Retalhos Como Francisco e Clara de Assis, a Fraternidade a todos saúda em Paz e Bem!Retalhos

15 de abril de 2015

Família Franciscana Portuguesa


Nossa Vocação Evangélica Franciscana
Celebremos nossa identidade

Esta proposta pode ser realizada em uma ou mais celebrações e ser adaptada às situações e caminho da Fraternidade. Os sinais e gestos sugeridos também podem ser adaptados e enriquecidos.

Ambientação: Imagem de S. Francisco, Cruz de S. Damião, espaço para a exposição do Santíssimo, para o Evangelho, a Regra, as Constituições Gerais, sandálias, mapa mundi ou globo.

1 – MOTIVAÇÃO INICIAL

Caros irmãos! Nossa vocação é um dom precioso, recebido da Santíssima Trindade. Nossa Fraternidade franciscana nasce da escuta de Cristo no Evangelho, mediante um novo vínculo no Espírito (Cf. PdE 6). Trata-se de um carisma dado pelo Espirito a nosso pai S. Francisco e seus seguidores, para o bem da Igreja e do mundo. Esse carisma tem uma identidade específica, que pode ser cuidada em âmbito pessoal e comunitário, em vista da missão na Igreja e no mundo. Trata-se de uma identidade dinâmica, uma identidade evangélica “em caminho”, que se constrói caminhando. O ponto de partida, o centro e a âncora de estabilidade é o Evangelho. Temos como pontes de referência a experiência de nosso pai S. Francisco e das primeiras Fraternidades, as Fontes Franciscana, o património espiritual, cultural, intelectual, missionário da Ordem ao longo dos séculos, nossas Constituições Gerais, a fidelidade criativa de cada Irmão e de cada Fraternidade, e a resposta aos sinais dos tempos e dos lugares de cada tempo histórico. As Constituições são, de modo particular, um precioso instrumento, fruto do empenho de toda a Ordem, com aprovação da Igreja, para guardar e actualizar nossa identidade. Queremos renovar nosso compromisso pessoal e fraterno para conhecê-las, acolhê-las em nosso coração e vivê-las em nossa vida e nossa missão evangelizadora.

Cântico: Quem és Tu, ó Deus meu e quem sou eu? (M. Silva)

Rito inicial (sinal-da-cruz e saudação)
Exposição do Santíssimo

O Presidente convida a rezar, juntos, a oração à Trindade:

“Omnipotente, eterno, justo e misericordioso Deus, dai-nos a nós, míseros, por cauda de vós fazer o que sabemos que quereis e sempre querer o que vos agrada, para que interiormente purificados, interiormente iluminados e abrasados pelo fogo do espírito Santo, possamos seguir os passos do vosso dilecto Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, e, unicamente por vossa graça, chegar a vós, ó Altíssimo, que em Trindade perfeita e simples unidade viveis e reinais e sois glorificado como Deus omnipotente, por todos os séculos dos séculos. Ámen”.

2 – OBSERVAR O SANTO EVANGELHO

Comentário:
O dom do Evangelho está na origem da nossa Fraternidade. S. Francisco, em seu Testamento, disse que o Altíssimo mesmo lhe revelara que deveria viver segundo a forma do santo Evangelho. O ponto de partida e o traço central de nossa identidade carismática é observar e viver o Evangelho segundo o exemplo de nosso pai S. Francisco. “A Regra e vida dos Irmãos Menores é esta: observar o santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, vivendo em obediência, sem nada de próprio e em castidade”.

Cântico e entrada do livro do Evangelho

Leitura das Constituições Gerais OFM

Artigo 1
§1 A Ordem dos Frades Menores, fundada por S. Francisco de Assis, é uma Fraternidade na qual os irmãos, seguindo mais de perto a Jesus Cristo sob a acção do Espirito Santo, pela Profissão, se dedicam totalmente a Deus, sumo bem, vivendo o Evangelho na Igreja, segundo a forma observada e proposta por S. Francisco.
§2 Seguidores de S. Francisco, os irmãos são obrigados a levar uma vida radicalmente evangélica, isto é: viver em espírito de oração e devoção e em comunhão fraterna; dar testemunho de penitência e menoridade; anunciar o Evangelho ao mundo inteiro em espírito de caridade para com os homens; pregar por obras a reconciliação, a paz e a justiça; e mostrar o respeito pela criação.

Momento de silêncio

3 – VIVER SEGUNDO A REGRA DE S. FRANCISCO

Comentário:
A forma de vida evangélica, que Francisco intuiu com a graça de Deus e com a moção do Espírito Santo, é expressa de modo particular na Regra. Essa é o fundamento da vida e da legislação da Ordem; é, sobretudo, a “medula do Evangelho” (2Cel 208). Devemos sempre conservar em nosso coração a Regra, que nos foi entregue pelo nosso pai S. Francisco e aprovada pela Igreja, para viver na fidelidade nosso carisma.

Cântico e entrada da Regra

Leitura das Constituições Gerais OFM

Artigo 2
§1 A Regra dos Frades Menores, confirmada pelo Papa Honório III, é o fundamento da vida e da legislação da Ordem; e tudo o que ela contém deve ser compreendido e observado segundo o espírito de S. Francisco, expresso, sobretudo, em seus escritos, segundo o pensamento da Igreja e as sadias tradições da Ordem.
§2 A fim de conhecer sempre mais e fielmente observar “o espírito e os objectivos próprios do Fundador”, esforcem-se os irmãos por estudar, compreender e venerar, juntamente com a Regra, a vida e os escritos de S. Francisco e de seus seguidores.

Momento de silêncio

4 – SEGUIR S. FRANCISCO, HOJE, SEGUNDO AS CONSTITUIÇÕES GERAIS

Cometário:
Nós Frades Menores nos propusemos viver, em cada tempo a forma de vida que nosso S. Francisco viveu e propôs a seus filhos, aprovada pela Igreja, e que consiste em viver segundo o Evangelho. Para alcançar esse propósito nos é dada uma preciosa ajuda: as renovadas Constituições Gerais. Essas são uma contínua actualização da Regra para nosso tempo, indispensáveis para guardar e actualizar nossa identidade de Frades Menores.

Cântico e entrada das Constituições Gerais

Leitura das Constituições Gerais OFM

Artigo 10
A interpretação autêntica da Regra de S. Francisco é reservada à Santa Sé. Ao Capítulo Geral, porém, compete o direito de adaptar a regra aos novos tempos e de fazer interpretações que, no entanto, necessitam da aprovação da mesma Santa Sé.
Artigo 12
§1 As Constituições Gerais apresentam as normas fundamentais que, em toda a parte, devem ordenar, segundo a Regra, a vida de todos os irmãos.
§2 Todos os irmãos se esforcem por observar, com o maior cuidado, as leis contidas nestas Constituições Gerais. Sem sua fiel observância, torna-se difícil chegar à comunhão fraterna e à perfeição evangélica, segundo o estilo próprio da Ordem.

(Pode acrescentar-se Artigo 4§1-2 CCGG OFM)

Momento de silêncio

5 – RENOVAR, CADA DIA, NOSSA PROFISSÃO

Comentário:
Nossa vocação é compromisso pessoal e cotidiano. Por isso, somos convidados a fazer memória de nossa Profissão, para dar a Deus aquela resposta nova que Ele espera de nós, em cada nova fase de nossa vida. Renovando cotidianamente a fórmula da Profissão, actualizamos, cada dia, nossa resposta. Deixemos ressoar em nós as palavras da Profissão para que se tornem a nossa vida.

Entrada do Círio pascal aceso

Leitura das Constituições Gerais OFM

Artigo 5§1
Levando à maior plenitude a consagração baptismal e respondendo ao chamamento divino, os irmãos entregam-se totalmente a Deus, sumamente amado, pela profissão da obediência, da pobreza e da castidade, que dever ser vivida segundo o espírito de S. Francisco; contraem uma aliança com Deus, e sua vida se torna, por toda a existência, um sacrifício oferecido a deus, na caridade.

Breve silêncio

Cada um acende sua vela no Círio e todos juntamente renovam a Profissão:

Omnipotente, santíssimo, altíssimo e sumo Deus,
Santo e justo, Senhor do céu e da terra,
Te bendigo e te rendo graças
porque com a força do teu amor
me chamaste a seguir
as pegadas do teu Filho dilecto,
o Senhor Jesus Cristo,
na forma de vida que inspiraste ao teu servo Francisco.

Com a força do Espírito Santo,
renovo hoje diante de ti,
com todo o ardor do coração,
o voto de viver em obediência
sem nada de próprio e em castidade.
ao mesmo tempo, reafirmo o compromisso
de professar a vida e a Regra dos Frades Menores
Confirmada pelo Papa Honório,
segundo as Constituições da nossa Ordem.

Pai santo, concede que,
sustentado por Maria Imaculada,
Virgem feita Igreja e modelo da vida consagrada,
pela intercessão do pai S. Francisco e de todos os Santos,
com a ajuda dos irmãos,
persevere até ao fim no santo propósito
e, por tua graça unicamente,
chegue a Ti, ó Altíssimo,
que na Trindade perfeita e na Unidade simples
vives e reinas glorioso pelos séculos dos séculos.
Ámen.

Leitura das Constituições Gerais OFM

Artigo 19
§1 Fiéis à sua Profissão, na oração os irmãos seguem a Cristo, que rende infinitas graças ao Pai e “vive sempre para interceder por nós”.
§2 Seguindo os passos de S. Francisco, que se transformou “não só em orante, mas na própria oração”, removendo todos os obstáculos e rejeitando todos os cuidados e preocupações, os irmãos sirvam, amem, honrem adorem o Senhor Deus de coração limpo e mente pura, porquanto, “é necessário orar sempre sem nunca esmorecer”, “pois tais são os adoradores que o Pai procura”.

CONCLUSÃO: Bênção com o Santíssimo e Cântico final.


In Cúria Geral OFM, Subsídios do Definitório Geral, Nossa Identidade Franciscana, Roma 2012, p. 17-23.

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