17 de setembro de 2024
16 de setembro de 2024
Mãe de Deus da Paixão, ou ainda Virgem da Paixão.
Estava a Mãe dolorosa,
Junto da cruz lacrimosa,
Enquanto Jesus sofria.
Uma longa e fria espada,
Nessa hora atribulada,
O seu coração feria.
Oh quão triste e tão aflita
Padecia a Mãe bendita,
Entre blasfémias e pragas,
Ao olhar o Filho amado,
De pés e braços pregado,
Sangrando das Cinco Chagas!
Quem é que não choraria,
Ao ver a Virgem Maria,
Rasgada em seu coração,
Sem poder em tal momento,
Conter as fúrias do vento
E os ódios da multidão!
Firme e heróica no seu posto,
Viu Jesus pendendo o rosto,
Soltar o alento final.
Ó Cristo, por vossa Mãe,
Que é nossa Mãe também,
Dai-nos a palma imortal.
* Maria, fonte de amor,
Fazei que na vossa dor
Convosco eu chore também.
Fazei que o meu coração
Seja todo gratidão
A Cristo de quem sois Mãe.
Do vosso olhar vem a luz
Que me leva a ver Jesus
Na sua imensa agonia.
Convosco, ó Virgem, partilho
Das penas do vosso Filho,
Em quem minha alma confia.
Mãos postas, à vossa beira,
Saiba eu, a vida inteira,
Guiar por Vós os meus passos.
E quando a noite vier,
Eu me sinta adormecer
No calor dos vossos braços.
Virgem das Virgens, Rainha,
Mãe de Deus, Senhora minha,
Chorar convosco é rezar.
Cada lágrima chorada
Lembra uma estrela tombada
Do fundo do vosso olhar.
No Calvário, entre martírios,
Fostes o Lírio dos lírios,
Todo orvalhado de pranto.
Sobre o ódio que O matava,
Fostes o amor que adorava
O Filho três vezes santo.
A cruz do Senhor me guarde,
De manhã até à tarde,
A minha alma contrita.
E quando a morte chegar,
Que eu possa ir repousar
À sua sombra bendita.
Pai nosso e três Avé Maria...
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24º DOMINGO DO TEMPO COMUM
(15.09.2024)
Todos na vida criamos desafios e
propomo-nos objetivos. A liturgia de hoje deixa-nos uma mensagem que vai no
sentido do grande desafio da nossa vivência cristã: ganhar ou perder a vida.
Estamos perante um desafio que se constrói com Cristo e a partir de Cristo,
pois é Ele o centro, a partir de quem tudo ganha sentido. As tentações em
gastar a vida em ninharias são cada vez maiores; é necessário redescobrir o
sentido da vida.
A primeira leitura, tomada do livro de
Isaías, num curto texto, mas denso e incisivo, fala-nos do crente que coloca a
sua confiança e esperança no Senhor. Exorta à capacidade de escuta e também à
fortaleza de espírito e de carácter, algo que é necessário para poder seguir
Jesus e tornar-se seu discípulo
No
seu texto, S. Marcos deixa-nos uma das passagens mais expressivas do seu
Evangelho: Saber quem é Jesus e como segui-lo. Estamos perante a eterna
pergunta: Quem dizeis vós que Eu sou? Mas Jesus não se contenta com a resposta
genérica que lhe é dada. O desafio está no seguimento, na forma como cada um de
nós quer ou não ganhar a vida com Cristo.
Padre João Lourenço, OFM
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7 de setembro de 2024
Falecimento Frei Fernando Valente da Silva Mota - Ministro Provincial da OFM
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23º Domingo do Tempo Comum
Introdução à Liturgia:
Marcados pelo sentido comum do quotidiano e ocupados pelas
muitas tarefas do dia a dia, nem sempre na vida damos destaque à esperança que,
sendo uma das virtudes cristãs mais importantes, deve emprestar um ritmo de
alegria e de confiança à nossa vivência quotidiana. A esperança do Reino de
Deus é algo que começa já hoje em cada um de nós e nos anima na caminhada ao
encontro do Pai.
Introdução às Leituras:
Na primeira leitura, o
profeta Isaías apresenta-nos um cântico de alegria que ele quer partilhar com o
povo de Deus, apesar da situação deste não ser, naquele momento, a melhor.
Todavia, o que alimenta a fé do Profeta é a certeza que Deus está com o Seu
povo e o fortalece na sua caminhada.
A segunda leitura, da Carta de São Tiago, recorda-nos a nossa condição de Irmãos, pela qual devemos confiar uns nos outros, já que o Senhor nos congrega na mesma comunhão. Diante d’Ele não contam as riquezas materiais, mas apenas e só a riqueza do nosso amor. A preferência de Deus tem como fundamento a grandeza do coração e não as riquezas materiais
No Evangelho, Marcos situa Jesus em terras pagãs que não pertenciam ao povo de Deus. Ele passa por ali para congregar e reunir à sua volta todos aqueles que acolhem a sua mensagem e se unem na mesma fraternidade, independentemente da sua origem, raça ou condição social. Jesus é assim a esperança que a todos congrega na mesma comunhão.
Padre João Lourenço, OFM
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22.º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Introdução à Liturgia:
Nesta Eucaristia teremos presentes as seguintes intenções…
S. Marcos, no texto do Evangelho que
escutamos hoje, aborda um dos grandes problemas com que Jesus se enfrentou; a
questão do farisaísmo religioso que, ontem como hoje, sempre se faz presente. À
semelhança de Jesus, também o Papa Francisco tem constantemente chamado a
atenção para este tema, deixando sucessivos apelos para que a vida eclesial e
religiosa seja marcada pela verdade e não pela farsa farisaica.
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26 de agosto de 2024
21º DOMINGO DO TEMPO COMUM
(25.08.2024)
Introdução à
Liturgia:
A escuta da Palavra de Deus não pode ser
pensada como uma atitude passiva ou fácil; as suas exigências são, por vezes,
dramáticas e implicam uma opção de vida, uma decisão ou um corte nos processos da
nossa vida e nos hábitos que assumimos. Hoje, a nossa Eucaristia mostra-nos que
O Senhor exige de nós opções e que, perante a sua palavra, não podemos
manter-nos indiferentes.
Introdução às Leituras:
A primeira leitura, do livro de Josué,
mostra-nos que ser crente significa deixar-se envolver e comprometer com a
mensagem revelada. Impõe-se a busca do sentido autêntico do religioso,
combatendo a indiferença tão própria do nosso tempo, onde tudo é apresentado sem
ser assumido. Ter fé, é assumir-se e afirmar-se.
Na segunda leitura, continuando a refletir sobre a Carta aos Efésios, tal como nos domingos anteriores, fala-nos hoje de um tema que não é pacífico na sociedade contemporânea, como é o da relação entre o Homem e a Mulher, entre o Marido e a Esposa. Paulo dá à relação familiar uma fundamentação teológica, como aquela que existe entre Cristo e a Igreja, procurando assim conferir uma dimensão que vai para além da mera sensibilidade humana.
Na parte final do seu discurso sobre o Pão da Vida, como é aquela que hoje lemos, Jesus apresenta algumas interrogações e desafios àqueles que o acompanham. Parece uma provocação que Ele quer fazer para que aqueles que O seguem se deixem motivar pela sua mensagem e assumam a sua nova condição de verdadeiros discípulos.
Padre João Lourenço, OFM
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20 de agosto de 2024
20º DOMINGO DO TEMPO COMUM
(18.08.2024)
Introdução à
Liturgia:
Nestes domingos em que lemos o capítulo 6º
do Evangelho de S. João, como sucede hoje, refletimos sobre as diversas
dimensões do pão que é Jesus Cristo e do alimento que por Ele Deus nos oferece.
O pão de Deus é também sabedoria do ‘Alto’ que nos abre caminhos de vida nova, e
nos prepara e fortalece para olhar a vida com redobrada esperança.
A primeira leitura, tomada do livro dos
Provérbios, fala-nos da Sabedoria numa personificação humana, apresentando-a
como um banquete ou uma casa bem construída. Jesus retoma algumas destas
imagens e apresenta-nos também a sua mensagem como uma construção sólida, bem
assente, que guia o crente até ao coração de Deus.
No
Evangelho, continuamos a escutar a mensagem de Jesus proclamada na Sinagoga de
Cafarnaúm acerca do Pão da Vida. As palavras de Jesus, tanto no passado como
hoje, não são fáceis e, muitas vezes, provocam ruturas de vida. O convite que
hoje nos é feito na nossa eucaristia é para acolher a Palavra de Jesus e fazer
dela o alimento que nos fortalece para a vida eterna.
Padre João Lourenço, OFM
Publicada por OFS LUZ à(s) 16:44:00 0 comentários
14 de agosto de 2024
SOLENIDADE DA ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA
Introdução à Eucaristia
Hoje, festa da Assunção de Nossa Senhora, é um dia solene para a Igreja, já que celebramos a plenitude da missão de Maria, elevada à glória da Trindade, e também a solenidade da plenitude da Igreja, de que Maria é imagem e primícias. N’Ela se cumprem as palavras do Magnificat: Deus a enalteceu, porque Ele eleva os humildes e cumula-os de bens. A glorificação da Virgem Maria faz-nos também participantes da esperança que anima a nossa caminhada: chegar um dia, tal como Ela, à plenitude da glória do Pai.
Introdução às Leituras
Na primeira leitura, o livro do Apocalipse, através de uma visão, descreve-nos de forma simbólica, a figura de Maria como símbolo da Igreja que luta para testemunhar a salvação que brota do Menino gerado pela Mãe. Da mãe Maria, surge a mãe Igreja que anuncia e testemunha no tempo a esperança da salvação.
Na segunda leitura, da 1ª Carta aos Coríntios, Paulo fala-nos da vitória de Cristo, o novo Adão. Na sua ressurreição todos renascemos para a vida nova e é nessa vida nova que chegamos à plenitude da comunhão com Deus.
O
Evangelho, apresenta-nos a visitação de Maria a Isabel, completada
depois pelo Cântico Evangélico do Magnificat. Ela é a mensageira
da nova-aliança, Aquela que Deus escolheu para morada do Seu Filho.
Por isso, ela canta, agradecida, todos os dons com que Deus beneficia
o Seu povo.
Padre João Lourenço, OFM
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12 de agosto de 2024
19º Domingo do Tempo Comum
11 de agosto de 2024 - Ano B
Introdução à Liturgia:
Padre João Lourenço, OFM
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5 de agosto de 2024
18º Domingo do Tempo Comum
4 de agosto de 2024 - Ano B
Introdução
às Leituras:
Na segunda leitura, continuando o texto da Carta aos Efésios, S. Paulo anima os crentes a crescer na fé, mostrando como, agora, deve ser diferente a vida dos convertidos, contrastando assim com as suas atitudes quando eram pagãos e viviam longe de Cristo.
O Evangelho de hoje, na continuação do capítulo 6º de S. João, que iniciamos no domingo passado, Jesus, apresenta-se como o “Pão do céu,” respondendo, desta forma, a todos aqueles que O procuravam, após a multiplicação dos pães. Jesus, dando-lhes o pão material, quer, agora, dizer a todos os que o seguem e o procuram, que há outro pão, que mata outra fome e, esse pão, vem do amor, da partilha e da comunhão.
Padre João Lourenço, OFM
Publicada por OFS LUZ à(s) 17:06:00 0 comentários
2 de agosto de 2024
17º Domingo do Tempo Comum
(28/07/2024)
Introdução à Liturgia:
Neste tempo de verão, propício ao descanso e ao
reforço das energias pessoais, sucede também, por vezes, que nos desleixamos na
partilha e na comunhão de vida, construindo tudo a partir de nós e só a pensar
em nós. O reforço das energias pessoais pressupõe também o reforço das energias
espirituais, da comunhão e da proximidade. Nestes próximos domingos, a liturgia
convida-nos a alimentar a nossa vida também a partir do pão que é Cristo.
Introdução às Leituras
A 1ª leitura, do livro dos Reis, fala-nos do profeta
Eliseu e da sua proximidade para com os necessitados, exortando à confiança e à
partilha. Repartir o pão é um gesto de humanidade pelo qual mostramos que Deus
também está próximo daqueles que precisam: eles são o próximo que nos aproxima
de Deus.
Na 2ª leitura, tomada da Carta aos Efésios, Paulo convida-nos a cultivar as virtudes humanas da simplicidade e da amabilidade. Tal como Deus é compassivo para connosco, assim o devemos ser para com os Irmãos.
O tema do pão e do alimento percorre toda a Sagrada Escritura, e está bem presente nas palavras de Jesus. O capítulo 6º do evangelho de S. João é todo ele dedicado ao tema do alimento. Jesus é esse alimento de vida e de comunhão que Deus dá ao Seu povo; Ele é o verdadeiro pão, descido do céu, oferecido por Deus.
Padre João Lourenço, OFM
Publicada por OFS LUZ à(s) 16:15:00 0 comentários
16º Domingo do Tempo Comum
(21/07/2024)
A liturgia deste domingo realça a importância e a centralidade do tema do serviço e da proximidade que Deus dispensa ao Seu povo. Ele mesmo se apresenta como pastor para servir e estar com os seus fiéis, deixando-nos o exemplo para que aprendamos d’Ele a viver e a servir. Construir comunhão é exatamente isto: servir os Irmãos e estar com Jesus. Hoje, no Mosteiro dos Jerónimos serão ordenados dois novos bispos auxiliares para o Patriarcado de Lisboa. Peçamos ao Senhor para que eles sejam verdadeiros pastores segundo o seu coração.
Introdução às Leituras
A 1ª leitura, tomado do Jeremias, é um apelo aos
Pastores do povo de Deus para que saibam reunir na mesma comunhão todos aqueles
que o pecado e as marcas da fragilidade humana afastaram da verdadeira comunhão
com Cristo.
No Evangelho Jesus acolhe os discípulos que voltam do anúncio do Reino e convida-os à partilha e ao repouso, mostrando assim a sua humanidade e a ternura por todos aqueles que se entregam à missão. Como bom pastor, ele conhece as fragilidades de cada um e a todos dispensa a sua misericórdia.
Padre João Lourenço, OFM
Publicada por OFS LUZ à(s) 16:11:00 0 comentários
18 de julho de 2024
15º Domingo do Tempo Comum
(14/07/2024)
Introdução à
Liturgia:
A liturgia deste domingo traz até nós o tema do chamamento e do envio, focando as condições daqueles que são enviados para anunciar a Boa-Nova. Os textos fundadores da nossa fé sempre realçam a liberdade interior e a disponibilidade como condições fundamentais para o anúncio. Já assim era com os profetas e, com Jesus essas mesmas condições são ainda mais reforçadas. Como regressar às exigências que Jesus nos propõe?
Introdução às Leituras:
Na 1ª leitura, Amós fala-nos da sua missão e do seu
profundo empenho em responder ao chamamento de Deus: “Foi o Senhor que me tomou
e me disse: vai e profetiza ao meu povo”. A força da palavra ganha sentido,
antes de mais, na própria vida daquele que a anuncia e, nisso, Amós é verdadeiramente
exemplar.
Na 2ª leitura, da Carta aos Efésios, temos um dos hinos mais belos e mais profundos sobre a nossa condição de eleitos e escolhidos por Deus para o testemunho da Sua caridade e do seu amor para connosco. Todo o mistério da nossa eleição radica em Cristo e é por Ele e n’Ele que somos reconciliados e salvos. Essa é, para Jesus, a glória do Pai.
No Evangelho, temos o envio dos discípulos e os sinais que eles devem dar no testemunho da sua missão para que esta seja verdadeiramente cristã e tornar-se sacramento da presença e da vinda do Reino. O discípulo deve escutar a Palavra, deixar-se desafiar por ela e, de forma livre e em gratuidade, anunciá-la ao mundo, fazendo dela o seu próprio itinerário de vida.
Padre João Lourenço, OFM
Publicada por OFS LUZ à(s) 19:29:00 0 comentários
DOMINGO XIV TEMPO COMUM – 2024
Introdução à Liturgia:
Uma das carências do nosso tempo está no facto de nos faltarem vozes proféticas que nos interpelem para os grandes e decisivos valores da experiência humana e da fé cristã. Num tempo marcado pela avidez do consumo e pela vivência do fugaz e do supérfluo, precisamos de escutar vozes que nos falem de Deus e da mensagem de Jesus. Hoje, através da Palavra de Deus, sentimos esta interpelação e acolhemos este desafio à escuta da voz de Deus.
Introdução às Leituras:
A primeira
leitura, do livro de Ezequiel, fala-nos da presença do profeta no Exílio, um
tempo de silêncio de Deus e de rebeldia do povo de Israel que não quer escutar
a voz de Deus de que o profeta se faz eco. Deixar-se interpelar pelos sinais da
história é a forma como Deus nos fala hoje, mesmo quando nos custa escutar a
Sua voz.
O Evangelho fala-nos da presença de Jesus na sua
terra natal. Tal como nos diz o provérbio popular “ninguém é profeta na sua
terra”, também Jesus não conseguiu deixar ali nenhum sinal do tempo novo da
graça e do Reino que Ele vem anunciar. Aqui temos mais um apelo para que não
fechemos o nosso coração à voz do Espírito.
Padre João Lourenço, OFM
Publicada por OFS LUZ à(s) 19:18:00 0 comentários
13º Domingo do Tempo Comum – Ano B
(30.6.2024)
Vivemos hoje numa cultura
carregada de contradições; por um lado, faz-se um grande esforço, em termos
universais, para garantir melhores condições de vida a todas as pessoas e
reconhecer o direito à vida como sinal sagrado que tem em Deus a sua fonte. Por
outro lado, as manifestações de desprezo e leviandade acerca da vida são
constantemente promovidas, como bem sabemos, através da exortação daquilo a que
podemos chamar de ‘cultura de morte’. A Palavra de Deus diz-nos que Deus é a
fonte da vida e Jesus vem-nos testemunhar essa plenitude de vida.
Introdução às Leituras:
A vontade de Deus é a vida
dos homens, tal como nos diz o livro da Sabedoria. Acolher a Lei e pô-la em
prática, é promover a vida e cumprir a Sua vontade. A criação é o testemunho
pleno deste querer de Deus em nos conceder a vida, pois Ele é a fonte do bem e
nós vivemos para o bem.
Dando continuidade à leitura da 2ª Carta aos Coríntios, Paulo fala-nos também de um momento de vida: dar apoio aos Irmãos da Igreja de Jerusalém que passam por grandes privações e necessidades. A partilha fraterna entre as diversas Igrejas das origens cristãs é, não só expressão da comunhão fraternas, mas também do empenho de todos para que os Irmãos possam viver plenamente em Cristo.
No Evangelho, S. Marcos volta ao tema da vida que Jesus vem trazer a todos aqueles que na sua caminhada se sentem fora da comunhão com Deus. Jesus é o grande apóstolo da vida para todos. A essa plenitude chega-se pela fé, tal como Jesus diz àqueles que o procuram e n’Ele colocam a sua esperança.
Padre João Lourenço, OFM
Publicada por OFS LUZ à(s) 19:01:00 0 comentários
27 de junho de 2024
12º Domingo do Tempo Comum
(23.06.2024)
Introdução à Eucaristia:
Nós, humanos, sempre tivemos e temos medo de olhar de frente o futuro, de nos questionar sobre o ambiente que nos rodeia, de colocar as nós próprios algumas das questões sobre o sentido da nossa existência. Acomodar-se em vez de olhar em frente com fé e esperança é sempre uma forma mais fácil de viver, apesar de não ser aquela que o Senhor nos propõe. Precisamos de não ter medo e confiar que Jesus caminha connosco na mesma barca.
Introdução às Leituras:
A primeira leitura, tomada do livro de Job, fala-nos de algo que, à primeira vista, nos parece estranho: que sentido tem este texto? Que perguntas são estas que resultam de um diálogo entre Deus e Job? O texto tem na sua base o sentido que o mar tinha para o mundo judaico: o mar era a figuração das forças hostis e da desordem que ameaça a vida do homem. Importa confiar que também o mar é obra criada por Deus e nada está para além do Seu poder.
Na continuação dos domingos anteriores, S. Paulo, no texto da 2ª Carta aos Coríntios que escutamos hoje, diz-nos que somos novas criaturas e, por isso, a confiança no Senhor é uma dimensão fundamental da nossa identidade crente.
No Evangelho, Marcos narra-nos o momento em que Jesus cruza o Mar da Galileia e confronta os medos dos discípulos em confiarem n’Ele. O texto mostra-nos que as tempestades da vida, mormente as dúvidas e as inquietações dos crentes encontram resposta na confiança em Jesus. Mesmo parecendo que Ele dorme, Ele está atento às nossas inquietações e mostra-nos que o amor de Deus faz se sempre presente. Mesmo temendo tais inquietações, não nos devemos deixar vencer ou paralisar perante elas. A nossa confiança está no Senhor.
Padre João Lourenço, OFM
Publicada por OFS LUZ à(s) 11:24:00 0 comentários
11º DOMINGO DO TEMPO COMUM
(16.06.2024)
Introdução à Liturgia:
A liturgia deste domingo convida-nos a olhar para a vida e para o mundo com confiança e esperança, para que cada um de nós seja um sinal do Reino. É esta a grande sementeira que Deus quer fazer nos nossos corações para que sejamos também nós próprios semeadores da Sua palavra, lançando no mundo de hoje as sementes do bem e do amor. Que esta celebração nos transforme em sementes fecundas do Reino de Deus.
Introdução às Leituras:
A primeira leitura, numa linguagem muito figurativa como é timbre de Ezequiel, este profeta mostra-nos que Deus não se esqueceu do seu povo no exílio da Babilónia e, mesmo lá, Ele assegura ao Seu Povo que cumprirá as Suas promessas e o fará de novo regressar à sua terra, para aí poder gozar de paz e de tranquilidade.
Na segunda leitura, Paulo convida-nos à confiança na vida futura. Ele mesmo dá o seu testemunho e mostra a firmeza da sua fé perante todos os obstáculos. A confiança em Deus é a garantia da sua caminhada.
O Evangelho apresenta algumas das mais belas parábolas sobre o Reino de Deus, comparando-o à pequena semente que se lança à terra e que, germinando, produz frutos abundantes. É este o modo de ser e de agir de Deus; não age a partir da grandeza, nem se impõe. Nasce da simplicidade e propõe-se pelo amor.
Padre João Lourenço, OFM
Publicada por OFS LUZ à(s) 11:16:00 0 comentários
10º Domingo do Tempo Comum – Ano B
(09.6.2024)
Introdução à Eucaristia:
A experiência da inimizade, da recusa ao acolhimento dos apelos de Deus é algo que percorre toda a humanidade e que está também presente na nossa vida. Deixar-se seduzir e deslumbrar pelo efémero e pelas aparências é algo que nos acompanha e que nos leva, muitas vezes, a reconhecer a presença, o dedo de Deus na nossa vida e na vida dos irmãos. Acolhemos hoje a Palavra do Senhor que nos interpela a uma verdadeira conversão do coração.
Introdução às Leituras:
A essência do pecado está em desconfiar de Deus e pensar que Ele nos quer cercear a liberdade e a autonomia. Esta forma de pensar e de ser é algo que está nos opostos daquilo que é a verdadeira vontade, o verdadeiro projeto de Deus para cada um de nós. Esta é a grande tentação do homem.
Na segunda leitura, da Carta aos Coríntios, Paulo recorda-nos que a ressurreição do Senhor é a garantia da nossa própria ressurreição. É n’Ele e por Ele que vamos superando a nossa fragilidade para alcançarmos a plenitude a que somos chamados.
O texto do Evangelho de hoje ajuda-nos a identificar quem é e quem não é discípulo de Jesus. O discípulo permanece com Ele, confia n’Ele e sabe que procede de Deus. Sabem que é o seu Espírito que dá bondade a todas as coisas. Pecar contra o ‘Espírito Santo’ é recusar a salvação que Jesus nos oferece. É fazendo a sua vontade que entramos na sua família.
Padre João Lourenço, OFM
Publicada por OFS LUZ à(s) 10:55:00 0 comentários
9º Domingo do Tempo Comum – Ano B
(02.6.2024)
Introdução à Eucaristia:
Uma das dimensões que assume maior relevância no conjunto da mensagem cristã é o respeito e a dignidade da pessoa humana, a sua centralidade no plano de Deus e na história da salvação. Por isso, por vezes, as regras e determinações religiosas nem sempre são compatíveis com esta primazia do Irmão, da pessoa. Jesus oferece-nos hoje uma mensagem que nos diz que o religioso está ao serviço do homem e não o contrário.
Introdução às Leituras:
A primeira leitura, do livro do Deuteronómio, fala do preceito de guardar o sábado, conferindo-lhe para além da dimensão do sagrado e do descanso, uma dimensão social que deve alargar-se a todos. Conciliar a festa e a féria, nem sempre é fácil e a nossa sociedade, ávida do lucro e dominada pelo proveito do material, tem dificuldade em conciliar esta dupla dimensão da vida.
Na segunda leitura, Paulo fala-nos da fragilidade do seu ministério, e também da confiança que coloca em Cristo, já que é da sua morte e ressurreição que o crente recebe a força e a confiança que o leva a testemunhar e a anunciar a boa nova.
No Evangelho, Marcos narra-nos o diálogo entre Jesus e os fariseus; para Jesus o centro está no amor e no bem do outro; para os fariseus, só a Lei tem importância. Temos aqui uma vez mais o duelo eterno entre a Lei e o Espírito; entre a norma e o amor. Tal como Ele nos diz, só o amor nos leva ao encontro do Pai.
Padre João Lourenço, OFM
Publicada por OFS LUZ à(s) 10:41:00 0 comentários