Fraternidade
de S. Francisco à Luz
Seminário da Luz
Largo da Luz nº 11
LISBOA
Crónicas da vida da Fraternidade
Retiro Quaresmal (reunião mensal da Fraternidade)
Lisboa,
dia 16 março 2019
Local: Convento da Imaculada Conceição – Sala
Santos Mártires de Marrocos
Tema: “A Bênção da Irmã Terra” – Mensagem do Papa Francisco, para a Quaresma
de 2019
Pregador: Frei João Lourenço, OFM – Assistente
Espiritual da
Fraternidade da OFS, de S. Francisco à Luz
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O Retiro Quaresmal da Fraternidade,
previsto no Plano de Vida e Ação deste ano, chegou finalmente. E, talvez pelo
tema que conduziria a nossa reflexão, a natureza, em todo o seu esplendor,
encheu de brilho os recantos do jardim do Convento, para melhor podermos
meditar.
E o programa foi o seguinte:
09:30
– Acolhimento
10:00
– Laudes c/ reflexão
11:15
– 1ª Reflexão Temática
12:00
– Adoração Eucarística
13:15
– Almoço
14:30
– 2ª Reflexão Temática
15:15
– Tempo de Reflexão Pessoal
16:00
– Partilha
16:30
– Eucaristia
17:15
– Encerramento
Dia dezasseis de março do ano dois mil e dezanove.
Os Irmãos e outros Amigos, foram chegando. À hora prevista a sala dos Santos
Mártires de Marrocos, estava quase repleta. O espaço foi devidamente preparado
para este encontro. Os Irmãos da Fraternidade iam acolhendo quem chegava.
Depois da Oração de Laudes, Frei João Lourenço
apontou três motivações, para que cada um criasse dentro de si espaço e
ambiente, para uma reflexão mais profunda: descobrir
a beleza e a gratuidade da criação; contemplação
- beleza e gratuidade, desafio a descobrir a harmonia da natureza; e,
ainda, um convite para resistir ao
consumo.
Palavras tão simples, que certamente até fazem
parte do nosso vocabulário diário, mas que quase não se sentem. É como se o
cenário deslumbrante em que nos movemos, seja apenas um bem merecido, sem
necessidade de agradecer, de louvar o Criador por tanta beleza. É urgente que se interiorize a obrigação de
conservar esta “Casa Comum”.
O Papa Francisco, na sua Mensagem a todo o Povo de
Deus, para a Quaresma, inspirou-se no nosso pai S. Francisco para alertar que a
Irmã Terra é a casa de todos. “Deus nunca
abandona a Sua Obra nem se arrepende de a ter criado” – sublinhou Frei João
Lourenço. Porém, nem sempre assim se pensa. Parece que tudo nos foi dado para
usarmos bem ao nosso jeito… e, se estragarmos, paciência. Alguém tratará disso.
Mas, “pecado” é também este uso desordenado do
espaço que foi dado ao homem para viver tranquilo. É usar, simplesmente, quando
sente necessidade, sem contemplar e agradecer.
Por isso S. Francisco foi um homem feliz. Ele amou
Deus começando por Lhe agradecer, por se extasiar com tudo o que Ele criou. E
sentiu também que era amado por Ele, pela beleza que o rodeava. O sol, as
estrelas, a natureza e os demais seres vivos, eram seus irmãos. Deus, o Pai,
tudo preparou para que houvesse harmonia. A casa comum, por Ele criada com amor, deve ser considerada
o abrigo de todos.
Nos intervalos das reflexões, passeando pelo
jardim, na meditação individual, saboreavam-se as palavras escutadas.
O momento de Adoração ao Santíssimo é sempre
aguardado. Uma pausa para estar perto do Senhor, mesmo que nada se diga. É uma
intimidade que cada um vive a seu modo. É um momento para um encontro. Um
momento de verdade. Olhos nos olhos. ELE está ali. A emoção, por vezes, faz
esquecer as palavras de louvor, de agradecimento e de petição. Mas o silêncio,
a paz que se vive junto ao Senhor naquela hora, torna o colóquio ainda mais
profundo.
A Eucaristia, presidida pelo Assistente Espiritual
da Fraternidade, foi muito participada. Houve festa. A capelinha estava cheia. Cantou-se.
Lembraram-se os Irmãos ausentes. Foi o encerramento dum dia muito bom.
O Retiro terminou. A Irmã Natureza sorriu. Sentia
que todos a contemplavam agora de um jeito mais fraterno. E partimos serenos e
de coração cheio. Paz e Bem! Palavras de despedida.
O pai S. Francisco, a nós se juntou. Rezou
connosco. Partilhou a nossa alegria. Louvou connosco o Deus Altíssimo…
Altíssimo, Omnipotente e bom Senhor…
maria clara,
ofs
16MARÇO2019
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