Retalhos Como Francisco e Clara de Assis, a Fraternidade a todos saúda em Paz e Bem!Retalhos

14 de junho de 2025

DOMINGO DA SANTÍSSIMA TRINDADE

DOMINGO DA SANTÍSSIMA TRINDADE 

“Santíssima Trindade”, por Nicolò Semitecolo – Museu Diocesano de Pádua (Itália)

Introdução à Liturgia:

Celebrar a Santíssima Trindade não é um convite a decifrar o mistério que se encerra num “Deus único em três pessoas”; Pelo contrário, é um convite a contemplar o Deus que é amor, que é família, que é comunidade e que criou o homem para o fazer participar desse mistério de amor. Como Deus é amor, também nós fomos criados e chamados a uma comunhão de amor que tem em Deus o seu centro e a sua plenitude.

 Introdução às Leituras:

A primeira leitura, tomada do livro dos Provérbios, fala-nos da contemplação do Deus criador sobre a obra criada. A sua bondade e o seu amor estão inscritos e manifestam-se aos homens na beleza e na harmonia das obras criadas. Em Jesus Cristo, a plena sabedoria de Deus, sentimos que todas as obras criadas são um hino e um testemunho do Seu amor, tal como S. Francisco o canta no Cântico do Irmão Sol..

Na segunda leitura, Paulo diz-nos na Carta aos Romanos que todos somos justificados em Cristo e assim, o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que a todos foi concedido.

O  Evangelho  convoca-nos, uma vez mais, à contemplação do  amor  do  Pai,  que  se manifesta através da doação do Filho que, presente no mundo, continua a acompanhar a nossa caminhada, tal como prometeu aos Seus discípulos, através do Espírito Santo, a plena sabedoria de Deus. A Igreja é o fruto dessa promessa em caminhada.

Padre João Lourenço, OFM

11 de junho de 2025

SOLENIDADE DO PENTECOSTES

 SOLENIDADE DO PENTECOSTES

(08.06.2025)


Introdução à Liturgia:

O Espírito Santo é o grande dom que Deus faz à sua Igreja. É por Ele que somos congregados na Comunhão e na unidade e assim podemos testemunhar no mundo o amor e a esperança do Ressuscitado. Celebrar o Pentecostes é celebrar as origens da Igreja, do novo povo de Deus que o Espírito renova e congrega na comunhão.

 Introdução à Leituras:


A primeira leitura mostra-nos como a Comunidade reunida em nome do Senhor Jesus recebe o dom do Espírito Santo, a nova Lei do ressuscitado que é a fonte dessa vida nova. É por Ele que a vida dos fiéis ganha um novo sentido e se tornam testemunhos vivos de Cristo.

 Na segunda leitura, Paulo ajuda os crentes de Corinto a reconhecerem a ação do Espírito Santo em cada um dos batizados. A diversidade de ministérios e de dons é uma riqueza grande para a Igreja. A finalidade de todos esses carismas é o contributo para que a comunidade cresça na comunhão e no serviço fraterno, vencendo o medo, os uniformismos paralisantes e as tentativas, sempre presentes, de querer controlar a força da fé. 

 O Evangelho apresenta-nos a comunidade cristã, reunida à volta de Jesus ressuscitado. Para S. João, esta comunidade passa a ser uma comunidade viva, recriada no dom do Espírito. É pelo Espírito que a Comunidade vence o medo, se torna testemunha viva da força de Deus no mundo e construtora da harmonia e da paz.

Padre João Lourenço, OFM

1 de junho de 2025

SOLENIDADE DA ASCENSÃO DO SENHOR

 SOLENIDADE DA ASCENSÃO DO SENHOR

01.06.2025 – ANO C





Introdução à Liturgia:

    A Igreja celebra neste domingo a Solenidade da Ascensão do Senhor, de acordo com o calendário que S. Lucas nos narra no livro dos Atos dos Apóstolos. Trata-se de um calendário ‘teológico’ e não cronológico como nós o entendemos. Para Lucas, a Ascensão é a plenitude do mistério pascal. Quarenta dias após a Páscoa, Jesus é elevado para Deus, tendo realizado a missão que o Pai lhe confiou. Foi durante 40 dias que Ele se preparou para a missão; é por 40 dias que Ele a leva à plenitude. O simbolismo do número quer mostrar essa plenitude do mistério e da missão realizada.

 Introdução às Leituras:

    A primeira leitura apresenta-nos a cena e deixa-nos a teologia da mensagem essencial desta festa: Jesus, depois de ter apresentado ao mundo o projeto do Pai, entrou na vida definitiva da comunhão com Deus. É esta vida que Ele anunciou e promete a todos os que percorrem o mesmo "caminho" que Ele percorreu. Os discípulos não podem ficar a olhar para o céu, esperando que de lá venha a transformação do mundo. Isso acontece pelo empenho e pelo vigor do seu testemunho.

    A segunda leitura convida os discípulos a terem consciência da esperança a que foram chamados; eles devem fazer com que essa esperança seja para eles a força dinamizadora das suas vidas, capaz de transformar o mundo para que este cresça até à plenitude de Deus.

    No Evangelho, Jesus apresenta-se como o Messias que deve ser anunciado a todos os povos. Esse anúncio centra-se no arrependimento e no perdão dos pecados que são os dons que os discípulos devem testemunhar e que o Espírito Santo há de fortalecer. É está a missão da Igreja que, presente no mundo, dá continuidade ao mandato do Senhor.

Padre João Lourenço, OFM

6º DOMINGO DO TEMPO PASCAL

6º DOMINGO DO TEMPO PASCAL

(25 de maio) 

Introdução à Liturgia:

A liturgia de hoje, quase na conclusão do tempo pascal e antecedendo a celebração da Ascensão do Senhor, interpela-nos para o testemunho da Comunidade das origens que, confrontada com os problemas que resultam da diversidade cultural e social daqueles que aderem ao Senhor, busca no consenso da fé e na oração encontrar os caminhos da unidade e da fidelidade. É nesta busca da harmonia no amor e na fidelidade que devemos caminhar e testemunhar a nossa fé.

Introdução às Leituras:

          A 1ª leitura da eucaristia de hoje narra-nos uma experiência muito bela e motivadora: as comunidades das origens tiveram a alegria de sentir que os seus Pastores, os Apóstolos, lhes ensinaram a seguir Jesus sem ficarem presas ao peso da tradição e dos costumes judeus de então. Aderir a Jesus era uma experiência de comunhão que tudo relativiza, pois só em Jesus está a salvação.

          Na continuação do domingo passado, a 2ª leitura, do livro do Apocalipse, fala-nos da nova Jerusalém, onde simbolicamente se congrega o novo povo de Deus, reunido à volta de Cristo. Trata-se de um mundo novo que se constrói a partir do Mistério pascal do Senhor.

    Amor e Palavra’ são duas realidades intrínsecas ao Evangelho. Hoje, São João, no texto evangélico que escutamos, faz-nos compreender que não é possível guardar e pôr em prática a palavra de Jesus se isso não se traduzir num testemunho de amor. É esse testemunho que faz presente na história a ressurreição do Senhor. É pela sua palavra que construímos a verdadeira paz entre todos.

Padre João Lourenço, OFM

5º DOMINGO DA PÁSCOA

 5º DOMINGO DA PÁSCOA

(18 de maio)

"Judas Deja El Cenáculo" de James Tissot
 Introdução à Liturgia:

A celebração da nossa eucaristia de hoje, integrada neste tempo pascal que nos faz viver as alegrias da ressurreição do Senhor, renova em nós o apelo de Jesus aos seus discípulos: ‘o sinal que servirá de testemunho da nossa fé é o amor’. A comunidade cristã, reunida no Senhor Jesus, deve dar este testemunho, sem o qual a nossa fé deixa de ter sentido e conteúdo. É o amor que dá identidade, alento e esperança à nossa vida. É através dele que faremos os novos céus e a nova terra.

Introdução às Leituras:

          O anúncio da Boa-Nova, como nos mostra a 1ª leitura, constituiu o centro da missão de Paulo e Barnabé junto das comunidades. É assim que a Igreja se consolida, animada pelo Espírito do ressuscitado que vai fortalecendo os crentes na sua caminhada e leva os Apóstolos a percorrerem sem medo as longas distâncias por onde difundem a fé no Senhor Jesus. 

          A 2ª leitura, do livro do Apocalipse, fala-nos dos ‘novos céus e da nova terra’, sinal da nova criação que Deus oferece àqueles que aderem a Jesus Cristo, o Cordeiro imolado. Toda a humanidade, a partir de Cristo, é chamada a construir uma nova terra que tem como programa o Evangelho e se vive na plenitude da comunhão com Deus e com os irmãos.

    O Evangelho fala-nos da paixão como glorificação, já que em Jesus Deus será glorificado e pelo mandamento do amor também os discípulos são glorificados no Mestre. O mandamento do amor, como sinal definitivo da fé em Jesus, é o testemunho que devemos dar ao mundo, testemunhando a nossa comunhão plena com Deus. É isso que o mundo precisa e espera de nós.

Padre João Lourenço, OFM

 
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