pão, que mata outra fome e, esse pão, vem do amor, da partilha e da comunhão.

Padre João Lourenço, OFM

2 de agosto de 2024

17º Domingo do Tempo Comum

(28/07/2024) 


          Introdução à Liturgia:    

Neste tempo de verão, propício ao descanso e ao reforço das energias pessoais, sucede também, por vezes, que nos desleixamos na partilha e na comunhão de vida, construindo tudo a partir de nós e só a pensar em nós. O reforço das energias pessoais pressupõe também o reforço das energias espirituais, da comunhão e da proximidade. Nestes próximos domingos, a liturgia convida-nos a alimentar a nossa vida também a partir do pão que é Cristo.

           Introdução às Leituras 

A 1ª leitura, do livro dos Reis, fala-nos do profeta Eliseu e da sua proximidade para com os necessitados, exortando à confiança e à partilha. Repartir o pão é um gesto de humanidade pelo qual mostramos que Deus também está próximo daqueles que precisam: eles são o próximo que nos aproxima de Deus.

Na 2ª leitura, tomada da Carta aos Efésios, Paulo convida-nos a cultivar as virtudes humanas da simplicidade e da amabilidade. Tal como Deus é compassivo para connosco, assim o devemos ser para com os Irmãos.

O tema do pão e do alimento percorre toda a Sagrada Escritura, e está bem presente nas palavras de Jesus. O capítulo 6º do evangelho de S. João é todo ele dedicado ao tema do alimento. Jesus é esse alimento de vida e de comunhão que Deus dá ao Seu povo; Ele é o verdadeiro pão, descido do céu, oferecido por Deus.

Padre João Lourenço, OFM 

16º Domingo do Tempo Comum

 (21/07/2024)

           Introdução à Liturgia:    

A liturgia deste domingo realça a importância e a centralidade do tema do serviço e da proximidade que Deus dispensa ao Seu povo. Ele mesmo se apresenta como pastor para servir e estar com os seus fiéis, deixando-nos o exemplo para que aprendamos d’Ele a viver e a servir. Construir comunhão é exatamente isto: servir os Irmãos e estar com Jesus. Hoje, no Mosteiro dos Jerónimos serão ordenados dois novos bispos auxiliares para o Patriarcado de Lisboa. Peçamos ao Senhor para que eles sejam verdadeiros pastores segundo o seu coração. 

          Introdução às Leituras 

A 1ª leitura, tomado do Jeremias, é um apelo aos Pastores do povo de Deus para que saibam reunir na mesma comunhão todos aqueles que o pecado e as marcas da fragilidade humana afastaram da verdadeira comunhão com Cristo.

 Na Carta aos Efésios, Paulo diz-nos que Cristo é a nossa paz e que é a partir d’Ele que nos reconciliamos com Deus. As divisões humanas, os muros que nos separam foram superados em Cristo.

No Evangelho Jesus acolhe os discípulos que voltam do anúncio do Reino e convida-os à partilha e ao repouso, mostrando assim a sua humanidade e a ternura por todos aqueles que se entregam à missão. Como bom pastor, ele conhece as fragilidades de cada um e a todos dispensa a sua misericórdia.

Padre João Lourenço, OFM

18 de julho de 2024

15º Domingo do Tempo Comum

(14/07/2024)

 


Introdução à Liturgia:

A liturgia deste domingo traz até nós o tema do chamamento e do envio, focando as condições daqueles que são enviados para anunciar a Boa-Nova. Os textos fundadores da nossa fé sempre realçam a liberdade interior e a disponibilidade como condições fundamentais para o anúncio. Já assim era com os profetas e, com Jesus essas mesmas condições são ainda mais reforçadas. Como regressar às exigências que Jesus nos propõe?

Introdução às Leituras:

Na 1ª leitura, Amós fala-nos da sua missão e do seu profundo empenho em responder ao chamamento de Deus: “Foi o Senhor que me tomou e me disse: vai e profetiza ao meu povo”. A força da palavra ganha sentido, antes de mais, na própria vida daquele que a anuncia e, nisso, Amós é verdadeiramente exemplar.  

           Na 2ª leitura, da Carta aos Efésios, temos um dos hinos mais belos e mais profundos sobre a nossa condição de eleitos e escolhidos por Deus para o testemunho da Sua caridade e do seu amor para connosco. Todo o mistério da nossa eleição radica em Cristo e é por Ele e n’Ele que somos reconciliados e salvos. Essa é, para Jesus, a glória do Pai.

        No Evangelho, temos o envio dos discípulos e os sinais que eles devem dar no testemunho da sua missão para que esta seja verdadeiramente cristã e tornar-se sacramento da presença e da vinda do Reino. O discípulo deve escutar a Palavra, deixar-se desafiar por ela e, de forma livre e em gratuidade, anunciá-la ao mundo, fazendo dela o seu próprio itinerário de vida. 

Padre João Lourenço, OFM

DOMINGO XIV TEMPO COMUM – 2024

 (07.07.2024)

        Introdução à Liturgia:    

Uma das carências do nosso tempo está no facto de nos faltarem vozes proféticas que nos interpelem para os grandes e decisivos valores da experiência humana e da fé cristã. Num tempo marcado pela avidez do consumo e pela vivência do fugaz e do supérfluo, precisamos de escutar vozes que nos falem de Deus e da mensagem de Jesus. Hoje, através da Palavra de Deus, sentimos esta interpelação e acolhemos este desafio à escuta da voz de Deus.

Introdução às Leituras:

A primeira leitura, do livro de Ezequiel, fala-nos da presença do profeta no Exílio, um tempo de silêncio de Deus e de rebeldia do povo de Israel que não quer escutar a voz de Deus de que o profeta se faz eco. Deixar-se interpelar pelos sinais da história é a forma como Deus nos fala hoje, mesmo quando nos custa escutar a Sua voz.

 Na segunda leitura, da Carta aos Coríntios, Paulo fala-nos das suas fraquezas que em Cristo se tornam força e audácia para a missão e para o anúncio da Boa Nova. É nas suas fraquezas que se manifesta a força de Deus.

O Evangelho fala-nos da presença de Jesus na sua terra natal. Tal como nos diz o provérbio popular “ninguém é profeta na sua terra”, também Jesus não conseguiu deixar ali nenhum sinal do tempo novo da graça e do Reino que Ele vem anunciar. Aqui temos mais um apelo para que não fechemos o nosso coração à voz do Espírito.

Padre João Lourenço, OFM

13º Domingo do Tempo Comum – Ano B

(30.6.2024)

 Introdução à Eucaristia:

Vivemos hoje numa cultura carregada de contradições; por um lado, faz-se um grande esforço, em termos universais, para garantir melhores condições de vida a todas as pessoas e reconhecer o direito à vida como sinal sagrado que tem em Deus a sua fonte. Por outro lado, as manifestações de desprezo e leviandade acerca da vida são constantemente promovidas, como bem sabemos, através da exortação daquilo a que podemos chamar de ‘cultura de morte’. A Palavra de Deus diz-nos que Deus é a fonte da vida e Jesus vem-nos testemunhar essa plenitude de vida.


Introdução às Leituras:

A vontade de Deus é a vida dos homens, tal como nos diz o livro da Sabedoria. Acolher a Lei e pô-la em prática, é promover a vida e cumprir a Sua vontade. A criação é o testemunho pleno deste querer de Deus em nos conceder a vida, pois Ele é a fonte do bem e nós vivemos para o bem.

 Dando continuidade à leitura da 2ª Carta aos Coríntios, Paulo fala-nos também de um momento de vida: dar apoio aos Irmãos da Igreja de Jerusalém que passam por grandes privações e necessidades. A partilha fraterna entre as diversas Igrejas das origens cristãs é, não só expressão da comunhão fraternas, mas também do empenho de todos para que os Irmãos possam viver plenamente em Cristo.

 No Evangelho, S. Marcos volta ao tema da vida que Jesus vem trazer a todos aqueles que na sua caminhada se sentem fora da comunhão com Deus. Jesus é o grande apóstolo da vida para todos. A essa plenitude chega-se pela fé, tal como Jesus diz àqueles que o procuram e n’Ele colocam a sua esperança. 

Padre João Lourenço, OFM

 
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