Retalhos Como Francisco e Clara de Assis, a Fraternidade a todos saúda em Paz e Bem!Retalhos

29 de janeiro de 2024

4º DOMINGO DO TEMPO COMUM

 

(28.01.2024)

 Introdução à Celebração:

     Nem sempre o acolhimento da Palavra de Deus suscita em nós sentimentos de confiança, de serenidade e de alegria. Por vezes, como hoje vamos constatar, ela também pode suscitar medo, receio de sentir Deus perto de nós, pois a sua presença exige a nossa libertação e isso nem sempre é fácil de acolher na nossa vida. Precisamos de nos libertar do medo e do receio para acolher sempre a presença do Senhor.

 Introdução às Leituras:

A liturgia deste Domingo garante-nos que Deus não se conforma com os projectos de egoísmo e de morte que desfeiam o mundo e que escravizam os homens. Pelo contrário, Deus sempre nos desafia a ir mais além, a alargar os nossos horizontes, propondo-nos um projecto de liberdade e de vida plena.

1ª leitura propõe-nos – a partir da figura de Moisés – uma reflexão sobre a experiência profética. O profeta é alguém que Deus escolhe, que Deus chama e envia para ser a voz da "Palavra" no meio dos homens.

S. Paulo, na 2ª leitura, convida os crentes a repensarem as suas prioridades, de modo a encontrar uma verdadeira harmonia entre as coisas de Deus e as temporais, de modo que não se perca o justo equilíbrio entre a primazia do serviço de Deus e o bem dos irmãos.

O Evangelho mostra como Jesus, o Filho de Deus, cumprindo o projecto libertador do Pai, pela sua Palavra e pela sua ação, renova e transforma em homens livres todos aqueles que vivem prisioneiros do mal.

Padre João Lourenço, OFM

2º Domingo do Tempo Comum

 

Introdução à Liturgia:

A liturgia deste domingo propõe-nos uma reflexão sobre a disponibilidade para acolher os desafios de Deus, responder aos seus apelos e seguir Jesus. No início do tempo litúrgico que designamos como ‘tempo comum’, somos convidados a viver a nossa identidade crente, testemunhando a nossa fé e disponibilizando o nosso coração para acolher e discernir os sinais que a Palavra de Deus nos faz chegar.

 Introdução às Leituras:

A primeira leitura fala-nos do chamamento de Samuel. O autor deixa claro que o chamamento é sempre uma iniciativa de Deus, o qual vem ao encontro do homem e chama-o pelo nome. Ao homem é pedido que se coloque numa atitude de total disponibilidade e acolhimento para escutar a voz e os desafios de Deus, de forma simples e discreta.

Na segunda leitura, da 1ª Carta aos Coríntios, Paulo convida os cristãos a viverem de forma digna e coerente com o chamamento que Deus lhes faz. No crente, que vive em comunhão com Cristo, deve manifestar-se sempre a vida nova de Deus, o que significa que certas atitudes e hábitos desordenados devem ser totalmente banidos da vida do cristão.

 O Evangelho descreve o encontro de Jesus com os seus primeiros discípulos. Quem é “discípulo” de Jesus? Para João, o discípulo é aquele que é capaz de reconhecer no Cristo que passa o Messias libertador, que está disponível para seguir Jesus no caminho do amor e da entrega, que aceita o convite de Jesus para entrar na sua casa e para viver em comunhão com Ele, que é capaz de testemunhar Jesus e de anunciá-l’O aos outros irmãos.

Padre João Lourenço, OFM

3º Domingo do Tempo Comum

 

Introdução à Liturgia:

A liturgia deste domingo, na continuação da reflexão iniciada no domingo passado, faz-nos um convite à conversão. É um tempo novo que somos convidados a viver, aderindo ao anúncio de Jesus. A resposta do homem a este chamamento de Deus passa por um caminho de conversão pessoal e de identificação com Jesus.

Introdução às Leituras:

A primeira leitura diz-nos – através da história do envio do profeta Jonas a pregar a conversão aos habitantes de Nínive – que Deus ama todos os homens e a todos chama à salvação. O acolhimento dispensado pelos ninivitas a este apelo em percorrer um caminho imediato de conversão constitui um modelo de resposta adequada de cada crente ao chamamento de Deus.

 A segunda leitura convida o cristão a ter consciência de que “o tempo é breve” – isto é, que as realidades e valores deste mundo são passageiros e não devem ser absolutizados. Para o cristão, o tempo deve ser olhado não apenas como um presente, mas sim um futuro de plena comunhão. Por isso, cada um deve converter-se aos valores do “Reino”.

No Evangelho, Jesus inicia o seu ministério, lançando o convite a todos os homens para se tornarem seus discípulos e para integrarem a sua comunidade. Marcos avisa, contudo, que a entrada para a comunidade do Reino pressupõe um caminho de “conversão” e de adesão a Jesus e ao Evangelho que Ele propõe.

Padre João Lourenço, OFM

6 de janeiro de 2024

Solenidade da Epifania do Senhor

 


Introdução à Liturgia:

Fazendo parte da quadra natalícia, a liturgia deste domingo celebra a manifestação de Jesus a todos os homens, dando assim uma dimensão universal ao mistério da encarnação do Senhor: Ele dá-se a conhecer a todos os povos. Ele é a “luz” que resplandece na noite do mundo e atrai a si todos os povos da terra. Esta “luz” incarnou na nossa história, fez-se presente na vida dos homens e iluminou os seus caminhos, conduziu-os ao encontro da salvação e da vida em plenitude.

Introdução às Leituras:

A primeira leitura anuncia a chegada da luz salvadora que Deus fará brilhar sobre Jerusalém, simbolizando assim a chegada da plenitude da vida de que Jesus é portador. A centralidade universal de Cristo atrai a Ele todos os povos que caminham guiados por essa luz.

 Atualizando em Cristo o anúncio da 1ª Leitura, a segunda diz-nos que essa Luz se concretiza através dos arautos do Evangelho de que Paulo é testemunho; já não apenas aos Judeus, mas a todos os povos, pois todos são chamados a partilhar a mesma comunhão em Cristo.

 No Evangelho, numa narrativa muito bela e profundamente simbólica, Mateus dá-nos a conhecer a forma como a Luz que é Cristo convida todos os povos, simbolizados nos Magos, a caminharem ao encontro de Jesus. Importa estar atentos aos seus sinais, à sua estrela e deixar-se conduzir por Ele, pois só assim podemos encontrar um novo caminho para construir um mundo diferente. Neste tempo de tantas incertezas e incógnitas, só a Luz de Cristo nos pode abrir horizontes de esperança.

Padre João Lourenço, OFM

Do CIOSF

 




Do Conselho Nacional


 



SOLENIDADE DE SANTA MARIA, MÃE DE DEUS

 1 de janeiro de 2024

(Ciclo único)

Introdução à Liturgia:

 Celebramos, hoje, a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus. A todos saudamos com votos de um Novo Ano, cheio de Paz e Harmonia. Hoje, a liturgia convida-nos a celebrar várias evocações: a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, a primeira das evocações com que os cristãos honraram a Mãe de Jesus; o Dia Mundial da Paz que, desde 1968, é um apelo constante da Igreja, através da oração, para a construção da paz no mundo; o primeiro dia do ano, início de uma nova caminhada, percorrida de mãos dadas com o Deus que nos ama, que em cada dia nos cumula da sua bênção e nos oferece a vida em plenitude

 Introdução às Leituras:

As leituras que hoje nos são propostas evocam os vários temas a que já aludimos. Na primeira leitura, sublinha-se a dimensão da presença contínua de Deus na nossa caminhada e recorda-nos que é da sua bênção e da sua presença que brota e resplandece em nós a plenitude da vida.

 Na segunda leitura, a liturgia evoca, outra vez, o amor de Deus, que enviou o seu Filho ao encontro dos homens para os libertar da escravidão da Lei e para os tornar seus “filhos”. É este privilégio de sermos “filhos” que nos leva a dirigirmo-nos a Deus e chamar-lhe “Ábbá” (“PAI”).

 O Evangelho mostra como a chegada do projeto libertador de Deus, através de Jesus, provoca alegria e felicidade naqueles que não têm outra possibilidade de acesso à salvação: os pobres e os marginalizados. Convida-nos também a louvar a Deus pelo seu amor e a testemunhar o desígnio libertador de Deus no meio dos homens.

Padre João Lourenço, OFM

FESTA DA SAGRADA FAMÍLIA

 

 31 de dezembro de 2023

 Introdução à Liturgia:

Celebramos, hoje, a Festa da Sagrada Família. Num tempo em que as famílias se reúnem e que a Igreja vem dedicando particular atenção, a liturgia deste domingo propõe-nos a família de Jesus como exemplo e modelo das nossas comunidades familiares. Tal como a família de Jesus – diz-nos a liturgia deste dia – as nossas famílias devem viver numa permanente atenção aos desafios de Deus e às necessidades dos irmãos.

Introdução às Leituras:

A primeira leitura apresenta, de forma muito prática, algumas atitudes que os filhos devem ter para com os pais. É uma forma de concretizar o amor que deve unir esposos e filhos. Embora mudem as circunstâncias, o essencial da identidade humana e familiar permanece. Sem amor e comunhão de vida não há família

 A segunda leitura sublinha a dimensão do amor que deve brotar dos gestos dos que vivem “em Cristo” e aceitaram ser “novas criaturas”. Esse amor deve tocar, de forma muito especial, todos os que connosco partilham o espaço familiar e deve traduzir-se em atitudes de bondade, de respeito, de partilha, de serviço e de perdão.

 O Evangelho, pela palavra de Lucas, mostra-nos uma família que escuta a Palavra de Deus, que se deixa desafiar por essa mesma Palavra e que se faz sinal de esperança e de plenitude da ação de Deus na história dos homens. Jesus é a luz que se revela às nações e nos leva a descobrir e a caminhar na construção de uma verdadeira comunhão de amor. 

Padre João Lourenço, OFM 

23 de dezembro de 2023

Feliz Natal

 


25 de dezembro de 2023

Ano B (Missa do Dia - Leituras únicas)

  Introdução à Liturgia:

 Celebramos, hoje, o Natal do Senhor. Somos convidados a dirigir o nosso olhar e contemplar o amor de Deus, manifestado e testemunhado na incarnação de Jesus – o Deus Menino – que nos foi dado. Ele é a “Palavra” que se faz pessoa e vem habitar no meio dos homens, a fim de nos oferecer a vida em plenitude e nos elevar à dignidade de “filhos de Deus”.

 Introdução às Leituras:

 A primeira leitura anuncia a chegada do Deus libertador. Ele é o rei que traz a paz e a salvação, proporcionando ao seu Povo uma era de felicidade sem fim. Assim diz Isaías: “Como são belos os pés do Mensageiro que anuncia a paz”. Ele é esse Mensageiro que nos convida e desafia a ser também mensageiros como Ele.

 A segunda leitura apresenta, em traços largos, o plano salvador de Deus. Insiste, sobretudo, que esse projeto alcança a sua plenitude em Jesus, pois Ele é a “Palavra” de Deus que os homens devem escutar e acolher.

 O Evangelho, tomado do início do texto de S. João, apresenta-nos Jesus como a plenitude da Palavas, o Logos de Deus. Contemplá-lo é acolher essa Palavra feita vida entre nós e descobrir nela a Luz que nos guia e conduz até ao Pai, tornando-nos assim o Homem Novo, o homem da vida em plenitude, o homem que vive numa relação filial com Deus.

Padre João Lourenço, OFM

4.º Domingo do Advento

 Advento IV: A vela do serviço  

1.º Leitor:

Maria foi chamada por Deus para desempenhar um papel especial, como serva do Senhor ao serviço do Seu projeto salvador (o acólito acende a 4ª vela).

2.º Leitor:

Esta é a vela do serviço: Deus chama Maria para ser a Mãe do Senhor. Mesmo quando lhe pareceu tarefa impossível, para além das suas forças, ela disse sim a Deus. Tenhamos nós também essa confiança e coragem, dizendo: SIM, AQUI ESTOU!

Cântico (Refrão)

 Resposta - Celebrante:

Deus, nosso Auxílio e Fortaleza, as necessidades do mundo parecem tão grandes, e a nossa força tão pequena. Ajuda-nos a responder ao Teu chamamento como Maria o fez, por nosso Senhor, Jesus Cristo na unidade do Espírito Santo. Amén.


Introdução à Liturgia

A liturgia deste Domingo, o 4º do Advento, aproxima-nos ao mistério do Natal do Senhor, referindo repetidamente o projeto de salvação que Deus tem para oferecer aos homens. Esse projeto, anunciado já no Antigo Testamento, torna-se agora uma realidade concreta e plena na Incarnação de Jesus. É esta proximidade que somos convidados a preparar e a celebrar.

Introdução à Liturgia

A primeira leitura apresenta a “promessa” de Deus feita a David de que o Messias futuro havia de ser um descendente seu. Deus anuncia, pela boca do profeta Natã, que nunca abandonará o seu Povo nem desistirá de o conduzir ao encontro da felicidade e da realização plena. Por esta “promessa”, Deus oferecerá ao seu Povo a estabilidade, a segurança, a paz, e uma felicidade sem fim.

A segunda leitura, da Carta aos Romanos, diz-nos que o projeto de salvação, preparado por Deus desde sempre, se manifestou, em Jesus, a todos os povos, de modo que toda a humanidade possa constituir a verdadeira família de Deus.

O Evangelho refere-se ao momento em que Jesus encarna na história dos homens, a fim de lhes trazer a salvação e a vida definitivas. Por Maria, o Evangelho mostra-nos como a concretização do projeto de Deus só é possível quando damos o nosso sim e nos disponibilizamos para o serviço do Reino: ‘Faça-se em mim a Vossa Palavra’.

Padre João Lourenço, OFM


Vigília de Natal: a Vela de Cristo

(Após o Evangelho o celebrante acende a Vela do Natal)


Leitor:

Esta é a vela de Cristo. Dois nomes foram dados ao Deus-Menino na narrativa de São Mateus: Jesus, que significa "Deus salva"; Emanuel que significa "Deus está connosco". Acolhamos inteiramente o Dom desta vinda. Somos convidados neste Natal a viver, mais uma vez, a plenitude do Amor de Deus.

Resposta - Celebrante:

Com os anjos e os pastores, vamos a Jesus com alegria e louvor! Que através da sua vinda a cada um de nós, sejamos preenchidos de amor, fé, alegria e paz. Amén.

 


20 de dezembro de 2023

Indulgência Plenária


Indulgência Plenária 
 - 08/12/2023 a 02/02/2024

2023 é um ano muito importante para a Ordem Franciscana. A Regra Bulada (viver o Santo Evangelho de Jesus Cristo na obediência, pobreza e castidade), escrita por São Francisco de Assis e confirmada pelo Papa Honório III e a representação do Nascimento de Cristo recriada pelo frade completam 800 anos.

Para celebrar e reviver este carisma, a Penitenciária Apostólica do Vaticano (também conhecida como Tribunal da Misericórdia) concedeu indulgência plenária a todos os fiéis que, a partir desta sexta-feira (8), Solenidade da Imaculada Conceição, até 2 de fevereiro de 2024 (Festa da Apresentação de Nosso Senhor Jesus Cristo) visitarem uma igreja franciscana.

“Dentro do Centenário, no dia 17 de abril de 2023, nós enviamos ao Santo Padre o seguinte pedido: ‘Com o fim de promover a renovação espiritual dos fiéis e incrementar a vida de graça, pedimos que do dia 8 de dezembro de 2023, Solenidade da Imaculada Conceição da Bem-aventurada Virgem Maria, até o dia 2 de fevereiro de 2024, Festa da Apresentação do Senhor, que todos aqueles que visitem alguma das igrejas que pertencem à família franciscana de todo o mundo e que por um momento permaneçam em oração diante de um presépio, que possam lucrar a Indulgência plenária seguindo as habituais condições. Assim como também aqueles que estão enfermos ou impossibilitados fisicamente, possam igualmente usufruir do dom da Indulgência plenária, oferecendo os seus sofrimentos ao Senhor ou cumprindo práticas de piedade, diz o pedido feito pela Conferência Franciscana.

Indulgência Plenária

Aqui no A12 você pode saber mais sobre as indulgências. 

Segundo o Catecismo da Igreja Católica, a indulgência “é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa (remissão)”, ou seja, já perdoados na confissão sacramental.

A indulgência serve para apagar parcial ou totalmente os resquícios do mal cometido, pois é necessário estar totalmente puro e santo para chegar ao Céu. Ganha-se uma indulgência por dia. 

Como lucrar a indulgência?

  • Confessar-se ou estar em estado de graça (se for o caso, buscar a confissão na semana);
  • Ir até uma Igreja franciscana e rezar diante da cena do presépio;
  • Participar da Eucaristia;
  • Rezar o “Creio” (Profissão de Fé) e rezar um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e um Glória ao Pai pelo Papa e pelas intenções que ele traz no coração, para o bem da Igreja e do mundo inteiro.

3.º Domingo do Advento

17 de dezembro de 2023

Advento III: A vela do testemunho

1.º Leitor:

Ser testemunha significa partilhar a verdadeira história da salvação, de Deus connosco. O Evangelho é a história verdadeira de onde nasce o testemunho (o acólito acende a 3.ª vela).

2.º Leitor:

Esta é a vela do testemunho. João Batista foi a voz do testemunho. Ele apontava para Jesus Cristo por palavras e ações. Nós também somos chamados a apontar para Jesus Cristo por meio de nossas palavras, gestos, atitudes e ações.

Cântico (Refrão)

 

Resposta - Celebrante:

Senhor, Nosso Deus, assim como as velas do advento brilham, possamos nós também brilhar como testemunhas de Teu Filho Jesus, que vem novamente ao nosso mundo trazendo amor, paz e justiça, por Jesus Cristo, nosso Senhor. Amén.

São João Batista e São Francisco de Assis Pintura de El Greco


Introdução à Liturgia

 

As leituras do 3º Domingo do Advento garantem-nos que Deus tem um projecto de salvação e de vida plena para propor aos homens e para os fazer passar das “trevas” à “luz”. É esse projecto que fundamenta a alegria e a esperança da vida cristã e é nele que encontramos as motivações da nossa caminhada que nos leva até Deus.

Introdução às Leituras

Na primeira leitura, o profeta, já do período do pós-exílio, apresenta-se aos habitantes de Jerusalém com uma “boa nova” de Deus. A missão deste “profeta”, ungido pelo Espírito, é anunciar um novo, de vida plena e de tempo felicidade sem fim, um tempo de salvação que Deus vai oferecer aos “pobres” que n’Ele confiam e que d’Ele aguardam a salvação.

 Na segunda leitura Paulo explica aos cristãos da comunidade de Tessalónica a atitude que é preciso assumir enquanto se espera o Senhor que vem e como devemos aguardar o Seu encontro. Paulo pede-lhes que sejam uma comunidade “santa” e irrepreensível, isto é, que vivam alegres, em atitude de louvor e de adoração, abertos aos dons do Espírito e aos desafios de Deus.

 O Evangelho apresenta-nos João Baptista como sendo a “voz” que prepara os homens para acolher Jesus, a “luz” do mundo. João é o arauto d’Aquele que vai chegar e o seu objectivo é apenas o de levar os seus interlocutores a acolher e a “conhecer” Jesus. João não fala de si, mas apenas d’Ele.

Padre João Lourenço, OFM


SOLENIDADE DA IMACULADA CONCEIÇÃO

 


(08.12.2023)

Introdução à Eucaristia

 Uma das presenças marcantes do tempo do Advento é a de Maria, a Mãe do Senhor, na celebração da sua Imaculada Conceição. Para além de celebrarmos aquela em quem habitou a plenitude da graça, também celebramos a Mãe do Verbo de Deus encarnado, figura e modelo da Igreja e de cada crente, chamados como ela para sermos os portadores do seu amor. A Senhora do Advento é também a Mulher da escuta da Palavra, do acolhimento e da fidelidade.

 Introdução às Leituras

 A primeira leitura, recorrendo à imagem de Eva, prepara-nos para olhar para Maria como a Nova Eva, a Mãe do tempo novo que, pela sua fidelidade, gerou a vida nova em Cristo, enquanto Eva, pela soberba e pelo pecado, foi geradora de morte.

 A segunda leitura garante-nos que Deus tem um projecto de vida plena, verdadeira e total para cada homem e para cada mulher – um projecto que desde sempre esteve e está no coração do próprio Deus. Esse projeto, apresentado aos homens através de Jesus Cristo, exige de cada um de nós uma resposta decidida, total e sem subterfúgios.

O Evangelho apresenta a resposta de Maria ao plano de Deus. Ao contrário de Adão e Eva, Maria rejeitou o orgulho, o egoísmo e a autossuficiência e preferiu abrir a sua vida, de forma total e radical, ao plano de Deus. Do seu “sim, o fiat” que traduz a sua total disponibilidade nasce a nova humanidade e configura, desde logo, a Igreja de que que ela é a imagem redimida.

Padre João Lourenço, OFM

12 de dezembro de 2023

2.º Domingo do Advento

 Advento II: A vela da preparação

1.º Leitor:

Sempre que acontecem comemorações significativas nas nossas vidas, preparamo-nos cuidadosamente com todo o empenho. O Evangelho convida-nos a fazer essa preparação para a vinda de Cristo (o acólito acende a 2ª vela).

2.º Leitor:

Esta é a vela da preparação. Até que ponto, estamos dispostos a prepararmo-nos para a vinda de Cristo? Nossas vozes são convidadas a unirem-se à voz de João Batista na preparação do ‘caminho do Senhor’.

Cântico (Refrão)

 Resposta - Celebrante:

Desperta os nossos corações, ó Senhor, para prepararmos o caminho do Teu Filho. Assim como Tu te ofereceste a nós, possamos todos, em serviço, ajudar o mundo a estar pronto para a tua vinda, por Jesus Cristo nosso Senhor. Amén.


10 de dezembro de 2023

Introdução à Liturgia

A liturgia do segundo domingo de Advento convida-nos a ‘preparar os caminhos do Senhor’. Este convite dirige-se a cada um de nós e tem duas dimensões: preparar os caminhos para que o Senhor possa entrar na nossa vida e para que nós possamos ir também ao Seu encontro. O advento abre-nos à esperança do encontro: d’Ele que vem e de cada um de nós que vai. O encontro é Natal. Por isso, o grito de hoje é um convite: Preparai os caminhos do Senhor!

 Introdução às Leituras

 Na primeira leitura, o profeta da época do Exílio testemunha aos que estão no exílio da Babilónia que Deus não se esquece deles e, de novo, os fará regressar à sua terra, à sua cidade, àquele espaço onde eles poderão de novo refazer e reconstruir a sua vida. Será uma caminhada triunfante, pois será feita na esperança e na alegria do encontro.

 

A segunda leitura abre o coração dos crentes para um outro encontro, o encontro definitivo na comunhão com Deus, na segunda vinda de Jesus. É nesta esperança que se constrói o Reino de Deus. Para tal, temos de pautar a nossa caminhada por uma dinâmica de contínua conversão; só assim preparamos “os novos céus e a nova terra onde habita a justiça”.

 

No Evangelho, encontramos a figura de João Baptista, o grande arauto que nos indica os caminhos do Senhor. Ele é a grande figura do Advento, pois tudo n’Ele nos aponta para ‘Aquele que está prestes a chegar’. Esse é que é o Messias, é Ele a Palavra, enquanto João é apenas a voz que se ergue para proclamar a Palavra verdadeira que vai chegar.

Padre João Lourenço, OFM

2 de dezembro de 2023

1º DOMINGO DO ADVENTO – ANO B

 Advento I: A vela da vigilância

 1.º Leitor:

No Advento preparamo-nos para a vinda de Jesus Cristo ao mundo. O Evangelho convida-nos a estar vigilantes na fé. Esta vigilância é também uma forma de superar este estado de pandemia que nos rodeia (o acólito acende a 1.ª vela). 

2.º Leitor:

Esta é a vela da vigilância. Jesus Cristo chama-nos a estar prontos para anunciar e testemunhar o seu nome.

Cântico (Refrão)

Resposta - Celebrante:

Senhor Deus, nós te louvamos pela vinda de Jesus. Ajuda-nos a estar atentos para poder anunciar a vinda do Teu Reino e proclamar a Boa-Nova, por Jesus Cristo nosso Senhor. Amén.  

Introdução à Liturgia

Iniciamos hoje, com a liturgia do primeiro Domingo do Advento, um novo ano litúrgico e a preparação do Natal. Ao longo deste ano litúrgico vamos celebrar e viver os mistérios da vida do Senhor acompanhados pelo Evangelho de S. Marcos que nos convida a descobrir Jesus como o verdadeiro messias, o autêntico salvador que Deus oferece e propõe ao homem. Neste contexto de pandemia, o Advento pode ajudar-nos a interiorizar a nossa vida e a fazer da esperança uma nova forma de estar e de viver. 

Introdução às Leituras

A primeira leitura é um apelo dramático ao Deus que é “pai” e “redentor”, no sentido de vir ao encontro de Israel para o libertar do pecado e para recriar um Povo de coração novo. O profeta não tem dúvidas: a essência de Deus é amor e misericórdia, “qualidades” que levam o Seu povo a confiar plenamente n’Ele. É um texto admirável de Isaías que nos ajudará a fazer uma verdadeira preparação.

A segunda leitura mostra como Deus Se faz presente na história e na vida de uma comunidade crente, através dos dons e carismas que gratuitamente derrama sobre o seu Povo. É também um convite à esperança, à vigilância, para que não nos deixemos seduzir pelos enganos do tempo presente nem abater pela crise que nos envolve.

O Evangelho convida os crentes a olhar a História com esperança e a enfrentar os seus desafios com coragem, determinação e fé, animados pela certeza de que “o Senhor vem” e está sempre presente. Para o crente, a vida é sempre um tempo de compromisso ativo e efetivo na construção do Reino de Deus.

Padre João Lourenço, OFM

 
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