Retalhos Como Francisco e Clara de Assis, a Fraternidade a todos saúda em Paz e Bem!Retalhos

31 de maio de 2015

Domingo da Santíssima Trindade

DOMINGO DA SANTÍSSIMA TRINDADE

Introdução à Liturgia:
Celebrar a Santíssima Trindade não é um convite a decifrar o mistério que se esconde num “Deus único em três pessoas”; Pelo contrário, é um convite a contemplar o Deus que é amor, que é família, que é comunidade e que criou os homens para os fazer participar desse mistério de amor. Como Deus é amor, também nós fomos criados e chamados a uma comunhão de amor que tem em Deus a sua plenitude.

Introdução às Leituras:
A primeira leitura apresenta-nos o Deus da comunhão e da aliança, apostado em estabelecer laços familiares com o homem, dá-se a conhecer a Moisés como ‘sendo um Deus clemente e compassivo, lento para a ira e rico de misericórdia’. É este Deus que Jesus nos deu a conhecer e testemunhou na sua caminhada.

Na segunda leitura, Paulo diz-nos que todos somos conduzidos pelo Espírito e é por Ele que nos tornamos filhos de Deus. É isso que nos leva a proclamar ‘Abbá’ (Pai) e assim, como filhos, somos Irmãos na grande família da Trindade divina.

No Evangelho, S. Mateus, fala-nos do mandato divino entregue aos Apóstolos e pelo qual entramos na comunhão com Deus. A fórmula do nosso baptismo é o testemunho da fé eclesial na Trindade que nos congrega como filhos da grande família de Deus.

Padre João Lourenço, OFM

28 de maio de 2015

Itinerário Franciscano


22 de maio de 2015

Solenidade do Pentecostes



SOLENIDADE DO PENTECOSTES

Introdução à Liturgia:

O Espírito Santo é o grande Dom que Deus faz à sua Igreja. É por Ele que somos congregados na Comunhão e podemos testemunhar no mundo o Cristo Ressuscitado. Celebrar o Pentecostes é celebrar as origens da Igreja, do novo povo de Deus que o Espírito renova e congrega na comunhão.

Introdução à Leituras:

A primeira leitura mostra-nos como a Comunidade reunida em nome do Senhor Jesus recebe o dom do Espírito Santo, a nova Lei do ressuscitado que é a fonte dessa vida nova. É por Ele que a vida dos fiéis ganha um novo sentido e se tornam testemunhos vivos de Cristo.

Na segunda leitura, Paulo ajuda os crentes de Corinto a reconhecerem a acção do Espírito Santo em cada um dos baptizados. A diversidade de ministérios e de dons é uma riqueza grande para a Igreja. A finalidade de todos esses carismas é o contributo para que a comunidade cresça na comunhão e no serviço fraterno. 

O Evangelho apresenta-nos a comunidade cristã, reunida à volta de Jesus ressuscitado. Para S. João, esta comunidade passa a ser uma comunidade viva, recriada, nova, a partir do dom do Espírito. É pelo Espírito que a Comunidade vence o medo e se torna testemunho vivo da força de Deus no mundo.


Padre João Lourenço, OFM

16 de maio de 2015

Solenidade da Ascensão do Senhor



VINDE, ADOREMOS O  ESPÍRITO SANTO!

Introdução à Liturgia:

A Igreja celebra neste domingo a Solenidade da Ascensão do Senhor, seguindo assim a perspectiva que S. Lucas nos narra no livro dos Actos doa Apóstolos. Para S. Lucas, a Ascensão é a plenitude do mistério pascal. Quarenta dias após a Páscoa, Jesus é elevado para Deus, tendo realizado a missão que o Pai lhe confiou. Foi durante 40 dias que Ele se preparou para a missão; é por 40 dias que Ele a leva à plenitude. O simbolismo do número quer mostrar essa plenitude do mistério e da missão realizada..

Introdução às Leituras:

A primeira leitura apresenta-nos a cena e deixa-nos a teologia da mensagem essencial desta festa: Jesus, depois de ter apresentado ao mundo o projecto do Pai, entrou na vida definitiva da comunhão com Deus. É esta vida que Ele anunciou e promete a todos os que percorrem o mesmo "caminho" que Ele percorreu. Os discípulos não podem ficar a olhar para o céu, esperando que de lá venha a transformação do mundo. Isso acontece pelo empenho e pelo vigor do seu testemunho.

A segunda leitura convida os discípulos a terem consciência da esperança a que foram chamados; eles devem fazer com que essa esperança seja para eles a força dinamizadora das suas vidas, capaz de transformar o mundo para que este cresça até à plenitude de Deus.


No Evangelho, Jesus ressuscitado aparece aos discípulos, ajuda-os a vencer a desilusão e o comodismo e envia-os em missão, como testemunhas do projecto de salvação de Deus. Agora, junto do Pai, Ele continuará a acompanhar os discípulos e, através deles, a oferecer aos homens a vida nova e definitiva. 

Padre João Lourenço, OFM

10 de maio de 2015

6.º Domingo da Páscoa



6.º DOMINGO DA PÁSCOA
Introdução à Liturgia:
A experiência pascal dos discípulos leva-os a descobrir o autêntico rosto do Mestre, pelo qual chegam à perfeita contemplação do Pai. A liturgia deste domingo mostra-nos essa nova dimensão da fé: Ele não é apenas o Senhor; Ele é, acima de tudo, o Amigo que os leva à plenitude da comunhão com Deus, feita amizade e vida nova.

Introdução às Leituras:
A primeira leitura mostra-nos como a salvação oferecida por Deus através de Jesus Cristo, e agora anunciada e testemunhada pelos discípulos, é para todos os homens, sem distinção de raça, cultura ou tradições religiosas. Ela é universal e esse é o primeiro e o maior dom que em Cristo Deus oferece a todos os homens. A cada homem compete apenas acolhê-la e dispor-se a aceitá-la.

A segunda leitura confirma aquilo que Jesus vai dizer aos discípulos no Evangelho: “Deus é amor”. A vinda de Jesus ao encontro dos homens e a sua morte na cruz revelam a grandeza desse amor de Deus pelos homens. Ser “filho de Deus” e “conhecer a Deus” é deixar-se envolver por este dinamismo de amor, amando os irmãos.


Num dos textos mais belos e expressivos do seu Evangelho, S. João mostra-nos como Jesus estabelece uma nova relação com os discípulos e, na pessoa deles, com todos aqueles que acreditam no seu Nome. Os discípulos já não são servos, mas sim os “amigos” a quem Jesus revelou o amor do Pai; a sua missão é testemunhar o amor de Deus no meio dos homens. 

Padre João Lourenço, OFM

2 de maio de 2015

5.º Domingo da Páscoa


5.º Domingo da Páscoa


Introdução à liturgia:
    A liturgia do tempo pascal leva-nos a contemplar a glória do Ressuscitado junto do Pai e a viver em unidade e comunhão com Ele. Tal como o ramo agradece à videira a vida e a seiva que dela recebe, também nós, unidos a Cristo, nos tornamos fonte de vida, de uma vida em plenitude que se dá em gratuidade aos irmãos.

Introdução às leituras:
A primeira leitura diz-nos que o cristão é membro de um corpo – o Corpo de Cristo. A sua vocação é seguir Cristo, integrado numa família de irmãos que partilha a mesma fé, percorrendo o mesmo caminho de amor. É assim que a Igreja se constrói, na mesma comunhão, aceitando a diversidade entre os Irmãos.

A segunda leitura define o ser cristão como “acreditar em Jesus” e “amar-nos uns aos outros como Ele nos amou”. É pela coerência de vida que podemos testemunhar a nossa fé e, ao mesmo tempo, anunciar a vida nova que nos vem do Ressuscitado.

O Evangelho apresenta Jesus como “a verdadeira videira” que dá bons frutos, tal como Deus espera de cada um de nós. Viver e permanecer unido a Cristo é a condição para nos tornarmos ‘ramos’ fecundos de vida e de comunhão. É assim que nos tornaremos verdadeiras testemunhas no meio dos homens da vida e do amor de Deus.

Padre João Lourenço, OFM 

24 de abril de 2015

4,º Domingo da Páscoa

Domingo do Bom Pastor


Introdução à Liturgia:
A Igreja celebra hoje um dos domingos mais significativos da sua liturgia anual: o “Domingo do Bom Pastor”. Para além da representatividade desta imagem de Jesus como ‘Bom Pastor’, é também o dia dedicado às vocações sacerdotais e aos ministérios do serviço pastoral na Igreja. Este é o tema central da liturgia da Palavra e constitui um convite muito forte à oração e ao empenho de todos na causa das vocações sacerdotais, para que todos os Pastores do Povo de Deus o sejam verdadeiramente à imagem do Bom Pastor.

Introdução às Leituras:
A primeira leitura, do livro dos Atos dos Apóstolos, afirma pelo testemunho de Pedro, que Jesus é o único Salvador, já que “não existe debaixo do céu outro nome, dado aos homens, pelo qual possamos ser salvos”. Jesus não é só o pastor que nos conduz, mas também fonte da salvação para todos os homens; é por Ele e n’Ele que chegamos ao Pai.
A segunda leitura fala-nos do amor de Deus, testemunhado em Jesus Cristo, que nos abre à comunhão com Eles. É mediante esse “amor admirável” que cada um de nós é capaz de superar a sua condição de debilidade e de fragilidade. O objectivo de Deus é integrar-nos na sua família e como filhos levar-nos a participar da Sua plenitude.
O Evangelho centra-se na pessoa de Jesus como “o Bom Pastor”, modelo e paradigma de todo o serviço na Igreja, o seu rebanho, a quem Ele ama de forma gratuita e desinteressada, dando a vida pelas suas ovelhas. Elas sabem que podem confiar n’Ele de forma incondicional, pois Ele não busca o próprio bem, mas o bem do seu rebanho.

Padre João Lourenço, OFM

15 de abril de 2015

3.º Domingo da Páscoa


3.º Domingo de Páscoa (19 de abril)

Introdução à Liturgia:
A comunidade cristã das origens sempre acreditou e afirmou que Jesus era o messias salvador. Essa certeza fundamenta-se nas Escrituras e é por elas que a fé se consolida. N’Ele concretizam-se todas as esperanças que ao longo dos séculos alimentaram a fé do povo eleito. É essa experiência de fé que dá força e solidez ao testemunho da comunidade e que a liturgia deste 3º Domingo da Páscoa nos convida a celebrar.

Introdução às Leituras:
Hoje, iniciamos esta introdução às leituras pelo Evangelho, convidando-vos a acolher este texto único e os desafios que nos faz: o texto dos Discípulos de Emaús. Ele caminha ao nosso lado e mesmo sem o conhecermos Ele está sempre disponível para entrar em nossa casa e partilhar o nosso pão, dando-se a conhecer nos momentos de partilha e de comunhão.

A primeira leitura apresenta-nos o testemunho dos discípulos sobre Jesus. Depois de terem mostrado, em gestos concretos, que Jesus está vivo e continua a oferecer aos homens a salvação, Pedro e João convidam os seus interlocutores a acolherem a proposta de vida que Jesus lhes faz.

A segunda leitura lembra que o cristão, depois de encontrar Jesus e de aceitar a vida que Ele oferece, tem de viver de forma coerente com o compromisso que assumiu. Essa coerência deve manifestar-se no empenho e no esforço de viver conforme o Evangelho, dando testemunho da verdade e do amor.

Padre João Lourenço, OFM 

Família Franciscana Portuguesa


Nossa Vocação Evangélica Franciscana
Celebremos nossa identidade

Esta proposta pode ser realizada em uma ou mais celebrações e ser adaptada às situações e caminho da Fraternidade. Os sinais e gestos sugeridos também podem ser adaptados e enriquecidos.

Ambientação: Imagem de S. Francisco, Cruz de S. Damião, espaço para a exposição do Santíssimo, para o Evangelho, a Regra, as Constituições Gerais, sandálias, mapa mundi ou globo.

1 – MOTIVAÇÃO INICIAL

Caros irmãos! Nossa vocação é um dom precioso, recebido da Santíssima Trindade. Nossa Fraternidade franciscana nasce da escuta de Cristo no Evangelho, mediante um novo vínculo no Espírito (Cf. PdE 6). Trata-se de um carisma dado pelo Espirito a nosso pai S. Francisco e seus seguidores, para o bem da Igreja e do mundo. Esse carisma tem uma identidade específica, que pode ser cuidada em âmbito pessoal e comunitário, em vista da missão na Igreja e no mundo. Trata-se de uma identidade dinâmica, uma identidade evangélica “em caminho”, que se constrói caminhando. O ponto de partida, o centro e a âncora de estabilidade é o Evangelho. Temos como pontes de referência a experiência de nosso pai S. Francisco e das primeiras Fraternidades, as Fontes Franciscana, o património espiritual, cultural, intelectual, missionário da Ordem ao longo dos séculos, nossas Constituições Gerais, a fidelidade criativa de cada Irmão e de cada Fraternidade, e a resposta aos sinais dos tempos e dos lugares de cada tempo histórico. As Constituições são, de modo particular, um precioso instrumento, fruto do empenho de toda a Ordem, com aprovação da Igreja, para guardar e actualizar nossa identidade. Queremos renovar nosso compromisso pessoal e fraterno para conhecê-las, acolhê-las em nosso coração e vivê-las em nossa vida e nossa missão evangelizadora.

Cântico: Quem és Tu, ó Deus meu e quem sou eu? (M. Silva)

Rito inicial (sinal-da-cruz e saudação)
Exposição do Santíssimo

O Presidente convida a rezar, juntos, a oração à Trindade:

“Omnipotente, eterno, justo e misericordioso Deus, dai-nos a nós, míseros, por cauda de vós fazer o que sabemos que quereis e sempre querer o que vos agrada, para que interiormente purificados, interiormente iluminados e abrasados pelo fogo do espírito Santo, possamos seguir os passos do vosso dilecto Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, e, unicamente por vossa graça, chegar a vós, ó Altíssimo, que em Trindade perfeita e simples unidade viveis e reinais e sois glorificado como Deus omnipotente, por todos os séculos dos séculos. Ámen”.

2 – OBSERVAR O SANTO EVANGELHO

Comentário:
O dom do Evangelho está na origem da nossa Fraternidade. S. Francisco, em seu Testamento, disse que o Altíssimo mesmo lhe revelara que deveria viver segundo a forma do santo Evangelho. O ponto de partida e o traço central de nossa identidade carismática é observar e viver o Evangelho segundo o exemplo de nosso pai S. Francisco. “A Regra e vida dos Irmãos Menores é esta: observar o santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, vivendo em obediência, sem nada de próprio e em castidade”.

Cântico e entrada do livro do Evangelho

Leitura das Constituições Gerais OFM

Artigo 1
§1 A Ordem dos Frades Menores, fundada por S. Francisco de Assis, é uma Fraternidade na qual os irmãos, seguindo mais de perto a Jesus Cristo sob a acção do Espirito Santo, pela Profissão, se dedicam totalmente a Deus, sumo bem, vivendo o Evangelho na Igreja, segundo a forma observada e proposta por S. Francisco.
§2 Seguidores de S. Francisco, os irmãos são obrigados a levar uma vida radicalmente evangélica, isto é: viver em espírito de oração e devoção e em comunhão fraterna; dar testemunho de penitência e menoridade; anunciar o Evangelho ao mundo inteiro em espírito de caridade para com os homens; pregar por obras a reconciliação, a paz e a justiça; e mostrar o respeito pela criação.

Momento de silêncio

3 – VIVER SEGUNDO A REGRA DE S. FRANCISCO

Comentário:
A forma de vida evangélica, que Francisco intuiu com a graça de Deus e com a moção do Espírito Santo, é expressa de modo particular na Regra. Essa é o fundamento da vida e da legislação da Ordem; é, sobretudo, a “medula do Evangelho” (2Cel 208). Devemos sempre conservar em nosso coração a Regra, que nos foi entregue pelo nosso pai S. Francisco e aprovada pela Igreja, para viver na fidelidade nosso carisma.

Cântico e entrada da Regra

Leitura das Constituições Gerais OFM

Artigo 2
§1 A Regra dos Frades Menores, confirmada pelo Papa Honório III, é o fundamento da vida e da legislação da Ordem; e tudo o que ela contém deve ser compreendido e observado segundo o espírito de S. Francisco, expresso, sobretudo, em seus escritos, segundo o pensamento da Igreja e as sadias tradições da Ordem.
§2 A fim de conhecer sempre mais e fielmente observar “o espírito e os objectivos próprios do Fundador”, esforcem-se os irmãos por estudar, compreender e venerar, juntamente com a Regra, a vida e os escritos de S. Francisco e de seus seguidores.

Momento de silêncio

4 – SEGUIR S. FRANCISCO, HOJE, SEGUNDO AS CONSTITUIÇÕES GERAIS

Cometário:
Nós Frades Menores nos propusemos viver, em cada tempo a forma de vida que nosso S. Francisco viveu e propôs a seus filhos, aprovada pela Igreja, e que consiste em viver segundo o Evangelho. Para alcançar esse propósito nos é dada uma preciosa ajuda: as renovadas Constituições Gerais. Essas são uma contínua actualização da Regra para nosso tempo, indispensáveis para guardar e actualizar nossa identidade de Frades Menores.

Cântico e entrada das Constituições Gerais

Leitura das Constituições Gerais OFM

Artigo 10
A interpretação autêntica da Regra de S. Francisco é reservada à Santa Sé. Ao Capítulo Geral, porém, compete o direito de adaptar a regra aos novos tempos e de fazer interpretações que, no entanto, necessitam da aprovação da mesma Santa Sé.
Artigo 12
§1 As Constituições Gerais apresentam as normas fundamentais que, em toda a parte, devem ordenar, segundo a Regra, a vida de todos os irmãos.
§2 Todos os irmãos se esforcem por observar, com o maior cuidado, as leis contidas nestas Constituições Gerais. Sem sua fiel observância, torna-se difícil chegar à comunhão fraterna e à perfeição evangélica, segundo o estilo próprio da Ordem.

(Pode acrescentar-se Artigo 4§1-2 CCGG OFM)

Momento de silêncio

5 – RENOVAR, CADA DIA, NOSSA PROFISSÃO

Comentário:
Nossa vocação é compromisso pessoal e cotidiano. Por isso, somos convidados a fazer memória de nossa Profissão, para dar a Deus aquela resposta nova que Ele espera de nós, em cada nova fase de nossa vida. Renovando cotidianamente a fórmula da Profissão, actualizamos, cada dia, nossa resposta. Deixemos ressoar em nós as palavras da Profissão para que se tornem a nossa vida.

Entrada do Círio pascal aceso

Leitura das Constituições Gerais OFM

Artigo 5§1
Levando à maior plenitude a consagração baptismal e respondendo ao chamamento divino, os irmãos entregam-se totalmente a Deus, sumamente amado, pela profissão da obediência, da pobreza e da castidade, que dever ser vivida segundo o espírito de S. Francisco; contraem uma aliança com Deus, e sua vida se torna, por toda a existência, um sacrifício oferecido a deus, na caridade.

Breve silêncio

Cada um acende sua vela no Círio e todos juntamente renovam a Profissão:

Omnipotente, santíssimo, altíssimo e sumo Deus,
Santo e justo, Senhor do céu e da terra,
Te bendigo e te rendo graças
porque com a força do teu amor
me chamaste a seguir
as pegadas do teu Filho dilecto,
o Senhor Jesus Cristo,
na forma de vida que inspiraste ao teu servo Francisco.

Com a força do Espírito Santo,
renovo hoje diante de ti,
com todo o ardor do coração,
o voto de viver em obediência
sem nada de próprio e em castidade.
ao mesmo tempo, reafirmo o compromisso
de professar a vida e a Regra dos Frades Menores
Confirmada pelo Papa Honório,
segundo as Constituições da nossa Ordem.

Pai santo, concede que,
sustentado por Maria Imaculada,
Virgem feita Igreja e modelo da vida consagrada,
pela intercessão do pai S. Francisco e de todos os Santos,
com a ajuda dos irmãos,
persevere até ao fim no santo propósito
e, por tua graça unicamente,
chegue a Ti, ó Altíssimo,
que na Trindade perfeita e na Unidade simples
vives e reinas glorioso pelos séculos dos séculos.
Ámen.

Leitura das Constituições Gerais OFM

Artigo 19
§1 Fiéis à sua Profissão, na oração os irmãos seguem a Cristo, que rende infinitas graças ao Pai e “vive sempre para interceder por nós”.
§2 Seguindo os passos de S. Francisco, que se transformou “não só em orante, mas na própria oração”, removendo todos os obstáculos e rejeitando todos os cuidados e preocupações, os irmãos sirvam, amem, honrem adorem o Senhor Deus de coração limpo e mente pura, porquanto, “é necessário orar sempre sem nunca esmorecer”, “pois tais são os adoradores que o Pai procura”.

CONCLUSÃO: Bênção com o Santíssimo e Cântico final.


In Cúria Geral OFM, Subsídios do Definitório Geral, Nossa Identidade Franciscana, Roma 2012, p. 17-23.

2.º Domingo da Páscoa


2.º Domingo de Páscoa (12 de abril)

Introdução à Liturgia:
A liturgia tem como objectivo mostrar-nos o testemunho daqueles que acreditam na ressurreição do Senhor. Este domingo vemos como a 1.ª a comunidade cristã dava testemunho da sua fé e se tornou para todos um sinal vivo da vida nova que brota da fé na ressurreição.

Introdução às Leituras:
Na primeira leitura dos Atos dos Apóstolos, S. Lucas, o autor desta obra, deixa-nos uma espécie de “fotografia” da comunidade cristã de Jerusalém, salientando os traços dessa comunidade ideal: formada na diversidade, toda a comunidade vive a mesma fé num só coração e numa só alma; é uma comunidade que manifesta o seu amor fraterno em gestos concretos de partilha e de dom, dando assim testemunho Jesus ressuscitado.

O Evangelho mostra-nos que Jesus vivo e ressuscitado é o centro da comunidade cristã; é à volta d’Ele que a comunidade se estrutura e é d’Ele que ela recebe a vida que a anima e que lhe permite enfrentar as dificuldades e as perseguições.

A 2.ª leitura, por sua vez, recorda-nos os critérios que definem a vida cristã autêntica: o crente verdadeiro é aquele que ama Deus, que adere a Jesus Cristo e à proposta de salvação que, através d’Ele, o Pai faz aos homens e que vive no amor aos irmãos. Quem vive desta forma, vence o mundo e passa a integrar a família de Deus.

Padre João Lourenço, OFM 

 
© 2007 Template feito por Templates para Você