(17/07/2022)
Celebrar a eucaristia é sempre um momento de
acolhimento que dispensamos a Deus e aos Irmãos. Celebrar, é dar uma dimensão
fraterna à nossa fé, partilhá-la com os Irmãos. Para além das interpelações que
a Palavra de Deus nos coloca, vamos também fazer desta Eucaristia um momento de
ação de graças pelo trabalho realizado pela Ordem Franciscana Secular que hoje
vai encerrar as suas atividades deste ano pastoral 2021-2022. Para além deste
momento de louvor, vamos também refletir sobre a Sinodalidade como momento que
nos interpela na nossa forma de ser igreja.
A 1ª leitura, do livro dos Génesis, fala-nos da visita
que os três personagens fizeram a Abraão e que os Padres da Igreja
identificaram como sendo a imagem da Trindade. É uma visita que testemunha a
gratuidade de Deus para com todos aqueles que acolhem e se abrem à Sua presença
e à Sua passagem.
Continuando a ler a Carta aos Colossenses, S. Paulo
fala-nos da universalidade da salvação de que ele é testemunho e também
mensageiro. Por isso, ele sente esta profunda comunhão com Cristo que o leva a
proclamar: completo na minha carne a dores de Cristo em prol da Igreja, dos
Irmãos.
Na Sagrada Escritura, tanto no Antigo como no Novo
Testamento, encontramos muitas vezes a mensagem dos dois caminhos, ou também,
como sucede hoje, dos dois modelos: o serviço e a escuta; o trabalho e a
adoração; a partilha e a contemplação. A resposta de Jesus diz-nos que tudo
nasce da escuta da Palavra. São Francisco viveu intensamente essa escuta e
convida os seus Irmãos a escutarem sempre o Senhor.
Padre João Lourenço, OFM