Retalhos Como Francisco e Clara de Assis, a Fraternidade a todos saúda em Paz e Bem!Retalhos

5 de janeiro de 2017

Plano de Vida e Acção 2017

Ordem Franciscana Secular
Fraternidade de S. Francisco à Luz
Mosaico de Maria Ludgera Haberstroh ilustrando o Cântico das Criaturas,
na Liebfrauenkirche, Innenhof

Plano de Vida e Ação 2016/2017
Tema: A Alegria do Amor: Viver como Irmãos
Todos os crentes viviam unidos e possuíam tudo em comum” (At. 2, 44)
Objetivos:
1.    Promover o espírito fraterno entre os irmãos da fraternidade;
2.    Aprofundar a vivência do carisma franciscano;
3.    Refletir sobre o serviço e a entrega ao outro;
4.    Celebrar a vida em Fraternidade, exercer a misericórdia, viver em comunhão e na partilha;
5.    Acolher e acompanhar todo e qualquer irmão da Fraternidade.

A Alegria do Amor: Viver como Irmãos
Todos os crentes viviam unidos e possuíam tudo em comum” (At. 2, 44)
                O livro dos Atos dos Apóstolos tem como grande objetivo oferecer-nos uma espécie de “retrato” daquela que era a comunidade cristã das origens. São Lucas vai descrevendo essa comunidade numa perspetiva que se vai alargando, tomando como itinerário dessa expansão a caminhada de Paulo e dos seus companheiros de missão. Os primeiros capítulos dos Atos são dedicados à comunidade nascente, aquela que, na esteira de Jesus e dos Apóstolos, inicia a vivência da mensagem agora já sem a presença física e visível do Mestre. Formando um todo, com o Evangelho, devemos olhar para o texto do livro dos Atos como a 2ª parte de um grande projeto em que o seu autor, tal como ele mesmo o refere no prólogo (At 1,1-11), procura mostrar esta continuidade no que diz respeito ao plano de Jesus de que a comunidade das origens é o garante e a testemunha vivencial, já assumida no contexto do Novo Testamento.
                É neste enquadramento que devemos situar e fazer a nossa aproximação aos textos dos primeiros capítulos dos Atos, mormente a partir de 1,12, onde nos é apresentada a “Comunidade de Jerusalém”. Deste conjunto de textos e narrativas, sobressaem aquelas que dizem respeito à vivência dos primeiros cristãos convertidos à fé em Jesus, na sua maioria de origem judaica. O quadro que nos é oferecido por Lucas, personalidade de grande sensibilidade cultural e humana, faz-nos sentir como os ideais da fé eram vividos num clima de grande intensidade. Podemos dizer que Lucas, companheiro que fora de S. Paulo, tinha-se deixado tocar pelo ideal evangélico que tão profundamente marca a conversão do “Apóstolo das gentes”, capaz de centrar em Cristo todo o plano da salvação, passando da radicalidade da Lei mosaica, típica da ideologia farisaica em que fora formado, para uma paixão envolvente em Cristo à qual tinha aderido. Lucas, marcado por esta experiência radical de Paulo, deixa-se também ele tomar por essa radicalidade evangélica que se cruza muito bem com aquilo que eram também os ideais de vida do grupo dos “Pobres de Yahwé” que aguardam a irrupção do “Reino de Deus” e para o qual se devem preparar.
Nos últimos decénios do séc. 1º aC, assim como no período em que decorre a vida de Jesus, tinha despertado no âmbito do judaísmo uma grande tensão escatológica e apocalíptica que desencadeara um clima de grande exigência e austeridade, mormente no que diz respeito ao uso dos bens temporais e à partilha de recursos humanos, já que a sociedade judaica tinha sofrido um grande empobrecimento. A mensagem de Jesus, em vários textos evangélicos, faz-se eco desse ambiente de austeridade e de urgência na partilha de bens temporais. A tradição rabínica e os ecos da literatura judaica extra bíblica ajudam-nos a constatar este clima social e religioso que então atravessava a sociedade do tempo.
É neste contexto que se enquadra também a resposta cristã que comporta duas dimensões fundamentais; por um lado, o movimento cristão das origens assume também ele esta radicalidade que, aliás, S. Lucas deixa já transparecer nos chamados “Evangelhos da infância”, mormente nos cânticos do Benedictus (Lc 1,67-79) e no Magnificat (Lc 1,46-55) e nas personagens que compõem esses quadros evangélicos: Isabel, Zacarias, Maria, os pastores, assim como os dois anciãos, Simeão e Ana. A dimensão teológica destes textos que nos apresentam a Comunidade cristã de Jerusalém procura assim mostrar-nos como a radicalidade da conversão implica uma série de opções que devem ter reflexos concretos no modo e na forma de vida dos crentes.
Várias dessas opções estão bem expressas e definidas nos objetivos traçados para o Plano de Vida e Ação da Fraternidade para 2016/17. É verdade que o ideal definido para este Plano – “Todos os crentes viviam unidos e possuíam tudo em comum” (At. 2, 44) – é uma meta em busca de concretização, muito bem adequada à vivência do “Ano da Misericórdia” cujos valores e propostas vão continuar a fazer parte da nossa identidade cristã e franciscana. Por isso, o regresso às fontes franciscanas e ao Evangelho faz parte do desafio constante a que somos interpelados a dar resposta. Não devemos sentir este ideal como uma meta impossível, mas antes como uma interpelação que é, hoje, a nossa forma de experimentar a temporalidade e a fragilidade da nossa condição humana, que passa pela conversão constante ao Evangelho.
Padre João Duarte Lourenço, OFM
 
 Wenzel Hollar: São Francisco em retiro, século XVII. Universidade de Toronto


2 de janeiro de 2017

Igreja do Seminário da Luz - Leitores 2017


Mapas de Serviço no Bar do CCF - Janeiro 2017



1 de janeiro de 2017

Dia Mundial da Paz - Decálogo de Assis



O Decálogo de Assis
Para a paz, enviado aos chefes de Estado


    Comprometemo-nos a proclamar a nossa firme convicção de que a violência e o terrorismo estão em oposição com o verdadeiro espírito religioso e, ao condenar qualquer recurso à violência e à guerra em nome de Deus ou da religião, empenhamo-nos em fazer tudo o que for possível para desenraizar as causas do terrorismo.

    Comprometemo-nos a educar as pessoas no respeito e na estima recíprocos, a fim de poder alcançar uma coexistência pacífica e solidária entre os membros de etnias, culturas e religiões diferentes.

  Comprometemo-nos a promover a cultura do diálogo, para que se desenvolvam a compreensão e a confiança recíprocas entre indivíduos e entre os povos, pois são estas as condições para uma paz autêntica.

   Comprometemo-nos a defender o direito de todas as pessoas humanas de levar uma existência digna, conforme com a sua identidade cultural, e de fundar livremente uma família que lhe seja própria.

   Comprometemo-nos a dialogar com sinceridade e paciência, não considerando o que nos divide como muro insuperável, mas, ao contrário, reconhecendo que o confronto com a diversidade do próximo pode tornar-se uma ocasião de maior compreensão recíproca.

     Comprometemo-nos a perdoar-nos reciprocamente os erros e os preconceitos do passado e do presente, e a apoiar-nos no esforço comum para vencer o egoísmo e o abuso, o ódio e a violência, e para aprender do passado que a paz sem justiça não é uma paz verdadeira.

    Comprometemo-nos a estar da parte de quantos sofrem devido á miséria e do abandono, fazendo-nos a voz dos que não têm voz e empenhando-nos concretamente para sair de tais situações, convictos de que, sozinhos, ninguém pode ser feliz.

     Comprometemo-nos a fazer nosso o brado de todos os que não se resignam à violência e ao mal, e desejamos contribuir com todos os nossos esforços para dar à humanidade do nosso tempo uma real esperança de justiça e de paz.

     Comprometemo-nos a encorajar qualquer iniciativa que promova a amizade entre os povos, convictos de que, se não há um entendimento solidário entre os povos, o progresso tecnológico expõe o mundo a riscos crescentes de destruição e de morte.

Comprometemo-nos a pedir aos responsáveis das nações que façam todos os esforços possíveis para que, quer a nível nacional quer internacional, seja edificado e consolidado um mundo de solidariedade e de paz fundado na justiça.

25 de dezembro de 2016

Natal

Natal: a Vela de Cristo
(Após o Evangelho acende-se a Vela do Natal



Leitor: 
Esta é a vela de Cristo. Dois nomes foram dados ao Deus-Menino na narrativa de São Mateus: Jesus significa "Deus salva": Emanuel significa "Deus connosco". Acolhamos inteiramente o Dom desta vinda. Somos convidados neste Natal a viver, mais uma vez, a plenitude do Amor de Deus.

Resposta - Celebrante: 
Com os anjos e os pastores, vamos a jesus com alegria e louvor! Que através da sua vinda a cada um de nós, sejamos preenchidos de amor, fé, alegria e paz. Amém. 

Por Nosso Amor Nasceu o Senhor!


“O próprio Senhor vos dará um sinal:
a Virgem conceberá e dará à luz um filho
e o seu nome será Emanuel” (Is 7,14)

Abramos o coração ao “Deus connosco” que vem salvar-nos
e se faz presente na vida de cada um de nós. (Padre João Lourenço, OFM) 

Feliz Natal e Próspero Ano Novo de 2017

Fraternidade de S. Francisco à Luz
Ordem Franciscana Secular


SOLENIDADE DO NATAL
(Missa da Meia Noite)
Introdução à Liturgia:
A noite de Natal convida-nos a caminhar até Belém, ao encontro de Jesus, tal como o fizeram os Pastores. A liturgia desta noite reforça, uma vez mais, este convite para ir ao encontro do Deus-Menino, sabendo que Ele mesmo se fez carne para vir ao nosso encontro. É pela força da sua Palavra que Ele se faz presente no meio de nós, presença da plenitude do amor do Pai.

Introdução às Leituras:

A primeira leitura, tomada do livro de Isaías, é um anúncio de esperança que alimentou a fé do Povo de Deus ao longo da sua história, mesmo quando parecia que as trevas venciam a Luz. É um anúncio universal, para todos os Povos, pois todos são convidados a caminhar à luz do Príncipe da Paz.

        A segunda leitura, da Carta a Tito, Paulo diz-nos que se manifestou a salvação para todos os homens, vencidos que foram os medos e os constrangimentos de raça e de cultura. A manifestação do Senhor na carne humana leva-nos até Ele, Ele que se dignou descer até nós.


No Evangelho, S. Lucas coloca o nascimento de Jesus no centro da história e faz dele o ponto de partida para uma nova etapa da humanidade. Esta nova humanidade é capaz de vencer o medo e construir um mundo de paz, sinal da comunhão com Deus e da harmonia com todos os homens.



SOLENIDADE DO NATAL
(Missa do dia – 11h)
Introdução à Liturgia:
A celebração do Natal leva-nos até Belém, ao encontro de Jesus e permite-nos através da liturgia contemplar o mistério da encarnação do Senhor. É este mistério que alimenta a nossa fé e a fortalece na força da Palavra que se fez carne e habitou entre nós, como nos diz o Evangelho.

Introdução às Leituras:

A primeira leitura, tomada do livro de Isaías, anuncia a chegada de Deus ao meio do seu Povo. É a boa-nova que nos é anunciada e felizes são aqueles que dela se fazem testemunhas. O anúncio da libertação feito outrora ao povo de Israel, faz-se hoje realidade para nós em Jesus Cristo.

        A segunda leitura, da Carta aos Hebreus, diz-nos que em Jesus Cristo se manifesta a plenitude dos tempos, a aurora de um tempo novo, em que se consuma a verdadeira comunhão de Deus connosco que, ao entrar na nossa história, assumiu também a nossa condição humana, elevando-a à condição divina.


O Evangelho, que é o prólogo do texto de S. João, é um hino que traduz a fé da Igreja, desde as origens, proclamando que Jesus é a Palavra, o Lógos, que Deus enviou ao mundo e pelo qual Ele nos deu a conhecer a sua glória, o Seu rosto, o Seu amor de Pai. É por Ele que nós nos tornamos novas criaturas.

Padre João Lourenço, OFM

23 de dezembro de 2016

CCF - Natal 2016



     Caríssimas Amigas e Amigos do Centro Cultural Franciscano,

  Em meu nome e em nome do Centro Cultural Franciscano, a todos envio as nossas saudações amigas de um Santo Natal e que o Deus-Menino vos conceda as suas bênçãos em abundância. Formulo igualmente votos de um Novo Ano, cheio de Paz e Felicidade.

    Informo também que as celebrações da noite de Natal têm início pelas 22.30h, com a cerimónia do ‘Despertar do Menino’, celebração tão caraterística dos Franciscanos, que depois será acolhido no claustro do Seminário em direção à Igreja. Segue-se a celebração da Eucaristia.

    Nos dias 11, 18 e 25 de janeiro, pelas 21h, decorrerá um ciclo de encontros de formação (3 no total), sobre o EVANGELHO DE S. MATEUS, formação aberta para todos. Trata-se do evangelista do ano, o que pode ser uma boa ajuda para a vivência do ano litúrgico.

    Com amizade, saudações de Paz e Bem.


    Fr. João Lourenço

Formação Regional OFS



Programa do Encontro de Formação Regional da OFS do Sul 
14 e 15 de janeiro de 2017
A Alegria do Amor e seus desafios

Sábado -  14 de janeiro de 2017
9h30 - Acolhimento
10h00 - Oração
10h30 - Uma leitura da "Amoris Laetitia”
11h30 - Intervalo
12h00 - Acompanhar, discernir e integrar as situações "irregulares"
13h00 - Almoço
14h45 - Realidade e desafios da família de hoje
16h00 - Intervalo
16h30- Trabalhos de Grupo
17h30 - Plenário
18h30 - Eucaristia e Vésperas  
20h00 - Jantar
21h30 - Convívio
Domingo - 15 de janeiro de 2017
8h30 - Oração  
9h00 - Pequeno - almoço
9h30 - Testemunhos de vida
10h30 - Intervalo
11h00 - Preparação da Eucaristia
11h30 - Eucaristia
13h00 - Almoço 




16 de dezembro de 2016

4.º Domingo do Advento

(18.12.2016)

Advento IV: A vela do serviço  
1.º Leitor:
Maria foi chamada por Deus para desempenhar um papel especial, como serva do Senhor (acende-se a 4ª vela).

2.º Leitor:
Esta é a vela do serviço: Deus chama Maria para ser a Mãe do Senhor. Mesmo quando lhe pareceu tarefa impossível, para além das suas forças, ela disse sim a Deus. Tenhamos nós também essa confiança e coragem, dizendo: SIM, AQUI ESTOU! 

Resposta - Celebrante:
 Deus, nosso Auxílio e Fortaleza, as necessidades do mundo parecem tão grandes, e a nossa força tão pequena. Ajuda-nos a responder ao Teu chamamento como Maria o fez, por nosso Senhor, Jesus Cristo na unidade do espírito santo. Amém. 

Introdução à Eucaristia

A liturgia deste domingo, que precede o Natal, aproxima-nos já do mistério do nascimento do Senhor. Ele está à porta e convida-nos a fazer uma caminhada de peregrinação até Ele. Belém é não só o local da Sua presença entre nós, mas também o do nosso encontro com Ele. Para isso, há que preparar os nossos corações, abrir as nossas portas e superar as barreiras que nos impedem e O acolher.

Introdução às Leituras

As leituras de hoje falam-nos de 2 grandes anúncios na história da Salvação. Na 1ª leitura, temos o anúncio a Acaz, em que o profeta Isaías fala do ‘Emanuel’ que será o ‘Deus-Connosco’. Este anúncio foi, ao longo dos tempos, o fundamento da esperança de Israel, retomado por São Mateus na anunciação a Maria.

Na carta aos Romanos, S. Paulo apresenta-nos Jesus Cristo como Deus e Homem. É n’Ele e por Ele que todos fomos eleitos e chamados a constituir um só povo, um povo onde todos têm um lugar e do qual ninguém é excluído.

No Evangelho, S. Mateus fala-nos da figura de São José, aquela figura discreta, mas presente na história da salvação. Ele é o garante, o mediador desta tradição messiânica que se realiza em Jesus. Abrindo-se ao mistério, S. José é também o modelo de cada crente que aceita a presença da novidade de Deus na sua vida.
Padre João Lourenço, OFM

10 de dezembro de 2016

3º DOMINGO DO ADVENTO

Advento III: A vela do testemunho 

(11.12.2016)


1.º Leitor:
Ser testemunha significa partilhar a história verdadeira. O Evangelho é a história verdadeira de onde nasce o testemunho (acende-se a 3.ª vela).

2.º Leitor:
Esta é a vela do testemunho. João Batista foi uma vida de testemunho. Ele apontava para Jesus Cristo por palavras e acções. Nós também somos chamados a apontar para Jesus Cristo por meio de nossas palavras, gestos, atitudes e acções.

Resposta - celebrante:
Senhor, Nosso Deus, assim como as velas do advento brilham, possamos nós também brilhar como testemunhas de Teu Filho Jesus, que vem novamente ao nosso mundo trazendo amor, paz e justiça. Por Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.   


M
Maranatha
Introdução à Eucaristia

O 3.º Domingo do advento traz até nós uma mensagem de grande alegria, um apelo à alegria que vem da certeza que o nosso Salvador está próximo e Ele mesmo vem salvar-nos. É-nos feito um convite para o poder acolher com alegria. Este convite passa pela conversão do coração. Era assim que João Batista exortava os seus contemporâneos a proceder.

Introdução às Leituras

A primeira leitura, pela voz de Isaías, faz-nos um convite para contemplar a novidade, os sinais da presença de Deus na nossa história. Estes sinais pedem-nos uma resposta, uma adesão. Isso, implica um coração forte para acolher a presença do Deus que vem ao nosso encontro.

A segunda leitura, pela palavra de São Tiago, exorta-nos a saber esperar, de ânimo alegre, mantendo a firmeza da fé e, ao mesmo tempo, abrindo o nosso coração à comunhão com os Irmãos, mesmo quando isso implica dores e sofrimento.


No Evangelho, em resposta aos enviados por João Batista, Jesus anuncia a chegada de um tempo novo, com os sinais messiânicos que devem acompanhar a presença do Messias. É esta a Boa-Nova de que Ele é portador. Acolhamos a palavra do Senhor.
Padre João Lourenço, OFM   

7 de dezembro de 2016

SOLENIDADE DA IMACULADA CONCEIÇÃO

(08.12.2016)



Introdução à Eucaristia

A Igreja celebra hoje a Solenidade da Imaculada Conceição. Para além de celebrar Maria como aquela em quem habitou a plenitude da graça, também celebramos a Mãe do Verbo de Deus, figura e modelo da Igreja e de cada crente, chamados como ela para sermos os portadores do seu amor. A Senhora do Advento é também a Mulher do acolhimento e da fidelidade.

Introdução às Leituras

A primeira leitura, recorrendo à imagem de Eva, prepara-nos para olhar para Maria como a Nova Eva, aquela que pela fidelidade gerou a vida, enquanto Eva, pela soberba e pelo pecado foi geradora de morte.

A segunda leitura, da carta aos Efésios, Paulo fala-nos do projecto de Deus que consiste em conceder uma plenitude de vida a cada homem, tudo isso centrado em Cristo, no qual fomos constituídos como filhos e herdeiros dessa plenitude de vida e de comunhão.


O Evangelho fala-nos da anunciação, princípio da Encarnação do Verbo e da disponibilidade de Maria que, pelo seu sim, se entrega ao Pai para ser a Mãe do Salvador. É pelo seu sim, pela sua fidelidade, que acontece o mistério; é pelo nosso sim, pela nossa fidelidade que Cristo entra em nossos corações e nos tornamos ‘filhos no Filho’, em Cristo. 

Padre João Lourenço, OFM

2 de dezembro de 2016

2º DOMINGO DO ADVENTO

2º DOMINGO DO ADVENTO
(4.12.2016)

Advento II: A vela da preparação


1.º Leitor: 
Preparamo-nos cuidadosamente para comemorações especiais em nossas vidas. O Evangelho convida-nos a uma preparação para a vinda de Cristo (acende-se a 2ª vela).
2.º Leitor:
Esta é a vela da preparação. Até que ponto, estamos dispostos a prepararmo-nos para a vinda de Cristo. Nossas vozes são convidadas a unirem-se à voz de João Batista na preparação do caminho do Senhor.
Resposta - Celebrante:
Desperta nossos corações, ó Senhor, para prepararmos o caminho de Teu Filho. Assim como Tu te ofereceste a nós, possamos todos, em serviço, ajudar o mundo a estar pronto para a tua vinda. Por Jesus Cristo nosso Senhor. Ámém.   



Introdução à Eucaristia

O tempo do Advento ajuda-nos a fazer memória da experiência de fé do povo de Israel que, na sua caminhada histórica, sempre olhou o futuro com esperança, fortalecendo essa caminhada com a força da Palavra de Deus e com a fidelidade à aliança. A vinda do Senhor faz-se presente através da conversão do coração. Tal como outrora com João Batista, também hoje necessitamos que alguém nos diga: ‘O Senhor está à porta e quer ser acolhido por cada um de nós’.

Introdução às Leituras
Na 1ª leitura, Isaías, numa das suas mais belas profecias, faz-nos um apelo e deixa-nos um desafio a uma nova humanidade, toda ela construída a partir da comunhão entre os homens e destes com a natureza. É o desafio a uma nova ecologia, tal como nos refere o Papa Francisco na Carta encíclica ‘Laudato Si’.

O fundamento da verdadeira conversão está na Palavra de Deus, tal como nos diz S. Paulo, na carta aos Romanos que vamos escutar na 2ª leitura. Acolher a Palavra é acolher Cristo, pois é pela Palavra que Ele hoje se faz presente nas nossas vidas.  

O Evangelho apresenta-nos João Baptista, o arauto e pregoeiro que vem preparar os caminhos do Senhor. Este é o grande grito desta voz profética que se faz ouvir no início do ministério público de Jesus. O seu grito é um apelo à conversão, pois só assim podemos acolher o Senhor que vem ao nosso encontro.

 Padre João Lourenço, OFM

25 de novembro de 2016

1º DOMINGO DO ADVENTO

1º DOMINGO DO ADVENTO
(27.11.2016)

Vela da Vigilância

1.º Leitor: No Advento preparamo-nos para a vinda de Jesus Cristo ao mundo. O Evangelho chama-nos a vigiar (acende-se a 1.ª vela). 
2.º Leitor: Esta é a vela da vigilância. Jesus Cristo chama-nos a estar prontos para anunciar o seu nome.
Resposta - Celebrante:
Senhor Deus, nós te louvamos pela vinda de Jesus. Ajuda-nos a estar atentos para poder anunciar a vinda do Teu Reino e proclamar a Boa-Nova. Por Jesus Cristo nosso Senhor. Amém.  

Cristo é a Luz plena

Introdução à Eucaristia
Com a celebração da Eucaristia, iniciamos hoje um novo ano litúrgico, preparando assim o Natal do Senhor. O sentido da liturgia deste domingo constitui um apelo veemente à vigilância. Estar atento e alerta para a vinda do Senhor é a verdadeira atitude do cristão que, neste tempo de advento, reforça a vigilância para acolher o Senhor que vem ao nosso encontro.

Introdução às Leituras
Na primeira leitura, através da sua visão, Isaías fala-nos da novidade dos tempos messiânicos. A salvação que Deus nos oferece transforma toda a realidade e renova a humanidade. Somos todos convocados para que nos deixemos guiar pela Luz do Senhor, que é Cristo.

Para Paulo, na segunda leitura, o cristão deve assumir, de forma plena e consciente, a sua total adesão a Cristo. Essa adesão constitui uma nova identidade, já a noite do pecado se transforma numa nova aurora de esperança e de comunhão. Cristo é a Luz plena, o novo dia da nossa comunhão em Deus.


Numa linguagem de cariz apocalíptico, no Evangelho, Jesus convida os seus discípulos a estar atentos aos sinais da sua vinda e às mudanças de vida que a nossa adesão a Ele implica. Inseridos na História, os cristãos devem sentir que é a presença de Deus que dá sentido à nossa caminhada. O tempo do advento reforça este apelo, pois sabemos que o Senhor vem.
Padre João Lourenço, OFM 

22 de novembro de 2016

Ação de formação para LEITORES

AVISO PARA OS LEITORES

A todos os que participam na Liturgia do Seminário Luz como LEITORES, avisa-se que vai decorrer uma acção de formação, na Cripta do Centro Cultural, no dia 25 de Novembro, sexta-feira, pelas 21:00 horas, dirigida aos Leitores das nossas paróquias (Carnide, Pontinha, e Bairro do P. Cruz),  e aos Leitores da nossa Eucaristia das 11:00 horas no Seminário. Há sempre aspectos a melhorar e o objectivo é esse mesmo. Agradece-se a Vossa presença, na medida do possível. No fim da acção de formação será oferecido um Chá aos participantes.

A Equipa da Liturgia  

18 de novembro de 2016

Solenidade de Cristo Rei do Universo

Solenidade de Cristo Rei do Universo
(20 de Novembro)




Introdução à Liturgia
Celebramos hoje, neste último domingo do ano litúrgico, a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. É um momento festivo que nos motiva à confiança, já que não estamos sós. Ele caminha connosco na história e é à luz da fé que encontramos sentido para a nossa própria caminhada. Celebrar Cristo Rei é unir o nosso projeto ao projeto de Deus que, pela fé, se faz presente em cada um de nós.

Introdução às Leituras
A primeira leitura, do livro de Samuel, fala-nos do início da realeza do rei David, símbolo da realeza messiânica de Deus com o seu povo. É um momento da história bíblica que dá um sentido novo à caminhada do povo de Deus, que só encontra a sua plenitude na realeza do novo rei: Jesus Cristo. 

Na segunda leitura, num hino muito belo da Carta aos Colossences, S. Paulo diz-nos que Cristo é o princípio, a cabeça de todo um Corpo que é a Igreja. A Ele pertence a primazia, pois é n’Ele que reside toda a plenitude do mistério de Deus que nos congrega na comunhão. É esta comunhão que faz nascer no coração de cada um de nós o Reino de Deus.

O Evangelho diz-nos que a realeza de Jesus se exerce na sua morte salvadora, pois é por ela que todos recebemos a esperança da redenção. Tal como outrora no calvário, ainda hoje muita gente quer e exige que Deus salve os homens de forma mágica e sem envolvimento pessoal. Celebrar Cristo Rei é celebrar a nossa comunhão com Ele, deixando-nos envolver nesse manto de amor que, em Cristo, Deus estendeu ao mundo.
Padre João Lourenço, OFM 

16 de novembro de 2016

Festa de Santa Isabel da Hungria


10 de novembro de 2016

33º Domingo do Tempo Comum

Jesus exorta os seus à confiança e à fidelidade. É assim que Ele quer os seus discípulos: fortes na fé e animados pela esperança.
(13 de novembro)
Confitemini Domino -Taizé

Introdução à liturgia:
Ao longo do ano litúrgico, tivemos a oportunidade de celebrar as diversas dimensões e facetas da nossa experiência cristã. A Eucaristia é o momento, por excelência, para dar vida e forma à nossa fé. Vivendo na história, a fé abre-nos a comunhão plena com Deus que nos ensina e ajuda a descobrir o sentido das coisas, do tempo e da vida. É deste sentido que os textos de hoje nos falam.

Introdução às leituras:
A primeira leitura, um texto do profeta Malaquias, fala-nos do fim, do ‘dia do Senhor’, não para nos meter medo ou causar pavor, pois não é essa a marca da esperança cristã. O objectivo do texto é encorajar os crentes à fidelidade e à confiança.
                       
A segunda leitura, dando continuidade ao texto da 2ª carta aos Tessalonicenses, S. Paulo exorta a comunidade cristã a seguir o seu exemplo, procurando transformar a história e não ficando parada a assistir aos acontecimentos. É um desafio cheio de oportunidade para os nossos dias.

No Evangelho, partindo dos comentários que alguns à sua volta iam fazendo sobre a beleza de Jerusalém, Jesus adverte para os perigos que se aproximam e que os cristãos viriam a sentir poucos anos depois. Consciente da complexidade do futuro, Jesus exorta os seus à confiança e à fidelidade. É assim que Ele quer os seus discípulos: fortes na fé e animados pela esperança.
Padre João Lourenço, OFM

7 de novembro de 2016

32º Domingo do Tempo Comum



(06 de novembro)

Introdução à liturgia:
Ao aproximar-nos do fim do ano litúrgico, as leituras da nossa Eucaristia apontam-nos já para um fim, um objectivo, mostrando que a nossa vida tem um sentido e que este sentido só encontra a sua plenitude em Deus e na comunhão com Ele. A vida cristã não contempla apenas o presente, mesmo que este seja fundamental. O seu horizonte está em Deus e é n’Ele que depositamos a nossa esperança.

Introdução às leituras:
O livro dos Macabeus é um dos primeiros testemunhos bíblicos da fé na ressurreição. A experiência vivida pelo povo de Israel num período de grande sofrimento fortaleceu a sua identidade e abriu os fiéis a uma nova dimensão da sua fé, pois só Deus pode ser a plenitude da vida.
                       
Na segunda leitura, S. Paulo fala-nos da esperança que deve animar aqueles que acreditam em Cristo, já que a esperança que n’Ele depositamos não nos defraudará. É isso que faz sentir a plena consolação em Cristo e nos Irmãos e que esta deve ser partilhada por todos.

Tomando uma história, algo caricata, da tradição judaica dos Saduceus – eles que não acreditavam na ressurreição – S. Lucas fala-nos da mensagem de Jesus acerca da ressurreição, dizendo-nos: o Deus da nossa fé não é um deus de mortos, mas de vivos, pois n’Ele, todos encontramos a plenitude da vida.
Padre João Lourenço, OFM


2 de novembro de 2016

Solenidade de Todos os Santos


(1 de novembro 2016)

Introdução à liturgia:
A Igreja celebra hoje um dos dias mais emblemáticos e significativos do seu calendário litúrgico. Desta vez, a centralidade da nossa liturgia está focada no seguimento de Jesus, nas propostas de vida em ordem à santidade: ‘Sede Santos’ porque Eu sou santo’. Este é o apelo de Deus ao seu povo no livro do Levítico. Hoje, celebramos a santidade a que somos chamados e também os nossos Irmãos que a viveram e a testemunham.

Introdução às leituras:
A primeira leitura apresenta-nos a grande festa da santidade, daqueles que ‘banharam’ as suas vidas no sangue do Cordeiro. Por isso, celebram festivamente a sua glória. É uma festa onde todos são acolhidos, uma multidão incontável, vinda de todos os povos, raças e nações; Ninguém está excluído dela.
                       
A segunda leitura fala-nos daquilo que nos faz santos e filhos de Deus: o amor. Este é o nosso fermento de santidade, uma santidade que nos abre à plenitude de Deus e à comunhão fraterna com todos os irmãos.


Como chegar à santidade? Qual o código de vida que devemos seguir? Há algum caminho que nos conduza a essa plenitude de vida? A regra é a vivência das bem-aventuranças, o verdadeiro caminho de santidade que Jesus viveu e nos deixou como itinerário a seguir.
Padre João Lourenço, OFM

 
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