Introdução à Liturgia:
Celebrar a Santíssima
Trindade não é um convite a decifrar o mistério que se esconde num “Deus único em
três pessoas”; Pelo contrário, é um convite a contemplar o Deus que é amor, que
é família, que é comunidade e que criou os homens para os fazer participar desse
mistério de amor. Como Deus é amor, também nós fomos criados e chamados a uma
comunhão de amor que tem em Deus a sua plenitude.
A primeira leitura
apresenta-nos o Deus da comunhão e da aliança, apostado em estabelecer laços
familiares com o homem, dá-se a conhecer a Moisés como ‘sendo um Deus clemente
e compassivo, lento para a ira e rico de misericórdia’. É este Deus que Jesus
nos deu a conhecer e testemunhou na sua caminhada.
Na segunda leitura, Paulo diz-nos
que todos somos conduzidos pelo Espírito e é por Ele que nos tornamos filhos de
Deus. É isso que nos leva a proclamar ‘Abbá’ (Pai) e assim, como filhos, somos
Irmãos na grande família da Trindade divina.
No Evangelho, S. Mateus,
fala-nos do mandato divino entregue aos Apóstolos e pelo qual entramos na
comunhão com Deus. A fórmula do nosso batismo é o testemunho da fé eclesial na
Trindade que nos congrega como filhos da grande família de Deus.
Padre João Lourenço, OFM