23 de junho de 2019
SOLENIDADE DO CORPO DE DEUS
Introdução
à Liturgia:
A Igreja celebra hoje a solenidade do
Corpo de Deus, convidando todos os fiéis a dedicar à Eucaristia um dia solene,
de modo que este mistério da presença do Senhor assuma a centralidade da vida
comunitária. A Igreja vive da Eucaristia e para a Eucaristia. Hoje, reunimo-nos
em festa e celebramos esta presença do Senhor no meio de nós.
Introdução
às Leituras:
A Eucaristia é um dom, expressão da
aliança e da comunhão entre Deus e o Seu povo. No texto da 1ª leitura,
encontramos já, de forma simbólica, essa dimensão do dom e da gratuidade de
Deus para connosco, retribuída pelo de Abraão.
A segunda leitura, da 1ª Carta aos Coríntios,
Paulo oferece-nos o primeiro texto escrito que chegou até sobre a instituição
da Eucaristia. É este texto que se perpetua em cada celebração, constituindo
uma das passagens mais significativas do Novo Testamento.
No evangelho, S. Lucas, fala-nos da multiplicação
dos pães. Jesus pede aos discípulos que dêem de comer à multidão que O procura.
Nesse imperativo está uma das dimensões importantes da Eucaristia: Ela é
alimento para todos e todos nós devemos levá-la ao mundo que tem fome de Deus.
Publicada por OFS LUZ à(s) 16:33:00 0 comentários
17 de junho de 2019
DOMINGO DA SANTÍSSIMA TRINDADE
Pintura de Dürer, intitulada Adoração da Santíssima Trindade.1511. (Museu de História da Arte em Viena) |
Celebrar a Santíssima
Trindade não é um convite a decifrar o mistério que se encerra num “Deus único em
três pessoas”; Pelo contrário, é um convite a contemplar o Deus que é amor, que
é família, que é comunidade e que criou o homem para o fazer participar desse
mistério de amor. Como Deus é amor, também nós fomos criados e chamados a uma
comunhão de amor que tem em Deus a sua plenitude.
Introdução às
Leituras:
A primeira leitura fala-nos da contemplação
do Deus criador. A sua bondade e o seu amor estão inscritos e manifestam-se aos
homens na beleza e na harmonia das obras criadas. Em Jesus Cristo, a plena
sabedoria de Deus, sentimos que todas as obras criadas são um hino e um
testemunho do Seu amor.
Na segunda leitura, Paulo diz-nos
na Carta aos Romanos que todos somos justificados em Cristo e assim, o amor de
Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que a todos nos foi
dado.
O Evangelho convoca-nos,
uma vez mais, à contemplação do amor do Pai, que
se manifesta através da doação do Filho que, presente no mundo, continua
a acompanhar a nossa caminhada, tal como prometeu aos Seus discípulos. A Igreja
é o fruto dessa promessa em caminhada.
Padre João Lourenço, OFM
Publicada por OFS LUZ à(s) 09:41:00 0 comentários
14 de junho de 2019
11 de junho de 2019
SOLENIDADE DO PENTECOSTES
Introdução à
Liturgia:
O Espírito Santo é o grande dom que Deus faz
à sua Igreja. É por Ele que somos congregados na Comunhão e podemos testemunhar
no mundo o Cristo Ressuscitado. Celebrar o Pentecostes é celebrar as origens da
Igreja, do novo povo de Deus que o Espírito renova e congrega na comunhão.
Introdução
à Leituras:
A primeira leitura mostra-nos como a Comunidade reunida em nome do Senhor Jesus recebe o dom do Espírito Santo, a nova Lei do ressuscitado que é a fonte dessa vida nova. É por Ele que a vida dos fiéis ganha um novo sentido e se tornam testemunhos vivos de Cristo.
Na segunda leitura, Paulo ajuda os crentes
de Corinto a reconhecerem a acção do Espírito Santo em cada um dos baptizados.
A diversidade de ministérios e de dons é uma riqueza grande para a Igreja. A
finalidade de todos esses carismas é o contributo para que a comunidade cresça
na comunhão e no serviço fraterno.
O Evangelho apresenta-nos a comunidade
cristã, reunida à volta de Jesus ressuscitado. Para S. João, esta comunidade
passa a ser uma comunidade viva, recriada, nova, a partir do dom do Espírito. É
pelo Espírito que a Comunidade vence o medo, se torna testemunho vivo da força
de Deus no mundo e construtora da harmonia e da paz.
Padre João Lourenço, OFM
Publicada por OFS LUZ à(s) 09:51:00 0 comentários
5 de junho de 2019
31 de maio de 2019
SOLENIDADE DA ASCENSÃO DO SENHOR
Ícone búlgaro do século XVI mostrando a Virgem Maria abaixo de Jesus na cena da ascensão. |
Introdução
à Liturgia:
A Igreja celebra neste domingo a
Solenidade da Ascensão do Senhor, seguindo assim a perspectiva que S. Lucas nos
narra no livro dos Actos doa Apóstolos. Para S. Lucas, a Ascensão é a plenitude
do mistério pascal. Quarenta dias após a Páscoa, Jesus é elevado para Deus,
tendo realizado a missão que o Pai lhe confiou. Foi durante 40 dias que Ele se
preparou para a missão; é por 40 dias que Ele a leva à plenitude. O simbolismo
do número quer mostrar essa plenitude do mistério e da missão realizada.
Introdução
às Leituras:
A primeira leitura apresenta-nos a cena
e deixa-nos a teologia da mensagem essencial desta festa: Jesus, depois de ter
apresentado ao mundo o projecto do Pai, entrou na vida definitiva da comunhão
com Deus. É esta vida que Ele anunciou e promete a todos os que percorrem o
mesmo "caminho" que Ele percorreu. Os discípulos não podem ficar a
olhar para o céu, esperando que de lá venha a transformação do mundo. Isso
acontece pelo empenho e pelo vigor do seu testemunho.
A segunda leitura convida os discípulos
a terem consciência da esperança a que foram chamados; eles devem fazer com que
essa esperança seja para eles a força dinamizadora das suas vidas, capaz de
transformar o mundo para que este cresça até à plenitude de Deus.
Padre João Lourenço, OFM
Publicada por OFS LUZ à(s) 14:40:00 0 comentários
Crónicas da Vida da Fraternidade
Fraternidade
de S. Francisco à Luz
Seminário da Luz
Largo da Luz nº 11
LISBOA
Crónicas da Vida
da Fraternidade
Passeio Pascal da Fraternidade - 2019
Programa
6ª feira,
3 de maio - Lisboa – Huelva
08:00
- Partida do Seminário da Luz, com destino a Huelva. Alojamento ao hotel NH Luz
de Huelva. 14:00 - Almoço num restaurante local em Punta Úmbria. Rota de
Colombo (Ruta Colombina): Convento Franciscano de La Rábida, Palos de la
Frontera, Muelle de las Carabelas, Monumento de La Fé Descubridora, Sanctuário
de Nuestra Senõra de La Cinta; 20:00 - Jantar no restaurante do Parador de
Mazagón. Regresso ao hotel NH Luz de Huelva.
Sábado,
4 de maio: Huelva – Sevilha
Pequeno-almoço
no hotel NH Luz de Huelva; Partida para Sevilha, às 09:00. Alojamento na
Hospedaria do Convento Franciscano do Loreto e no Exe
Gran Hotel Solucar; Visita guiada à Praça de Espanha, Torre del Oro e Torre
da Giralda; 14:00 - Almoço num restaurante local; Visita ao Real Alcazar,
Parque Maria Luísa, Bairro de Santa Cruz e Igreja e Convento dos Terceiros.
20:00 - Jantar no Exe Gran Hotel Solucar.
Domingo,
5 de maio: Sevilha – Lisboa
Pequeno-almoço
no Exe Gran Hotel Solucar, 10:00 - Visita ao Santuário de Nuestra Senõra del
Loreto. Visita à Catedral de Sevilha; Eucaristia; 14:00 - Almoço num
restaurante na Triana, junto ao rio Guadalquivir; tarde livre com partida para
Lisboa às 16:00;
Às
oito horas (não digo em ponto, mas quase), saiu da porta principal do Seminário
da Luz, o autocarro, conduzido pelo Sr. Vítor, rumo a terras de Espanha.
A
Fraternidade da Ordem Franciscana Secular de S. Francisco à Luz iria, como já é
costume, realizar o seu passeio a seguir à Páscoa. Este ano com a duração de
três dias. Irmãos, familiares e amigos enchiam o autocarro.
Cumprindo
o programa, chegamos a Huelva. Foi um dia de história.
Falou-se
de Cristóvão Colombo. Da sua permanência na Ilha da Madeira, onde casou com a
filha de Bartolomeu Perestrelo. Da sua tentativa de convencer D. João II de
Portugal a apoiar uma viagem a terras do Oriente e, posteriormente, a oferecer
os seus préstimos de navegador aos Reis Católicos, Isabel e Fernando de Espanha.
Sabemos que foi difícil convence-los. Acabaram por patrocinar o seu projeto com
a intervenção de Frei Juan Perez, franciscano. Assim, com as três caravelas – la
Pinta, la Niña e la Santa Maria, rumou através do Oceano Atlântico, com o
propósito de chegar à India.
E
nesta descoberta da “Ruta Colombina”,
visitámos o Convento de Santa Maria de
La Rábida que, por esse tempo, era habitado por Frades da Ordem
Franciscana. Situa-se em Palos de la Frontera, na província de Huelva.
Cristovão
Colombo aí viveu algum tempo. Aproveitando a guarida que os Franciscanos lhe
deram, estudou melhor o seu plano, conheceu gente do mar habituada a conviver
com o AtLântico, que também o ajudou. Mas foi, como acima mencionado, Frei Juan
Perez, Franciscano, que lhe abriu as portas da Corte Real, para que o seu sonho
fosse realizado.
Neste
Convento Franciscano, habitado por uma Comunidade da Ordem dos Frades Menores,
fomos gentilmente recebidos pelo seu Guardião, Frei Joaquín Domínguez. Tivemos
a Eucaristia à tardinha e conhecemos Irmãos da Fraternidade da OFS local, que
aí tem a sua sede. Acolheram-nos com muita simpatia e estiveram connosco
enquanto visitamos o Convento. O
ambiente de simplicidade e de silêncio, proporcionou-nos uma noite tranquila.
Um pormenor que eu achei delicioso: Cada quarto era identificado, não por um
número, mas sim, pelo o nome de um santo franciscano. O meu era “Santa Inês de Assis” (a irmã de Santa
Clara), por quem tenho um carinho especial. Acho que foi um miminho da parte
dela… não foi por acaso, penso eu.
Era
domingo, O III da Páscoa. Participámos na celebração Eucarística, na Catedral.
Foi um momento de muita paz interior.
.
E chegou
a hora do regresso. Sevilha buliçosa e bela, nem deu pela nossa partida. Mas
connosco veio o seu encanto. Tudo o que é belo deixa marca. E a boa disposição
com que entrámos no autocarro era sinal disso mesmo. As senhoras com os cabelos
adornados com flores coloridas, muito ao jeito sevilhano, (repolhos no dizer de Frei
João Lourenço), iam mostrando os “abanicos” (leques) e outros “recuerdos” que
tinham comprado.
PAZ e
BEM!
Glória ao Altíssimo, Omnipotente e Bom
Senhor…
maria clara, ofs
5MAIO2019
Publicada por OFS LUZ à(s) 12:16:00 0 comentários
Crónicas da Vida da Fraternidade
Fraternidade
de S. Francisco à Luz
Seminário da Luz
Largo da Luz nº 11
LISBOA
Crónicas da vida da Fraternidade
Retiro Quaresmal (reunião mensal da Fraternidade)
Lisboa,
dia 16 março 2019
Local: Convento da Imaculada Conceição – Sala
Santos Mártires de Marrocos
Tema: “A Bênção da Irmã Terra” – Mensagem do Papa Francisco, para a Quaresma
de 2019
Pregador: Frei João Lourenço, OFM – Assistente
Espiritual da
Fraternidade da OFS, de S. Francisco à Luz
_______________________________________________________
O Retiro Quaresmal da Fraternidade,
previsto no Plano de Vida e Ação deste ano, chegou finalmente. E, talvez pelo
tema que conduziria a nossa reflexão, a natureza, em todo o seu esplendor,
encheu de brilho os recantos do jardim do Convento, para melhor podermos
meditar.
E o programa foi o seguinte:
09:30
– Acolhimento
10:00
– Laudes c/ reflexão
11:15
– 1ª Reflexão Temática
12:00
– Adoração Eucarística
13:15
– Almoço
14:30
– 2ª Reflexão Temática
15:15
– Tempo de Reflexão Pessoal
16:00
– Partilha
16:30
– Eucaristia
17:15
– Encerramento
Dia dezasseis de março do ano dois mil e dezanove.
Os Irmãos e outros Amigos, foram chegando. À hora prevista a sala dos Santos
Mártires de Marrocos, estava quase repleta. O espaço foi devidamente preparado
para este encontro. Os Irmãos da Fraternidade iam acolhendo quem chegava.
Depois da Oração de Laudes, Frei João Lourenço
apontou três motivações, para que cada um criasse dentro de si espaço e
ambiente, para uma reflexão mais profunda: descobrir
a beleza e a gratuidade da criação; contemplação
- beleza e gratuidade, desafio a descobrir a harmonia da natureza; e,
ainda, um convite para resistir ao
consumo.
Palavras tão simples, que certamente até fazem
parte do nosso vocabulário diário, mas que quase não se sentem. É como se o
cenário deslumbrante em que nos movemos, seja apenas um bem merecido, sem
necessidade de agradecer, de louvar o Criador por tanta beleza. É urgente que se interiorize a obrigação de
conservar esta “Casa Comum”.
O Papa Francisco, na sua Mensagem a todo o Povo de
Deus, para a Quaresma, inspirou-se no nosso pai S. Francisco para alertar que a
Irmã Terra é a casa de todos. “Deus nunca
abandona a Sua Obra nem se arrepende de a ter criado” – sublinhou Frei João
Lourenço. Porém, nem sempre assim se pensa. Parece que tudo nos foi dado para
usarmos bem ao nosso jeito… e, se estragarmos, paciência. Alguém tratará disso.
Mas, “pecado” é também este uso desordenado do
espaço que foi dado ao homem para viver tranquilo. É usar, simplesmente, quando
sente necessidade, sem contemplar e agradecer.
Por isso S. Francisco foi um homem feliz. Ele amou
Deus começando por Lhe agradecer, por se extasiar com tudo o que Ele criou. E
sentiu também que era amado por Ele, pela beleza que o rodeava. O sol, as
estrelas, a natureza e os demais seres vivos, eram seus irmãos. Deus, o Pai,
tudo preparou para que houvesse harmonia. A casa comum, por Ele criada com amor, deve ser considerada
o abrigo de todos.
Nos intervalos das reflexões, passeando pelo
jardim, na meditação individual, saboreavam-se as palavras escutadas.
O momento de Adoração ao Santíssimo é sempre
aguardado. Uma pausa para estar perto do Senhor, mesmo que nada se diga. É uma
intimidade que cada um vive a seu modo. É um momento para um encontro. Um
momento de verdade. Olhos nos olhos. ELE está ali. A emoção, por vezes, faz
esquecer as palavras de louvor, de agradecimento e de petição. Mas o silêncio,
a paz que se vive junto ao Senhor naquela hora, torna o colóquio ainda mais
profundo.
A Eucaristia, presidida pelo Assistente Espiritual
da Fraternidade, foi muito participada. Houve festa. A capelinha estava cheia. Cantou-se.
Lembraram-se os Irmãos ausentes. Foi o encerramento dum dia muito bom.
O Retiro terminou. A Irmã Natureza sorriu. Sentia
que todos a contemplavam agora de um jeito mais fraterno. E partimos serenos e
de coração cheio. Paz e Bem! Palavras de despedida.
O pai S. Francisco, a nós se juntou. Rezou
connosco. Partilhou a nossa alegria. Louvou connosco o Deus Altíssimo…
Altíssimo, Omnipotente e bom Senhor…
maria clara,
ofs
16MARÇO2019
Publicada por OFS LUZ à(s) 11:46:00 0 comentários
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