Retalhos Como Francisco e Clara de Assis, a Fraternidade a todos saúda em Paz e Bem!Retalhos

12 de agosto de 2024

19º Domingo do Tempo Comum

 11 de agosto de 2024 - Ano B


Introdução à Liturgia:

     A fé em Jesus, não é uma realidade trivial, mas antes uma experiência profunda, que toca a vida toda, daqueles que acreditam. É uma opção existencial, pela qual, conferimos à nossa caminhada existencial um sentido que vai para além do imediato do dia-a-dia. A fé confere à vida um sentido de totalidade e de plenitude que se alimenta de Cristo, o pão que sacia a nossa fome de sentido e de comunhão.

 Introdução às Leituras:

     A primeira leitura, do Livro dos Reis, fala-nos da caminhada de Elias no deserto, e da sensação de cansaço e desânimo que sentiu no decurso da sua caminhada. Mas, tal como outrora ao povo de Israel, Deus assiste aqueles que lutam pelas Suas causas, de forma que não lhes falta a força nem a esperança para realizarem a sua missão.

     Na segunda leitura, S. Paulo aponta-nos, tal como outrora aos Efésios, uma lista de princípios e de comportamentos morais e fraternos que devem constituir o paradigma de vida da comunidade. Tudo isso tem como fundamento o exemplo de Jesus.

     O Evangelho de hoje dá continuidade ao texto do discurso do “Pão da vida,” que Jesus pronuncia na Sinagoga de Cafarnaum, perante a multidão que o segue. Tomando a imagem do maná, e relendo o sinal de outrora numa aplicação direta à sua missão, Jesus apresenta-se como o novo maná, aquele que sacia a fome mais profunda do homem e o conduz à vida plena da comunhão com Deus.

Padre João Lourenço, OFM

5 de agosto de 2024

18º Domingo do Tempo Comum

 4 de agosto de 2024 - Ano B

 Introdução à Liturgia:

     Em pleno tempo de férias, a liturgia trás, até nós, um tema que continua a preocupar o mundo e a Igreja: o tema do Pão, o mesmo é dizer, a questão da fome que, apesar de parecer resolvida, continua a atormentar o mundo. Nas leituras de hoje, Jesus apresenta-se como “o pão do Céu,” mostrando, assim, que há uma fome que está para além do pão material, embora, este, também seja fundamental para o bem da humanidade. Tal como os contemporâneos de Jesus, peçamos também nós: “Senhor, dá-nos sempre deste pão”.   

     Introdução às Leituras:

    Na sua caminhada pelo deserto, em direção à Terra Prometida, o povo de Israel duvida do seu Deus, Aquele que os tinha libertado do Egito. Então, uma vez mais, o Senhor mostra, a este povo, o seu carinho, satisfazendo a sua fome de pão, deixando, assim, um sinal da sua misericórdia. A primeira leitura de hoje, tomada do Livro do Êxodo, dá-nos a prova desta presença do Senhor.

    Na segunda leitura, continuando o texto da Carta aos Efésios, S. Paulo anima os crentes a crescer na fé, mostrando como, agora, deve ser diferente a vida dos convertidos, contrastando assim com as suas atitudes quando eram pagãos e viviam longe de Cristo.

    O Evangelho de hoje, na continuação do capítulo 6º de S. João, que iniciamos no domingo passado, Jesus, apresenta-se como o “Pão do céu,” respondendo, desta forma, a todos aqueles que O procuravam, após a multiplicação dos pães. Jesus, dando-lhes o pão material, quer, agora, dizer a todos os que o seguem e o procuram, que há outro pão, que mata outra fome e, esse pão, vem do amor, da partilha e da comunhão.

Padre João Lourenço, OFM

2 de agosto de 2024

17º Domingo do Tempo Comum

(28/07/2024) 


          Introdução à Liturgia:    

Neste tempo de verão, propício ao descanso e ao reforço das energias pessoais, sucede também, por vezes, que nos desleixamos na partilha e na comunhão de vida, construindo tudo a partir de nós e só a pensar em nós. O reforço das energias pessoais pressupõe também o reforço das energias espirituais, da comunhão e da proximidade. Nestes próximos domingos, a liturgia convida-nos a alimentar a nossa vida também a partir do pão que é Cristo.

           Introdução às Leituras 

A 1ª leitura, do livro dos Reis, fala-nos do profeta Eliseu e da sua proximidade para com os necessitados, exortando à confiança e à partilha. Repartir o pão é um gesto de humanidade pelo qual mostramos que Deus também está próximo daqueles que precisam: eles são o próximo que nos aproxima de Deus.

Na 2ª leitura, tomada da Carta aos Efésios, Paulo convida-nos a cultivar as virtudes humanas da simplicidade e da amabilidade. Tal como Deus é compassivo para connosco, assim o devemos ser para com os Irmãos.

O tema do pão e do alimento percorre toda a Sagrada Escritura, e está bem presente nas palavras de Jesus. O capítulo 6º do evangelho de S. João é todo ele dedicado ao tema do alimento. Jesus é esse alimento de vida e de comunhão que Deus dá ao Seu povo; Ele é o verdadeiro pão, descido do céu, oferecido por Deus.

Padre João Lourenço, OFM 

16º Domingo do Tempo Comum

 (21/07/2024)

           Introdução à Liturgia:    

A liturgia deste domingo realça a importância e a centralidade do tema do serviço e da proximidade que Deus dispensa ao Seu povo. Ele mesmo se apresenta como pastor para servir e estar com os seus fiéis, deixando-nos o exemplo para que aprendamos d’Ele a viver e a servir. Construir comunhão é exatamente isto: servir os Irmãos e estar com Jesus. Hoje, no Mosteiro dos Jerónimos serão ordenados dois novos bispos auxiliares para o Patriarcado de Lisboa. Peçamos ao Senhor para que eles sejam verdadeiros pastores segundo o seu coração. 

          Introdução às Leituras 

A 1ª leitura, tomado do Jeremias, é um apelo aos Pastores do povo de Deus para que saibam reunir na mesma comunhão todos aqueles que o pecado e as marcas da fragilidade humana afastaram da verdadeira comunhão com Cristo.

 Na Carta aos Efésios, Paulo diz-nos que Cristo é a nossa paz e que é a partir d’Ele que nos reconciliamos com Deus. As divisões humanas, os muros que nos separam foram superados em Cristo.

No Evangelho Jesus acolhe os discípulos que voltam do anúncio do Reino e convida-os à partilha e ao repouso, mostrando assim a sua humanidade e a ternura por todos aqueles que se entregam à missão. Como bom pastor, ele conhece as fragilidades de cada um e a todos dispensa a sua misericórdia.

Padre João Lourenço, OFM

18 de julho de 2024

15º Domingo do Tempo Comum

(14/07/2024)

 


Introdução à Liturgia:

A liturgia deste domingo traz até nós o tema do chamamento e do envio, focando as condições daqueles que são enviados para anunciar a Boa-Nova. Os textos fundadores da nossa fé sempre realçam a liberdade interior e a disponibilidade como condições fundamentais para o anúncio. Já assim era com os profetas e, com Jesus essas mesmas condições são ainda mais reforçadas. Como regressar às exigências que Jesus nos propõe?

Introdução às Leituras:

Na 1ª leitura, Amós fala-nos da sua missão e do seu profundo empenho em responder ao chamamento de Deus: “Foi o Senhor que me tomou e me disse: vai e profetiza ao meu povo”. A força da palavra ganha sentido, antes de mais, na própria vida daquele que a anuncia e, nisso, Amós é verdadeiramente exemplar.  

           Na 2ª leitura, da Carta aos Efésios, temos um dos hinos mais belos e mais profundos sobre a nossa condição de eleitos e escolhidos por Deus para o testemunho da Sua caridade e do seu amor para connosco. Todo o mistério da nossa eleição radica em Cristo e é por Ele e n’Ele que somos reconciliados e salvos. Essa é, para Jesus, a glória do Pai.

        No Evangelho, temos o envio dos discípulos e os sinais que eles devem dar no testemunho da sua missão para que esta seja verdadeiramente cristã e tornar-se sacramento da presença e da vinda do Reino. O discípulo deve escutar a Palavra, deixar-se desafiar por ela e, de forma livre e em gratuidade, anunciá-la ao mundo, fazendo dela o seu próprio itinerário de vida. 

Padre João Lourenço, OFM

DOMINGO XIV TEMPO COMUM – 2024

 (07.07.2024)

        Introdução à Liturgia:    

Uma das carências do nosso tempo está no facto de nos faltarem vozes proféticas que nos interpelem para os grandes e decisivos valores da experiência humana e da fé cristã. Num tempo marcado pela avidez do consumo e pela vivência do fugaz e do supérfluo, precisamos de escutar vozes que nos falem de Deus e da mensagem de Jesus. Hoje, através da Palavra de Deus, sentimos esta interpelação e acolhemos este desafio à escuta da voz de Deus.

Introdução às Leituras:

A primeira leitura, do livro de Ezequiel, fala-nos da presença do profeta no Exílio, um tempo de silêncio de Deus e de rebeldia do povo de Israel que não quer escutar a voz de Deus de que o profeta se faz eco. Deixar-se interpelar pelos sinais da história é a forma como Deus nos fala hoje, mesmo quando nos custa escutar a Sua voz.

 Na segunda leitura, da Carta aos Coríntios, Paulo fala-nos das suas fraquezas que em Cristo se tornam força e audácia para a missão e para o anúncio da Boa Nova. É nas suas fraquezas que se manifesta a força de Deus.

O Evangelho fala-nos da presença de Jesus na sua terra natal. Tal como nos diz o provérbio popular “ninguém é profeta na sua terra”, também Jesus não conseguiu deixar ali nenhum sinal do tempo novo da graça e do Reino que Ele vem anunciar. Aqui temos mais um apelo para que não fechemos o nosso coração à voz do Espírito.

Padre João Lourenço, OFM

13º Domingo do Tempo Comum – Ano B

(30.6.2024)

 Introdução à Eucaristia:

Vivemos hoje numa cultura carregada de contradições; por um lado, faz-se um grande esforço, em termos universais, para garantir melhores condições de vida a todas as pessoas e reconhecer o direito à vida como sinal sagrado que tem em Deus a sua fonte. Por outro lado, as manifestações de desprezo e leviandade acerca da vida são constantemente promovidas, como bem sabemos, através da exortação daquilo a que podemos chamar de ‘cultura de morte’. A Palavra de Deus diz-nos que Deus é a fonte da vida e Jesus vem-nos testemunhar essa plenitude de vida.


Introdução às Leituras:

A vontade de Deus é a vida dos homens, tal como nos diz o livro da Sabedoria. Acolher a Lei e pô-la em prática, é promover a vida e cumprir a Sua vontade. A criação é o testemunho pleno deste querer de Deus em nos conceder a vida, pois Ele é a fonte do bem e nós vivemos para o bem.

 Dando continuidade à leitura da 2ª Carta aos Coríntios, Paulo fala-nos também de um momento de vida: dar apoio aos Irmãos da Igreja de Jerusalém que passam por grandes privações e necessidades. A partilha fraterna entre as diversas Igrejas das origens cristãs é, não só expressão da comunhão fraternas, mas também do empenho de todos para que os Irmãos possam viver plenamente em Cristo.

 No Evangelho, S. Marcos volta ao tema da vida que Jesus vem trazer a todos aqueles que na sua caminhada se sentem fora da comunhão com Deus. Jesus é o grande apóstolo da vida para todos. A essa plenitude chega-se pela fé, tal como Jesus diz àqueles que o procuram e n’Ele colocam a sua esperança. 

Padre João Lourenço, OFM

27 de junho de 2024

12º Domingo do Tempo Comum


(23.06.2024)

Introdução à Eucaristia:

Nós, humanos, sempre tivemos e temos medo de olhar de frente o futuro, de nos questionar sobre o ambiente que nos rodeia, de colocar as nós próprios algumas das questões sobre o sentido da nossa existência. Acomodar-se em vez de olhar em frente com fé e esperança é sempre uma forma mais fácil de viver, apesar de não ser aquela que o Senhor nos propõe. Precisamos de não ter medo e confiar que Jesus caminha connosco na mesma barca.

Introdução às Leituras:

A primeira leitura, tomada do livro de Job, fala-nos de algo que, à primeira vista, nos parece estranho: que sentido tem este texto? Que perguntas são estas que resultam de um diálogo entre Deus e Job? O texto tem na sua base o sentido que o mar tinha para o mundo judaico: o mar era a figuração das forças hostis e da desordem que ameaça a vida do homem. Importa confiar que também o mar é obra criada por Deus e nada está para além do Seu poder.

Na continuação dos domingos anteriores, S. Paulo, no texto da 2ª Carta aos Coríntios que escutamos hoje, diz-nos que somos novas criaturas e, por isso, a confiança no Senhor é uma dimensão fundamental da nossa identidade crente.

No Evangelho, Marcos narra-nos o momento em que Jesus cruza o Mar da Galileia e confronta os medos dos discípulos em confiarem n’Ele. O texto mostra-nos que as tempestades da vida, mormente as dúvidas e as inquietações dos crentes encontram resposta na confiança em Jesus. Mesmo parecendo que Ele dorme, Ele está atento às nossas inquietações e mostra-nos que o amor de Deus faz se sempre presente. Mesmo temendo tais inquietações, não nos devemos deixar vencer ou paralisar perante elas. A nossa confiança está no Senhor. 

Padre João Lourenço, OFM

11º DOMINGO DO TEMPO COMUM

 (16.06.2024)

Introdução à Liturgia:

A liturgia deste domingo convida-nos a olhar para a vida e para o mundo com confiança e esperança, para que cada um de nós seja um sinal do Reino. É esta a grande sementeira que Deus quer fazer nos nossos corações para que sejamos também nós próprios semeadores da Sua palavra, lançando no mundo de hoje as sementes do bem e do amor. Que esta celebração nos transforme em sementes fecundas do Reino de Deus.

Introdução às Leituras:

A primeira leitura, numa linguagem muito figurativa como é timbre de Ezequiel, este profeta mostra-nos que Deus não se esqueceu do seu povo no exílio da Babilónia e, mesmo lá, Ele assegura ao Seu Povo que cumprirá as Suas promessas e o fará de novo regressar à sua terra, para aí poder gozar de paz e de tranquilidade.

Na segunda leitura, Paulo convida-nos à confiança na vida futura. Ele mesmo dá o seu testemunho e mostra a firmeza da sua fé perante todos os obstáculos. A confiança em Deus é a garantia da sua caminhada.

O Evangelho apresenta algumas das mais belas parábolas sobre o Reino de Deus, comparando-o à pequena semente que se lança à terra e que, germinando, produz frutos abundantes. É este o modo de ser e de agir de Deus; não age a partir da grandeza, nem se impõe. Nasce da simplicidade e propõe-se pelo amor.

Padre João Lourenço, OFM

10º Domingo do Tempo Comum – Ano B



 (09.6.2024)

Introdução à Eucaristia:

A experiência da inimizade, da recusa ao acolhimento dos apelos de Deus é algo que percorre toda a humanidade e que está também presente na nossa vida. Deixar-se seduzir e deslumbrar pelo efémero e pelas aparências é algo que nos acompanha e que nos leva, muitas vezes, a reconhecer a presença, o dedo de Deus na nossa vida e na vida dos irmãos. Acolhemos hoje a Palavra do Senhor que nos interpela a uma verdadeira conversão do coração.

Introdução às Leituras:

A essência do pecado está em desconfiar de Deus e pensar que Ele nos quer cercear a liberdade e a autonomia. Esta forma de pensar e de ser é algo que está nos opostos daquilo que é a verdadeira vontade, o verdadeiro projeto de Deus para cada um de nós. Esta é a grande tentação do homem.

Na segunda leitura, da Carta aos Coríntios, Paulo recorda-nos que a ressurreição do Senhor é a garantia da nossa própria ressurreição. É n’Ele e por Ele que vamos superando a nossa fragilidade para alcançarmos a plenitude a que somos chamados.

O texto do Evangelho de hoje ajuda-nos a identificar quem é e quem não é discípulo de Jesus. O discípulo permanece com Ele, confia n’Ele e sabe que procede de Deus. Sabem que é o seu Espírito que dá bondade a todas as coisas. Pecar contra o ‘Espírito Santo’ é recusar a salvação que Jesus nos oferece. É fazendo a sua vontade que entramos na sua família.

Padre João Lourenço, OFM

 
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