Retalhos Como Francisco e Clara de Assis, a Fraternidade a todos saúda em Paz e Bem!Retalhos

7 de setembro de 2018

23º Domingo do Tempo Comum



(9.9.2018)

Introdução à Liturgia:

Marcados pelo sentido comum do quotidiano e ocupados pelas muitas tarefas do dia a dia, nem sempre na vida damos destaque à esperança que, sendo uma das virtudes cristãs mais importantes, deve emprestar um ritmo de alegria e de confiança à nossa vivência quotidiana. A esperança do Reino de Deus é algo que começa já hoje em cada um de nós e nos anima na caminhada ao encontro do Pai.  

Introdução às Leituras:
Na primeira leitura, o profeta Isaías apresenta-nos um cântico de alegria que ele quer partilhar com o povo de Deus, apesar da situação deste não ser, naquele momento, a melhor. Todavia, o que alimenta a fé do Profeta é a certeza que Deus está connosco e nos fortalece na nossa caminhada.

A segunda leitura, da Carta de São Tiago, recorda-nos a nossa condição de Irmãos, pela qual devemos confiar uns nos outros, já que o Senhor nos congrega na mesma comunhão. Diante de Deus, não contam as riquezas materiais, mas apenas e só a riqueza do nosso amor.

No Evangelho, Marcos situa Jesus em terras pagãs que não pertenciam ao povo de Deus. Ele aí vai para congregar e reunir à sua volta todos aqueles que acolhem a sua mensagem e se unem na mesma fraternidade, independentemente da sua origem, raça ou condição social. Jesus é assim a esperança que a todos congrega na mesma comunhão.
Padre João Lourenço, OFM

31 de agosto de 2018

Assis - 1ª Oração Ecuménica pela Criação


Iniciativa quer incentivar sociedade a agir contra «a delapidação atual do ambiente e dos recursos naturais»

Saint Gallen, Suíça, 30 ago 2018 (Ecclesia) – Os responsáveis pelas Igrejas cristãs da Europa vão encontrar-se na região italiana de Assis, para uma iniciativa ecuménica de oração inserida na comemoração do Dia de Oração pelo Cuidado com a Criação.
Numa mensagem conjunta de vídeo, o Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE), do qual faz parte a Igreja Católica em Portugal, e a Conferência das Igrejas Europeias (CEC) salientam a “mesma responsabilidade” que abrange “toda a família humana” e os mais de 2,2 mil milhões de cristãos em todo o mundo.
Localidade de Assis, em Itália, acolhe encontro ecuménico de oração pela Criação
A missão de trabalhar na defesa de uma “ecologia integral” que signifique não só a preservação do meio ambiente e de todos os seus recursos mas também “o respeito pela dignidade de toda a vida humana, da vida em todas as suas formas, desde o início da sua conceção até à morte natural”.
“Todos os cristãos – e é por isso que o encontro de Assis é tão significativo e expressivo – partilham a mesma fé e a mesma missão (…) Falar e olhar com amor e cuidar de cada pessoa, povo, nação dentro de um contexto universal”, salienta o presidente do CCEE, o cardeal Angelo Bagnasco.
“Num contexto em que a crise ambiental se agrava de dia para dia, com consequências para os mais vulneráveis e para os nossos irmãos e irmãs em humanidade, os cristãos são chamados a testemunhar, em palavras, em ações e na oração, a sua fé em Deus como Criador”, realça o presidente da CEC, padre Christian Krieger.
O mesmo responsável aponta ainda a importância de manifestar perante Deus e o mundo “a mágoa” que decorre da “delapidação atual do ambiente e dos recursos naturais”.
No horizonte dos responsáveis cristãos está também a próxima Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP24), que vai ter lugar em Katowice (Polónia), entre os dias 3 e 14 de dezembro.
Um relatório da ONU sobre a ação climática global frisa que esta será a última oportunidade que os países terão para se posicionarem no caminho certo, no que toca à emissão de gases com efeitos nocivos para o meio-ambiente.
A iniciativa ecuménica de oração em Assis será o primeiro evento do género desde que o Papa Francisco lançou o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado com a Criação, em 2015.
Esta grande vigília tem início previsto para a tarde desta sexta-feira.
Os responsáveis cristãos irão emitir uma declaração ecuménica conjunta sobre a Criação, no dia 1 de setembro, diante da Basílica de São Francisco, como parte integrante da iniciativa de oração.
Uma mensagem que irá desafiar todos os cristãos e todas as pessoas de boa vontade a associarem-se a esta Jornada pela Criação e a promoverem ações concretas a favor do ambiente.
JCP

29 de agosto de 2018

CARTA DO PAPA FRANCISCO AO POVO DE DEUS


«Um membro sofre? Todos os outros membros sofrem com ele» (1 Co 12, 26). Estas palavras de São Paulo ressoam com força no meu coração ao constatar mais uma vez o sofrimento vivido por muitos menores por causa de abusos sexuais, de poder e de consciência cometidos por um número notável de clérigos e pessoas consagradas. Um crime que gera profundas feridas de dor e impotência, em primeiro lugar nas vítimas, mas também em suas famílias e na inteira comunidade, tanto entre os crentes como entre os não-crentes. Olhando para o passado, nunca será suficiente o que se faça para pedir perdão e procurar reparar o dano causado. Olhando para o futuro, nunca será pouco tudo o que for feito para gerar uma cultura capaz de evitar que essas situações não só não aconteçam, mas que não encontrem espaços para serem ocultadas e perpetuadas. A dor das vítimas e das suas famílias é também a nossa dor, por isso é preciso reafirmar mais uma vez o nosso compromisso em garantir a protecção de menores e de adultos em situações de vulnerabilidade.
1. Um membro sofre?
Nestes últimos dias, um relatório foi divulgado detalhando aquilo que vivenciaram pelo menos 1.000 sobreviventes, vítimas de abuso sexual, de poder e de consciência, nas mãos de sacerdotes por aproximadamente setenta anos. Embora seja possível dizer que a maioria dos casos corresponde ao passado, contudo, ao longo do tempo, conhecemos a dor de muitas das vítimas e constamos que as feridas nunca desaparecem e nos obrigam a condenar veementemente essas atrocidades, bem como unir esforços para erradicar essa cultura da morte; as feridas “nunca prescrevem”. A dor dessas vítimas é um gemido que clama ao céu, que alcança a alma e que, por muito tempo, foi ignorado, emudecido ou silenciado. Mas seu grito foi mais forte do que todas as medidas que tentaram silenciá-lo ou, inclusive, que procuraram resolvê-lo com decisões que aumentaram a gravidade caindo na cumplicidade. Clamor que o Senhor ouviu, demonstrando, mais uma vez, de que lado Ele quer estar. O cântico de Maria não se equivoca e continua a se sussurrar ao longo da história, porque o Senhor se lembra da promessa que fez a nossos pais: «dispersou os soberbos. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias» (Lc 1, 51-53), e sentimos vergonha quando percebemos que o nosso estilo de vida contradisse e contradiz aquilo que proclamamos com a nossa voz.
Com vergonha e arrependimento, como comunidade eclesial, assumimos que não soubemos estar onde deveríamos estar, que não agimos a tempo para reconhecer a dimensão e a gravidade do dano que estava sendo causado em tantas vidas. Nós negligenciamos e abandonamos os pequenos. Faço minhas as palavras do então Cardeal Ratzinger quando, na Via Sacra escrita para a Sexta-feira Santa de 2005, uniu-se ao grito de dor de tantas vítimas, afirmando com força: «Quanta sujeira há na Igreja, e precisamente entre aqueles que, no sacerdócio, deveriam pertencer completamente a Ele! Quanta soberba, quanta autossuficiência!... A traição dos discípulos, a recepção indigna do seu Corpo e do seu Sangue é certamente o maior sofrimento do Redentor, o que Lhe trespassa o coração. Nada mais podemos fazer que dirigir-Lhe, do mais fundo da alma, este grito: Kyrieeleison – Senhor, salvai-nos (cf. Mt 8, 25)» (Nona Estação).
2. Todos os outros membros sofrem com ele.
A dimensão e a gravidade dos acontecimentos obrigam a assumir esse facto de maneira global e comunitária. Embora seja importante e necessário em qualquer caminho de conversão tomar conhecimento do que aconteceu, isso, em si, não basta. Hoje, como Povo de Deus, somos desafiados a assumir a dor de nossos irmãos feridos na sua carne e no seu espírito. Se no passado a omissão pôde tornar-se uma forma de resposta, hoje queremos que seja a solidariedade, entendida no seu sentido mais profundo e desafiador, a tornar-se o nosso modo de fazer a história do presente e do futuro, num âmbito onde os conflitos, tensões e, especialmente, as vítimas de todo o tipo de abuso possam encontrar uma mão estendida que as proteja e resgate da sua dor (cf. Exort. ap. Evangelii gaudium, 228). Essa solidariedade exige que, por nossa vez, denunciemos tudo o que possa comprometer a integridade de qualquer pessoa. Uma solidariedade que exige a luta contra todas as formas de corrupção, especialmente a espiritual «porque trata-se duma cegueira cómoda e autossuficiente, em que tudo acaba por parecer lícito: o engano, a calúnia, o egoísmo e muitas formas subtis de autorreferencialidade, já que “também Satanás se disfarça em anjo de luz” (2 Cor 11, 14)» (Exort. ap. Gaudete et exultate, 165). O chamado de Paulo para sofrer com quem sofre é o melhor antídoto contra qualquer tentativa de continuar reproduzindo entre nós as palavras de Caim: «Sou, porventura, o guardião do meu irmão?» (Gn 4, 9).
Reconheço o esforço e o trabalho que são feitos em diferentes partes do mundo para garantir e gerar as mediações necessárias que proporcionem segurança e protejam a integridade de crianças e de adultos em situação de vulnerabilidade, bem como a implementação da “tolerância zero” e de modos de prestar contas por parte de todos aqueles que realizem ou acobertem esses crimes. Tardamos em aplicar essas medidas e sanções tão necessárias, mas confio que elas ajudarão a garantir uma maior cultura do cuidado no presente e no futuro.
Juntamente com esses esforços, é necessário que cada batizado se sinta envolvido na transformação eclesial e social de que tanto necessitamos. Tal transformação exige conversão pessoal e comunitária, e nos leva dirigir os olhos na mesma direção do olhar do Senhor. São João Paulo II assim o dizia: «se verdadeiramente partimos da contemplação de Cristo, devemos saber vê-Lo sobretudo no rosto daqueles com quem Ele mesmo Se quis identificar» (Carta ap. Novo millennio ineunte, 49). Aprender a olhar para onde o Senhor olha, estar onde o Senhor quer que estejamos, converter o coração na Sua presença. Para isso nos ajudarão a oração e a penitência. Convido todo o Povo Santo fiel de Deus ao exercício penitencial da oração e do jejum, seguindo o mandato do Senhor[1], que desperte a nossa consciência, a nossa solidariedade e o compromisso com uma cultura do cuidado e o “nunca mais” a qualquer tipo e forma de abuso.
É impossível imaginar uma conversão do agir eclesial sem a participação activa de todos os membros do Povo de Deus. Além disso, toda vez que tentamos suplantar, silenciar, ignorar, reduzir em pequenas elites o povo de Deus, construímos comunidades, planos, ênfases teológicas, espiritualidades e estruturas sem raízes, sem memória, sem rostos, sem corpos, enfim, sem vidas[2]. Isto se manifesta claramente num modo anômalo de entender a autoridade na Igreja - tão comum em muitas comunidades onde ocorreram as condutas de abuso sexual, de poder e de consciência - como é o clericalismo, aquela «atitude que não só anula a personalidade dos cristãos, mas tende também a diminuir e a subestimar a graça batismal que o Espírito Santo pôs no coração do nosso povo»[3]. O clericalismo, favorecido tanto pelos próprios sacerdotes como pelos leigos, gera uma ruptura no corpo eclesial que beneficia e ajuda a perpetuar muitos dos males que denunciamos hoje. Dizer não ao abuso, é dizer energicamente não a qualquer forma de clericalismo.
É sempre bom lembrar que o Senhor, «na história da salvação, salvou um povo. Não há identidade plena, sem pertença a um povo. Por isso, ninguém se salva sozinho, como indivíduo isolado, mas Deus atrai-nos tendo em conta a complexa rede de relações interpessoais que se estabelecem na comunidade humana: Deus quis entrar numa dinâmica popular, na dinâmica dum povo» (Exort. ap. Gaudete et exultate, 6). Portanto, a única maneira de respondermos a esse mal que prejudicou tantas vidas é vivê-lo como uma tarefa que nos envolve e corresponde a todos como Povo de Deus. Essa consciência de nos sentirmos parte de um povo e de uma história comum nos permitirá reconhecer nossos pecados e erros do passado com uma abertura penitencial capaz de se deixar renovar a partir de dentro. Tudo o que for feito para erradicar a cultura do abuso em nossas comunidades, sem a participação activa de todos os membros da Igreja, não será capaz de gerar as dinâmicas necessárias para uma transformação saudável e realista. A dimensão penitencial do jejum e da oração ajudar-nos-á, como Povo de Deus, a nos colocar diante do Senhor e de nossos irmãos feridos, como pecadores que imploram o perdão e a graça da vergonha e da conversão e, assim, podermos elaborar acções que criem dinâmicas em sintonia com o Evangelho. Porque «sempre que procuramos voltar à fonte e recuperar o frescor original do Evangelho, despontam novas estradas, métodos criativos, outras formas de expressão, sinais mais eloquentes, palavras cheias de renovado significado para o mundo actual» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 11).
É imperativo que nós, como Igreja, possamos reconhecer e condenar, com dor e vergonha, as atrocidades cometidas por pessoas consagradas, clérigos, e inclusive por todos aqueles que tinham a missão de assistir e cuidar dos mais vulneráveis. Peçamos perdão pelos pecados, nossos e dos outros. A consciência do pecado nos ajuda a reconhecer os erros, delitos e feridas geradas no passado e permite nos abrir e nos comprometer mais com o presente num caminho de conversão renovada.
Da mesma forma, a penitência e a oração nos ajudarão a sensibilizar os nossos olhos e os nossos corações para o sofrimento alheio e a superar o afã de domínio e controle que muitas vezes se torna a raiz desses males. Que o jejum e a oração despertem os nossos ouvidos para a dor silenciada em crianças, jovens e pessoas com necessidades especiais. Jejum que nos dá fome e sede de justiça e nos encoraja a caminhar na verdade, dando apoio a todas as medidas judiciais que sejam necessárias. Um jejum que nos sacuda e nos leve ao compromisso com a verdade e na caridade com todos os homens de boa vontade e com a sociedade em geral, para lutar contra qualquer tipo de abuso de poder, sexual e de consciência.
Desta forma, poderemos tornar transparente a vocação para a qual fomos chamados a ser «um sinal e instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o género humano» (Conc. Ecum. Vat. II, Lumen gentium, 1).
«Um membro sofre? Todos os outros membros sofrem com ele», disse-nos São Paulo. Através da atitude de oração e penitência, poderemos entrar em sintonia pessoal e comunitária com essa exortação, para que cresça em nós o dom da compaixão, justiça, prevenção e reparação. Maria soube estar ao pé da cruz de seu Filho. Não o fez de uma maneira qualquer, mas permaneceu firme de pé e ao seu lado. Com essa postura, Ela manifesta o seu modo de estar na vida. Quando experimentamos a desolação que nos produz essas chagas eclesiais, com Maria nos fará bem «insistir mais na oração» (cf. S. Inácio de Loiola, Exercícios Espirituais, 319), procurando crescer mais no amor e na fidelidade à Igreja. Ela, a primeira discípula, nos ensina a todos os discípulos como somos convidados a enfrentar o sofrimento do inocente, sem evasões ou pusilanimidade. Olhar para Maria é aprender a descobrir onde e como o discípulo de Cristo deve estar.
Que o Espírito Santo nos dê a graça da conversão e da unção interior para poder expressar, diante desses crimes de abuso, a nossa compunção e a nossa decisão de lutar com coragem.
Francisco
Cidade do Vaticano, 20 de Agosto de 2018.


[1] «Esta espécie de demónios não se expulsa senão à força de oração e de jejum» Mt 17, 21.
[2] Cf. Carta do Santo Padre Francisco ao Povo de Deus que peregrina no Chile, 31 de Maio de 2018.


25 de agosto de 2018

21º DOMINGO DO TEMPO COMUM


(26.08.2018)
Introdução à Liturgia:
A escuta da Palavra de Deus não pode ser pensada como uma atitude passiva ou fácil; as suas exigências são, por vezes, dramáticas e implicam uma opção de vida, uma decisão ou um corte nos processos da nossa vida e nos hábitos que assumimos. Hoje, a nossa Eucaristia mostra-nos que O Senhor exige de nós opções e que, perante a sua palavra, não podemos manter-nos indiferentes.

Introdução às Leituras:
A primeira leitura, do livro de Josué, mostra-nos que ser crente significa deixar-se envolver e comprometer com a sua mensagem. Impõe-se a busca do sentido autêntico do religioso, combatendo a indiferença tão própria do nosso tempo, onde tudo é apresentado sem ser assumido. Ter fé, é assumir-se e afirmar-se.

Na segunda leitura, continuando a refletir sobre a Carta aos Efésios, tal como nos domingos anteriores, fala-nos hoje de um tema que não é pacífico na nossa sociedade, como é o da relação entre o Homem e a Mulher, entre o Marido e a Esposa. Paulo recorre a uma comparação teológica, entre Cristo e a Igreja, procurando assim conferir uma dimensão que vai para além da mera sensibilidade humana.

Na parte final do seu discurso sobre o Pão da Vida, como é aquela que hoje lemos, Jesus apresenta algumas interrogações e desafios àqueles que o acompanham. Parece uma provocação que Ele quer fazer para que aqueles que O seguem se deixem motivar pela sua mensagem e assumam a sua nova condição de verdadeiros discípulos.
Padre João Lourenço, OFM

18 de agosto de 2018

20º DOMINGO DO TEMPO COMUM



(19.08.2018)
Introdução à Liturgia:
Nestes domingos em que lemos o capítulo 6º do Evangelho de S. João, como sucede hoje, refletimos sobre as diversas dimensões do pão que é Jesus Cristo e do alimento que por Ele Deus nos oferece. O pão de Deus é também sabedoria do ‘Alto’ que nos abre caminhos de vida nova, e nos prepara e fortalece para olhar a vida com redobrada esperança.

Introdução às Leituras:
A primeira leitura, tomada do livro dos Provérbios, fala-nos da Sabedoria em termos humanos, apresentando-a como um banquete ou uma casa bem construída. Jesus retoma algumas destas imagens e apresenta-nos também a sua mensagem como uma construção sólida, bem assente, que guia o crente até ao coração de Deus.

Na segunda leitura, da Carta aos Efésios, São Paulo desafia os cristãos ao discernimento. Seguir Jesus, significa adotar formas de vida corretas e deixar-se guiar pelo Espírito Santo, não segundo os critérios do mundo, mas pautando a vida pela mensagem de Jesus.

No Evangelho, continuamos a escutar o discurso de Jesus na Sinagoga de Cafarnaúm sobre o Pão da Vida. As palavras de Jesus, tanto no passado como hoje, não são fáceis e, muitas vezes, provocam ruturas de vida. O convite da nossa Eucaristia passa por acolher a Palavra de Jesus e fazer dela o alimento que nos fortalece para a vida eterna.
Padre João Lourenço, OFM


17 de agosto de 2018

Capítulo Electivo Extraordinário do CRS




14 de agosto de 2018

SOLENIDADE DA ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA



(15.08. 2018)

Introdução à Eucaristia

Hoje, é um dia solene para a Igreja; a festa que celebramos – a Assunção de Nossa Senhora – é a solenidade da plenitude de Maria, elevada à glória da Trindade, e é também a solenidade da plenitude da Igreja, de que Maria é imagem e primícias. N’Ela se cumprem as palavras do Magnificat: Deus a enalteceu, porque Ele eleva os humildes e o cumula de bens. A glória da Virgem Maria faz-nos também participantes da esperança que anima a nossa caminhada: chegar um dia à plenitude da glória do Pai.

Introdução às Leituras

Na primeira leitura, o livro do Apocalipse recorre a uma visão para nos descrever, de forma simbólica, Maria como símbolo da Igreja que luta para testemunhar a salvação que brota do Menino gerado pela Mãe. Da mãe Maria, surge a mãe Igreja que anuncia e testemunha no tempo a esperança da salvação.

Na segunda leitura, da 1ª Carta aos Coríntios, Paulo fala-nos da vitória de Cristo, o novo Adão. Na sua ressurreição todos renascemos para a vida nova e é nessa vida nova que chegamos à plenitude da comunhão com Deus.

No Evangelho, temos a visitação de Maria a Isabel, completada depois pelo hino do Magnificat. Ela é a mensageira da nova-aliança, Aquela que Deus escolheu para morada do Seu Filho. Por isso, ela canta, agradecida, todos os dons com que Deus beneficiou o Seu povo.
Padre João Lourenço, OFM

11 de agosto de 2018

19º Domingo do Tempo Comum


(12.08.2018)

Introdução à Liturgia:

A fé em Jesus não é uma realidade trivial, mas sim uma experiência profunda que toca a vida toda daqueles que acreditam. É um ato existencial pelo qual conferimos à nossa vida um sentido que vai para além do imediato do dia a dia. A fé confere à vida um sentido de totalidade que se alimenta de Cristo, o pão que sacia a nossa fome de sentido e de comunhão.  

Introdução às Leituras:
A 1ª leitura, do livro dos Reis, fala-nos da caminhada de Elias no deserto e da sensação de cansado e desânimo que sentiu no fim dessa mesma caminhada. Mas, tal como outrora ao povo de Israel, Deus assiste aqueles que lutam pelas Suas causas, de forma que não lhes falta a força nem a esperança para realizarem a sua missão.

Na segunda leitura, Paulo confia-nos, tal como outrora aos Efésios, uma lista de princípios e de comportamentos morais e fraternos que devem constituir um paradigma de vida na comunidade. Tudo isso tem como fundamento o exemplo de Jesus.


O Evangelho de hoje dá continuidade ao texto do discurso do Pão da vida que Jesus pronunciou na Sinagoga de Cafarnaúm. Tomando a imagem do maná, Jesus apresenta-se como o novo maná, aquele que sacia a fome mais profunda do homem e o conduz à vida plena da comunhão com Deus.

Padre João Lourenço, OFM

4 de agosto de 2018

18º Domingo do Tempo Comum


(05.08.2018)

Introdução à Liturgia:

Em pleno tempo de férias, a liturgia de hoje tráz até nós um tema que continua a preocupar o mundo e a Igreja: o tema do Pão, o mesmo é dizer, a questão da fome. Nas leituras de hoje, Jesus apresenta-se como ‘o pão do Céu’, mostrando assim que há uma fome que está para além do pão material, embora este também seja fundamental para o bem da humanidade. Tal como os contemporâneos de Jesus, peçamos também nós: “Senhor, dá-nos sempre deste pão”.


Introdução às Leituras:
Na sua caminhada pelo deserto a caminho da Terra Prometida, o povo de Israel mostra que não confia em Deus, Ele que o tinha libertado do Egito. Então, uma vez mais, o Senhor mostra a esse povo o seu carinho, satisfazendo a sua fome de pão, deixando assim um sinal da sua misericórdia. A 1ª leitura de hoje, tomada do livro do Êxodo, dá-nos a prova desta presença do Senhor.

Na segunda leitura, continuando o texto da Carta aos Efésios, Paulo anima os crentes a crescer na fé, mostrando como agora deve ser diferente a vida dos convertidos, contrastando assim com as suas atitudes quando eram pagãos.

O Evangelho de hoje dá continuidade à leitura do capítulo 6º de S. João, em que Jesus se apresenta como o ‘Pão do céu’, respondendo assim a todos aqueles que o procuravam após a multiplicação dos pães. Jesus, dando-lhes o pão material, quer agora dizer a todos os que o seguem que há outro pão que mata outra fome e esse pão vem do amor e da comunhão.
Padre João Lourenço, OFM

27 de julho de 2018

17º Domingo do Tempo Comum

La obra representa al religioso franciscano San Diego de Alcalá repartiendo comida entre los menesterosos, y es uno de los cuatro lienzos del pintor sevillano Bartolomé Esteban Murillo que se conservan en la Real Academia de Bellas Artes de San Fernando, situada en la ciudad de Madrid, (Spain).
(29/07/2018)
         Introdução à Liturgia:                
Neste tempo de verão, propício ao descanso e ao reforço das energias pessoais, sucede também, por vezes, que nos desleixamos na partilha e na comunhão de vida, construindo tudo a partir de nós e só a pensar em nós. O reforço das energias pessoais pressupõe também o reforço das energias espirituais, da comunhão e da proximidade. Nestes próximos domingos, a liturgia convida-nos a alimentar a nossa vida também a partir do pão que é Cristo.

            Introdução às Leituras 
A 1ª leitura, do livro dos Reis, fala-nos do profeta Eliseu e da sua proximidade para com os necessitados, exortando à confiança e à partilha. Repartir o pão é um gesto de humanidade pelo qual mostramos que Deus também está próximo daqueles que precisam: eles são o próximo que nos aproxima de Deus.

Na 2ª leitura, tomada da Carta aos Efésios, Paulo convida-nos a cultivar as virtudes humanas da simplicidade e da amabilidade. Tal como Deus é compassivo para connosco, assim o devemos ser para com os Irmãos.

O tema do pão e do alimento percorre toda a Sagrada Escritura, e está bem presente nas palavras de Jesus. O capítulo 6º do Evangelho de S. João é todo ele dedicado ao tema do alimento. Jesus é esse alimento de vida e de comunhão que Deus dá ao Seu povo; Ele é o verdadeiro pão, descido do céu, oferecido por Deus.
Padre João Lourenço, OFM

20 de julho de 2018

16º Domingo do Tempo Comum

(22/07/2018)
A proximidade que Deus dispensa ao Seu povo
         Introdução à Liturgia:                
A liturgia deste domingo está marcada pelo tema do serviço e da proximidade que Deus dispensa ao Seu povo. Ele mesmo se faz pastor para servir e estar com os seus fiéis, deixando-nos o exemplo para que aprendamos d’Ele a viver e a partilhar. Construir comunhão é exatamente isto: servir os Irmãos e estar com Jesus. Hoje, a Fraternidade local da Ordem Franciscana Secular conclui o Ano Pastoral com uma reflexão sobre a Santidade. Esta Eucaristia é também ela uma ação de graças por tudo quando vivemos ao longo deste ano.

            Introdução às Leituras 
A 1ª leitura, tomado do Jeremias, é um apelo aos Pastores do povo de Deus para que saibam reunir na mesma comunhão todos aqueles que o pecado e as marcas da fragilidade humana afastaram da verdadeira comunhão com Cristo.

Na Carta aos Efésios, Paulo diz-nos que Cristo é a nossa paz e que é a partir d’Ele que nos reconciliamos com Deus. As divisões humanas, os muros que nos separam foram superados em Cristo.

No Evangelho Jesus acolhe os discípulos que voltam do anúncio do Reino e convida-os à partilha e ao repouso, mostrando assim a sua humanidade e a ternura por todos aqueles que se entregam à missão. Como bom pastor, ele conhece as fragilidades de cada um e a todos dispensa a sua misericórdia.
 Padre João Lourenço, OFM

16 de julho de 2018

22 de julho - Dia de Portas Abertas


6 de julho de 2018

DOMINGO XIV TEMPO COMUM – 2018



(08.07.2018)

Introdução à Liturgia:                
Uma das carências do nosso tempo está no facto de nos faltarem vozes proféticas que nos interpelem para os grandes e decisivos valores da experiência humana e da fé cristã. Num tempo marcado pela avidez do consumo e pela vivência do fugaz e do supérfluo, precisamos de escutar vozes que nos falem de Deus e da mensagem de Jesus. Hoje, através da Palavra de Deus, sentimos esta interpelação e acolhemos este desafio à escuta da voz de Deus.

Introdução às Leituras:
A primeira leitura, do livro de Ezequiel, fala-nos da presença do profeta no Exílio, um tempo de silêncio de Deus e de rebeldia do povo de Israel que não quer escutar a voz de Deus de que o profeta se faz eco. Deixar-se interpelar pelos sinais da história é a forma como Deus nos fala hoje, mesmo quando nos custa escutar a Sua voz.

Na segunda leitura, da Carta aos Coríntios, Paulo fala-nos das suas fraquezas que em Cristo se tornam força e audácia para a missão e para o anúncio da Boa Nova. É nas suas fraquezas que se manifesta a força de Deus.

O Evangelho fala-nos da presença de Jesus na sua terra natal. Tal como nos diz o provérbio popular, ninguém é profeta na sua terra, também Jesus não conseguiu deixar ali nenhum sinal do tempo novo da graça e do Reino que Ele vem anunciar. Aqui temos mais um apelo para que não fechemos o nosso coração à voz do Espírito.
Padre João Lourenço, OFM

5 de julho de 2018

Encontro Nacional de Fraternidades 2018






4 de julho de 2018

40.º Aniversário da Regra OFS





29 de junho de 2018

Encontro Nacional de Fraternidades


18 de junho de 2018

Sê Franciscano


17 de junho de 2018

Itinerário Franciscano


Preço: 190€ em quarto duplo 220€ em quarto individual (o preço inclui o almoço e jantar de dia 27 com respectivo alojamento; pensão completa do dia 28 e meia pensão do dia 29 além das visitas a alguns monumentos).
Contactos: ofs.regional.sul@gmail.com Ir. Célia Vicente celia.cameira.vicente@gmail.com ir. Célia Teixeira 965 175 661 Frei Paulo Ferreira OFM 966 756 046

11º DOMINGO DO TEMPO COMUM


Ramo novo de cedro
Introdução à Liturgia:
A liturgia deste domingo convida-nos a olhar para a vida e para o mundo com confiança e esperança, tornando-nos sinais do Reino. É esta a grande sementeira que Deus quer fazer nos nossos corações para que sejamos novos semeadores da Sua palavra e das sementes do bem e do amor. Que esta celebração nos transforme em sementes do Reino de Deus.

Introdução às Leituras:
A primeira leitura, do profeta Ezequiel, mostra-nos que Deus não se esqueceu do seu povo no exílio da Babilónia e, mesmo lá, Ele assegura ao Seu Povo que cumprirá as Suas promessas e o fará de novo regressar à sua terra e aí poderá gozar de paz e de tranquilidade.

Na segunda leitura, Paulo convida-nos à confiança na vida futura. Ele mesmo dá o seu testemunho e mostra a firmeza da sua fé perante todos os obstáculos. A confiança em Deus é a garantia da sua caminhada.

O Evangelho apresenta algumas das mais belas parábolas sobre o Reino de Deus, comparando-o à pequena semente que se lança à terra e que, germinando, produz frutos abundantes. É este o modo de ser e de agir de Deus; não age a partir da grandeza, nem se impõe. Nasce da simplicidade e impõe-se pelo amor. 
Padre João Lourenço, OFM

7 de junho de 2018

10º Domingo do Tempo Comum



(10.6.2018)

Introdução à Eucaristia:
A experiência da inimizade, da recusa ao acolhimento dos apelos de Deus é algo que percorre toda a humanidade e que está também presente na nossa vida. Deixar-se seduzir e deslumbrar pelo efémero e pelas aparências é algo que nos acompanha e que nos leva, muitas vezes, a reconhecer a presença, o dedo de Deus na nossa vida e na vida dos irmãos. Acolhemos hoje a Palavra do Senhor que nos interpela a uma verdadeira conversão do coração.

Introdução às Leituras:
A essência do pecado está em desconfiar de Deus e pensar que Ele nos quer cercear a liberdade e a autonomia. Esta forma de pensar e de ser é algo que está nos opostos daquilo que é a verdadeira vontade, o verdadeiro projeto de Deus para cada um de nós. Esta é a grande tentação do homem.

Na segunda leitura, da Carta aos Coríntios, Paulo recorda-nos que a ressurreição do Senhor é a garantia da nossa própria ressurreição. É n’Ele e por Ele que vamos superando a nossa fragilidade para alcançarmos a plenitude a que somos chamados.

O texto do Evangelho de hoje ajuda-nos a identificar quem é e quem não é discípulo de Jesus. O discípulo permanece com Ele, confia n’Ele e sabe que procede de Deus. Sabem que é o seu Espírito que dá bondade a todas as coisas. Pecar contra o ‘Espírito Santo’ é recusar a salvação que Jesus nos oferece. É fazendo a sua vontade que entramos na sua família.
Padre João Lourenço, OFM

 
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