Retalhos Como Francisco e Clara de Assis, a Fraternidade a todos saúda em Paz e Bem!Retalhos

26 de fevereiro de 2016

3.º Domingo da Quaresma



3.º Domingo da Quaresma
(28 fevereiro 2016)

Introdução à Liturgia

A quaresma sempre foi apresentada na vida e na liturgia da Igreja como uma caminhada, que tem como meta a vivência da Páscoa do Senhor. Como caminhada, exige esforço e empenho. Este empenho chama-se conversão, recomeço constante, um regresso constante às origens da nossa comunhão com Deus. A palavra ‘conversão’ significa ‘regresso’ a comunhão com Deus. É este o grande desafio do tempo quaresmal.

Introdução às Leituras

A história da salvação mostra-nos que a relação com Deus não é um mero acaso nem uma feliz coincidência. Ela ensina-nos que Deus sempre se ocupou e cuidou do Seu povo. Fá-lo através de mediadores, a quem chama e envia para reconduzirem o Seu povo à comunhão com ele. A pessoa de Moisés é o paradigma da antiga aliança, chamado para libertar o povo de Deus.

Paulo, na 2.ª leitura de hoje, exorta os fiéis de Corinto a que sigam a mensagem de Jesus e se tornem seus verdadeiros seguidores.


A sociedade do tempo de Jesus, tal como ainda hoje sucede, era propensa a fazer leituras dos acontecimentos à luz de um certo fatalismo. Pelo contrário, Jesus convida os seus contemporâneos a ver os acontecimentos como sinais interpelativos, o que chamamos sinais dos tempos, que nos podem levar a refazer caminhos e a recriar uma nova vida, uma nova relação que tenha como centro a pessoa e a mensagem de Jesus.
Padre João Lourenço, OFM

20 de fevereiro de 2016

II Domingo da Quaresma


2.º Domingo da Quaresma
(21 fevereiro 2016)

Introdução à Liturgia
A liturgia de hoje convida-nos a estabelecer uma nova relação de comunhão com Deus, através do encontro com Cristo. Descobrir na sua transfiguração esta proximidade de Deus connosco leva-nos à comunhão plena com ele, refazendo a nossa tenda, a nossa identidade, já que ‘é bom estar com Jesus’. 

Introdução às Leituras
Na figura e na pessoa de Abraão está presente a nossa vida, a vida de cada um de nós. A grande pergunta de sentido que cada um de nós faz e coloca diante de si só encontra resposta plena no projecto da aliança com Deus. Levantar o nosso olhar é descobrir em Deus um novo horizonte, um novo projecto de plena comunhão

Paulo deixa-nos na 2ª leitura, da Carta aos Filipenses, qual é a amplitude do projecto de vida crente: transformar-nos naquele que nos une na comunhão com Deus, seguindo as propostas de Jesus.


‘Subir ao monte’, como nos diz hoje o Evangelho, através da narrativa da Transfiguração, é um processo contínuo que reforça a nossa esperança e nos congrega, tal como aos discípulos, para uma contínua descoberta do verdadeiro rosto de Cristo. É por Ele que nos aproximamos de Deus e é n’Ele que Deus se aproxima de Deus. 
Padre João Lourenço, OFM

13 de fevereiro de 2016

I Domingo da Quaresma


1º Domingo da Quaresma
(14 fevereiro 2016)

Introdução à Liturgia
Iniciada na quarta-feira com a celebração das cinzas, hoje a liturgia introduz-nos no tempo quaresmal e apresenta-nos o projecto que nos conduz à Páscoa do Senhor. A Igreja propõe-nos ao longo destes 40 dias uma caminhada que acompanha Jesus na sua missão. No contexto do Jubileu sobre a Misericórdia, a nossa vivência quaresmal passa também por um caminho de conversão, de humildade e de serviço.

Introdução às Leituras
A primeira leitura, do livro do Deuteronómio, fala-nos do projecto de Deus para o Seu povo e mostra-nos como esse mesmo projecto tem como fundamento as acções históricas que Deus realizou para libertar e conduzir Israel da casa da escravidão à terra da liberdade. É este também o projecto d’Ele para cada um de nós.

O projecto de Deus tem sempre a sua centralidade na Palavra; é por ela que Deus se faz presente na nossa vida; é nela que encontramos a força e os desafios que nos motivam; é através dela que respondemos com a nossa adesão às propostas do Senhor. A Quaresma é o tempo da Palavra. É isso mesmo que nos diz Paulo: ela deve habitar os nossos corações.


O Evangelho narra-nos, como sempre sucede no 1º domingo da quaresma, as tentações de Jesus. Está perante a centralidade da sua missão que se concretiza nesta proposta de libertação interior que nos conduz à ressurreição pascal.

Padre João Lourenço, OFM

5.º Domingo do Tempo Comum

5.º Domingo do Tempo Comum

(7 fevereiro 2016)
Introdução à Liturgia
A liturgia deste domingo convida-nos, uma vez mais, a reflectir sobre a centralidade da Palavra de Deus, do Seu chamamento, que nos desafia e nos motiva para uma vida nova. Temos o chamamento de Isaías e dos discípulos; são exemplos e paradigmas de adesão à Palavra que motiva e dá sentido à nossa caminhada. É na Palavra e pela Palavra que nós celebramos a nossa fé.   
Introdução às Leituras
A primeira leitura, do livro de Isaías, fala-nos da vocação do Profeta, fascinado pela glória do Senhor, aceita o convite que lhe é feito para ser o arauto da sua santidade de Deus no meio dos homens do seu tempo.
Na segunda leitura, S. Paulo recorda aos cristãos qual é o núcleo central do evangelho: a morte e a ressurreição de Jesus. Era esse o conteúdo da fé da Igreja que ele recebeu da comunidade apostólica e que agora transmite aos cristãos de Corinto. Foi isso mesmo que ele descobriu a partir do seu encontro com Cristo.
O Evangelho fala-nos do ensino de Jesus, junto às margens do Lago da Galileia e do seu encontro com as multidões que o procuravam. É desse ensino, da escuta da Palavra que nasce a vocação e o seguimento dos discípulos. A Palavra de Deus está sempre no centro que dá sentido e horizontes à vida cristã.

 Padre João Lourenço, OFM

28 de janeiro de 2016

4.º Domingo do Tempo Comum

4º Domingo do Tempo Comum
(31.01.2016)

Introdução à Liturgia:
Na liturgia deste domingo, particularmente no evangelho, sentimos como Jesus, no seu tempo, tal como hoje, se tornou sinal de contradição, mesmo para aqueles que estavam próximos dele, os seus conterrâneos. ‘Ninguém é profeta na sua Terra’, pode constituir uma boa desculpa para muitas coisas. No entanto, acerca de Jesus vem-nos dizer que só se chega a Ele pela fé, pelo acreditar e não apenas por uma proximidade de vizinhança ou de simpatia. A fé é a condição para o aceitar e o seguir.

Introdução às Leituras:
Jeremias é, muitas vezes, apresentado como um paradigma da fidelidade e também do sofrimento para responder à missão que lhe é confiada. Como profeta, Jeremias viveu este encanto da Palavra de Deus e a ela se dedicou de ‘alma e coração’, vencendo e superando todos os obstáculos que os seus contemporâneos lhe criaram.

No domingo passado, Paulo falava-nos da unidade dos dons recorrendo à imagem do corpo: muitos membros para uma harmonia perfeita. Hoje, dando continuidade ao seu pensamento, Paulo fala-nos do amor que tudo deve superar, pois só ele resiste às vicissitudes do tempo e nos leva à comunhão plena com Deus. Só ele permanece.


Tendo anunciado na sinagoga os grandes temas da sua mensagem, como escutamos no domingo passado, hoje Jesus começa a proclamá-los, sabendo que a sua aceitação vai criar ruturas, exigir opções, tal como já havia sucedido na história do Antigo Testamento. Aceitar Jesus implica sempre uma disponibilidade interior que não se compraz com meias verdades nem com meias decisões.
Padre João Lourenço, OFM

3.º Domingo do Tempo Comum

3.º Domingo do Tempo Comum
(24.01.2016)

Introdução à Liturgia:
A liturgia deste domingo dá-nos a oportunidade de iniciar a leitura contínua do Evangelho de S. Lucas que nos vai acompanhar na nossa caminhada de fé ao longo deste ano, nos chamados domingos do ‘tempo comum’. Através de Lucas acompanhamos a caminhada de Jesus e somos convidados, neste ano jubilar da misericórdia, a redescobrir este dom da gratuidade de Deus que nos convida a regressar à casa do Pai, às ‘entranhas’ do amor de Deus.

Introdução às Leituras:
Num texto muito bela que é tomado do livro de Neemias, a 1.ª leitura fala-nos do tempo novo que o povo de Israel inicia após o seu regresso do exílio da Babilónia. No centro desse tempo novo está a Palavra de Deus que se faz centro agregador e motivador de uma nova dinâmica de comunhão. Por isso, celebrar e partilhar é o grande desafio da nossa Fé.

A segunda leitura, na continuação do domingo anterior, fala-nos da unidade em Cristo que se constrói na comunhão das diversas formas de viver a fé. Paulo, recorre à imagem do corpo, para nos ajudar a construir essa comunhão. Estando nós a celebrar o oitavário de oração pela Unidade dos Cristão, aqui temos uma bela motivação para construir esta comunhão à volta do Senhor Jesus.


O Evangelho fala-nos das motivações que levam Lucas a escrever os acontecimentos à volta de Jesus, dizendo-nos que eles devem fortalecer a fé dos ‘servidores da Palavra’ e consolidar a fé dos crentes. Depois, fala-nos da missão de Jesus no anúncio da Boa-Nova, tal como o profeta Isaías o havia anunciado. 
Padre João Lourenço, OFM

2.º Domingo do Tempo Comum


2.º Domingo do Tempo Comum
(17.01.2016)


Introdução à Liturgia:
A liturgia deste domingo oferece-nos uma oportunidade de estabelecer uma relação entre as celebrações natalícias e os conteúdos da mensagem anunciada e proposta por Jesus, na sua vida pública pelos caminhos da Palestina. Para nos mostrar isso, apresenta-se Jesus como aquele que é o ‘vinho’ novo do amor e da misericórdia de Deus, dizendo-nos que Deus não esquece o Seu povo e que lhe envia agora a plenitude da salvação esperada.


Introdução às Leituras:
A primeira leitura, do livro de Isaías, através de uma linguagem figurativa, fala-nos do amor ‘esponsal’ de Deus pelo Seu povo, não deixando que este pereça abandonado nos caminhos da história. Deus dedica ao Seu povo todo o carinho que o jovem marido dedica à sua amada. Nós, a Igreja, somos esta ‘amada de Deus’ a quem Ele continua a dirigir palavras de amor e a deixar desafios de esperança.  

Na segunda leitura, Paulo exorta os cristãos de Corinto a viverem de forma harmoniosa, tendo em conta a pluralidade de dons e carismas que enriquecem a comunidade. Para isso, cada um deve colocar-se ao serviço do bem-comum, não a pensar em si, mas sim no bem comum, pois todos os dons são graça do Espírito Santo.

O Evangelho, tomado do texto de São João, apresenta-nos as Bodas de Caná, onde Jesus se dá a conhecer aos discípulos, num contexto de ‘boda’, uma das imagens mais ricas do Antigo Testamento para nos falar do amor de Deus. Ele é agora o centro desse banquete de comunhão, o ‘vinho novo’ que empresta aos homens um novo alento para a sua caminhada. Por isso, o texto termina, com a adesão dos discípulos que acreditam n’Ele e O seguem.
Padre João Lourenço, OFM




13 de janeiro de 2016

Semana de Oração pela Vocação Franciscana






10 de janeiro de 2016

Festa do Batismo do Senhor



Festa do Baptismo do Senhor
(10 de janeiro 2016)


Introdução à Liturgia:
A liturgia deste domingo, concluindo o tempo de Natal, fala-nos do baptismo de Jesus nas margens do Jordão. É a 1ª manifestação pública de Jesus, pela qual o Pai o confirma como o Seu amado Filho, enviado ao mundo com a missão de salvar e libertar os homens. Cumprindo o projeto do Pai, Ele fez-se um de nós, partilhou a nossa fragilidade e humanidade, libertou-nos do egoísmo e do pecado e empenhou-Se em promover-nos, para que possamos chegar à vida em plenitude.

Introdução às Leituras:
A primeira leitura anuncia um misterioso “Servo”, escolhido por Deus e enviado aos homens para instaurar um mundo de justiça e de paz sem fim. Revestido do Espírito de Deus, Jesus concretiza essa missão com humildade e simplicidade, sem recorrer ao poder, à imposição, à prepotência, pois esses não são os procedimentos de Deus.

A segunda leitura reafirma que Jesus é o Filho amado que o Pai enviou ao mundo para concretizar um projeto de salvação; por isso, Ele “passou pelo mundo fazendo o bem” e libertando todos os que eram oprimidos. É este o testemunho que os discípulos devem dar, para que a salvação que Deus oferece chegue a todos os povos da terra.


No Evangelho, através do testemunho de João Batista, o Pai confirma o envio e a missão de Jesus. Ele é agora o ‘céu aberto’ que dá a conhecer aos homens o mistério de Deus. Como diz o Papa, na carta ‘O Rosto da Misericórdia’, Jesus é no meio dos homens o verdadeiro ‘rosto de Deus’ que nos propõe novos caminhos de Paz e Harmonia.
Padre João Lourenço, OFM

Solenidade da Epifania do Senhor

Solenidade da Epifania do Senhor

(3 de janeiro 2016)

Introdução à Liturgia:
Fazendo parte da quadra natalícia, a liturgia deste domingo celebra a manifestação de Jesus a todos os homens, dando assim uma dimensão universal ao mistério da manifestação do Senhor: Ele dá-se a conhecer a todos os povos. Ele é a “luz” que resplandece na noite do mundo e atrai a si todos os povos da terra. Esta “luz” incarnou na nossa história, fez-se presente na história dos homens e iluminou os seus caminhos, conduziu-os ao encontro da salvação, da vida em plenitude.

Introdução às Leituras:
A primeira leitura anuncia a chegada da luz salvadora que Deus fará brilhar sobre Jerusalém, simbolizando assim a chegada da plenitude da vida de que Jesus é portador. A centralidade universal de Cristo atrai a Ele todos os povos que caminham guiados por essa luz.

Atualizando em Cristo o anúncio da 1ª Leitura, a segunda diz-nos que essa Luz se concretiza através dos arautos do Evangelho de que Paulo é testemunho; já não apenas aos Judeus, mas a todos os povos, pois todos são chamados a partilhar a mesma comunhão em Cristo.

No Evangelho, numa narrativa muito bela e profundamente simbólica, Mateus dá-nos a conhecer a forma como a Luz que é Cristo convida todos os povos, simbolizados nos Magos, caminham ao encontro de Jesus. Importa estar atentos aos seus sinais e deixar-se conduzir por Ele, pois só assim podemos encontrar um novo caminho para construir um mundo diferente.

 Padre João Lourenço, OFM

 
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