Retalhos Como Francisco e Clara de Assis, a Fraternidade a todos saúda em Paz e Bem!Retalhos

11 de agosto de 2020

11 de agosto - Santa Clara de Assis




 

10 de agosto de 2020

19º Domingo do Tempo Comum

Jesus Cristo é o Senhor

9 de Agosto de 2020  - Ano A

Introdução à Liturgia:

A liturgia deste Domingo convida-nos a olhar para Jesus como Aquele que nos revela o rosto sereno de Deus, de um Deus que está próximo e que se dá a conhecer nas coisas simples que constituem o nosso espaço existencial. É por elas que Deus chega até nós e se aproxima para nos ajudar a superar as tormentas da vida.

Introdução às Leituras:

A peregrinação interior é uma condição fundamental para a nossa experiência cristã. A primeira leitura convida-nos, à semelhança de Elias, a fazer essa peregrinação ao encontro de Deus, a subir ao Monte e a descobrí-l’O na humildade, na simplicidade, na interioridade, na brisa suave que chega até nós. 

Na segunda leitura, Paulo convida os seus concidadãos da Comunidade de Roma a aceitar Jesus como Messias, como Salvador, partindo das próprias instituições do Antigo Testamento que já apontavam para Cristo. Elas eram um caminho; Jesus Cristo é a meta da plena comunhão com o Pai.

O Evangelho apresenta-nos uma reflexão sobre a caminhada histórica dos discípulos, enviados à “outra margem” a propor aos homens o anúncio do Reino. Nessa missão, a comunidade do Reino não está sozinha, à mercê das forças do mal. Em Jesus, o Deus do amor e da comunhão, vem ao encontro dos discípulos, estende-lhes a mão, dá-lhes a força para vencer a adversidade, a desilusão, a hostilidade do mundo. Os discípulos são convidados a reconhecê-l’O, a acolhêl’O e a aceitá-l’O como “o Senhor”.

Padre João Lourenço, OFM

30 de julho de 2020

18º Domingo do Tempo Comum

 
2 de Agosto de 2020
Ano A
Introdução à Liturgia:
A liturgia de hoje fala-nos nas “fomes” do Homem que são insaciáveis quando queremos encontrar alimento para elas longe de Deus. Por isso, Ele mesmo nos faz o convite para nos sentarmos à mesa que Ele próprio preparou, e onde nos oferece gratuitamente o alimento que sacia a nossa fome de vida, de felicidade, de eternidade. O tema do “banquete”, recorrente na Escritura para traduzir a proximidade e a aliança de Deus com o homem, foi sempre usado na Igreja e aplicado à Eucaristia para expressar esta relação de comunhão que Ele quer construir com cada um de nós.

Introdução às Leituras:
Na primeira leitura, Isaías diz-nos que o alimento que vem de Deus sacia o homem, a sua fome e sede de vida plena, contrapondo-o ao alimento que a sociedade de consumo nos quer vender e impor todos os dias. Um, o de Deus, é dom gratuito, enquanto o outro, cada dia nos deixa mais vazios e insatisfeitos.

A segunda leitura é um hino ao amor de Deus pelos homens. É esse amor – do qual nenhum poder hostil nos pode afastar – que explica porque é que Deus enviou ao mundo o seu próprio Filho, a fim de nos convidar para o banquete da vida eterna.

O Evangelho apresenta-nos Jesus, o novo Moisés, cuja missão é realizar a libertação do seu Povo. No contexto de uma refeição, Jesus mostra aos seus discípulos que é preciso acolher o pão que Deus oferece e reparti-lo com todos os homens. Ele é a resposta para as três grandes fomes do nosso tempo: a fome de sentido; a pobreza interior sem horizonte de vida; a falta de vitalidade e de gratuidade em comunhão. É para responder a estas três fomes que Isaías nos convida: “Vinde e saciai-vos com os manjares da Palavra de Deus.”
Padre João Lourenço, OFM

29 de julho de 2020

2 de agosto - Perdão de Assis




O próximo domingo, 02 de agosto, celebramos a Festa do Perdão de Assis. Fica aqui a motivação para a celebração desta indulgência alcançada por São Francisco e que reflecte o seu desejo mais profundo de tornar presente, na vida de cada irmão, o Filho de Deus Altíssimo, Jesus Cristo, que por nós se entregou na cruz, alcançando-nos o perdão e a vida eterna. Santo António, pregador do Amor de Deus, que há oitocentos anos ingressou na Ordem Franciscana, é para nós um modelo de vida evangélica. Ao longo do dia, poderás viver, com jovens de vários movimentos de cariz franciscano, a alegria de ser assim amado. Liga-te...https://www.youtube.com/watch?v=NWNDx9CGETI 15h00 - "Santo António: o homem, o frade, o santo", por Frei Fabrizio Bordin ofm conv. 18h30 - Transmissão da Eucaristia a partir de Santa Cruz de Coimbra






27 de julho de 2020

17º Domingo do Tempo Comum

(26.07.2020)

Introdução à Liturgia:

A liturgia deste domingo é um desafio a reformular as nossas prioridades, os valores sobre os quais fundamentamos a nossa vida e as nossas opções, desafio que se faz ainda mais urgente nas circunstâncias em vivemos. Mais que nunca, hoje impõe-se saber escolher, já que nos vemos confrontados com tantas e tão diversificadas propostas. Encontrar o ‘tesouro’ é acertar na vida, é ter a certeza que não caminhamos em vão. É também esta a proposta que Jesus nos faz no Evangelho.

 Introdução às Leituras:

A primeira leitura apresenta-nos o exemplo de Salomão, rei de Israel. Ele é apresentado como protótipo do homem “sábio”, que consegue perceber e escolher o que é importante e que não se deixa seduzir nem alienar por valores efémeros. Por isso, ele pede a sabedoria para saber escolher, já que é aí que está o fundamental da nossa vida: saber escolher.

 Na segunda leitura, Paulo recorda-nos que, antes de sermos nós a escolher, foi já Deus que nos escolheu. Agora, seguí-l’O, é disponibilizar-se para aceitar essa escolha e assumi-la como nossa. Esse é o valor mais alto, que deve sobrepor-se a todos os outros valores e propostas.

 No Evangelho, recorrendo à linguagem das parábolas, Jesus recomenda aos seus seguidores que façam do Reino de Deus a sua prioridade fundamental. Todos os outros valores e interesses devem passar para segundo plano, face a esse “tesouro” supremo que é o Reino. Esse, é o tesouro dos tesouros, aquele que dá e confere valor a todas as demais opções.

Padre João Lourenço, OFM


22 de julho de 2020

16º Domingo do Tempo Comum



(19.07.2020)
Introdução
A liturgia de hoje convida-nos a descobrir o Deus paciente e cheio de misericórdia que sempre aguarda e espera que a semente da sua palavra germine no coração de cada crente. Para Ele, o tempo conta pouco; o que importa é que cada um abra o seu coração, acolha a Palavra e deixe que ela germine na sua vida. A lógica de Deus não é a nossa, nem a nossa é a d’Ele. Nisto consiste a fé.

Introdução às Leituras:
A primeira leitura, do livro da Sabedoria, fala-nos da justiça como o grande princípio da ação de Deus na sua relação com o homem. Mas não se trata da justiça dos homens, mas da justiça de Deus que consiste no amor e na bondade para connosco. A sua indulgência é o grande suporte da vida crente. A sua Palavra é a fonte desta justiça que nos humaniza e nos leva à comunhão com Ele.

A segunda leitura realça que a nossa caminhada é fruto do Espírito; é Ele que nos conduz e intercede por nós, para que saibamos acolher os grandes desafios que nos coloca.

O Evangelho fala-nos deste mistério do tempo, em que cada um de nós se confronta com o projeto de Deus. Saber acolher e deixar que a Palavra, o Reino de Deus cresça nas nossas vidas é o grande desígnio da nossa vivência cristã. Saber dar ‘tempo ao tempo’ é uma das grandes dimensões da sabedoria cristã, aceitando os ritmos do Senhor e não querendo impor os nossos.
Padre João Lourenço, OFM

13 de julho de 2020

15º Domingo do Tempo Comum

Sangue de mártires, semente de cristãos

(12/07/2020)

         Introdução à Liturgia:

A liturgia deste domingo apresenta-nos uma das imagens mais belas para significar a Palavra de Deus: a do semeador e da semente. Sendo uma imagem que emerge da cultura própria do tempo de Jesus, de um mundo agrícola com as suas raízes nomádicas, esta Parábola diz muito daquilo que é o processo da fé, daquilo que é o processo da evangelização e daquilo que foi a prática e a atividade de Jesus: Ele foi um Semeador da Palavra. A nós compete deixar crescer a semente, procurando ser terreno acolhedor.

Introdução às Leituras:

No pequeno texto da 1ª leitura encontramos tudo aquilo que é a força e o dinamismo da PALAVRA, tudo aquilo que ela é e aquilo que ela produz. Parece que não seria possível ‘dizer’ a PALAVRA de outra forma, de modo mais denso e mais simples do que aquilo que o texto de Isaías nos diz. Ela é a autêntica semente que entra no coração, quando este se faz terra de acolhimento.

           Na 2ª leitura, Paulo associa os sofrimentos e a morte de Cristo ao seu próprio percurso de acolhimento e de configuração da sua vida à do Mestre. Marcado pela sua experiência pessoal, Paulo descobre em Cristo um sentido de plenitude, sem o qual o mundo perde o seu centro e o homem o sentido da sua vida.

         Do Evangelho recolhemos a imagem rica e significativa da Palavra como semente. Deste texto retiramos duas dimensões: aquela que diz respeito ao Semeador e a que se refere à semente. Do semeador, que é Cristo e aqueles que anunciam o Evangelho, destaca-se a confiança na missão de semear e na força da semente que deve ser lançada à terra. Para a semente frutificar, importa que o terreno que nós somos seja acolhedor e hospitaleiro da Palavra.

Padre João Lourenço, OFM

Sangue de mártires, semente de cristãos



6 de julho de 2020

XIV Domingo do Tempo Comum

(05.7.2020)


      Introdução à Eucaristia:

       A liturgia deste domingo enquadra-se muito bem no contexto social e humano que estamos a viver. A sociedade moderna vive num ritmo que dificilmente nos concede algum tempo para poder pensar a nossa vida, vivê-la com alguma serenidade e, acima de tudo, enriquecer-nos com a nossa reflexão pessoal. Construímos um sistema que agora nos impõe que o alimentemos, roubando-nos muito daquilo que é a nossa singularidade e o uso do tempo. Acolher, hoje, a palavra de Deus é aceitar parar um pouco e abrir o nosso coração ao convite de Jesus para estar com Ele que é ‘manso e humilde de coração’.

 
       Introdução às Leituras:

        A primeira leitura, do livro de Zacarias, fala-nos do messias futuro que vem para servir, manifestando-se de forma simples e humilde, não se impondo, mas propondo-se como testemunho de serviço e de acolhimento. Ele é um sinal de paz e de harmonia para todos os povos.  

          Na Carta aos Romanos, dando continuidade às leituras dos domingos anteriores, fala-nos da nossa relação de comunhão com Cristo que tem por fundamento o seu mistério pascal. É d’Ele que nos vem a vida nova de ressuscitados, não vivendo segundo as nossas tendências carnais, mas sim segundo a força do Espírito.   

         No Evangelho, Jesus propõe aos seus discípulos uma vivência interior que saiba saborear a liberdade de espírito e a gratuidade da paternidade divina. Há aqui um nítido distanciamento daquilo que era o ritmo de vida que o judaísmo propunha. Nem sempre uma vida intensa é uma agitada, em permanente correria. Para Jesus, há que saber parar, contemplar, saborear e partilhar. É este o ritmo novo que os seus discípulos devem seguir.

Padre João Lourenço, OFM


29 de junho de 2020

XIII Domingo do Tempo Comum


28 de Junho de 2020

Ano A

       Introdução à Eucaristia:

A Eucaristia deste domingo, através da palavra de Deus que nos é proposta, leva-nos à reflexão sobre um tema importante e fundamental da nossa vida: a questão da família. Na cultura bíblica, a família era um dos pilares, porventura o mais importante da sociedade, pois é pela família que passa o dom da vida, a identidade humana, a formação e o próprio projeto existencial de cada um de nós. No entanto, na mensagem de Jesus a família não é um tabú nem um valor exclusivo e absoluto. A construção da família deve ser iluminada pela Palavra de Deus e colocada no centro da história da salvação

      Introdução às Leituras:

A primeira leitura mostra como todos podem colaborar na realização do projeto salvador de Deus. De forma direta, como o profeta Eliseu, ou de forma indireta, como a mulher sunamita, todos têm um papel a desempenhar para que Deus se torne presente no mundo e a Sua presença seja um desafio e uma interpelação para cada homem.

A segunda leitura recorda-nos que o cristão é alguém que, pelo Batismo, se identifica com Jesus, e d’Ele assume a vida nova que nasce do seu mistério pascal. A partir daí, o cristão deve seguir Jesus no caminho do amor e no dom da vida, renunciando definitivamente ao pecado.

O Evangelho de hoje é uma catequese acerca da missão do discípulo, sob vários aspetos. Numa primeira fase, define o caminho do discípulo. O discípulo tem de ser capaz de fazer de Jesus a sua opção fundamental e seguir o seu mestre no caminho do amor e da entrega da vida. Seguidamente, sugere que toda a comunidade é chamada a dar testemunho da Boa Nova de Jesus. Finalmente, promete uma recompensa àqueles que acolherem, com generosidade e amor, o desafio a ser missionários do “Reino”.

Padre João Lourenço, OFM

22 de junho de 2020

XII Domingo do Tempo Comum


21 de Junho de 2020

Ano A

     Introdução à Eucaristia:

 Neste 12º Domingo do Tempo Comum, a Palavra de Deus que nos é proposta deixa-nos um desafio importante para a nossa autenticidade de vida: vencer o medo, não se deixar amedrontar pela injustiça e ser capaz de denunciar a falsidade. São exigências árduas e que só conseguimos realizar com a graça de Deus e a força da oração. Mas, apesar da dificuldade não nos devemos dispensar do empenho que o Senhor nos propõe.

     Introdução às Leituras:

 A primeira leitura apresenta-nos o exemplo de um profeta do Antigo Testamento – Jeremias. É o paradigma do profeta sofredor, vítima da perseguição, da solidão e do abandono. Tudo isto tem como motivo a retidão da sua vida e o testemunho corajoso que faz da Palavra. Apesar de tudo, nada demove a sua confiança em Deus, anunciando – com coerência e fidelidade – as propostas de Deus para os homens.

 No Evangelho, é o próprio Jesus que, ao enviar os discípulos, os avisa para a inevitabilidade das perseguições e das incompreensões; mas acrescenta: “não temais”. Jesus garante aos seus a presença contínua, a solicitude e o amor de Deus, ao longo de toda a sua caminhada pelo mundo. Os tempos que vivemos exigem também de nós esta coragem de olhar em frente sem temor.  

 Na segunda leitura, Paulo demonstra aos cristãos de Roma como a fidelidade, aos projetos de Deus, gera vida e como uma vida, organizada numa dinâmica de egoísmo e de auto suficiência, gera a morte.

Padre João Lourenço, OFM

20 de junho de 2020

Encontro Nacional de Fraternidades


17 de junho de 2020

Glorioso Santo António

Glorioso Santo António, Rogai por nós.

O nosso Irmão António

Porque hoje se celebra a festa do nosso Santo, o nosso glorioso irmão ANTÓNIO, quero saudar dum modo especial os Irmãos da Fraternidade de São Francisco à Luz - a minha Fraternidade, desejando que, juntos e em santa Alegria, vivamos este dia franciscano.

Todos conhecemos a vida de António. As suas escolhas. Do Mosteiro de S. Vicente de fora, em Lisboa e depois em de Santa Cruz em Coimbra, seguindo a regra dos Cónegos de Santo Agostinho. Depois, inesperadamente, sentiu-se impelido a viver em pobreza absoluta, vindo a professar na Ordem dos Frades Menores, tornando-se discípulo de S. Francisco. Soube escutar a voz do Senhor. Chegara à meta que Ele lhe destinara.

Todo o mundo o conhece. Para alguns é apenas um santo que continua a fazer milagres. A ele se recorre para encontrar objetos perdidos, para ter sucesso nos negócios ou como casamenteiro.

Em muitas casas de comércio, a imagem do Santo está junto ao emblema dum clube desportivo, dum reclame ou da fotografia do proprietário. Não está sozinho. Mas está lá. Acredita-se que ele faz os negócios prosperar.

E também é sabido que, quando o nosso Santo não realiza o “milagre” pedido, põe-se de castigo. Ora se vira a imagem de cabeça para baixo, ou de frente para a parede, ou se tapa com um pano, ou fica numa gaveta. E só recupera o seu lugar no dia em que satisfizer o pedido que lhe foi feito.

Pobrezinho do nosso Santo!

Mas, apesar destas tropelias que lhe fazem, Santo António, olha, certamente com ternura, para a devoção, cheia de simplicidade, daqueles que assim se manifestam.

Mas para nós franciscanos, ANTÓNIO é um Irmão muito estimado. Demos graças ao Senhor pela sua vida. Não nos fixemos na sua imagem, poeticamente representada com o Menino ao colo e muito “elegante” com o seu hábito de franciscano. Olhemos o homem humilde, doente, cheio de sabedoria, que arrastou multidões com as suas palavras. Falava para todos. Para o povo simples e de poucas letras, mas também os ricos e ilustres do seu tempo.

Um franciscano de quem o Senhor se serviu para converter muitos corações.

Ler os seus Sermões, refresca a alma e eleva o espírito.

Querido Santo António! Santo de Lisboa, de Pádua, de todo o mundo. Não esqueças o sofrimento que o teu país natal hoje vive. Lá do céu, olha com carinho para todos os que a ti recorrem.

E, a nós teus irmãos, ensina-nos a amar e seguir o teu exemplo, a viver em simplicidade, seguindo a Regra que o pai S. Francisco nos deixou.

Neste teu dia para te saudar, digamos ao Senhor, cantando

“Altíssimo, Omnipotente e Bom Senhor….”

Paz e Bem, querido irmão ANTÓNIO!

Maria clara, ofs

13JUNHO2020


16 de junho de 2020

11º Domingo do Tempo Comum

(14/06/2020)

           Introdução à Liturgia:

A liturgia deste domingo convida-nos a olhar para a dimensão vivencial da nossa fé que nos recorda que somos caminhantes, peregrinos. É nesta dimensão itinerante da nossa fé que experimentamos a necessidade da presença do Senhor, de ser ajudados a encontrar o verdadeiro caminho que nos leva ao Pai. Foi esta a missão que o Senhor confiou aos seus discípulos.

          Introdução às leituras:       

A primeira leitura, do livro do Êxodo, fala-nos da caminhada do povo de Israel, após a saída libertadora da terra do Egito, em que Deus se compromete com o Seu povo numa aliança eterna que faz desse povo uma nação eleita para testemunhar as maravilhas do Senhor.

A segunda leitura, da Carta de S. Paulo aos Romanos, diz-nos que essa aliança foi agora reforçada em Cristo e por Ele assumida como prova do pleno amor de Deus. É por Ele que passamos da condição de pecadores para a de homens novos, regenerados em Cristo, de inimigos para filhos; foi pela Sua morte que todos fomos reconciliados com Deus.

          No texto do Evangelho, S. Mateus fala-nos a misericórdia, da compaixão que Jesus tem por todos aqueles que o seguem. Ele é o Pastor que congrega à sua volta todos aqueles que procuram reencontrar o verdadeiro rosto de Deus. A cada um de nós é confiada também essa missão.

Padre João Lourenço, OFM 

SOLENIDADE DO CORPO DE DEUS


(2020)

Introdução à liturgia:

            A Igreja nasce da Eucaristia e a Eucaristia consolida a Igreja na sua experiência histórica ao longo dos séculos. Há cerca de dois mil anos que a ‘Igreja celebra a Eucaristia como ‘memória do Senhor’ sem com isso fazer o que Ele fez, pois sabemos que é Ele connosco, presente na Sua Igreja, que se faz Eucaristia e dom para o mundo. Celebrar hoje a Solenidade do Corpo de Deus, é festejar a sua presença sacramental no coração da Igreja e em comunhão connosco.

   Introdução às leituras:

            A primeira leitura recorda-nos um elemento fundamental da história da salvação: Deus alimenta o Seu povo na caminhada do deserto, acompanhando-o e oferecendo-lhe o ‘maná’. Jesus é o novo Maná que Deus oferece ao seu povo para ser o alimento da vida eterna.    

             Pela 2ª leitura, Paulo mostra-nos o verdadeiro sentido da Eucaristia: todos comemos do mesmo pão e participamos do mesmo cálice, formando assim um só corpo, em Cristo. Sacramento de comunhão, a Eucaristia é também o sacramento da unidade e da presença de Jesus no coração da sua Igreja.

             O texto do Evangelho, tomado do longo discurso do capítulo 6º de S. João sobre o ‘pão da vida’, fala-nos do verdadeiro alimento, do pão que desceu do céu para dar a nova vida ao mundo. Esse pão é Jesus. Hoje, celebrar a sua presença no meio de nós é um convite à adoração e à comunhão, procurando superar ‘o medo e o isolamento social que se apossou de nós’. Que a Eucaristia – Corpo Santo de Deus no mundo – fortaleça a nossa esperança e nos alimenta na nossa caminhada.  

Padre João Lourenço, OFM 

DOMINGO DA SANTÍSSIMA TRINDADE

A visão de S. Francisco da Santíssima Trindade, de Montoliu

(2020)

Introdução à Liturgia:

Celebrar a Santíssima Trindade não é um convite a decifrar o mistério que se esconde num “Deus único em três pessoas”; Pelo contrário, é um convite a contemplar o Deus que é amor, que é família, que é comunidade e que criou os homens para os fazer participar desse mistério de amor, revelando-se no mistério do Seu silêncio e do Seu amor. Como Deus é amor, também nós fomos criados e chamados a uma comunhão de amor que tem em Deus a sua plenitude.

 Introdução às Leituras:

A primeira leitura do livro do Êxodo, fala-nos da revelação de Deus a Moisés, como um Deus ‘clemente, compassivo e cheio de misericórdia’. Perante tal novidade, Moisés mais não fez do que contemplar esse mistério que se apresenta e não se impõe nem pela força nem pelo medo. É assim que Deus quer estar connosco e caminhar no meio de nós.

Na segunda leitura, Paulo diz-nos na Carta aos Coríntios, faz-nos um convite à alegria e à comunhão. Se a trindade é o mistério da comunhão de Deus, nós somos chamados também a viver esse mesmo mistério de comunhão, traduzindo-o através da nossa presença no mundo.

O  Evangelho mostra-nos, através do diálogo de Jesus com Nicodemos, que o mistério da Trindade não é só a forma de Deus ser na sua comunhão de amor. Essa comunhão é também a forma d’Ele ser para connosco, tal como Jesus no-lo diz e o viveu. Passa por aqui uma das dimensões fundamentais da nosso fé: Acreditar no amor de Deus para connosco. Por isso, podemos dizer que a Trindade é o mistério do amor silencioso de Deus que Ele vive a partilha connosco.

Padre João Lourenço, OFM 

30 de maio de 2020

SOLENIDADE DO PENTECOSTES


(31.05.2020)

Introdução à Liturgia:

A festa do Pentecostes marca o início do tempo da Igreja, da Comunidade cristã que acolhe o Espírito Santo como o grande dom que Deus concede ao Seu Povo, à comunidade da Nova Aliança. É pelo Espírito que somos congregados em Comunhão e podemos testemunhar no mundo o Cristo Ressuscitado. Celebrar o Pentecostes é fazer um regresso às nossas origens para aí encontrar a nova vida que o espírito de Deus faz germinar em cada um de nós. Retomar as nossas celebrações comunitárias neste dia é uma Luz de Esperança. Que a fortaleza do Espírito nos anime neste retomar das nossas celebrações.

 Introdução à Leituras:

A primeira leitura mostra-nos como a Comunidade reunida em nome do Senhor Jesus recebe o dom do Espírito Santo, a nova Lei do ressuscitado que é a fonte dessa vida nova. No Antigo Testamento, os Judeus celebravam nesta festa o dom da Lei. O Espírito Santo é a nossa Lei e é por Ele que todos podemos escutar a Palavra de Jesus e aclamar, em uníssono, as maravilhas de Deus.

 Na segunda leitura, Paulo ajuda os crentes de Corinto a reconhecerem a ação do Espírito Santo em cada um dos baptizados. A diversidade de ministérios e de dons é uma grande riqueza para a Igreja. Talvez nem todos consigam viver com esta ‘riqueza’, mas hoje, tal como ao tempo de Paulo, precisamos de sentir e acolher este dom que Deus nos concede. A finalidade de todos estes carismas é o contributo para que a comunidade cresça na comunhão e no serviço fraterno.  

 O Evangelho apresenta-nos a comunidade cristã, reunida à volta de Jesus ressuscitado. Para S. João, esta comunidade passa a ser uma comunidade viva, recriada, nova, reunida na comunhão pela ação do Espírito. É pelo Espírito que a Comunidade vence o medo, se torna testemunho vivo da força de Deus no mundo e construtora da harmonia e da paz. É pelo Espírito que nos tornamos sinais e instrumentos do perdão de Deus.

Padre João Lourenço, OFM

31 de maio - Pentecostes


23 de maio de 2020

SOLENIDADE DA ASCENSÃO DO SENHOR


… Ide a todo o mundo e proclamai …’ (Mc 16,15). 
A liturgia da solenidade da Ascensão encerra em si um conjunto de verdades e de ensinamentos que merecem ser considerados e assumidos por nós como princípios fundamentais e estruturantes da nossa vida. Balançando entre este dilema de ficar a ‘olhar os céus’ ou de viver apenas cabisbaixos, amarrados à terra e vergados ao peso da nossa contingência, este domingo é, no contexto em que vivemos, um apelo à esperança e ao infinito, um infinito que não é uma alienação no tempo e da história, mas sim um convite ao testemunho e à transformação do mundo ao qual o Senhor nos envia. Tal como tinha dito aos discípulos ‘um pouco mais e já não Me vereis, e outro pouco mais e voltareis a ver-Me’, estamos de novo a ver o Senhor e a liturgia ajudar-nos-á a sentir e a partilhar este ‘VER’ em comunhão e com redobrada esperança. 

 Não é fácil, teologicamente falando, enquadrar esta festa da Ascensão do Senhor, uma vez que a sua verdadeira elevação à glória do Pai é a ressurreição, o mistério pascal na sua plenitude. É particularmente através da tradição de Lucas (Evangelho e Actos) que esta festa da Ascensão se enquadra no mistério da salvação como preparação para a sua etapa final: o Pentecostes, o tempo do Espírito e da Igreja. Isto tem certamente uma fundamentação veterotestamentária, constituindo como que um paralelo do que sucede com as tradições do Êxodo, com o dom da Lei, no Monte Sinai. Esta festa era para o judaísmo do período intertestamentário, muito marcado pelas tradições normativas da Torah, a ocasião dos Judeus celebrarem o início da sua identidade religiosa, também ela devedora dos preceitos da Lei que assim definiam e demarcavam o judaísmo das demais religiões dos povos circunvizinhos.  

Muitas vezes, tomando os ecos desta celebração e o texto de Atos (1,11), os cristãos foram acusados de passar demasiado tempo a ‘olhar o céu’, deixando de se comprometerem com a terra e os problemas que envolvem a existência humana. Ora, creio que nada mais errado do que pensar assim. O mandato conferido por Jesus aos seus discípulos é exatamente o contrário. Tal como podemos ver no texto do Evangelho de hoje, o Senhor enviou os discípulos a comprometerem-se com a vida do homem, seja em que lugar for, numa abrangência universal que abarca todas as dimensões da vida. Por isso, os cristãos estão lá, no mundo concreto, onde a dor se torna mais dor, de modo que esta não nos seja indiferente; onde a pessoa não pode ser um objeto negociável, para que os seus direitos sejam tidos e olhados como um bem que deve ser defendido e promovido; lá, onde a vida é desprezada e tantas vezes maltratada, para que lhe sejam prestadas todas as garantias que salvaguardam a sua dignidade; lá, onde a sociedade se constrói nas suas mais diversificadas componentes, culturais, cívicas e religiosas, já que só a garantia da dignidade do Homem na sua totalidade pode ser transformadora do mundo.  

 De facto, o compromisso com o Homem não nos deve nem pode levar a esquecer o céu, pois isso não significa, como a história bem o comprova, a construção de uma sociedade mais justa e mais fraterna ou a uma maior responsabilidade na construção da ‘cidade terrena’. Por isso, o domingo da Ascensão é também o domingo da esperança, de uma esperança que tem por limites o Infinito de Deus e que tem por objetivo imediato a salvação do Homem. É esse o mandato que o Senhor entrega aos seus discípulos, mesmo que a sua linguagem, conforme o Evangelho de hoje, se situe num outro espaço cultural que não o nosso. Todavia, o imperativo é o mesmo e por isso, ontem como hoje, devemos resistir à tentação de resvalar para o outro extremo e ficar na situação de tantos homens de boa-vontade: ‘Que fazeis vós aqui na terra sem nunca ousardes olhar o céu’? Olhar hoje o céu é comprometer-se e acreditar que é possível transformar a terra e fazer dela um pouco do espaço do céu, desse céu onde a esperança e a fraternidade são capazes de se transformar num serviço ao Homem, mormente neste tempo de crise e de ansiedade. Nós queremos ousar sempre olhar o céu para que a terra seja cada vez mais um lugar onde mora o amor de Deus.         
   Padre João Lourenço, OFM   

20 de maio de 2020

Portas abertas


Caros Irmãos,

Venho dar-vos notícia das atividades que desenvolveremos proximamente na nossa Fraternidade, ainda com recurso à aplicação ZOOM, pelo que indico igualmente as referências para entrardes nas reuniões em causa.

1 - Encontro no dia 23 de maio

O Papa Francisco convidou os fiéis a celebrarem a Semana Laudato Si, de 16 a 24 de maio de 2020, para marcar os cinco anos da publicação da Encíclica. Esta Encíclica foi publicada com a data de 24 de maio de 2015, dia de Pentecostes e trata-se, como sabeis, de um texto exortativo que marcou a história da igreja e da humanidade, por despertar para a grandeza e a importância da vivência humana na sua totalidade, ajudando-nos a “abrir os olhos” para a necessidade de  uma outra postura na Casa Comum e um outro olhar com relação à natureza.

Dada a importância intrínseca da Encíclica e a sua ligação ao que S. Francisco representa pela defesa de uma ecologia integral, a Fraternidade associa-se à celebração referida mediante Palestra proferida pela nossa Irmã Cristina Dias Ferreira, à qual correspondem as indicações seguintes:

Tópico: Palestra sobre Laudato Si pela Irmã Cristina Dias Ferreira

Data:  Sábado, 23 de maio 2020 15 h

Entrar na reunião Zoom

https://us02web.zoom.us/j/81771115215?pwd=WitEc0RsZlNYSXF0M3paTUlrWEhBQT09

Senha: 298951

 

2 - Encontro no dia 30 de maio

Como bem sabemos, a festa do Pentecostes (31 de maio) celebra o mistério de Deus que resgatou o mundo por meio do Seu Filho e o mistério da Igreja, corpo de Cristo. No dia anterior (30 de maio) Frei Fernando Mota orientará sessão de Lectio Divina referente ao Evangelho proclamado nas celebrações eucarísticas do Pentecostes [Jo 20, 19 – 23]; abaixo as indicações para participação:

Tópico: Lectio Divina orientada por Frei Fernando Mota – Evangelho do dia de Pentecostes

Data: Sábado 30 mai0 2020 15 h

Entrar na reunião Zoom

https://us02web.zoom.us/j/88983865801?pwd=dHFLK05WL0J0dWhmQkxUeVJTbEtRZz09

ID da reunião: 889 8386 5801

 

Agradecendo a V. atenção e apelando vivamente à V. participação, o abraço fraterno do V. irmão em Cristo,

Pedro


3º Dia da Laudato Si

Terceiro dia da Semana Laudato si'

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Cântico das Criaturas de S. Francisco de Assis

Tradução de Jaime de Magalhães Lima, um dos protagonistas do movimento franciscanófilo português da primeira metade do séc. XX, que participou no volume Em louvor de S. Francisco (1927).

Altíssimo, omnipotente, bom Senhor!
São teus o louvor, a glória, a honra e toda a bênção
a ti só, ó Altíssimo, os devemos;
homem algum merece nomear-te.

Louvado sejas, Senhor!
E, contigo, louvado seja quanto tu criaste.
Louvado seja, mui especialmente,
o senhor Sol, nosso irmão.
Por ele é que tu nos dás a luz do dia,
é por ele que tu nos iluminas;
e com grande esplendor
é radiante e é belo.
É por ele, Senhor, que aos nossos olhos
tu nos és revelado.

Louvado sejas, Senhor!
pela irmã Lua
e pelas estrelas que no céu formaste,
preciosas e belas e claras.

Louvado sejas, Senhor!
pelo irmão vento,
pelo ar, pela nuvem, pelo céu sereno e todo o tempo,
pelo qual às tuas criaturas dás sustento.

Louvado sejas, Senhor!

pela irmã água
preciosa, casta, humilde e muito útil.

Louvado sejas, Senhor!
pelo irmão fogo
que alumia a noite,
e é belo e é alegre, e forte e corajoso.

Louvado sejas, Senhor!
pela nossa mãe, a terra,
que nos provê e guarda da indigência,
e nos produz seus frutos variados,
e as suas flores coradas e a erva.

Louvado sejas, Senhor!
por aqueles que por teu amor perdoam
e suportam fraqueza e aflição.
Bem-aventurado quem na paz confia,
que tu, Altíssimo, a esse hás-de coroá-lo.

Louvado sejas, Senhor!
por nossa irmã a morte corporal,
à qual não foge
homem algum que a vida respirou.
Morre em desgraça aquele que morreu
em pecado mortal;
e é bem-aventurado quem se encontra
em a tua santíssima vontade,
pois a esse não lhe pode fazer mal
a segunda morte.

Louvai e abençoai o meu Senhor!
e dai-lhe graças,
e servi-o,
com grande humildade.

Foto: uma das páginas deste texto no volume de Júlio Eduardo dos Santos,



 
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