Retalhos Como Francisco e Clara de Assis, a Fraternidade a todos saúda em Paz e Bem!Retalhos

15 de abril de 2015

Família Franciscana Portuguesa


Nossa Vocação Evangélica Franciscana
Celebremos nossa identidade

Esta proposta pode ser realizada em uma ou mais celebrações e ser adaptada às situações e caminho da Fraternidade. Os sinais e gestos sugeridos também podem ser adaptados e enriquecidos.

Ambientação: Imagem de S. Francisco, Cruz de S. Damião, espaço para a exposição do Santíssimo, para o Evangelho, a Regra, as Constituições Gerais, sandálias, mapa mundi ou globo.

1 – MOTIVAÇÃO INICIAL

Caros irmãos! Nossa vocação é um dom precioso, recebido da Santíssima Trindade. Nossa Fraternidade franciscana nasce da escuta de Cristo no Evangelho, mediante um novo vínculo no Espírito (Cf. PdE 6). Trata-se de um carisma dado pelo Espirito a nosso pai S. Francisco e seus seguidores, para o bem da Igreja e do mundo. Esse carisma tem uma identidade específica, que pode ser cuidada em âmbito pessoal e comunitário, em vista da missão na Igreja e no mundo. Trata-se de uma identidade dinâmica, uma identidade evangélica “em caminho”, que se constrói caminhando. O ponto de partida, o centro e a âncora de estabilidade é o Evangelho. Temos como pontes de referência a experiência de nosso pai S. Francisco e das primeiras Fraternidades, as Fontes Franciscana, o património espiritual, cultural, intelectual, missionário da Ordem ao longo dos séculos, nossas Constituições Gerais, a fidelidade criativa de cada Irmão e de cada Fraternidade, e a resposta aos sinais dos tempos e dos lugares de cada tempo histórico. As Constituições são, de modo particular, um precioso instrumento, fruto do empenho de toda a Ordem, com aprovação da Igreja, para guardar e actualizar nossa identidade. Queremos renovar nosso compromisso pessoal e fraterno para conhecê-las, acolhê-las em nosso coração e vivê-las em nossa vida e nossa missão evangelizadora.

Cântico: Quem és Tu, ó Deus meu e quem sou eu? (M. Silva)

Rito inicial (sinal-da-cruz e saudação)
Exposição do Santíssimo

O Presidente convida a rezar, juntos, a oração à Trindade:

“Omnipotente, eterno, justo e misericordioso Deus, dai-nos a nós, míseros, por cauda de vós fazer o que sabemos que quereis e sempre querer o que vos agrada, para que interiormente purificados, interiormente iluminados e abrasados pelo fogo do espírito Santo, possamos seguir os passos do vosso dilecto Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, e, unicamente por vossa graça, chegar a vós, ó Altíssimo, que em Trindade perfeita e simples unidade viveis e reinais e sois glorificado como Deus omnipotente, por todos os séculos dos séculos. Ámen”.

2 – OBSERVAR O SANTO EVANGELHO

Comentário:
O dom do Evangelho está na origem da nossa Fraternidade. S. Francisco, em seu Testamento, disse que o Altíssimo mesmo lhe revelara que deveria viver segundo a forma do santo Evangelho. O ponto de partida e o traço central de nossa identidade carismática é observar e viver o Evangelho segundo o exemplo de nosso pai S. Francisco. “A Regra e vida dos Irmãos Menores é esta: observar o santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, vivendo em obediência, sem nada de próprio e em castidade”.

Cântico e entrada do livro do Evangelho

Leitura das Constituições Gerais OFM

Artigo 1
§1 A Ordem dos Frades Menores, fundada por S. Francisco de Assis, é uma Fraternidade na qual os irmãos, seguindo mais de perto a Jesus Cristo sob a acção do Espirito Santo, pela Profissão, se dedicam totalmente a Deus, sumo bem, vivendo o Evangelho na Igreja, segundo a forma observada e proposta por S. Francisco.
§2 Seguidores de S. Francisco, os irmãos são obrigados a levar uma vida radicalmente evangélica, isto é: viver em espírito de oração e devoção e em comunhão fraterna; dar testemunho de penitência e menoridade; anunciar o Evangelho ao mundo inteiro em espírito de caridade para com os homens; pregar por obras a reconciliação, a paz e a justiça; e mostrar o respeito pela criação.

Momento de silêncio

3 – VIVER SEGUNDO A REGRA DE S. FRANCISCO

Comentário:
A forma de vida evangélica, que Francisco intuiu com a graça de Deus e com a moção do Espírito Santo, é expressa de modo particular na Regra. Essa é o fundamento da vida e da legislação da Ordem; é, sobretudo, a “medula do Evangelho” (2Cel 208). Devemos sempre conservar em nosso coração a Regra, que nos foi entregue pelo nosso pai S. Francisco e aprovada pela Igreja, para viver na fidelidade nosso carisma.

Cântico e entrada da Regra

Leitura das Constituições Gerais OFM

Artigo 2
§1 A Regra dos Frades Menores, confirmada pelo Papa Honório III, é o fundamento da vida e da legislação da Ordem; e tudo o que ela contém deve ser compreendido e observado segundo o espírito de S. Francisco, expresso, sobretudo, em seus escritos, segundo o pensamento da Igreja e as sadias tradições da Ordem.
§2 A fim de conhecer sempre mais e fielmente observar “o espírito e os objectivos próprios do Fundador”, esforcem-se os irmãos por estudar, compreender e venerar, juntamente com a Regra, a vida e os escritos de S. Francisco e de seus seguidores.

Momento de silêncio

4 – SEGUIR S. FRANCISCO, HOJE, SEGUNDO AS CONSTITUIÇÕES GERAIS

Cometário:
Nós Frades Menores nos propusemos viver, em cada tempo a forma de vida que nosso S. Francisco viveu e propôs a seus filhos, aprovada pela Igreja, e que consiste em viver segundo o Evangelho. Para alcançar esse propósito nos é dada uma preciosa ajuda: as renovadas Constituições Gerais. Essas são uma contínua actualização da Regra para nosso tempo, indispensáveis para guardar e actualizar nossa identidade de Frades Menores.

Cântico e entrada das Constituições Gerais

Leitura das Constituições Gerais OFM

Artigo 10
A interpretação autêntica da Regra de S. Francisco é reservada à Santa Sé. Ao Capítulo Geral, porém, compete o direito de adaptar a regra aos novos tempos e de fazer interpretações que, no entanto, necessitam da aprovação da mesma Santa Sé.
Artigo 12
§1 As Constituições Gerais apresentam as normas fundamentais que, em toda a parte, devem ordenar, segundo a Regra, a vida de todos os irmãos.
§2 Todos os irmãos se esforcem por observar, com o maior cuidado, as leis contidas nestas Constituições Gerais. Sem sua fiel observância, torna-se difícil chegar à comunhão fraterna e à perfeição evangélica, segundo o estilo próprio da Ordem.

(Pode acrescentar-se Artigo 4§1-2 CCGG OFM)

Momento de silêncio

5 – RENOVAR, CADA DIA, NOSSA PROFISSÃO

Comentário:
Nossa vocação é compromisso pessoal e cotidiano. Por isso, somos convidados a fazer memória de nossa Profissão, para dar a Deus aquela resposta nova que Ele espera de nós, em cada nova fase de nossa vida. Renovando cotidianamente a fórmula da Profissão, actualizamos, cada dia, nossa resposta. Deixemos ressoar em nós as palavras da Profissão para que se tornem a nossa vida.

Entrada do Círio pascal aceso

Leitura das Constituições Gerais OFM

Artigo 5§1
Levando à maior plenitude a consagração baptismal e respondendo ao chamamento divino, os irmãos entregam-se totalmente a Deus, sumamente amado, pela profissão da obediência, da pobreza e da castidade, que dever ser vivida segundo o espírito de S. Francisco; contraem uma aliança com Deus, e sua vida se torna, por toda a existência, um sacrifício oferecido a deus, na caridade.

Breve silêncio

Cada um acende sua vela no Círio e todos juntamente renovam a Profissão:

Omnipotente, santíssimo, altíssimo e sumo Deus,
Santo e justo, Senhor do céu e da terra,
Te bendigo e te rendo graças
porque com a força do teu amor
me chamaste a seguir
as pegadas do teu Filho dilecto,
o Senhor Jesus Cristo,
na forma de vida que inspiraste ao teu servo Francisco.

Com a força do Espírito Santo,
renovo hoje diante de ti,
com todo o ardor do coração,
o voto de viver em obediência
sem nada de próprio e em castidade.
ao mesmo tempo, reafirmo o compromisso
de professar a vida e a Regra dos Frades Menores
Confirmada pelo Papa Honório,
segundo as Constituições da nossa Ordem.

Pai santo, concede que,
sustentado por Maria Imaculada,
Virgem feita Igreja e modelo da vida consagrada,
pela intercessão do pai S. Francisco e de todos os Santos,
com a ajuda dos irmãos,
persevere até ao fim no santo propósito
e, por tua graça unicamente,
chegue a Ti, ó Altíssimo,
que na Trindade perfeita e na Unidade simples
vives e reinas glorioso pelos séculos dos séculos.
Ámen.

Leitura das Constituições Gerais OFM

Artigo 19
§1 Fiéis à sua Profissão, na oração os irmãos seguem a Cristo, que rende infinitas graças ao Pai e “vive sempre para interceder por nós”.
§2 Seguindo os passos de S. Francisco, que se transformou “não só em orante, mas na própria oração”, removendo todos os obstáculos e rejeitando todos os cuidados e preocupações, os irmãos sirvam, amem, honrem adorem o Senhor Deus de coração limpo e mente pura, porquanto, “é necessário orar sempre sem nunca esmorecer”, “pois tais são os adoradores que o Pai procura”.

CONCLUSÃO: Bênção com o Santíssimo e Cântico final.


In Cúria Geral OFM, Subsídios do Definitório Geral, Nossa Identidade Franciscana, Roma 2012, p. 17-23.

2.º Domingo da Páscoa


2.º Domingo de Páscoa (12 de abril)

Introdução à Liturgia:
A liturgia tem como objectivo mostrar-nos o testemunho daqueles que acreditam na ressurreição do Senhor. Este domingo vemos como a 1.ª a comunidade cristã dava testemunho da sua fé e se tornou para todos um sinal vivo da vida nova que brota da fé na ressurreição.

Introdução às Leituras:
Na primeira leitura dos Atos dos Apóstolos, S. Lucas, o autor desta obra, deixa-nos uma espécie de “fotografia” da comunidade cristã de Jerusalém, salientando os traços dessa comunidade ideal: formada na diversidade, toda a comunidade vive a mesma fé num só coração e numa só alma; é uma comunidade que manifesta o seu amor fraterno em gestos concretos de partilha e de dom, dando assim testemunho Jesus ressuscitado.

O Evangelho mostra-nos que Jesus vivo e ressuscitado é o centro da comunidade cristã; é à volta d’Ele que a comunidade se estrutura e é d’Ele que ela recebe a vida que a anima e que lhe permite enfrentar as dificuldades e as perseguições.

A 2.ª leitura, por sua vez, recorda-nos os critérios que definem a vida cristã autêntica: o crente verdadeiro é aquele que ama Deus, que adere a Jesus Cristo e à proposta de salvação que, através d’Ele, o Pai faz aos homens e que vive no amor aos irmãos. Quem vive desta forma, vence o mundo e passa a integrar a família de Deus.

Padre João Lourenço, OFM 

5 de abril de 2015

Domingo de Páscoa - 5 de abril

PÁSCOA: Festa das Festas.
O Crucificado Ressuscitou!

Aleluia!


Domingo de Páscoa  
Introdução à Liturgia:
O domingo de Páscoa é a festa das festas, a festa da ressurreição e da vitória de Cristo sobre o poder da morte. Na Sua ressurreição afirma-se a plenitude da vida, tal como nos recorda a liturgia de hoje: Deus o ressuscitou, libertando-o do poder da morte e mostrando-nos que é por Ele que vencemos o poder do mal e do pecado.

Introdução às Leituras:
A primeira leitura, dos Atos dos Apóstolos, apresenta o exemplo de Cristo que “passou pelo mundo fazendo o bem” e que, por amor, se entregou à morte. Deus o ressuscitou. Este é o primeiro credo da comunidade cristã das origens: Ele foi suspenso na Cruz, mas Deus ressuscitou-O e fez d’Ele o nosso Salvador. A vida triunfa da morte e, por isso, Ele é a nossa esperança.

Na 2.ª leitura, Paulo convida os cristãos, revestidos de Cristo pelo baptismo, a continuarem a sua caminhada de vida nova, até à transformação plena. É assim que Cristo se torna a nossa vida e é por Ele que todos chegamos à sua plenitude.

O Evangelho mostra-nos os discípulos correndo ao encontro do ressuscitado. João e Pedro descobrem que o sepulcro vazio porque o Crucificado ressuscitou. Por isso, não há que procurar entre os mortos Aquele que está vivo. Agora somos nós que, ressuscitados pelo baptismo, testemunhamos essa vida nova e plena que d’Ele recebemos. 

Padre João Lourenço, OFM

1 de abril de 2015

Semana Santa 2015


22 de março de 2015

Conselho Executivo Regional Sul - OFS

Conselho Executivo Regional Sul - OFS

No dia 21 de março de 2015, no Convento da Imaculada Conceição, Seminário da Luz, em Lisboa, os membros do Conselho Executivo Regional Sul (CERS), eleitos em Capítulo Eletivo Regional, que se realizou no dia 31 de janeiro de 2015, procederam à eleição dos conselheiros para os ofícios, que vagaram, de Vice-Ministro, Secretário, Responsável pela Formação e de Vogal, passando o novo Conselho a ter a composição seguinte:
 Ir. Maria Francisca Rebordão – Ministra Regional
Ir. Rui Patrício Guerreiro – Vice-Ministro Regional
Ir. Pedro Martins da Silva – Secretário
Ir. Ana Bela Santos – Tesoureira
Ir. Carlos Miranda Ferreira – Responsável da Formação
Ir. António Esteves Camarinha – Vogal
Ir. António Luís Topa – Vogal
Fr. Luís Manuel de Oliveira, OFM – Assistente Espiritual

Ao novo Conselho desejamos as maiores felicidades.

21 de março de 2015

5.º Domingo da Quaresma

5.º Domingo da Quaresma

Introdução à Liturgia:

A liturgia deste Domingo continua a propor-nos o tema da vida nova, pois toda a caminhada quaresmal é feita em ordem à vida nova, à ressurreição do Senhor. Para exemplificar essa vida nova, temos a imagem do grão de trigo que tem de morrer para gerar vida; a vida nova que Deus nos propõe implica a vida do homem velho que há em nós.

Introdução às Leituras:

Na primeira leitura, tomada do livro de Jeremias, temos a proposta de uma nova aliança, de um novo renascimento, feito não a partir de uma lei qualquer, exterior ao homem, mas sim a partir de um coração novo, capaz de gerar amor e comunhão.

A ‘nova aliança’ de que fala Jeremias concretiza-se em Jesus que, pela sua entrega, a selou com a sua plena doação, o seu sacrifício e assim abriu para todos os que n’Ele crêem uma nova fonte de graça.

O Evangelho convida-nos a olhar para Jesus, a aprender com Ele, a segui-l’O no caminho do amor radical, do dom da vida, da entrega total a Deus e aos irmãos. O caminho da cruz parece, aos olhos do mundo, um caminho de fracasso e de morte; mas é desse caminho de amor e de doação que brota a vida verdadeira e eterna que Deus nos quer oferecer.

Padre João Lourenço, OFM

15 de março de 2015

4.º Domingo da Quaresma


4.º Domingo da Quaresma
Introdução à Liturgia:
A liturgia deste Domingo dá-nos a possibilidade de revisitar espiritualmente toda a História da salvação como sendo uma história de amor em que de um lado está o amor de Deus e do outro lado a falta de resposta, a infidelidade do homem. É neste contexto que cada um de nós se situa: procurar o amor de Deus como fonte de vida nova.

Introdução às Leituras:
Na primeira leitura sentimos que nem sempre o homem responde com fidelidade aos desafios e apelos que Deus lhe faz. A História da salvação mostra-nos isso mesmo e deixa-nos a certeza que, apesar disso, Deus não desiste da sua proposta e sempre está disposto a recomeçar a sua relação de amor connosco.

A segunda leitura diz-nos que é ‘pela graça que fomos salvos’. De facto, é pela graça e pela gratuidade de Deus para connosco que nós encontramos a vida nova que Ele nos propõe. Paulo viveu intensamente essa experiência da gratuidade de Deus e fala-nos dela como proposta de vida para cada um de nós.

No Evangelho, num dos mais belos textos da sua obra, S. João diz-nos que “Deus nos amou de tal forma o mundo que lhe enviou o seu Filho único”. É na certeza deste amor que cada um de nós pode caminhar e refazer a sua vida, sabendo que sempre encontra neste amor um oceano de graça e de paz.


Padre João Lourenço, OFM

7 de março de 2015

3.º Domingo da Quaresma

3.º DOMINGO DA QUARESMA



Jesus é o Novo Templo de Deus, o novo rosto do Seu amor e é n’Ele e por Ele que todos somos congregados na mesma comunhão.

Introdução à Liturgia:
A quaresma é um tempo litúrgico que nos convida a uma reflexão profunda e séria sobre a vida e o seu sentido. Fazemo-lo não apenas a partir de nós, mas sim com Deus e tomando como referência as propostas que a sua Palavra nos faz. Hoje, o Senhor convida-nos a ser o Seu ‘templo’, a ser o sinal da sua presença no mundo.

Introdução às Leituras:
Na primeira leitura, depois da libertação e do dom da Lei, Deus interpela o Seu povo para que este traduza esses sinais de Deus em atitudes e em formas de vida que sejam condizentes com a sua condição de povo eleito, de povo escolhido para ser sinal da presença de Deus no mundo.

Todos gostamos de organizar o nosso mundo de acordo com os nossos gostos pessoais. Paulo, no texto da 2.ª leitura, convida-nos a centrar o nosso projecto de vida em Cristo, no Cristo crucificado que se faz doação por todos.

No Evangelho, Jesus apresenta-Se como o “Novo Templo” onde Deus Se revela e se dá a conhecer a todos os homens. É Ele o novo tempo, o novo rosto do Seu amor e é n’Ele e por Ele que todos somos congregados na mesma comunhão.

Padre João Lourenço, OFM

26 de fevereiro de 2015

2.º Domingo da Quaresma


2.º Domingo do Tempo da Quaresma

Introdução à Liturgia:

A liturgia cristã apresenta o tempo de quaresma como uma caminhada, como um itinerário que nos conduz ao mistério pascal do Senhor e nos propõe uma vida nova com o Ressuscitado. Esta caminhada só tem sentido se for realizada num clima de aliança, de comunhão com o Senhor. Por isso, este tempo é um subir ao Monte para aí fazer a experiência do encontro com Cristo.

Introdução às Leituras:

A primeira leitura apresenta-se a figura de Abraão como paradigma da aliança, de alguém que acolhe o desafio de Deus, mesmo que isso implique a doação e entrega do filho único. Como homem de fé, Abraão é o paradigma dos crentes que se colocam em caminhada como resposta ao projecto de Deus, aceitando o que o Senhor nos faz.
Na segunda leitura, S. Paulo oferece-nos um hino, um cântico de confiança no amor que Deus tem por nós e que nos é testemunhado por Jesus. É Ele a garantia desse amor único que gera em nós a confiança; é Ele a prova suprema e mais clara do amor de Deus.

Depois do anúncio da paixão, Jesus mostra aos seus discípulos a sua glória, aquela glória que o Pai lhe deu e que é a garantia da sua missão salvadora: Ele é o filho amado do Pai, Ele é o Messias. Mas a sua missão passa pela cruz e é pela cruz que ele chega à ressurreição. É esta que ilumina a cruz, é também a ressurreição que ilumina e dá sentido à nossa caminhada. 

Padre João Lourenço, OFM

21 de fevereiro de 2015

Introdução à Liturgia

  


1.º DOMINGO DA QUARESMA

Introdução à Liturgia:

O tempo da Quaresma constitui uma das etapas mais ricas do ano litúrgico. Trata-se de um itinerário de caminhada em direcção à Páscoa do Senhor. O percurso faz-se com os meios e os recursos que a Igreja nos propõe a viver: a oração, a conversão e o jejum que se faz partilha e caridade fraterna. Ao iniciar este tempo, acolhamos o desafio que o Senhor nos faz.

Introdução às Leituras:

Um dos temas da quaresma é o convite à conversão, um convite que significa, antes de mais, um compromisso na construção de uma nova humanidade a partir da nossa fé. Este é o sentido da aliança que Deus nos propõe. A figura do Dilúvio é exactamente este renascer de novo, figura baptismal que nos associa ao mistério pascal do Senhor.
No Evangelho, escutamos uma vez mais o eco central do Evangelho de S. Marcos: ‘O reino está próximo, convertei-vos e acreditai no Evangelho’. Viver a quaresma, é dar seguimento a este apelo e fazê-lo nosso para toda a nossa caminhada em direcção à Páscoa do Senhor.
Na 2.ª leitura, S. Pedro faz-se eco desta novidade da vida cristã, desta humanidade nova que nasce pelo baptismo, à semelhança do episódio do Dilúvio. A Igreja é a nova Arca pela qual chegamos à vida em Cristo.


Padre João Lourenço, OFM 

14 de fevereiro de 2015

Introdução à Liturgia

6.º DOMINGO DO TEMPO COMUM
S. Francisco e o Leproso
6.º DOMINGO DO TEMPO COMUM


Introdução à Liturgia:
Um dos temas constantes do Evangelho de S. Marcos que nos acompanha ao longo deste ano litúrgico é a presença de Jesus como sendo o rosto amoroso de Deus junto daqueles que sofrem e se sentem, por causa disso, marginalizados da sociedade a que pertencem. Ao curá-los, Jesus vem integrar e abrir novos horizontes de esperança. Na nossa sociedade precisamos de sentir este desafio que Jesus nos faz.

Introdução às Leituras:
Na sociedade judaica, tal como nas culturas do antigo médio oriente, a lepra tinha uma leitura religiosa, sendo muitas vezes relacionada com a condição pecadora daqueles que dela padeciam. O objectivo era encontrar um sentido que levasse à separação daqueles que dela padeciam, para assim evitar o perigo dos contágios. Em termos religiosos, só Jesus dará um novo sentido a situações destas. É isto que descobrimos exactamente no Evangelho: para além da cura, Jesus convida à integração na comunidade religiosa, pois é aí que está a fonte e o centro da vida plena que o crente deve sentir na sua caminhada.
Por sua vez, na segunda leitura, Paulo convida os cristãos a terem como prioridade a glória de Deus e o serviço dos irmãos. Tudo contribui para a glória de Deus e o bem dos Irmãos. Tal como Jesus é um dom de Deus para os homens, assim nós o devemos ser para os Irmãos.

Padre João Lourenço, OFM

6 de fevereiro de 2015

Introdução à Liturgia

5.º Domingo do Tempo Comum





Introdução à Liturgia:

A liturgia deste domingo deixa-nos duas interrogações, qualquer uma delas importante para as nossas vidas:
.Que sentido tem o sofrimento quando vivido a partir de uma experiência de vida cristã?
.Qual a nossa relação com Cristo e que resposta esperamos d’Ele?
Confrontados com o projecto de Deus, somos convidados a traduzir na nossa vida o desejo do anúncio e do testemunho que Ele confiou à sua Igreja.

Introdução às Leituras:

A primeira leitura leva-nos ao livro de Job e convida-nos, tal como faz o autor, a encontrar respostas na fé para aquilo que parece não ter sentido, sabendo que é a partir da experiência do sofrimento que nos podemos abrir ao amor e à esperança, superando a permanente indiferença em que o mundo hoje navega.

A segunda leitura sublinha, de forma convincente, aquilo que é o grande imperativo de cada cristão: ‘anunciar o evangelho’. O Papa, na sendo de Paulo, fala-nos da ‘Alegria do Evangelho’ e diz-nos que o seu anúncio faz-se pelo encontro, pela presença fraterna, pela partilha.

O Evangelho manifesta a constante preocupação de Jesus pelos que sofrem, indo ao seu encontro. Ao mesmo tempo, deixa-nos o desafio de o procurar, pois é na procura que Ele se deixa encontrar e se faz presente na nossa vida.

Padre João Lourenço, OFM

2 de fevereiro de 2015

Introdução à Liturgia - Dia da UCP

4º DOMINGO DO TEMPO COMUM

DIA DA UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA


Introdução a Celebração:

Por decisão da Conferência Episcopal Portuguesa celebra-se hoje, em todo o País, o DIA DA UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA. A celebração desta Eucaristia é um momento privilegiado em que a Universidade, através dos Microfones da Rádio Renascença, quer testemunhar junto de todos os crentes e comunidades cristãs o seu empenho em servir as causas da Igreja, de modo a que também estas possam sentir e viver este projecto como parte do serviço que a Igreja presta a sociedade portuguesa.
Ao celebrar o quadragésimo oitavo ano da sua existência, quis a Universidade Católica, através da mensagem da sua Reitora – “Alargar Horizontes” – fazer-se eco daqueles que são os grandes desafios do Papa à Igreja, envolvendo também a Universidade nesses mesmos desafios e fazendo-os seus, pois só assim este projecto tem sentido e ganha horizontes.
Agradecemos à Rádio Renascença a possibilidade que nos dá de estarmos presentes em outros horizontes que vão para além do espaço da nossa Comunidade e queremos saudar a todos aqueles que nos escutam e rezam connosco


Introdução às Leituras:

A liturgia deste Domingo garante-nos que Deus não se conforma com os projectos de egoísmo e de morte que desfeiam o mundo e que escravizam os homens. Pelo contrário, Deus sempre nos desafia a ir mais além, a alargar os nossos horizontes, propondo-nos um projecto de liberdade e de vida plena.
A 1ª leitura propõe-nos – a partir da figura de Moisés – uma reflexão sobre a experiência profética. O profeta é alguém que Deus escolhe, que Deus chama e envia para ser a sua "palavra" viva, no meio dos homens.
S. Paulo, na 2ª leitura, convida os crentes a repensarem as suas prioridades e a não deixarem que as realidades transitórias sejam impeditivas de um verdadeiro compromisso com o serviço de Deus e dos irmãos.
O Evangelho mostra como Jesus, o Filho de Deus, cumprindo o projecto libertador do Pai, pela sua Palavra e pela sua acção, renova e transforma em homens livres todos aqueles que vivem prisioneiros do mal.
Oração dos Fiéis (a introduzir no fim das demais petições):

(…)

Pela Universidade Católica, por todos aqueles que presidem aos seus destinos, a servem com o seu trabalho e empenho e por todos os que frequentam os seus cursos e acções de formação, para que façam também seus os grandes desafios da Igreja e possam testemunhar na nossa sociedade os valores de uma autêntica vivência cristã, OREMOS AO SENHOR!

Momento do Ofertório:

Uma das unidades que compõe a Universidade Católica é a sua Faculdade de Teologia, cujo objectivo principal é o ensino e a investigação das questões teológicas, tendo hoje a missão de formar uma grande parte dos sacerdotes e dos agentes pastorais que presidem as nossas comunidades cristãs. Presente em várias cidades do país, a Faculdade de Teologia vive também da ajuda e da partilha dessas mesmas comunidades. Por isso, o ofertório das Eucaristias de hoje destina-se a Faculdade de Teologia, como contributo para a sua missão de preparar bons sacerdotes e agentes pastorais e também para as demais actividades dirigidas aos leigos e aos movimentos eclesiais que a Faculdade leva a cabo.

Acção de Graças:


Este dia da Universidade Católica é também um dia de acção de graças, de louvor e agradecimento a Deus por estes 48 anos de serviço à causa da cultura e do aprofundamento da fé cristã; de agradecimento a todos aqueles que ao longo destes anos contribuíram com o seu trabalho e a sua dedicação para a consolidação da Universidade; agradecimento ao Povo de Deus e às comunidades cristãs que sentem orgulho e se empenham no sucesso da Universidade Católica.

25 de janeiro de 2015

Introdução à Liturgia

O Teu Reino, Senhor, é perdão, caminho, verdade e vida!

3.º Domingo do Tempo Comum

Introdução à Liturgia:
A liturgia deste domingo, na continuação da reflexão iniciada no domingo passado, faz-nos um convite à conversão. É um tempo novo que somos convidados a viver, aderindo ao anúncio de Jesus. A resposta do homem a este chamamento de Deus passa por um caminho de conversão pessoal e de identificação com Jesus.

Introdução às Leituras:
A primeira leitura diz-nos – através da história do envio do profeta Jonas a pregar a conversão aos habitantes de Nínive – que Deus ama todos os homens e a todos chama à salvação. O acolhimento dispensado pelos ninivitas a este apelo em percorrer um caminho imediato de conversão constitui um modelo de resposta adequada de cada crente ao chamamento de Deus.

A segunda leitura convida o cristão a ter consciência de que “o tempo é breve” – isto é, que as realidades e valores deste mundo são passageiros e não devem ser absolutizados. Para o cristão, o tempo deve ser olhado não apenas como um presente, mas sim um futuro de plena comunhão. Por isso, cada um deve converter-se aos valores do “Reino”.


No Evangelho aparece o convite que Jesus faz a todos os homens para se tornarem seus discípulos e para integrarem a sua comunidade. Marcos avisa, contudo, que a entrada para a comunidade do Reino pressupõe um caminho de “conversão” e de adesão a Jesus e ao Evangelho.

Padre João Lourenço, OFM

17 de janeiro de 2015

Introdução à Liturgia

Tu és Cristo, A Pedra Angular, o Filho de Deus Vivo!

2.º Domingo do Tempo Comum

Introdução à Liturgia:

A liturgia deste domingo propõe-nos uma reflexão sobre a disponibilidade para acolher os desafios de Deus, responder aos seus apelos e seguir Jesus. No início do tempo litúrgico chamado ‘tempo comum’, somos convidados a viver a nossa condição crente, testemunhando a nossa fé e disponibilizando o nosso coração para acolher e discernir os sinais da sua presença no mundo.

Introdução às Leituras:

A primeira leitura fala-nos do chamamento de Samuel. O autor deixa claro que o chamamento é sempre uma iniciativa de Deus, o qual vem ao encontro do homem e chama-o pelo nome. Ao homem é pedido que se coloque numa atitude de total disponibilidade para escutar a voz e os desafios de Deus, de forma simples e discreta.

Na segunda leitura, Paulo convida os cristãos de Corinto a viverem de forma coerente com o chamamento que Deus lhes fez. No crente, que vive em comunhão com Cristo, deve manifestar-se sempre a vida nova de Deus, isto significa que certas atitudes e hábitos desordenados devem ser totalmente banidos da vida do cristão.

O Evangelho descreve o encontro de Jesus com os seus primeiros discípulos. Quem é discípulo” de Jesus? Para João, o discípulo é aquele que é capaz de reconhecer no Cristo que passa o Messias libertador, que está disponível para seguir Jesus no caminho do amor e da entrega, que aceita o convite de Jesus para entrar na sua casa e para viver em comunhão com Ele, que é capaz de testemunhar Jesus e de anunciá-l’O aos outros irmãos.

Padre João Lourenço, OFM

11 de janeiro de 2015

Capítulo Eletivo Regional


Encontro de Formação Nacional


9 de janeiro de 2015

Festa do Baptismo do Senhor

 
Festa do Baptismo do Senhor
(11.01.2015)

Introdução à Liturgia:

A liturgia deste domingo, concluindo o tempo de Natal, fala-nos do baptismo de Jesus nas margens do Jordão. É a 1ª manifestação pública de Jesus, pela qual o Pai o confirma como o Seu amado Filho, enviado ao mundo com a missão de salvar e libertar os homens. Cumprindo o projeto do Pai, Ele fez-se um de nós, partilhou a nossa fragilidade e humanidade, libertou-nos do egoísmo e do pecado e empenhou-Se em promover-nos, para que possamos chegar à vida em plenitude.

Introdução às Leituras:

A primeira leitura anuncia um misterioso “Servo”, escolhido por Deus e enviado aos homens para instaurar um mundo de justiça e de paz sem fim. Revestido do Espírito de Deus, Jesus concretiza essa missão com humildade e simplicidade, sem recorrer ao poder, à imposição, à prepotência, pois esses não são os procedimentos de Deus.

A segunda leitura reafirma que Jesus é o Filho amado que o Pai enviou ao mundo para concretizar um projeto de salvação; por isso, Ele “passou pelo mundo fazendo o bem” e libertando todos os que eram oprimidos. É este o testemunho que os discípulos devem dar, para que a salvação que Deus oferece chegue a todos os povos da terra.


No Evangelho, aparece-nos a concretização da promessa profética: Jesus é o “Servo” enviado pelo Pai, sobre quem repousa o Espírito e cuja missão é realizar a libertação dos homens. Identificando-Se com as fragilidades dos homens, Ele caminha ao nosso lado, a fim de nos promover e de nos levar à plena reconciliação com o Pai.

Padre João Lourenço, OFM 

3 de janeiro de 2015

Solenidade da Epifania do Senhor


Solenidade da Epifania do Senhor

Introdução à Liturgia:

Fazendo parte da quadra natalícia, a liturgia deste domingo celebra a manifestação de Jesus a todos os homens, dando assim uma dimensão universal ao mistério da manifestação do Senhor: Ele dá-se a conhecer a todos os povos. Ele é a “luz” que resplandece na noite do mundo e atrai a si todos os povos da terra. Esta “luz” incarnou na nossa história, fez-se presente na história dos homens e iluminou os seus caminhos, conduziu-os ao encontro da salvação, da vida em plenitude.

Introdução às Leituras:

A primeira leitura anuncia a chegada da luz salvadora que Deus fará brilhar sobre Jerusalém, simbolizando assim a chegada da plenitude da vida de que Jesus é portador. A centralidade universal de Cristo atrai a Ele todos os povos que caminham guiados por essa luz.

Atualizando em Cristo o anúncio da 1ª Leitura, a segunda diz-nos que essa Luz se concretiza através dos arautos do Evangelho de que Paulo é testemunho; já não apenas aos Judeus, mas a todos os povos, pois todos são chamados a partilhar a mesma comunhão em Cristo.

No Evangelho, numa narrativa muito bela e profundamente simbólica, Mateus dá-nos a conhecer a forma como a Luz que é Cristo convida todos os povos, simbolizados nos Magos, caminham ao encontro de Jesus. Importa estar atentos aos seus sinais e deixar-se conduzir por Ele, pois só assim podemos encontrar um novo caminho para construir um mundo diferente.

Padre João Lourenço, OFM


1 de janeiro de 2015

Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus


SOLENIDADE DE SANTA MARIAS, MÃE DE DEUS
(1 de Janeiro)
Introdução à Liturgia:

A todos saudamos com votos de um Novo Ano, cheio de Paz e Harmonia. Hoje, a liturgia convida-nos a celebrar várias evocações: a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, a primeira das evocações com que os cristãos honraram a Mãe de Jesus; o Dia Mundial da Paz que, desde 1968, é um apelo constante da Igreja, através da oração, para a construção da paz no mundo; o primeiro dia do ano, início de uma nova caminhada, percorrida de mãos dadas com o Deus que nos ama, que em cada dia nos cumula da sua bênção e nos oferece a vida em plenitude.

Introdução às Leituras:

As leituras que hoje nos são propostas evocam os vários temas a que já aludimos. Na primeira leitura, sublinha-se a dimensão da presença contínua de Deus na nossa caminhada e recorda-nos que é da sua bênção e da sua presença que brota e resplandece em nós a plenitude da vida.


Na segunda leitura, a liturgia evoca, outra vez, o amor de Deus, que enviou o seu Filho ao encontro dos homens para os libertar da escravidão da Lei e para os tornar seus “filhos”. É este privilégio de sermos “filhos” que nos leva a dirigirmo-nos a Deus e chamar-lhe “abbá” (“PAI”).

O Evangelho mostra como a chegada do projeto libertador de Deus, através de Jesus, provoca alegria e felicidade naqueles que não têm outra possibilidade de acesso à salvação: os pobres e os marginalizados. Convida-nos também a louvar a Deus pelo seu amor e a testemunhar o desígnio libertador de Deus no meio dos homens.

Padre João Lourenço, OFM

 
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