DOMINGO DA SANTÍSSIMA TRINDADE
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“Santíssima Trindade”, por Nicolò Semitecolo – Museu Diocesano de Pádua (Itália) |
Introdução à Liturgia:
Celebrar a Santíssima
Trindade não é um convite a decifrar o mistério que se encerra num “Deus único em
três pessoas”; Pelo contrário, é um convite a contemplar o Deus que é amor, que
é família, que é comunidade e que criou o homem para o fazer participar desse
mistério de amor. Como Deus é amor, também nós fomos criados e chamados a uma
comunhão de amor que tem em Deus o seu centro e a sua plenitude.
A primeira leitura, tomada do livro dos Provérbios, fala-nos da
contemplação do Deus criador sobre a obra criada. A sua bondade e o seu amor
estão inscritos e manifestam-se aos homens na beleza e na harmonia das obras
criadas. Em Jesus Cristo, a plena sabedoria de Deus, sentimos que todas as
obras criadas são um hino e um testemunho do Seu amor, tal como S. Francisco o
canta no Cântico do Irmão Sol..
Na segunda leitura, Paulo diz-nos
na Carta aos Romanos que todos somos justificados em Cristo e assim, o amor de
Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que a todos foi concedido.
O Evangelho convoca-nos,
uma vez mais, à contemplação do amor do Pai, que
se manifesta através da doação do Filho que, presente no mundo, continua
a acompanhar a nossa caminhada, tal como prometeu aos Seus discípulos, através
do Espírito Santo, a plena sabedoria de Deus. A Igreja é o fruto dessa promessa
em caminhada.
Padre João Lourenço, OFM